No Need to Say GoodBye escrita por Céu Costa, Raio de Luz


Capítulo 30
Uma longa noite - Segunda Parte


Notas iniciais do capítulo

Bom, esta batalha de fato é muito grande, e eu garanto que ainda teremos muitas emoções por vir!



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Pov Aurora

A minha primeira reação ao ver que a batalha estava começando, foi correr. Tipo, muito mesmo. Eu sabia exatamente onde eu deveria ir, e estava desesperada. Caspian nem tentou me impedir, estava ocupado demais atacando os seres sombrios que invadiam meu lindo jardim. Parem de destruir o meu jardim, seu bando de vândalos!

Então, eu cheguei ao exato centro do jardim. E lá estava ela, reluzente, com suas grandes maçãs de prata projetando luz própria. Era ela sim, a Árvore da Eterna Juventude. Ah, e como ela é linda! Mesmo vindo aqui todos os dias, eu nunca me canso de admirá-la.

Olhei ao meu redor. O horizonte estava tornando-se rosado com os tons do amanhecer, apesar de ainda não ter claridade. Agora que estou aqui, sinto um poder forte erradiar de mim, e eu preciso proteger esta árvore, o tesouro mais precisos de Nárnia. Ergui meus braços para os céus e fechei meus olhos, convocando silenciosamente todas as forças da natureza, eu sentia eles respondendo meu chamado. Pequenos espinheiros brotaram na relva, crescendo com rapidez, se entrelaçando, torcendo e contorcendo, crescendo ao redor da árvore como um enorme muro, forte e poderoso, grande e resistente o suficiente para atacar qualquer um que se aproximasse.

Então eu sentei aos pés da árvore, e esperei.

***

Pov Cristal

– Rilian... - eu sussurrava, chorando. Ele não respirava mais, estava pálido e frio, nem se movia - Por favor, não faça isso comigo... Não faça...

Ele fechou os olhos, e não abriu mais. Eu gritei com toda a força dos meus pulmões, sentindo toda a dor daquela morte sobre mim. Era minha culpa, eu sabia que era. Rilian estava morto nos meus braços, e eu era a culpada de tudo isso. E eu só conseguia chorar e chorar, e gritar e gritar, lamentando extremamente.

– NÃO! CRISTAL, NÃO! - Pedro gritou.

Senti que ele me puxava com força, me arrastando pelo braço. Ele me segurou pelos cotovelos, me afastando. Em uma fração de segundo, um enorme minorauto desceu seu machado, com a intenção de me acertar. Ele ia me acertar, mas seu machado cravou forte no peito do Rilian. Bem no coração.

– NÃÃÃÃÃÃÃÃOOOO! - eu gritei, em desespero - RILIAN!!!

O corpo dele se desfez em uma névoa dourada, e desapareceu. Caspian correu, e derrubou o minotauro, cravando sua espada no peito do monstro, que se desfez em névoa negra. Eu ergui meus olhos, e eu vi, como um borrão de tinta, muito embaçado, uma batalha forte rolando ao nosso redor. Monstros horríveis atacavam meus amigos, eu via o ar se transformar e se dissolver em névoas negras e douradas. Caspian gritava, olhando para nós dois. Ele movia seus lábios, mas eu não conseguia compreender o que dizia.

Pedro me levantou do chão, me segurando com força em seus braços. Acorde, Cristal! Acorde! ele dizia. A voz dele era a única coisa que conseguia me manter meio acordada.

– Cristal, olha pra mim! - Pedro me chacoalhou - Olha pra mim!

Eu olhei para ele. Atrás dele corria um enorme centauro de olhos vermelhos e pelo negro, erguendo sua espada contra ele. Eu gritei, e Pedro se virou. Em pouco tempo, ele retirou sua espada da bainha e cravou na cabeça daquele monstro, dissolvendo-o.

– Você não está mais no Brooklin! - ele bufou, e então saiu correndo junto com o Caspian, para atacar os outros seres sombrios.

Eu fiquei apenas observando eles se afastarem. Então Lúcia puxou meu braço.

– Cristal, você tá legal? - ela perguntou.

– Você fica legal numa guerra?! Aquele desgraçado matou o Rilian! - eu gritei.

– Eu sei, eu vi, mas escuta, a gente tem que ficar juntas, tá? - Lúcia disse, me dando uma espada - Pedro te ensinou a usar, use! Acerte a cabeça, ou o coração! E fique junto comigo!

Tudo aconteceu rápido demais... Todos empunhavam espada e lutavam ferozmente, reis, rainhas, guerreiros, sábios, animais e criaturas. Monstros atacavam, e eles defendiam, esforçando-se para evitar que os seres sombrios chegassem ao muro de espinhos. Eu me esforçava, e até estava indo bem, ajudei Lúcia a derrubar muitos deles. Mas Pedro... ah, ele sim era demais. Ele não parecia apenas concentrado, estava furioso, atacava os inimigos com maestria e graça. Estranho admirar um garoto matar monstros e achar ele lindo, no Brooklin não tinham monstros nem coisas do tipo, mas enfim...

De repente, Lúcia ergueu seus olhos, assustada. Eu olhei na direção que ela olhava, e me assustei também. Valentiny estava aqui. Ela andava graciosamente pelo meio da batalha, e parecia que ninguém notava sua presença, pois ninguém ousava atacá-la, amigo ou inimigo.

– Para onde ela vai? - eu suspirei, limpando o suor da minha testa.

– Para o muro da Aurora! - Lúcia gritou, alarmante.

Zahra voou como um raio por nós, tentando alcançar Valentiny. Mas a megera não podia ser alcançada. Tudo o que pudemos assistir foi Valentiny sorrir maquiavelicamente, e então o muro de espinhos se abriu em sua frente, como se fosse apenas um portão comum. Ela entrou, e depois o portão se fechou, trancando Valentiny, Zahra e Aurora lá dentro.


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