Don't you dare steal my territory. escrita por Silent Scream


Capítulo 30
O que um coma pode fazer com alguém.


Notas iniciais do capítulo

Gente eu pretendia postar sobre umas confissões da Rachel, mais vai ter que ficar pro próximo, sorry rsrsrs .... u-u desculpem a demora, mas aí vai ;)
LEIAM "MY BIGGEST SECRET IS TO LOVE YOU" que eu estou escrevendo, sei que estou demorando um poquinho para postar mais capítulos, mas logo vou postar



Este capítulo também está disponível no +Fiction: plusfiction.com/book/550246/chapter/30

Caroline apontou a arma na cabeça de Jason e eu congelei.

A dor não vai me dominar, não antes de fazer isso.

Tirei a arma que estava no bolso do casaco com os últimos segundos de força restante e atirei nas suas costas, após isso, apenas apaguei.

(...)

Quando acordei, fiquei fora da casinha porque não estava lembrando de nada, nem do meu nome (mentira). Mas quando abri os olhos mesmo, vi que estava naquele inferninho chamado hospital. Droga! Odeio hospitais, só tem gente morrendo! (Não, imagina, as pessoas vão ao hospital porque querem comer hambúrguer e beber Toddynho pra crescer fortinho e crescer pros ladinhos!).

Quando relembrei tudo que havia acontecido, dei um pulo. Ai meu bumbum! Que dor do capeta! Poxa vida, eu levei dois tiros, e foi muito fácil de acertar. Até parece que eu tinha um alvo desenhado em mim. Estou desconfiada que tenha algum imã dentro de mim e não sei. Porque chama balas, pena que não chama bala de ursinho.

Espera! Jason! Desculpe querido, eu não esqueci de você, juro!

Olhei para os lados e vi alguns enfermeiros andando (não não, farejando rastros do pé grande no chão!). Observei mais envolta e havia uma cortina, com uma cama ao meio (melhor se fosse um zoológico que tivesse dentro da cortina porque eu ia montar nas girafas e alimentar os crocodilos com pão velho, porque eu sou muito egoísta). Queria me levantar, mas fica difícil com as pernas levantadas no ar e enfaixadas. Até parecia que eu ia parir um filho naquela posição. Eu sabia que se tentasse sair, eu ia caminhar igual uma ema e cair na primeira oportunidade, e também sabia que se eu saísse os pontos poderiam abrir.

O que? Não me julgue por voltar ao meu estado normal de palhaça de circo.

Falando nisso (nossa, não tem nada a ver com o que eu acabei de falar), como eu vim parar aqui? Onde está Jason? E Caroline, saiu do meu caminho de uma vez por todas? Droga de cérebro inútil, foi apagar justo quando eu gostaria de saber como foi o fim de tudo. Até parece sonho, a gente sempre acorda na parte mais legal ou cruciante e depois que tenta dormir de novo, não rola cara!

Chamei o enfermeiro gato que estava parado logo a frente. Ele chamou outro enfermeiro para me atender e apareceu um velhinho enrugado de cabelos brancos (não, imagina, quando a pessoa fica velha, os cabelos ficam roxo por excesso de uva no sangue).

– O que precisa mocinha? Está se sentindo bem? Está com muita dor? – Perguntou com a mão na minha cabeça. Qual é, vai me benzer agora?

– Quero saber onde está Jason. – Falei olhando para os lados.

– Qual o sobrenome do moço? – Perguntou olhando uma ficha.

– Pensando bem, acho que nunca perguntei o sobrenome dele. Que horror. Sei lá, deve ter só um aí. – Disse amaldiçoando a mim mesma por não ter nem me preocupado em saber seu sobrenome.

– Tem um na cama ao lado, a que está dentro da cortina. – Apontou para a cama com a cortina em volta, que era ao lado da minha.

– E como ele está? – Perguntei ansiando pela resposta.

– O que você é dele mocinha? – Perguntou curioso.

– Hã... hmm... namorada.. – Vi que ele não acreditou e balançou a cabeça.

– Onde estão seus pais? – Eu te jogo um feitiço neste momento. Está amaldiçoado e o feitiço só sairá com um beijo de uma piranha (a do mar... Do rio... Sei lá. Mas não a piranha humana.)

– No cemitério. Quer que eu chame eles? – Ironizei e vi que ele se sentiu um pouco culpado com a pergunta.

– Eu sinto muito. – Disse olhando para a ficha.

– Não, você não sente. Como está o Jason? – A última parte da frase fiz com que ficasse sombria o suficiente para fazer pressão.

– Você não tem ninguém responsável por você? – Velhinho vou arrancar o resto dos seus fios do cabelo e os do peito com uma faca. Pare de me enrolar.

– Não, não tenho. – Disse já impaciente.

– Tem sim, olá querida! Viemos visitar você e Jason. Trouxemos comida. – Roger e Deise entraram na sala com uma sacola que tinha uma marmita dentro (eu espero).

– O que aconteceu com Jason, esse velho chato ta me enrolando aqui. – Disse em tom de desapontamento.

– Bom, o Jason vai acordar logo querida, é só uma questão de tempo. – Disse Deise com o rosto um pouco cabisbaixo.

– Com assim é questão de tempo? Será que alguém pode me explicar o que está acontecendo aqui que eu não sei? – Perguntei tendo um troço já.

– Tudo bem, sem mais enrolação então. Jason está em coma e não sabemos quando ele vai acordar. – Falou Roger transtornado.

Choquei com a notícia (Não que eu seja um ovo e uma galinha tenha me chocado, ah, você entendeu!).

– Como assim está em coma? O que eu fiz para merecer isso? E se ele não acordar mais? O que vai ser de mim? Vou voltar para um orfanato? Eu estou pirando. – Comecei a chorar de leve (não berrando e soluçando como uma louca).

– Pelo que eu sei, seu aniversário de dezoito anos será mês que vem. Não precisará ir para um orfanato mesmo eu não fazendo a mínima ideia do que quis dizer com isso. Eu insisto que fique conosco querida, será bem-vinda lá em casa... novamente... - Disse Deise e eu apenas assenti com a cabeça.

2 dias depois

– Finalmente to livre desse lugar fedorento e cheio de bactérias no ar. – Não Rachel, imagina! As bactérias não estão no ar, porque estão ocupadas ajudando o papai noel pro natal! Irônica comigo mesmo, isso aê!

– Compramos muletas pra te ajudar com a perna querida. Faça bom proveito! – Disse Deise me alcançando aquelas pernas provisórias.

– Credo, não tem vergonha! Assim você mata o papai! De ataque epilético ainda por cima! – Disse fitando as muletas malignas com poderes do mau.

– Bom, é isso ou cadeira de rodas! Qual você prefere? – Falou Roger e eu sorri.

– Essa cadeira de rodas que vão me oferecer... é de motor? – Falei e eles sorriram balançando a cabeça negativamente. Aposto que estavam pensando o que iam escrever no meu túmulo, que seria “Aqui jaz uma garota que morreu andando de cadeira de rodas a motor. #DigaNãoaPreguiça#”.

4 Dias mais tarde

Querido diário, vim aqui para informar um assassinato antes de ele acontecer porque sou vidente e participei do programa as visões da Raven. Ela é muito sábia! Me passou um pouco de seus poderes!

Voltando ao assunto do assassinato.

Acontecerá logo após eu poder voltar a andar normalmente. Não se assustem quando eu jogá-las num precipício em milhões de pedaços impossíveis de serem montados.

Adeus muletas, foi um desprazer conhece-las.

Bom, ainda não aconteceu né, porque minha maldição continua forte aqui.

Querido diário: Eu não escrevo.

1 Dia mais tarde

– Jason, estou aqui conversando com você, porque eu acredito que você me escute. Faz uma semana que tudo aconteceu e devo admitir que está sendo um pouco difícil essa situação. Bom, hoje eu acordei com vontade de comer. Óbvio que eu acordei com vontade de comer, isso acontece todos os dias! Mas enfim, eu levantei e caminhei até a cozinha com aquelas pernas de pau nojentas e peguei uma frigideira. Fiquei um tempo admirando ela pensando no que eu poderia fazer para comer. Foi então que peguei dois ovos, farinha, fermento, azeite, sal, tomate e queijo. Todos sabemos que eu não sei cozinhar droga nenhuma então eu estava lá impaciente olhando para as paredes esperando que tudo que eu coloquei se fizesse sozinho. Pois é. Conclusão: Não coloque fermento! Aquela gororoba começou a subir e depois explodiu pra fora da frigideira, se espalhando pelas paredes e em mim. Mas minha fome era maior e não ia me vencer tão fácil, foi então que pedi ajuda pra sua mãe porque eu queria comer batata-frita de café da manhã. Queria que estivesse lá pra me dar um sermão e tentar fazer eu comer coisas saudáveis... Deixando meu drama de lado, ajudei sua mãe a descascar as batatas, cortei pelo menos uns três dedos com a faca. Quando ela viu meu desespero e viu que eu já estava brigando com as batatas, mandou eu ficar quietinha enquanto ela fazia... Tudo bem, isso não é importante. Jason, estou com saudade, acorde por favor! Eu preciso de você – Sussurrei a última parte e deixei minha cabeça cair sobre a cama do Jason.

2 dias mais tarde.

– Bom dia Jason, você não vai acreditar! Ontem foi uma loucura depois que eu saí do Hospital. Eu encontrei o Harry na rua, quando você acordar eu explico como reencontrei ele, na verdade eu tenho muita coisa pra explicar e colocar em dia. Enfim, estávamos perto de casa e tinha uns caras fazendo alguma coisa na rua, só sei que tinha um mega buraco. Tipo assim, você sabe que eu sou tonta e desastrada né? Pois é, eu não sabia da existência desse buraco e quando eu e Harry passamos por ele, eu caí lá dentro. E quando eu caí, fiz uma grande descoberta, eu havia caído no esgoto e estava cheia de merda. Harry tentou me puxar e acabou resvalando no barro e caiu junto. Conclusão: Voltamos para casa fedendo e com uma aparência que você não pode nem imaginar. Passamos por um bar e os bêbados começaram a vir, até parecia um apocalipse zumbi, sério, e eles começaram a pergunta se a gente precisava de ajuda. Eu queria correr dali sério, porém sou obrigada a andar com essas porcarias chamadas pernas ambulantes do capeta. Como seria bom se eu tivesse a minha sonhada cadeira de rodas a motor naquela hora. Acho que é isso. – Fiquei um tempo em silêncio e depois voltei a falar. – Jason, eu sei que está me escutando, sei que vai acordar, você é mais forte que isso... Estou com saudade de você. A casa está desanimada, o quarto parece sombrio e estou tendo ataques frequentes de claustrofobia. Sinceramente acho que você é a minha calmaria em épocas de tempestades. Preciso de você... muito... Por favor, acorde logo... – Terminei de falar e meu muro já estava desabando dando lugar a correnteza que havia em meu coração. Cheguei perto de seu rosto, passei a mão em seus cabelos e depositei um beijo em sua testa, logo depois, em sua boca. – Te amo...

Levantei e peguei minha bolsa e as muletas que estavam encostadas na poltrona. Estava prestes a sair quando...

– Rachel, também te amo...


Não quer ver anúncios?

Com uma contribuição de R$29,90 você deixa de ver anúncios no Nyah e em seu sucessor, o +Fiction, durante 1 ano!

Seu apoio é fundamental. Torne-se um herói!


Notas finais do capítulo

Espero que tenham gostado, deixem seus comentários...sobrevivo deles rsrsrs