Don't you dare steal my territory. escrita por Silent Scream


Capítulo 29
Zona de perigo


Notas iniciais do capítulo

Genteeee linda do meu coreee.....vocês vão fica "Oh my god" no próximo cap porque vai ter muitas revelações da Rachel.....Curiosos? Espero que sim....



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Eu estava apavorada. Caroline havia me encontrado e está sedenta por sangue. Geralmente lido bem com isso mas agora é diferente, amo as pessoas ao meu redor e a última coisa que eu quero nesse momento é perde-las. Isso pode não fazer sentido agora, mas quando abrir o jogo, tudo irá mudar.

Comecei a chorar na frente de Jason. Nunca gostei de chorar porque eu acho que é um sinal de fraqueza. Estou cansada de sempre recomeçar do zero, apesar de estar acostumada. Quero proteger as pessoas que estão ao meu lado nesse momento e ao mesmo tempo quero que fiquem longe de mim. Tudo que posso oferecer no fim é a morte, nada de bom acontecerá para quem andar comigo, ao contrário, apenas desgraças.

Não poderia ficar mais nenhum segundo naquela casa, era uma questão de amor pelas pessoas que me rodeiam.

Arrumei minhas malas correndo e coloquei elas no banco do passageiro do meu carro. Peguei as chaves do carro n bancada da cozinha e me deparei com os pais de Jason.

– Você está indo, certo? Espero que tudo se resolva e fique bem entre você e o Jason. Não vou impedi-la de ir. – Disse Roger e Deise me abraçando. Me despedi deles e segui até a garagem. Estava prestes a deixar tudo que havia conquistado para trás.

Revirei o carro procurando por qualquer sabotagem que pudesse ser uma emboscada mas não havia nada.

– Vejo que está um pouco tensa Katie Jankes, será porque vai chegar tarde demais em sua casa? – Falou uma voz no escuro se aproximando. Não havia dúvida que era Caroline. Fiquei estática e o sangue começou a subir.

– O que fez com Tereza e Harry Caroline? – Quando falei, vi que que não devia ter feito isso pois fez uma cara de surpresa e riu com desdém.

– Quer dizer que seu irmãozinho idiota está aqui? Não se preocupe, eu e Tereza tivemos uma ótima conversa. Estou ansiosa para ver Harry. Nos vemos por aí. – Disse e saiu da garagem, entrando em seu carro e acelerando.

Essa é aquela hora que você se pergunta, Ué, você sempre disse que Harry era o melhor amigo! Como diz agora que é seu irmão? Longa história, eu considero todo começo como se fosse a minha vida de verdade. Te deixei confuso? Daqui um tempo, tudo se esclarecerá.

Saí de lá como um jato que era jato e ficou mais jato ainda. Enfim, quando cheguei na frente de casa, deixei o carro estacionado de qualquer jeito no meio da rua e saí correndo.

A porta estava escancarada e havia várias coisas quebradas pela casa. Caminhei lentamente pelo primeiro andar esperando o pior, mas não havia nada. Subi as escadas mais temerosa ainda, com o coração na mão.

Quando comecei a percorrer aquele corredor que agora parecia mais longo que uma passarela, comecei a suar pelos olhos lentamente (qual é o problema? Eu não gosto da palavra chorar, dá arrepios).

Apareci no batente da porta de olhos fechados e comecei a abrir com muita cautela. A visão não poderia ser pior! Caí de joelhos ao ver que Tereza (Suposta avó) estava pendurada com uma corda no pescoço. Ver se ainda restava batimentos era inútil.

Limpei o choro. Não entendo! Porque eu nunca acostumo com essas coisas?

Dessa vez será diferente Caroline. Não se safará dessa vez, cansei de seus joguinhos.

Corri para o quarto e descontei a minha raiva desmontando o quarto inteiro praticamente. Depois, peguei um revólver que estava colado em uma fita debaixo da cama e saí porta a fora.

Fui até a casa do Harry, ali do lado para ver se estava tudo bem. Entrei pelos fundos, preparada para qualquer susto. Estava tudo escuro na casa, havia apenas uma luz ligada. Sabe aquela luz no fim do túnel? É, não tem nada a ver.

Quando cheguei ao quarto do Sr. E a Sra. Tompson, estavam caídos ao chão e havia sangue nas paredes e em várias partes do quarto. O pior de tudo, é que o sangue estava fresco. Provavelmente Caroline estava ali a poucos segundos atrás. Se eu não deixar o lugar logo, serei acusada por assassinato e serei presa de novo.

Fiquei perplexa ao pensar na possibilidade de encontrar meu irmão, assim como eles. Fiquei aliviada ao ver que ele não estava em nenhuma parte ou canto da casa.

Pude ouvir a partida do carro lá fora, e fui até a janela. Caroline estava saindo.

– Maldita, trancou as portas! Preciso de algo para quebrar isso aqui. – O meu pesadelo estava se repetindo de novo e dessa vez foi a gota d’água.

Achei um taco de baseball no quarto de Harry e corri escadas a baixo. Estraçalhei a trinca e fugi.

Quando cheguei no carro, ele estava com os quatros pneus furados. Desgraçada ágil.

Ela com certeza está indo a procura de Jason nesse momento, para mata-lo. Eu precisava urgentemente de uma forma de chegar à casa dele a tempo. Não posso pegar um taxi já que estou com um pouco de sangue na roupa. Saí correndo pelas ruas de Nova York e com um revólver no bolso do casaco. Estava me arriscando mas, nessa situação, quem liga pro risco?

Estava perto da casa, já era madrugada. Parei para tomar fôlego, quando vi o carro vermelho parando em frente a um açougue “aparentemente” abandonado, decidi que seria melhor ir até lá. Quem sabe se Jason não estaria em suas garras nesse momento?

Me escondi atrás de uma grande árvore e fiquei observando o movimento. Caroline saiu do carro com mais três homens carregando Jason desmaiado nos braços (é o que eu prefiro acreditar). Aquilo me cortou o coração.

Decidi que chamaria a polícia, quem sabe ela não seria presa dessa Vez? Liguei e um cara com uma voz grossa atendeu.

– Por favor, estou presenciando um assassinato e preciso que venham imediatamente até o local!! – Cochichei no telefone.

– Ok, rastrearemos seu telefone e chegaremos o quanto antes. – Falou o policial do outro lado da linha.

– Quando chegar, deixe as luzes apagadas e não ligue a sirene, será pior. – Cochichei novamente e o policial resmungou um “entendido”. Desliguei e fiquei esperando. Os policiais estavam demorando e eu estrava entrando em pânico. O que estava acontecendo lá dentro nesse momento? Eis a pergunta que não cala na minha mente.

Uns dez minutos depois vi que o carro da polícia se aproximava lentamente e silenciosamente. Dentro da viatura havia três homens. Entraram sorrateiramente dentro do açougue. O cheiro de carne podre invadia minhas narinas. Eles disseram para mim ficar lá fora, mas a vida da pessoa que eu mais amo nesse mundo está em jogo. Eita, eu disse isso mesmo. Não tem nada de errado em amar uma pessoa certo?

Ouvi algumas vozes lá dentro depois que os policiais entraram. Quando finalmente começou a troca de tiros, me enfiei embaixo de uma mesa. Quase vomitei ao ver que meu amigo e companheiro aqui embaixo era um peixe podre. Fiquei respirando pela boca até os tiros se cessarem. Estiquei a cabeça para analisar a situação e vi que os caras estavam no chão, mas os policiais também. Apenas Caroline e Jason estavam ali.

Caroline estava de pé, Jason estava deitado em um coiso estranho de aço com as mãos presas e as pernas também. Sua boca estava tapada com um pano velho. Tive uma súbita vontade louca de aparecer e salvar o dia. E foi o que eu fiz, tirando a parte do salvar o dia, até porque não sou o Superman ou coisa parecida. Rachel, não é hora para brincadeirinhas.

Quando apareci na sala, em questão de segundos fui atingida por dois tiros na perna. Caí e estava com muita dor, era cruciante.

– Katie, olhe para cá, acabou pra você. Vai morrer aí sentada e jogada, porque ninguém irá te salvar. Olha o lado bom, poderá ver a morte do seu namoradinho ao vivo! – Jason estava todo roxo e espancado. Ok, já posso morrer agora.

– Porque não me mata de uma vez por todas? – Perguntei e ela riu com desdém.

– Não teria graça sem antes você ver isso. – Falou como se fosse tudo óbvio.

Caroline apontou a arma na cabeça de Jason e eu congelei.


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Notas finais do capítulo

E agora, o que vai acontecer ??? :OO