Odeio tanto não conseguir te odiar escrita por jesy lima


Capítulo 10
Simplesmente improváveis


Notas iniciais do capítulo

Oie minhas lindas :) tudo bem com vocês?
mais um capitulo ai pra abrilhantar nossa historia,
só que esse é especial,
quem curte Zeliana ai levanta a mão,
amantes de Zeliana espero que gostem,
mas calma que tem um pouquinho de Ginando ai também
Boa leitura meus amores!



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Exatamente 8:00 horas da manhã, todos estavam devidamente sentados em suas carteiras, a olhavam atentamente esperando a iniciação de sua aula, que ela não tardaria a começar, conferiu tudo em seu birô, cadernos, livros, lápis, tudo adequadamente posto sobre sua mesa.

Pegando um de seu giz na qual ela possuía uma infinidade de cores em sua coleção, se moveu ao centro daquela humilde e suntuosa escolinha, cor!...sim, ela amava as variações de tons, assim como pintaram sua escolinha, bem colorida, aquilo trazia vida, alegria, e assim ela os ensinaria, com cor e amor, dizem que cada pessoa nasce com uma missão, com um objetivo especifico, e esse era o seu, leva o aprender, os mostrar como a vida é! E como pode ser maravilhoso a experiência de se obter o conhecimento, saber ler, e mergulhar profundamente nesse oceano imaginaria para onde a leitura levava, e nisso formar verdadeiros cidadãos prontos para encarar o mundo.

— Bom dia meus queridos, hoje vou ensinar a vocês a família do alfabeto, como eu já lhes mostrei nas aulas passadas, ela se divide em dois tipos: As vogais e as consoantes, as vogais são?

—A..E..I..O..U –Disseram os alunos em uníssono

—Muito bem – Elogio Juliana orgulhosa de seus pupilos. –Agora vou lhes apresentar as consoantes que são B..C..D...

E assim a aula prosseguiu...

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—Ufa! Mais um dia de trabalho concluído com sucesso –Suspirava Juliana feliz, e ao mesmo tempo exausta, juntando suas coisas e fechando a porta da escola, após mais um dia de aula ensinará duas turmas uma no período da manhã e outra no período da tarde, merecia um descanso.

Depois que trancou a porta e a conferiu se estava bem trancada, ela virou-se para seguir seu caminho, no entanto, se surpreendeu quando trombou de cara com o rapaz que a esperava pacientemente.

Um moreno de feições firmes e porte rígido, a esperava parado empatando a saída, observava-a como se ela fosse um animal recém descoberto, decorando cada movimento que ela executava, isso a deixou desconfortável.

—Ah... você deseja alguma coisa? –Questionou Juliana meio apreensiva em relação ao rapaz a sua frente.

Zelão calado estava calado ficou impossibilitado de formular uma só palavra na presença de uma beldade como aquela.

—Hm.. estou lembrada de você, Zelão não é? –Perguntou, mas já sabendo de quem se tratava.

—Sou ieu mesmo – Ela lembrava dele, lembrava, o que aquilo significava? “Larga de ser bobo Zelão” recriminava-se a si mesmo, ele não se permitiria idealizar tal improbabilidade, seria praticamente impossível tal interesse de uma moça fina como ela por ele, nem em um milhão de anos, ela uma professora, e ele um mísero matuto, jamais chegaria a acontecer tamanho impropério.

Essa disputa interna o entristeceu, tinha plena consciência que ele não serviria para ela, como diziam por ai “Ela era muita areia pro caminhãozinho dele” tinham razão, lamentável realidade.

Juliana notou a brusca mudança no semblante do moço.

—Olha eu posso ajudar em algo? –A professora se aproximou e o tocou no ombro, se sensibilizando, pelo rustico só que no momento tão frágil rapaz.

No instante que o tocou, veio em seu corpo uma sensação boa, gostosa, uma vibração amena passou pelos seus dedos, ela retirou sua mão abismada com a sensação que não se encaixava em nada com o normal.

—A senhora me permite lhe acompanhar até sua casa? E deixe-me carregar esses...livros pra senhora também. –Ele apontou para o material nos braços da professora.

—Aceito sim, mas primeiramente retire esse “senhora”, não precisa dessas formalidades, me chame apenas de Juliana –Ela sorriu graciosamente, entregando seus livros para ele –Talvez você já saiba que ainda estou hospedada na casa dos Falcão?

—Sei! Ouvi uns e outro ai falando –E como ele sabia, já avia perguntado para todos os fofoqueiros e não fofoqueiros a respeito daquela donzela –E ocê tá gostando de morar lá?

—Estou! a família Falcão é bem receptiva, a casa é bem aconchegante, na verdade era pra está residindo aqui, porem a obra da escola não está totalmente pronta, o quarto que irei ficar ainda estão providenciando, mas é ótimo morar com seu Pedro e a família dele, no entanto é provisório.

—Ah! Que bom que tá gostando de lá, Seu Pedro é um grande homem, muito respeitado por essas banda aqui, tenho muita simpatia por ele, meu patrão já teve muitas rixas com o Seu Pedro por questão de política, só que agora eles votaram a ser amigo, me falaram que tão pensando inté em casa os filhos. –Disse Zelão contente.

—É a Gina e Seu Pedro também me falaram sobre essas desavenças do passado, mas me conta como foi que culminou exatamente essa briga? – Quis saber a professora, andando rumo a casa de onde estava hospedada, acompanhada por um capataz que não desprendia o olhar do dela.

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Ferdinando teve a sensação de já ter vivido aquele momento antes, um déjà vu passou pelos seus pensamentos, quando ele se virou para olha-la, ela estava com um sorriso no qual ele não estava familiarizado, um sorriso tão singelo tão suntuoso. Então se lembrou “Ele então fechou os olhos e se deixou levar pelos seus sonhos, em seu sonho ele se sentia praticamente em outro mundo, ele estava trabalhando como agrônomo, mas só que aquelas terras não eram as de seu pai, ele parou e ficou observando o pôr do sol, aquilo lhe dava uma paz uma plenitude que ele nunca tinha conseguido alcançar em toda sua vida. Alguém falava ao seu lado lhe contava sobre a vida no campo, sobre os animais que ali viviam e sobre muitas outras coisas, e nossa aquela voz lhe era familiar”. Claro que era familiar, era ela, a mulher em seu sonho, ele havia tido uma premonição com aquele momento, e ao lado dela, mas como? E por que? O destino é mesmo surpreendente.

Surpreendente não, assombroso, precisava botar em ordem seus pensamentos, suspeitava está sofrendo de um mal que ele não queria sofrer tão cedo, suspeitava está sofrendo de paixonite aguda, ainda era tão jovem, não que ele não quisesse se apaixonar nunca em sua vida, que isso, claro que ele queria, fazia parte de um de seus “sonhos”, mas agora? E logo pela mulher mais intransigente da face da terra? O sexo frágil dela passava a quilômetros de distância, ela não, não podia ser.

—Pois bem Gina...eu..eu -Ele gaguejava um de seus sinais quando ficava nervoso –Eu tenho por mim que já descansamos por demais, já tá tarde o sol inté se pós –Argumentava, pondo-se de pé e retirando um pouco de terra que avia grudado em sua roupa, ele tinha que sair de lá, colocar seus pensamentos nos eixos, desanuviar sua cabeça, e não daria para pensar direito sentado naquele local, com ela e com aquele recém descoberto sorriso que passou a se tornar um de seus favoritos. Não dava!

—Ocê já vai? –Ela se pois de pé também, desejava que ele permanecesse conversando com ela, jogar conversa fora com ele até que tinha sido extremamente agradável, “Que estranho” pensava ela.

—Sim! –Ele disse simplesmente e com um semblante pensativo.

—Se é assim! Eu estava pensando em te convidar pra jantar lá por casa, mas já que ocê tem que ir logo embora...o convite fica pra outra...-Ela deu de ombros.

Pera ai ele tinha escutado certo? Gina o convidando para jantar? Mesmo num estado de bater em retirada, de querer arrumar uma rota de fuga, com seus pensamentos em vendaval como se encontrava, ele não se permitiria ignorar o convite, “Que mulher imprevisível” quando ele achava que lera todos os seus segredos e escolhas, que a enxergava ali como em um livro aberto, ela o mostrava que ele não avia chegado nem no prólogo do seu ser, ahh mais ele não deixaria a oportunidade passar.

—Ora, Ora Giiina...pensei que nunca viveria para testemunhar uma coisa dessas –Indagou Ferdinando, firmado em seu ar provocador.

Gina franziu a testa “O que ele queria dizer com aquilo”?

—Ocê me chamando pra jantar –Explicou ele.

—Ara não se empolga não que ieu só to tentando ser educada, mas quer saber? Inté! -Ela fez bico e foi embora a passos largos.

—Fica bonitinha até brabinha –Constatou Ferdinando sorrindo –Espera ai menininha, eu estava só brincando, ocê é mais estourada que pipoca na panela sô.

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—Obrigada Zelão sua companhia foi maravilhosa – Juliana agradeceu assim que eles chegaram em frete a casa dos falcão.

—Não chega nem a metade do que é a sua Dona professora Juliana –Disse ele intenso

Ela corou, estava acostumada a receber galanteios, mas com tanta veemência que ele demonstrou a deixou desconcertada. Ele lhe lançava um olhar sedutor, que faziam suas pernas bambearem.

—Noto agora cavalheiro que nunca me chamará apenas de Juliana, não é mesmo? –Aponto ela.

—Só que tenho por eu, que íé mais correto lhe chamar de Senhora Dona Juliana, não lhe quero faltar com respeito. Uma flor tão formosa e de tão rara beleza, que acredito ieu que até a mais piores das feras conseguirias acalmar, visando tal resplandecente lindeza, tenho que a ter no mínimo respeito e admiração.

A professora piscou os olhos várias vezes, absorvendo surpresa toda declaração que o moço havia lhe feito.

—Que lindo –Disse ela estupefata –Digo...os elogios, agradeço pelos elogios –Se corrigiu.

—Que bom que lhe agradou velho bolando dizer pra ocê desde que punhei os olhos na senhora.

Juliana o sorriu com um de seus sorrisos abrasadores, só que o sorriso se desfez na mesma velocidade que tinha se feito.

—Zelão não quero ser indelicada, mas penso que não deveria me falar essas coisas, porque eu...

Ele não a deixou terminar.

— Não tem que se dá o trabalho explicando professora, conheço bem o meu lugar – Falou ele arrasado, sorrindo sem humor algum.

Ele aguentaria ouvir todas as pessoas de Santa Fé, e até mesmo da Cidade das Antas, uma por uma, lhe dizerem que tal distinta dama jamais seria a mulher adequada para ele, ou melhor, ele que era totalmente inadequado para os padrões sociais de tal donzela, mas tais palavras serem proferidas da boca dela, ai não! Isso seria como um soco no estômago.

—Vou indo...Boa noite professora, passar bem. –Despediu-se pronto para sair dali.

—Não Zelão espere –Ela o deteve segurando em seu braço, braço esse que ela comprovou ser bem forte e torneado. Ela queria dizer-lhe que ele entendera errado, não era por aquele motivo tão preconceituoso que ele estava imaginando, e sim por esta comprometida, noiva do filho do prefeito da cidade de onde ela veio, seu noivado não ia lá essas coisas, ambos desejavam o rompimento, mas nem ela nem seu noivo sabiam quem dá o primeiro passo, acabaram se acomodando no cômodo noivado sem um pingo de romance que avia se tornado.

Ele a encarava confuso, seu olhar perguntando por que de ela telo detido?

Ela pronta para despejar o motivo pelo qual ela não queria que ele a galanteasse, entretanto, os lábios dele pareceram tão desejosos, pareciam atrair os seus para mais perto do dele, a chamavam, e ela como sempre fora obediente, acabou indo.

Só que a ironia da vida, é quanto mais buscamos e desejamos que certas coisas aconteçam, mais difícil e complicado isso acaba virando, e as vezes é tanta expectativa que por ironia, sempre tem aquela coisinha que acaba impedindo tudo.

Quando suas bocas umedecidas e ferventes tocaram a macies dos lábios um do outro...o beijo não se concretizou, escutaram vozes alteradas vindo em sua direção e se afastaram.

—Araa ocê devia era tomar um suquinho de maracujá, um calmante, sei lá algo que a acalme, ocê no é muito estressada não? Ó conheço um médico amigo meu que pode receitar algum medicamento para te ajudar nesse assunto.

—Não! Não sou estressada coisa nenhuma, pra ocê saber essa sou até eu sendo simpática, mas se ocê trouxer um médico pra me consultar, fique avisado que vou sentar a piaba em ocê e nele. – Ela ameaçou, com fúria nos olhos.

O engenheiro levanto as mãos para cima em sinal de rendição, rindo da cara da ruiva que andava apreçada a sua frente, no entanto ela parou abruptamente o obrigando a parar também.

Foi nesse instante que reparou no casal de amigos ainda bem juntinhos, a professorinha de cabelos rosa segurava o braço do rapaz e ele com uma mão pousada em sua cintura, ao perceberem que Gina e Ferdinando os fitavam, afastaram-se de imediato, mas suas bochechas vermelhas escarlates denunciavam o constrangimento.

—Eita sô, acho que interrompemos seja lá o que estavam fazendo. – Salientou Ferdinando segurando um risinho malicioso. Olhou para Gina e ela deixou escapar uma risada discreta, era impossível não rir da cara de espanto de seus amigos, pegos em fragrante.

—Que nada Doutor ieu só vim escoltar a professora em segurança até aqui. –Esclareceu Zelão apressado.

—Vejo – Disse Gina e Ferdinando em uníssono.

Juliana que em silencio havia ficado se pronunciou.

—Hummm que bonitinho estão até falando juntinho –Rebateu Juliana –E não estávamos fazendo nada de mais, eu apenas ia pegar os livros que o Zelão gentilmente trouce para mim, como um bom cavalheiro que é.

—Fiquem tranquilos meus caros, sei bem a sensação de ter um beijo interrompido. –E sorriu olhando para a ruiva de canto de olho.

— Araa por que ocê se esforça tanto para me irritar em? – Indagou Gina corando, queria esquecer aquelas lembranças daquele momento inteiramente desvairado, onde quase beijara Ferdinando em sua casa, contudo seu pai aparecera e ela retomara seu estado de lucidez, porem quanto mais tentava esquecer mais acabava lembrando. Se perguntava se seria tão bom quanto o primeiro?...(aff claro que não) consertando: Se seria tão RUIM como o primeiro? Era mais saudável para a sua mente pensar assim.

—É...já está entregue professora tenho que ir agora. –Zelão falou pronto para ir embora e sair daquela situação embaraçosa.

—Zelão aguarda um pouco ai e janta com a gente, improvavelmente e não pergunte como, a Gina me convidou cordialmente para jantar e algo assim não acontece duas vezes, então se quiser podemos jantar todos juntos?

—Serio Gina? –Juliana questionou incrédula, e por fim empolgada com a confirmação.

—Infelizmente Juliana, tento ser educada e o no que da. – A ruiva suspirou contrariada e prosseguiu – Mas Zelão se quiser ocê pode sim jantar com a gente, faço gosto.

Zelhão se, pois, um pouco indeciso, entre aceitar o convite e passar mais um tempo contemplando a moça que roubara seus sonhos e pensamentos, ou ir logo embora e parar de se torturar olhando para a dama que ele nunca poderia ter, que por antinomia, ele com absoluta certeza ela já o tinha.


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Notas finais do capítulo

O que acharam da insegurança do Zelão?
E a Gina e o Nando esses dois tem jeito? kkkk
Beijão amores :-*



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