No Need to Say GoodBye escrita por Céu Costa, Raio de Luz


Capítulo 15
Dia 8 - Um presente do Pedro


Notas iniciais do capítulo

Esses dois são muito fofos juntos, não acham?



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Pov Cristal Hale

Eu tenho ficado muito próxima do Pedro nesses dias. Mas só vim reparar isso quando Aurora comentou. Se está tão evidente assim pra ela, que a gente só vê uma vez por dia, acho que deve ser verdade.

A Lua brilha lá fora. Eu e Pedro estamos conversando, enquanto caminhamos pelos corredores, depois do jantar. Neste dia em particular, ele está muito contente, pois Lúcia disse que meu braço estava completamente curado, e tirou minha faixa. Por isso, ele sente-se aliviado, pois a faixa era o símbolo da culpa dele nesse acidente, e agora estava tudo bem.

– Mas e então? - eu perguntei outra vez - O guarda roupas foi mesmo feito de madeira narniana?

– Foi, incrível, não acha? Todo feito de macieira mágica... - ele comentou, empolgado - Eu cheguei a ver os anéis da história do Professor Digory, eu mesmo os segurei em minhas mãos!

– Parece legal, chegou a usar algum? - eu perguntei denovo.

– Não... Aslan foi mais rápido. - tom estranho esse que ele usou. Um misto de dor, tristeza e alegria - Mas, felizmente eu os guardei lá na sala dos tesouros, embora ele não tenham mais nenhuma utilidade aqui...

– Eles ainda existem no meu mundo? - minha curiosidade falou mais alto.

– Não... vieram comigo. - ele disse, e eu fique bastante triste. Queria que houvesse um meio de poder visitar eles. Queria mesmo. - Você ficou triste... Não gosto de te ver assim. Vou buscar um presente.

Ele falar aquilo me deixou muito animada. Quem é que não adora ganhar presentes?

– Mas antes, quero que feche os olhos. - ele pediu.

– Ah Pedro! Eu quero meu presente! - eu reclamei.

– Por favor! - ele implorou, aqueles olhos azuis brilhando com a luz das tochas que iluminam o caminho...

Eu fechei meus olhos. Fui ouvindo a voz dele sussurrar para que eu mantivesse meus olhos fechados por muito tempo. Mas então, eu passei a ouvir apenas o silêncio. Ouvia tudo: o fogo crepitar nas tochas, o vento sussurrando suavemente nas folhas das árvores lá fora, e então, passos se aproximando. Eu ouvi ele abrir algo, um abafado de uma caixa acolchoada. Depois, senti suas mãos quentes puxarem meus cabelos dourados delicadamente, e atarem uma pequena fechadura. E então, me conduziu lentamente até algo que estava apenas a alguns passos de mim.

– Pode abrir agora. - ele pediu.

Eu abri os olhos. Pedro estava atrás de mim, ainda segurando em meus ombros. Em minha frente, o espelho que costuma ficar perto do corredor dos quartos. E em meu reflexo, vi algo reluzir suavemente. Era um pingente, com formato de Lua, todo formado por cristais da mais pura gema branca. Era tão perfeito, e tinha uma corrente de prata, presa em meu pescoço.

– Que joia linda... roubou de quem? - eu perguntei, e ele riu.

– Reis não roubam, tomam posse! - ele falou - E ela já era minha.

Eu olhei para ele, sorrindo.

– Ah, não! Quer dizer, não era bem minha, é que eu já tinha.... - ele se atrapalhou todo - Esquece, era da Susana. Eu ia dar pra ela, mas...

– Quem é Susana? - eu perguntei automaticamente. Ele suspirou, meio triste.

– Susana foi.... só.... - ele sussurrou.

– Entendo. - eu abaixei a cabeça.

– .... muito importante. - ele sussurrou no meu ouvido. - Eu sinto muita falta dela.

Acho muito curioso eles falarem dessa Susana tão secretamente. Parece ser um grande mistério a existência dessa moça. Ou, ela fez algo muito terrível. Tudo me leva a crer que foi uma ex do Pedro. Ou irmã. Se foi irmã, eu sei exatamente como ele se sente. Sinto muita falta do Charlie. Ele podia ser chato, mas era meu irmão. E eu amo ele. Pedro encostou seu rosto em meu ombro, por trás, e eu puxei seus braços, abraçando minha cintura. Ele ficou um tempo em silêncio. A gente não precisava falar. Era triste. Tristeza somente.

– Olha, a Lua. Desde que você me disse aquelas coisas, eu queria te dar algo para lembrar da Lua. - ele sussurrou, depois de um tempo - E para lembrar de mim.

– Pedro... - eu disse, emocionada - Ele é lindo!... Brilha como a Lua!... E olhe! Cristais!... Cristais para Cristal! Eu o adorei!... Posso ficar com ele?

– Claro! Ele é seu! Presente. - ele sorriu.

– Obrigada! Obrigada! Obrigada! Obrigada! - eu o abracei, atirando-me ao seu pescoço. Estava muito feliz. Pedro me abraçou também, e me girou no ar, fazendo meus pés flutuarem. Aquilo foi incrível. Ele era incrível.

– Espera! - eu o soltei - Eu tenho que contar pro Rilian!

– Pra quem? - ele me olhou surpreso - Por que pro Rilian?

– Porque ele é meu melhor amigo! Ele vai adorar! - eu disse, já correndo - Te vejo amanhã!

Eu me distanciei dele, correndo como uma louca. Preciso achar o Rilian. Preciso conversar com ele. Preciso vê-lo.


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Notas finais do capítulo

O Rilian, Cristal?



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