Missão especial: Pais temporários...? escrita por Elaine


Capítulo 11
The hearts that will always be together! - Final


Notas iniciais do capítulo

Olá gente, veja bem... DESSA VEZ A GENTE NÃO DEMORO MUITO....

Espero que gostem u.u

Boa leitura!



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Os corações que estarão sempre juntos!

Se alguém perguntasse a Lucy se "aquilo" estava acontecendo, ela mentiria descaradamente, diria que não fazia parte da vida dela, que ela não se importava, que o que acontecia com o Mizuki não era da sua conta, que o menino era apenas um trabalho e nada mais.

Mas como eu disse, ela estaria mentindo descaradamente, muito descaradamente.

Lucy havia se apegado tanto à Mizuki que tratava-o já como um filho, tinha até esquecido que ele não podia ficar pra sempre com ela, que ele tinha uma família além de si, Natsu, Happy e toda a Fairy Tail, e se tornou estranho quando ela notou que tudo estava acabando, ela estava tão triste.

E as coisas só pioraram quando ela recebeu aquela carta, ela teve vontade de chorar.

[...]

O dia estava calmo, sem problemas, nada que interferisse no seu humor.

Lucy andava pela cidade cantarolando, tinha acabado de sair da casa da sindica, e recebera a melhor das notícias, que seu apartamentozinho já estava pronto pra ela voltar.

Claro, ela sentiria falta de acordar de manhã com aquela barulheira que era na casa de Natsu, ou das brigas de manhã de Natsu e Mizuki, do Happy enrolando a língua quando visse ela e Natsu se abraçando, afinal, estavam meio que namorando.

Bem, não era como se isso fosse acabar, até porque Natsu passaria a invadir a sua casa a noite como antes, porem com permissão agora, mas mesmo assim, Lucy estava feliz, ela sentia como se finalmente sua vida estava tomando um rumo diferente, e ela estava muito entusiasmada com esse rumo.

Porem, nada é perfeito por muito tempo, e como num passe de mágica, enquanto caminhava de volta, um mensageiro lhe parou.

— Desculpe, mas seu nome é Lucy Heartfilia? — perguntou um homem não muito mais velho que ela e Lucy assentiu — Eu tenho uma carta para a senhorita.

O homem lhe entregou um envelope com o seu nome e o de Natsu e se foi, sem dar explicações nenhuma pra loira que olhou o envelope, deu de ombros e voltou a andar enquanto lia a carta.

Mas logo seus pés pararam de se mover, o que estava na carta era um comunicado muito importante, tão importante que fez um nó em sua garganta por a lembrar de algo que ela preferiria não ser verdade.

Era uma carta da mãe de Mizuki, Mashry.

A carta era breve, pedia claramente que eles a encontrassem na própria Fairy Tail, que ela já os esperava lá, na carta dizia as seguintes palavras:

"Caros Lucy e Natsu.

Quero agradecer de coração por protegerem o meu menino, sei que foi pedir muito naquele dia que vocês cuidassem do Mizuki por tanto tempo e eu estou com tanta saudade do meu filho que mal posso me aguentar de vontade de vê-lo.

Eu estou na Guild de vocês, a Fairy Tail, os esperando.

Como sei que vocês passaram tanto tempo com ele, quero explicar tudo que aconteceu pra vocês, e mostrar meus sinceros agradecimentos pra vocês.

Obrigada por cuidar do meu filho."

Lucy suspirou, e voltou a andar, agora sim sua alegria deixara de existir, tinha esquecido plenamente que apesar de tudo que passaram, ainda assim aquilo tudo fazia parte de um trabalho e que agora estava chegando ao fim.

Sem perceber, a loira já começara a correr, queria ver logo Natsu e Mizuki, sentia uma tristeza tão grande que achava que podia chorar a qualquer momento.

Quando chegou em casa, abriu a porta tão exasperada que fez com que Natsu, Mizuki e Happy pararem de fazer qualquer coisa.

Ela respirou fundo e deu um largo sorriso acalmando as faces preocupadas de Mizuki e Happy que acharam estranho essa sua aparição repentina e barulhenta.

Mas não acalmou Natsu.

Ele conhecia o suficiente de Lucy para não ser enganado por aquele sorriso forçado. Mas não disse nada, esperou pacientemente o que ela ia fazer.

— Mizuki, eu tenho uma grande surpresa pra você — disse chegando perto do menino — Vá pegar as suas coisas, sua mãe... ela veio te buscar — falou sorrindo de lado agora, um pouco mais abatida.

Natsu quase perdeu ar de tão surpreso: "O que?!" Pensou sem saber o que fazer.

— Sério?! — perguntou o menino com entusiasmo, seus olhos até mesmo pareciam brilhar de expectativa.

Aquilo só fez Lucy se deprimir mais ainda e não respondeu, em vez disso, Natsu tomou a dianteira da situação evitando fazer a loira falar.

— Uhun, sério! — confirmou o rosado chamando a atenção do menino — Então é melhor correr e arrumar as suas coisas... Happy, pode ajuda-lo?! — indagou o neko azul.

Aye sir — confirmou levantando a patinha no ar e seguindo o menino até o quarto, deixando os dois adultos pra trás.

Quando não se via mais nem Mizuki ou Happy, o rosado puxou Lucy pra um abraço, afagando a cabeça dela de um modo carinhoso.

— A sr. Mashry mandou essa carta hoje pra mim — levantando a carta para que Natsu a visse, porém o seu rosto jazia escondido no pescoço do outro — Eu sabia que isso ia acontecer, só...

— Só não esperava que fosse logo — completou ele e suspirou — Eu sei, Luce, eu também me apeguei à ele.

Claro, Natsu sabia que Lucy era mais apegada, mas não tinha nada que pudesse fazer pra aliviar aquele sofrimento da loura, mesmo que ao vê-la assim, o fizesse mal também.

Natsu suspirou, não ouvia som algum dela, mas sentia o ombro molhar, e sabia que era as suas lágrimas, ele passou a mão nas costas de Lucy, tentado de algum jeito a conforta, e a ouviu murmurar baixinho.

Eu sou tão egoísta.

Ele sabia que aquilo não era verdade, sabia o quão Lucy pensava nos outros acima de si mesmo, sabia que ela jamais abandonaria um companheiro, e que ela colocava os interesses de Mizuki antes dos seus, e a cada momento, Natsu sentia a gentileza que só Lucy possuía.

A loira respirou fundo e limpou as lágrimas, se separou de Natsu e moldou o seu melhor sorriso, de forma alguma deixaria que Mizuki a visse assim, não queria que ele se preocupasse.

Mizuki voltou correndo com uma pequena mochila nas costas junto de Happy, os dois sorriam abertamente, e o menino contava coisas sobre a sua mãe, sua verdadeira mãe, pra Happy.

— Lucy–nee, onde a minha mãe ta? — perguntou enquanto pegava a mãe da loira.

Eles começaram a andar e a loura pegou o menino no colo, aproveitaria enquanto podia.

— Ela está na Fairy Tail... esperando por você.

O menino sorriu, ele sentia tanta saudade da mãe, que nem se dera conta ainda que isso significava um adeus para Lucy e Natsu, e a consequências de quando ele tomar conhecimento desse fato, poderá fazer muitos chorarem.

[...]

Natsu abriu a porta da Guild sem fazer barulho, não era dia de briga pra ele.

Logo depois que entrou, Lucy vinha com Mizuki no colo e Happy vinha flutuando.

Assim que entraram, Lucy percebeu de cara uma mulher que estava perto do balcão.

Ela estava de costas, seus cabelos eram negros e curtos, batiam no ombro, e mesmo sem ver o rosto, o próprio Mizuki, a reconheceu.

Ele pulou do colo da loira e correu até o balcão ficando bem atrás da mulher.

— Mamãe?! — chamou meio inseguro, Mulher não se mexeu, estava em estado de choque — Mamãe, é você? — dessa vez ele a puxou pelo braço.

A mulher se virou rapidamente quando o braço foi tocado e abraçou o menino com toda a sua vontade.

— Mizukiii — chorava apertando forte o menino — Mizuki, a Mama sentiu tanto a sua falta — sentia como se um grande peso saísse dos seus ombros agora que finalmente podia vê-lo.

Lucy e Natsu estavam atrás deles, observando aquela mulher, ela chorava alto, era um choro de alívio que fez Lucy repensar suas atitudes.

Depois de um tempo, a mulher soltou o filho, limpou as lágrimas e se levantou, indo em direção a Lucy.

— Muito obrigada mesmo por cuidarem dele — agradecia mais uma vez, agora pessoalmente com um sorriso, mas logo depois, ficou com uma expressão seria — E como eu disse, vou explicar o que aconteceu.

[...]

Lucy encarava o copo em suas mãos, a sr. Mashry tinha lhe explicado que quem estava atrás do menino e ameaçando sua família, era nada mais nada menos que o padrasto dele.

O homem queria tirar o garoto da frente da fortuna que o avô tinha.

Mizuki era o principal herdeiro da família, sua mãe decidira isso quando o verdadeiro pai dele morreu, preferiu que ele fosse o herdeiro antes de si mesma que era a própria filha do chefe da família, o avô do Mizuki.

Ela disse com pesar que quando decidiu fazer isso era só pra garantir o futuro do filho, naquele tempo não achava que traria tantos perigos assim para seu filho, ela só queria o seu bem, mas no fim quase perdeu quem lhe era mais precioso.

Lucy suspirou, já teve uma experiência ruim com o pai dela também, então podia entender mais ou menos aquilo tudo.

— Eu realmente não sabia que ela o meu marido o sequestrador — disse o olhar longe, meio desapontada, talvez ela realmente gostasse dele — Mas eu já mandeu o prender, não teremos mais problemas.

Mizuki todo o tempo que ouvia a conversa sentiu-se culpado um pouco, era meio que culpa dele aquilo ter acontecido, e sentia-se triste pela mãe, já que ele sabia o quanto ela gostava daquele homem, apesar do mau-caráter que ele era.

— Eu não sei como posso agradecer-lhes — resmungou seria — Então, eu vou dobrar o valor do contrato, sim.

Lucy ia retrucar, mas Natsu se adiantou.

— Não precisa nos pagar — dispensou a recompensa e a mulher se confundiu — Não consideramos cuidar do pirralho uma missão — esclareceu e a mulher acenou negativamente.

— Mas se não aceitarem a recompensa, como vou poder mostrar a minha gratidão?

A loira sorriu.

— Desde que podemos ver o Mizuki de novo, vamos ficar bem.

A mulher se surpreendeu, mas logo sorriu. Era um jeito simples que a loira usou, mas fez a mãe do menino perceber o seu apresso pelo garoto, então decidiu apenas concordar.

— Se é isso que querem, Mizuki poderá vir os visitar quando quiser. Não é, Mizuki?! — virou-se pro menino, e se surpreendeu quando o viu quase chorando — O que foi querido?! — perguntou preocupada.

O menino se levantou, andou até Lucy e Natsu e pegou uma mão de cada um.

— Lucy–nee... Natsu–nii... eu sou... sou um homem... já, então não vou chorar — disse determinado segurando o choro, Lucy achou graça e lhe afagou a cabeça.

— Uhun, já é um homem crescido — sorriu calorosa e se abaixou para abraça-lo — Por isso, proteja a sua mãe, sim, e não se esqueça da gente, nós vamos sentir saudade.

Mizuki correspondeu ao abraço.

— Eu também vou... ahhh buahhh*¹ — acabou por chorar muito provocando lágrimas nela também.

Natsu olhava aquilo e dava um sorriso de canto, era uma cena calorosa aquela.

Lucy se separou do menino limpou as suas lágrimas do canto do olho e depois legou um lenço para limpar o rosto do garoto.

— Agora você tem que ir, não Sr. Mashry?! — Lucy olhou para a mulher, que assentiu, quando voltou a olhar o menino, o viu quase chorando outra vez — Ei, ei, não precisa chorar de novo, você vai me visitar, não vai?!

— U-uhun.

— Então, é pra ficar feliz, não triste tá.

O menino assentiu esfregando os olhos e sorrindo, como Lucy estava.

Ele caminhou pra longe dela e pegou a mão da mãe deu um tchauzinho com a mão para os dois que foi retribuído por um aceno de cabeça de Natsu e um tchau de Lucy.

Lucy ficou acenando até o menino sair da Guild.

— Natsu...?! — chamou sem olha-lo — Você acha que vamos mesmo ver ele de novo? — perguntou com a voz tremida.

— É claro que vamos — falou encostando a cabeça no ombro da loira — Ele prometeu não foi?!

— Uhun.

— Então ele vai cumprir — resmungou e fechou os olhos.

Ela deixou que a cabeça caísse por cima da de Natsu, e se permitiu fechar os olhos se lembrando do menino.

Lucy sentiu o coração apertar, ela sabia que isso hora ou outra ia acontecer, e apesar dos pesares, tinha plena consciência que Mizuki iria embora um dia e que mesmo sem ela por perto, ele viveria bem.

Todavia, seu coração não seguia a lógica, apegar-se tanto a alguém e depois deixar que vá era como perder alguém, e naquele momento, Lucy entedia o que significado de ver um filho partindo, mesmo que Mizuki não fosse seu filho de sangue, ela ainda sentia que ele era mais do que podia imaginar, ele tinha se tornado parte da sua família.

Mizuki era, é e sempre seria um filho para Lucy, nunca haveria nada nem ninguém que fosse mudar isso em seu coração.

Tanto Lucy quanto Natsu eram... os pais temporários do menino.


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Notas finais do capítulo

*¹ - Essa foi a minha tentativa falha de representar o choro do Mizuki u.u

Vamos lá gente, esse é o ultimo capitulo, final gente, merecemos muitos comentários né, mas não precisam chorar ainda (ainda), porque a Kemy ainda vai fazer um capitulo especial todo açucarado pra vocês u.u