Shades of Blood HIATUS escrita por Tia Stephenie


Capítulo 3
Perdidos


Notas iniciais do capítulo

Espero que gostem do capítulo, qualquer erro me falem o/



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Sangue.

O dia começou como um dia qualquer, a não ser pelos “monstros” lá fora. Mesmo já estando aqui a uma semana, não comecei a me acostumar com as pessoas, com a casa e com tudo.

Um cara chamado Shane, falou que seria bom ensinar as crianças a caçar. Obviamente Daryl não aprovou a ideia, uma vez bebê Dixon, sempre bebê Dixon. Logo depois de algum tempo insistindo, ele deixou. Mas com uma condição; ele iria junto.

Nós estávamos nos preparando, meu pai me deu uma faca e pegou minha mão.

— Psiu! Eu não sou mais bebê! — Afirmei.

— Pff, você é meu bebê. — Ele retrucou.

Logo Rick passou pela porta, juntamente com Carl, Jeffrey — meu avô — e Andrea. Jeff deu uma piscadela para mim, com o olho esquerdo — que tem uma manchinha marrom na íris —. Andrea estava com um rádio na mão.

— Eles estão falando sobre o que está acontecendo... — Explicou Andrea.

Sugerimos que não aceitem parceria com pessoas desconhecidas. Essa “coisa” está se espalhando rápido, e ninguém sabe o que realmente é. A CDC está trabalhando na cura, mas não sabemos se é verdade, já que muitas pessoas se suicidaram quando isso começou. Esp...” Tudo foi interrompido por um barulho parecido com tiros, e logo alguém chorou. Provavelmente a pessoa que estava falando. “Fiquem em um lugar seguro, e que Deus os abençoe.”. Um sinal baixo tocou e então tudo estava em um silêncio mortal.

Quando me dei conta, eu já estava em cima da moto de meu pai. Ele começou a acelerar e uma sensação maravilhosa surgiu. E por instinto eu levantei meus braços e sorri. O vento gélido batia em meu rosto e balançava meus cabelos castanhos, eu comecei a rir. Provavelmente quem estava dirigindo atrás de nós, estava rindo de mim. Eu fechei os olhos e continuei assim, por alguns minutos eu consegui esquecer que estávamos no meio de mortos-vivos, que poderíamos ser as únicas pessoas vivas nesse lugar... Talvez por pouco tempo.

Nós chegamos em algum lugar da cidade, um lugar que já foi muito movimentado. Alguns zumbis andavam sem rumo por ali, eles foram mortos. Nós avistamos uma pequena loja de conveniência, no vidro estava escrito “Peguem o que quiser”.Adentramos na loja e se separaram para pegar algumas coisas e procurar os mortos-vivos.

— Peguem o necessário. — Falou Rick, enquanto procurava alguns zumbis pela loja.

Eu estava procurando coisas necessárias, ou o que eu achava necessário. Passei pela sessão masculina, pela sessão de bebês até chegar a feminina. Eu comecei a observar coisas como esmaltes e coisas para cabelo. Peguei algumas presilhas e um pacote de absorventes.

— Acho que você vai precisar de mais. — Falou Carl, fazendo com que eu me assustasse um pouco.

Então ele encheu seu braço e olhou para mim, ao mesmo tempo que Rick chegou perto de nós.

— Você vai precisar disso, Carl? — Zombou Rick, fazendo com que Carl me entregasse tudo e sibilasse.

— Leve um pouco para você, talvez seja necessário, pai.

— Ei, mocinha! Está de TPM? Quer um remedinho?

Eu mordi minha língua para não chorar de tanto rir.

— Ai, céus. — Carl revirou os olhos e fechou a cara.

Rick saiu rindo, eu continuei procurando mais coisas úteis e Carl continuou do meu lado o tempo todo.

Ao terminar, nós saímos do lugar e colocamos as coisas no porta-malas do carro de Rick.

— Shhh, fiquem quietos. — Falou Daryl, que estava em silêncio a um bom tempo.

Alguns segundos em silêncio e eu ouvi alguém chorar. Era um choro infantil, não de bebê nem de um adulto. O choro estava cada vez mais alto, e os barulhos dos zumbis também. Não demorou muito tempo, para uma garotinha sair de trás do mato e uma horda de zumbis atrás, quando de repente, a menina parou de correr, e observa os mortos-vivos perto dela.

— Papai, Mamãe. — Ela correu para abraça-lós.

— NÃO! — Rick gritou, mas já era tarde demais. Um dos zumbis haviam mordido o braço dela.

— Ah não, de novo não! — Ele continua a falar. - Crianças corram!
Carl e eu largamos tudo que estava em nossos braços no porta-malas e saímos correndo, sem rumo.

— Para onde vamos? — Perguntei a Carl que estava atrás de mim correndo aos tropeços.

— Não pergunte para mim, só continue correndo.
Corremos alguns metros, o suficiente para escapar dali. Paramos enfrente á uma casa, não era uma casa detonada, mais parecia estar abandonada. Ficamos encarando a casa, quando um barulho perto do mato surge.

— Vamos entrar ou só vamos ficar aqui parados? — Disse Carl apontando para casa.

Nós entramos na casa, que na verdade era um antigo hotel. Nós corremos para o primeiro andar e corremos para um quarto. Um quarto com um cheiro estranho e uma cama bagunçada, porem confortável. Eu me sentei e abracei meus joelhos, Carl se sentou ao meu lado. Os barulhos estavam cada vez mais altos, até o som vir do corredor.

— Vá para o armário, Hope. — Sussurrou Carl. — AGORA!

Ele trancou a porta e entrou no armário junto comigo. O barulho de passos iam ficando cada vez mais alto, eu respirava rápido e tremia. Algo atingiu a porta, e por instinto eu tentei gritar, mas minha boca foi tampada pela mão de Carl.

— Acalme-se! Eu estou aqui! — Ele sussurrou.

Eu olhei para seu rosto, ele não expressava muita coisa. Ora era pavor e ora era sem expressão alguma. Ele retirou suas mãos de minha boca.

— Caladinha, ou eu vou ter que te calar de outro jeito.

Ele me beijou. No começo, fiquei totalmente assustada, me paralelizei inteira, mas ao mesmo tempo era uma sensação maravilhosa. Uma sensação incrível e indescritível, simplesmente uma sensação muito boa.

Nós nos soltamos por falta de ar, o barulho continuou, e eu não consegui prestar atenção em mais nada. O silêncio era algo mortal, mas tudo foi interrompido por um barulho alto e alguns gemidos de zumbi. Eu apertei a mão de Carl e me preparei para o pior, se houver algo pior do que ser comida por bichos nojentos e irracionais.

Alguns barulhos altos surgiram, coisas como armários se abrindo, depois barulhos no corredor e a porta do quarto foi arrombada. Eu apertei a mão de Carl e os armários iam sendo abertos, até que o nosso abriu. Era Rick. Rick estava ali, sorrindo e nos abraçando, depois nos puxando para baixo. Avistei Daryl, mesmo estando muito escuro, eu corri até ele. Eu sorri tímida e nós voltamos para o acampamento, não completamente seguros, mas pelo menos tentando. Ninguém disse que seria fácil.


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Notas finais do capítulo

Até o próximo capítulo! A meta é de um comentário, ué!



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