Odeio tanto não conseguir te odiar escrita por jesy lima


Capítulo 8
Beijos roubados nos tentam ao pecado


Notas iniciais do capítulo

Demorei mas cheguei meus benzinhos



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Jogando seus pensamentos para longe, eles se beijaram, não digo "novamente" porque para eles aquele sim foi o primeiro beijo deles, os dois queriam sentir o sabor um do outro, o gosto que o oposto tem, suas bocas se moviam num beijo frenético ansiando por mais, ele a apertou contra seu corpo a fazendo sentir o volume que estava se formando em suas causas, eles gemeram pela maravilhosa sensação, inebriada pelo momento Gina subiu na cintura de Ferdinando fazendo-o suspirar, aquilo era bom, ousada e por que não gostosa? eles estavam em estado de ebulição, se isso continuasse assim aonde é que iria terminar?

Todo o seu alto controle esvaiu-se como pó, toda irá, ódio e raiva que eles sentiam um pelo outro se desfez, manifestando um insano desejo que pulsava a cada contato entre seus corpos, Gina se movimentava instigantemente sobre a cintura de Ferdinando, já as mãos dele passavam por todo corpo dela, querendo tela mais e mais a cada instante, suas intimidades colidiam separadas apenas por suas roupas, eles se beijavam de uma forma intensa, profunda e molhada, aquilo beirava a loucura, eles eram loucos, mas naquele momento eles estavam loucos um pelo outro.

Uma densa chuva começou a cair, e mesmo eles estando cobertos pela grande arvore, suas folhas não foram capazes de reter toda a água que caia, aquela chuva incessante os molhou sem piedade alguma, e como o toque de clarim eles despertaram, recobraram a razão desgrudando seus lábios, atônitos eles se olhavam e podiam se ver dentro de seus olhos, suas imagens refletiam como num espelho d'água, fisionomias essas que eram de pura confusão, que combustão efervescente tinha sido aquela que os tomara? era a pergunta que eles se faziam.

—Sai de perto de mim- Gina saiu dos braços dele o empurrando e o jogando para longe, fazendo com que Ferdinando se desequilibrasse e caísse sentado numa poça, que tinha acabado de se formar com a água da chuva que continuava a cair.

Ferdinando ficou encharcado, e como se não bastasse ela ainda caçoava dele rindo como se ele fosse um palhaço de circo, aquela fera o ridicularizava era tudo culpa dela, só que isso não ficaria assim, ele iria dar o troco com juros e correções.

Levantando e fazendo uma cara de poucos amigos, sem dizer uma palavra, ele caminhou em direção a ela, Gina desfez o seu sorriso de imediato, ele parecia querer causa-la medo, e estava quais conseguindo, ele vinha lentamente seus punhos fechados demonstravam sua revolta diante o ocorrido, Ela fechou os olhos e esperou o inimigo chegar, poderia ter ido em bora, mas não era de seu feitio fugir da raia e muito menos pedir desculpas.

Ele se deteve, não era sua real intenção machucá-la, só amedronta-la um pouquinho, parado a observando ele reparava nas gotas de chuva que caiam pelo rosto dela, elas rolavam e algumas terminavam seu curso naqueles carnudos lábios vermelhos, inchados pelos beijos que ele dera, ele ainda podia sentir o doce sabor daquela boca.

—Ocê é uma menina levada Gina -Ele disse a segurando pelos ombros.

Ela foi abrindo seus olhos.

—E meninas levadas precisam de castigo

Gina arregalou o olhar assustada, "O que ele faria com ela? será que ele a espancaria, amarraria ou faria coisa pior, num lugar como aqueles que não passava nenhuma alma viva, ele não teria dificuldade alguma, ninguém escutaria os seus gritos de socorro...não, que isso estamos falando de Ferdinando, ele não teria calibre para aquela bizarrice, aquele lá não tinha coragem de matar nem se quer uma mosca". Esses pensamentos a tranquilizaram.

—Eu não tenho medo de ocê -Ela levantou o queixo afirmando o que dizia.

Ele sorriu, ela era valente isso só o deixava mais curioso para descobrir qual seria o medo dela, pois ele aprendeu que todo mundo guarda um medo dentro de si, sem exceção, uns medos são bem comuns outros bem sórdidos, mas todos temos um medo ou até vários, esses fatores dependem muito de pessoa pra pessoa.

Ferdinando estava contente, pelas palavras ditas por ela, mesmo que provocativas, ele não queria ser o medo dela, ele nunca a faria mal, mas não quer dizer que ele não se vigaria. A segurando pelos ombros ele a jogou na mesma poça com a qual ele havia caído, espirando água para todos os lados, ele era adepto ao código de Hamurabi, fazer o que né?

Gina deu um grito agudo e ensurdecedor por ter sido jogada tão bruscamente na poça, ela não se relou mas seu bumbum parecia que tinha sido triturado, é pelo jeito ela não sentaria por um mês.

—Eu te odeio Ferdinando, eu te odeio -Ela rosnava batendo na água em sua volta, ele era um patife de nível maior, a queda podia ter a machucado, será que ele não raciocinava?

—Calma minha cara quem sabe isso não lhe esfria né mesmo. -Ele ironizou se dobrando de tanto rir e oferecendo sua mão para ajudá-la a levantar.

Mostrando uma expressão nada menos que agressiva, ela deu um peteleco na mão dele recusando a ajuda, levantando sozinha e indo embora. Mas antes de ir ela o olhou por cima de seu ombro e deu-lhe um aviso.

—Não apareça mais na minha casa!

—Ara pelo o que eu sei a casa não é só sua, e não estou pensando em aparecer somente na sua casa, que tal no seu quarto? quem sabe na sua cama? ou até mesmo na sua vida, meu AMOR. -Ele sorriu cinicamente.

—Isso é o que veremos. -Ela também sorriu cinicamente.

E se foram, suas almas mais fechadas que o tempo em meio àquela tempestade.

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Gina sentou-se na soleira de sua casa, e se pois a chorar, deixou que as lagrimas banhassem seu rosto assim como as gotas de chuva que caiam pela sua face, ela se martirizava por ter deixado ele a beijar, ele sugou suas forças, seu autocontrole, e toda a confiança que ela tinha nela mesma, como um vampiro um sugador de sangue, ele a seduziu e ela tinha gostado, era tudo tão pacato antes dele chegar, só que ele veio trazendo com sigo todo aquele cataclismo de sentimentos que devastavam-na a todo instante que ele estava por perto.

—Ara desgraçado -É o que ele era aquele ladrão furtou um de seus bens mais preciosos (seu primeiro beijo) poderia até soar meio meloso, mas era essa sua concepção, o beijo, o primeiro beijo deveria de ser em alguém que ela amace ao ponto de ser inesquecível, e não nele, a pessoa que ela mais odiava, aquilo estava errado.

—Gina Falcão o que ocê está fazendo nessa chuva, ocê quer pegar uma pneumonia é menina?

Gina revirou os olhos, sua mãe era sempre tão dramática, digna de um oscar, mas fez o que sua mãe pediu, Dona T estava certa se ela continuasse lá na chuva, pensando no engenheiro iria acabar ganhando um resfriado de quebra.

(Enquanto isso na casa dos napoleões)

—Atchim! obrigado por me trazer esse chá Amância. -Ferdinando agradeceu com a voz fanha pela gripe que pegara após o passeio na chuva.

—De nada doutor Nando eu tô aqui pra isso.

—Bonito né Nando, da onde já se viu sair numa tempestade daquelas, agora tá ai ô de cama. -Catarina repreendia o enteado, muitas vezes ela se sentia mãe de Ferdinando, e naquele momento ela queria o dar uma surra por sua irresponsabilidade.

—Não exagere Catarina, eu não estou doente isso é apenas um resfriado passageiro, amanhã mesmo eu já vou está de pé, e vou poder ir falar com seu Pedro sobre aquele nosso assunto. -Ele disse otimista.

—Mas ocê já não foi falar com ele hoje? -Catarina indagou, desinformada sobre os últimos acontecimentos.

—Fui! mas ele não estava lá ele foi a cidade -Ferdinando deu uma pausa o resfriado estava o deixando exausto. -mas na volta ocê não sabe logo com quem eu cruzei meu caminho. -Ele fez suspense.

—Quem? -Catarina perguntou, se aproximando de Ferdinando para que ele dividisse o segredo.

Os dois olharam para a Amância que continuava parada no mesmo lugar, até que ela sacou a indireta, eles queriam trocar confidencias a sós.

—Já vi que estou sobrando. -Amância se retirou fechando a porta do quarto de Ferdinando ao sair.

—O que que ocê apronto dessa vez Ferdinando? -Ela lhe lançou um olhar interrogador.

—Ara sô desse jeito eu não conto, ocê deveria de ser mais boazinha comigo afinal eu estou doente. -O engenheiro fez manha.

—Ai é e o que aconteceu com o "Eu não estou doente isso é apenas uma resfriado passageiro"? sem mais rodeios Nando diga logo! -Ela não gostava quando o enteado tardava em falar, aquilo não era um bom sinal.

"Santa paciência" mas que se dane era melhor confessar logo tudo.

—Eu encontrei a Gina, e quando eu dei por mim a gente estava se beijando, não foi bem assim, no começo foi roubado mas depois...aconteceu o nosso beijo, nunca pensei que uma mulher daquelas pudesse ter uma boquinha tão doce, e se não fosse pelo tempo lá fora teria ocorrido o pior.

—Ocê perdeu o juízo Ferdinando? -Aquela revelação foi como espremer seu coração.

—Perdi Catarina não sei onde eu deixei, não sei onde comprar. -Ele recriminava-se por ter sido tão impulsivo.

—Ocê me prometeu que ia respeitá-la -Catarina indagou buscando oxigênio em seus pulmões.

—Prometi só que ela me provocou ocê sabe que aquela ali pra diaba não falta nada. -"E como beija bem a diaba" ele disse em seu subconsciente.

—E ocê ainda vai lá mesmo depois do ocorrido? E se ela tiver contado pros pais dela?

—Vou Catarina! E não! Ela é muito casca grossa pra admitir que foi beijada por alguém. -Ele estava convicto quanto a isso, e essa era uma das coisas que ele mais gostava nela.

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No dia seguinte Ferdinando acordou se sentindo revigorado, sua saúde tinha voltado e graças ao chá milagroso que Amância havia lhe dado, estava pronto pra outra.

Próximo a casa dos Falcões Ferdinando avistou Juliana, seus braços abarrotados de papeis no qual ela carregava com uma certa dificuldade, ele se prontificou em socorre-la.

—Bom dia professora quer uma ajudinha? -Ele pegou os papeis das mãos dela sem nem mesmo esperar a resposta.

Juliana respirou aliviada por ter se livrado daquele peso.

—Obrigada doutor, olha normalmente quem me ajuda com isso é a Gina, mas hoje ela acordou com o relógio meio virado, ai pronto quem paga o pato sou eu.

—Com o relógio meio virado? por que? -Ferdinando questionou curioso.

—É que ela não dormiu nada bem ontem, ficou rolando na cama a noite toda, e hoje ela acordou incomunicável não queria falar com ninguém.

—E foi? -Que noticia surpreendente, ele suspeitava o motivo daquela insônia, pois nele tinha surtido efeito contrário, ela abitou seus sonhos na noite passada.

E assim eles foram papeando, a conversa entre eles fluía naturalmente, até que eles chegaram na residência tão esperada.

—Ferdinando a casa não é minha mas eu acho que você pode entrar. -Juliana o convidou entrando antes dele.

Ao entrar na casa juliana tropeçou no batente da porta e quase cai de cara, tirando risos do engenheiro que velozmente se desfez dos papeis e a salvou de se esborrachar no chão.

—Juliana será que dá pra ocê deixar o batente? -Ferdinando disse zombando da professora.

Seus estômagos doíam de tanto que eles riam

—Que barulheira é esse eu posso saber? -Gina resmungou adentrando o recinto.

—Ocê e aqui dentro, eu não lhe avisei que eu não queria que ocê pisasse mais em minha casa? -Gina sacou a faca em seu coldre e apontou para Ferdinando.

Juliana levou a mão a boca abafando um grito, ela estava preste a si tornar testemunha de um assassinato.

Ferdinando manteve-se imponente com um de seus sorrisos de lado, Gina baixou a guarda e sem vacilar por um minuto ele a desarmou segurando o pulso dela firmemente e a mantendo mercê de seus encantos.

Saindo de fininho juliana os deixou para que se resolvessem, era evidente o que eles não queriam ver, mas por enquanto era melhor ela guarda só para si mesma.

—A minha presença te incomoda Gina. -Ele foi com o nariz em direção aos cabelos dela para inalar aquele perfume que tanto o agradava.

Ela deu um passo para traz mantendo distância, achando que ele fosse a beijar.

—Não, ocê não me incomoda. -Ela foi ríspida.

—Dormiu bem? -Ele a questionou só para ver a desculpa que ela iria arranjar para aquelas olheiras que se destacavam em seu delicado rosto.

—Como uma pedra. -Ela respondeu desprendendo seu olhar do dele, era péssima com mentiras.

—Seu pai está? -Ele lembrou-se da razão de sua vinda até ali.

—Não sô, uma hora dessas ele está na lida, e quanto a mim eu não tenho nada para falar com ocê, passar bem, adeus, e de preferência não volte mais. -Gina subiu as escadas abandonando Ferdinando, ela se sentia estranha perto dele, ainda mais depois do beijo.

Ferdinando já estava cheio de ser tão destratado, a seguiu e parou a ruiva no corrimão da escada.

—Menininha eu não acabei! Me diz por que ocê é assim, por que ocê me odeia, ocê é tão chata e antipática, isso é só para me repelir ou tem algo escondido por traz de toda essa grosseria? -Ele já estava cansado de tantos conflitos entre eles, de tantas brigas banais, tinha que ter um fim, e seria agora.

Gina arquejou, o fato é que ela se fazia a mesma pergunta queria a verdade para tantas discussões triviais e sem sentido, queria encerar aquela rixa e o clamante desejo que a dissipava, e descobrir o que eles verdadeiramente sentiam um pelo outro. Ela o olhava com um olhar perdido.

—Como é que eu vou saber Nando? -Ela foi sincera em cada palavra.

—Assim. -Ele a pegou pela nunca e a puxou para um beijo, mas antes de suas bocas se tocarem eles foram interrompidos.

—Eu posso saber que pouca vergonha é essa? -Exclamou Pedro falcão indignado ao flagrar aquela cena.


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Notas finais do capítulo

O negocio deu ruim pra eles galera, mas quem sabe isso no valha a pena, em?
Beijão amores