Shades of Blood HIATUS escrita por Tia Stephenie


Capítulo 2
Seu nome é Carl Grimes


Notas iniciais do capítulo

Espero que gostem da fic, sério!
ATÉ AS NOTAS FINAIS, COGUMELOS COLORIDOS SALTITANTES.



Este capítulo também está disponível no +Fiction: plusfiction.com/book/551125/chapter/2

Agora você me ama.

O fato d'eu ser uma Dixon complica exatamente tudo. Meu pai é conhecido por ser um cara muito forte e meu avô por ser um bom médico. Se eu falhar, provavelmente, ou melhor, com certeza serei a garotinha fraca da família.

Meu pai não me deixou encostar em arma alguma, a não ser em uma faca, até chegarmos no “acampamento improvisado” de seus “amigos”. Quando chegamos, um cara — com uma roupa de xerife — nos avistou. Ele acenou e correu até nós. Examinei-o dos pés a cabeça. Sua roupa bege combinava – de forma surpreendente - com sua testa franzida e sua barba rala. Ele sorriu para todos assim que chegou, fechando os olhos azuis levemente.

Meu pai, meu avô e ele começaram a conversar sobre algo que eu não quis escutar. O nome do cara com roupa de xerife era Rick.

Um menino de cabelos castanhos e olhos azuis magníficos chegou perto lentamente. Ele sussurrou algo para seu pai e então ele olhou para mim por apenas alguns segundos. Seus olhos brilhavam como o mar de Miami Beach em uma tarde ensolarada. Eu estava maravilhada.

— Carl, eu preciso que você leve as garotas para o acampamento. Certo? — falou Rick, arrumando o chapéu de Carl, sorrindo de lado.

— Certo. —

Ele nos guiou até o acampamento, que não era tão longe das grades. Ele nos deixou, sorriu e depois voltou correndo para seu pai.

— Mãe, por que está me olhando desse jeito? — falei assim que ele se distanciou, com uma certa vergonha de olhar para minha mãe.

— Eu acho que ele gostou de você, sei lá... — ela riu.

— Claro que não... pff...

Uma mulher e uma garotinha, de aparentemente nove ou dez anos, se aproximou de nós, ela estendeu a mão para minha mãe e depois para mim.

— Olá! Você deve ser Hope, — Ela apontou para mim. — e Ella — ela apontou para minha mãe. — Rick nos falou sobre vocês.

 

— Sim — minha mãe estendeu a mão e ela a pegou, estavam se cumprimentando.

 

— Meu nome é Carol, e essa é Sophia.

 

Olá! — eu falei para Sophia, ela sorriu tímida.

Nos instalamos em um lugar qualquer, que eu não fiz questão de prestar atenção – eu estava mais ocupada pensando em meu livro –. Algumas vozes começaram a surgir. Vozes conhecidas.

— Essa coisa se espalhou rápido. — a voz de Rick me assustou, fazendo com que eu desse um pequeno pulo e perdesse a página em que eu estava lendo em meu livro — Precisamos que fiquem conosco, assim teremos mais chance de sobrevivência. — ao terminar de falar ele olhou para mim e minha mãe, mas na verdade ele estava falando com os mais velhos.

Logo eu parei de prestar atenção, não era algo que eu devesse – ou queria – saber. Logo Carl — o garoto lindo — apareceu novamente. Minha mãe tocou em meu queixo, como se estivesse levantando, riu baixinho e sussurrou “Você está babando, querida”. Essa mulher ainda vai me matar um dia.

Eu voltei a ler meu livro, um dos meus livros preferidos.

— Hmm.. Olá, garota. — sussurrou Carl.

— Hope, Hope Dixon. — informei meu nome amigavelmente, sorrindo enquanto marcava a página do meu livro com o dedo indicador — Olá.

Ele estendeu sua mão, eu a peguei.

— Bom, Sophia perguntou quando você vai largar esse livro de vampirinhos que brilham e vai “brincar” conosco.

— Não fale assim, esse livro é tão legal — eu abracei o livro, sorrindo sem mostrar os dentes, tentando ser fofa.

— Pff... Vampiros que brilham não são legais! — revirou os olhos — Você vai ou não?

Eu assenti com a cabeça. Ele começou a me puxar pelo cotovelo, sua mão estava quente. Logo chegamos perto de algumas pessoas. Carol, uma mulher loira e uma morena parecida com Carl, estavam juntas, um coreano se aproximou delas. Logo nós encontramos Sophia, que estava com uma boneca na mão.

— Você veio! — comemorou a garotinha.

— Sim, estou aqui.

— Agora precisamos decidir o que iremos fazer. — ela sibilou.

— Vamos brincar de “o que vejo com meus olhinhos” — sugeriu Carl, sorrindo malicioso.

Nós concordamos. Sophia foi a primeira a falar.

— Eu vejo com meus olhinhos... Uma pessoa muito chata — Ela falou brincalhona.

— EEI! Eu não sou chato! — Ele fez bico.

— Claro que não, você é a pessoa mais legal do mundo — Ela ironizou.

— Ei...

— Parem de brigar, crianças! Agora é minha vez. — eu sorri. — Eu vejo com meus olhinhos... — eu fiz bico e comecei a piscar um olho de cada vez. — Só vejo mato, muito mato. E muitas árvores também.

— Uma visão interessante. — murmurou Carl. — AGORA É MINHA VEZ!

— Claro, como quiser.

— Eu vejo com meus olhinhos uma coisa muito interessante. Não é uma coisa, não exatamente. Eu vejo... Uma pessoa bonita. — ele olhou para mim depois de falar, ainda sorrindo malicioso.

— Isso é brincadeira ou o que? — sussurrei para Sophia.

— Não. — ele sorriu de canto, arqueando as sobrancelhas.

Sophia fez cara de nojo.

— O que eu fiz? Não podemos mais elogiar uma pessoa no fim do mundo? Que merda.

— Palavrão! — Sophia falou em voz alta. — Que feio.

— Ache mesmo, você tem quantos anos? Sete?

— EI! Eu tenho onze anos, tá? Quase doze.

— Que seja, continua sendo pequena.

— Crianças, se acalmem! — interrompi a falsa briga.

Isso foi um tanto estranho. Sophia se retirou assim que sua mãe lhe chamou, assim ficando apenas eu e Carl. Nós nos olhamos como retardados, como se conseguíssemos nos comunicar por telepatia. Mas não queríamos falar nada.

Eu comecei a o encarar de outra maneira, não como uma mera brincadeira de “quem não pisca vence”. Seu rosto era perfeito e seus eram olhos azuis, muito azuis, provavelmente como os meus. Ele também tem pequenas sardas espalhadas pelo rosto. Como Matt.

— Você me lembra um amigo... — quebrei o silêncio. — Não um amigo, ela um garoto que eu achava interessante.

— Oh... vou levar isso como um elogio. Já aconteceu isso comigo... A garota sumiu alguns dias antes disso tudo acontecer. Parece que foi suicídio, já que seu pai morreu em um assalto.

— Que coisa triste...

— Sinceramente, eu não entendo esse lance de suicídio, é algo tão estranho.

— Não que eu entenda algo sobre, mas acho que isso é completamente... anormal. Não sei se eu faria algo como isso. Não, eu não faria. — afirmei com segurança na voz.

E então o silêncio voltou. Não sei se é algo normal, não sei se amor a primeira vista à primeira vista existe, não sei se algo faz sentido. Mas se isso realmente existir, considere-me irrevogavelmente apaixonada por Carl.


Não quer ver anúncios?

Com uma contribuição de R$29,90 você deixa de ver anúncios no Nyah e em seu sucessor, o +Fiction, durante 1 ano!

Seu apoio é fundamental. Torne-se um herói!


Notas finais do capítulo

Assim que o primeiro comentário surgir, vou começar a escrever o próximo. Certo? Se a minha ansiedade não for maior que isso, claro.
Até logo, cogumelos coloridos saltitantes




Capítulo editado 02/02/2016