Bebê de Outubro 2 escrita por Bia Red


Capítulo 22
Capítulo 21


Notas iniciais do capítulo

Oie meus lindos, tentei adiar a postagem porque não queria me despedir de vocês e da história mas já enrrolei demais então esta ai.
Queria agradecer a todos que estiveram comigo, que comentaram, que recomendaram, acompanharam e vizualizaram vocês foram muito importantes para mim e saiu com uma sensação de dever cumprido.
Ate mais. Beijão 💘💝💋❤💛💕💞



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Pov. Narradora

Karina passou cerca de uma hora sentada na cama chorando, abriu o guarda roupa, e as coisas dele não estava mais lá, desceu as escadas e viu uma coisa jogada embaixo do sofá com uma ponta para fora quando ela puxou percebeu que se tratava de um caderno sentou-se no sofá e começou a folhear as páginas nas primeiras paginas haviam alguns rabiscos mas logo veio as folhas escritas logo de cara estava escrito " Missão Perina" e embaixo haviam tópicos.

" 1°- Leva-la para jantar/ trata-la bem.

2°- Leva-la a algum lugar especial/ trata-la bem.

3°- Preparar-lhe uma surpresa ( quarto do bebê)/ trata-la bem.

4°- Estuda-la e reaproximar dela./ trata-la bem.

5°- Dar-lhe algo que signifique muito para ambos ( pingente SV)/ trata-la bem.

6°- Preparar-lhe uma surpresa de aniversário de casamento./ tratar-lhe bem.",

Nas páginas seguintes as coisas eram escritas como num diário, continha as datas e os títulos dos assuntos, os garranchos do guitarrista dificultava a leitura mas Karina conseguiu ler alguns trechos.

" Hoje a levei para jantar, ela estava tao linda que tive vontade de abrir mão de tudo e ajoelhar-me pedindo perdão, mas resisti"

Na mesma pagina ela conseguiu ler outro trecho.

" No fim do nosso jantar, disse a ela que amava-a mas não tive resposta, ainda penso em ouvir essas palavras da boca dela novamente."

Parava em todas a paginas e lia atenciosamente os trechos que entendia. "

"Levei-a em um dos lugares mais especiais, a casa na árvore, quase nos beijamos, parecíamos ate que tínhamos 16 anos novamente, não que sejamos velhos, mas tudo se desgastou."

" ...seus olhos brilhavam tanto quando viu o quarto, fiquei muito feliz por faze-la feliz, mas no fim tudo acabou em briga, como sempre ultimamente."

" Ouvir da boca dela que nunca me amou, pra mim foi como uma flecha no peito, mas apenas fingi e ignorei, mas quando fiquei sozinho não segurei..."

" A último vez que escrevo, depois de tudo no fim acabou, só não queria que terminasse assim, mas estou deixando as chaves da casa e do carro que havia comprado para ela.."

" Quando amamos é preciso libertar o outro nem que isso custe nossa felicidade.- Autor desconhecido."

Para Karina essa foi a deixa para ir atras dele, saiu de casa e viu que alguns de seus amigos ainda estavam arrumando a a bagunça, entrou no carro antes que eles pudessem impedi-la, mas começou a sentir pontadas soltou alguns gemidos de dor e logo foi socorrida por Jade e Cobra que levaram-na para sua casa enquanto Ruiva e João foram pedir ajuda para Dandara.

– K, o que está acontecendo em?- Jade disse preocupada enquando fazia algumas compressas com água quente onde a dor se agravava.

– O médico disse que é normal acontecer isso, já que a gravidez tem riscos.- Ela comprimia os olhos de acordo com a intensidade da dor.

– E o que ele mandou fazer nesses casos?- Cobra que era o melhor amigo da lutadora já tremia de desespero.

– Ele disse para o Pedro fazer massagens com um óleo que está dentro da gaveta.- Ela apontou, e arregalou os olhos como se lembrasse de algo.

– Pedro! Eu tenho... Tenho que, até lá.- Ela tentou levantar falando coisas indecifráveis.

– Fica quieta, e se levantar daí vai se ver comigo.- Cobra que já vinha com o óleo na mão deu um ultimato para a amiga. Com a ajuda de Jade, Cabra- Que era lutador e por isso entendia um pouco disso- começou a massagear a barriga de Karina.

– Você vai ficar bem, eu prometo, nem que pra isso eu tenha de fazer o impossível.- Ele olhava nos olhos dela, Jade ainda ficava incomodada com esse carinho que um sentia pelo outro, mas agora ela entendia como era isso já que ficara muito amiga de João depois de fazerem um casal numa peça da Ribalta.

Com o tempo a loira foi se acalmando e sua respiração que antes era ofegante, agora voltava ao normal, logo Dandara apareceu.

– Podem nos deixar a sós.- Ela disse e Cobra deu um beijo no topo da cabeça da lutadora e saiu com os outros.

– Nem acordei seu pai, para ele não ficar preocupado e te deixar mais nervosa.- Ela disse sentando-se ao lado dela.

– Obrigada Dandara, você é a mãe que eu não tive.- Ela disse abraçando a professora de canto.

– Obrigada você por me aceitar.- A morena disse com os olhos marejados. Elas passaram cerca de 2 horas conversando sobre o conflito que acontecera mais cedo.

– Vamos.- Disse Dandara aparecendo no andar de baixo.

– Eu vou dar um abraço na K.- Disse Cobra se levantando.

– Ela dormiu, é melhor que deixemos ela descansar ela vai ter que crescer e enfrentar muitas coisas a partir de agora.- Ela se encarregou de fechar as portas.

===== No dia seguinte =====

Karina acordou cedo não iria tonar café mas lembrou-se que sua filha precisava, assim que terminou trocou de roupa e saiu de casa, estava determinada em ir atrás de Pedro, sua cabeça estava a ponto de explodir mas nada a impediria. Pensou em ir na casa dos pais do guitarrista mas esse seria o ultimo lugar onde iria, primeiro foi seguindo para a praia fez todo o trajeto de algumas semanas atrás e finalmente chegou na casa da árvore subiu as escadas devagar, abriu a porta com o coração palpitando, mas soltou o ar que segurava assim que percebeu que estava vazio. Estava tudo intacto como da última vez em que foram ali, sentou-se um pouco para descansar mas logo voltou para o carro, lembrou-se que o mesmo era de Pedro e sentiu uma pontada de esperança que ele voltasse para busca-lo e com esses pensamentos continuou sua procura.

===== Meses depois =====

Karina vivia sua vida apenas para Samuca e Valentina, que faltava apenas 1 mês para vir ao mundo, a lutadora desistiu de procurar por Pedro já que meses atrás quando voltou dos lugares onde havia o procurado passou na cada de Delma e Marcelo, onde teve a noticia de que Pedro resolvera sair do Rio de Janeiro mas não havia dito seu paradeiro e que mandaria dinheiro todos os meses. E era exatamente isso que ele fez durante esse tempo mas Karina não usara nem um centavo. Varias vezes ela tentava ligar para ele mas sempre caia na caixa postal e a mesma deixava varios recados.

Samuca estava na escola enquanto Karina, como sempre, estava trancada em casa apenas sofrendo cada vez mais com suas lembranças, seus flashbacks vinham aleatoriamente, foi quando perdida em meio dos seus pensamentos acabou recordando-se de uma conversa com Pedro.

*Flashback ON*

Pedro estava deitado na cama de casal e Karina estava por entre suas pernas com as costas apoiada em seu peito.

– Você já pensou quando você se tornar lutadora profissional como ia ser sua rotina, só de viajens.- Ele disse enquanto brincava com os dedos da lutadora.

– Eu iria querer ir para Europa.- Ela o olhou.

– Eu iria querer ir pra lugares mais próximos como Santa Catarina.- Ele falou simples.

– Nossa como você pensa pequeno.- Ela falou divertido se levantando e beijando-o.

– Eu quero conhecer mais um pouco do meu país... Mas mudando de assunto.- Ele disse enquanto fazia cócegas na lutadora que gargalhava tentando se livrar das mãos do garoto.

*Flashback OFF*

Karina sabia exatamente aonde seria seu proximo destino, sem nem pestanejar pegou uma mala e colocou varias roupas pegou algumas besteiras no armário e seguiu direto para a casa de Bianca e Duca, chagando lá ela encontrou apenas sua irmã.

– Toma as chaves da minha casa e pega o Samuca na escola, cuida bem dele tá.- Ela disse antes mesmo de cumprimenta-la.

– K você ta doida? Que mala é essa?- Bianca se perdeu nessa confusão.

– Eu to indo atrás do amor da minha vida.- Ela falou com pressa para sair.- Tchau.- Ela beijou o rosto da atriz.

– Karina volta aqui.- Ela disse gritando mas era tarde, ela já havia descido e pego um táxi.

Durante o caminho Karina planejava o que faria quando chegasse em Santa Catarina e com esses pensamentos acabou nem percebendo que já estava na estrada do aeroporto, entrou, e foi até a atendente que vendia passagens, pegou suas economias e pagou tanto a ida quanto a volta passaria apenas 2 dias por lá afinal tem um filho pra cuidar e outro que esta a caminho.

A lutadora teve preferência na fila do check-in mas demoraria cerca de 40 minutos para o vôo sair e isso deixou K aflita, pois Bianca já poderia ter avisado a Gael e com isso ele viria atrás dela para leva-la embora, o seu desespero acabou deixando-a enjoada e a mesma tratou logo de ir ao banheiro.

______ //______

Quando deu o horário ela saiu do banheiro olhando para os lados e foi logo para fila de embarque.

______ //______

A viajem foi tranquila, o que deixou Karina mais aliviada, quando saiu do aeroporto pegou um táxi e seguiu para o hotel mais próximo, chegando lá ela fez o cadastro e pegou as chaves que vinha pendurada em um chaveiro com o numero 7, subiu de escada mesmo, abriu a porta e se jogou na cama, fechou os olhos e quando estava quase dormindo levantou-se num pulo lembrando o real motivo de estar ali, trocou de roupa e saiu. Começou a andar pelas ruas na esperança de ve-lo em alguma delas mas sabia desde o inicio que não seria tao fácil então decidiu procurar pelos lugares que costumavam ser mais movimentados, mas não teve sucesso.

_____ //_____

Voltou para o hotel depois das 18:40 estava muito cansada então resolveu tomar um banho e deitar.

==== No outro dia ====

A lutadora acordou cedo e lamentou não estar em casa com seu filho, suspirou e pensou em Pedro, sabia que se não o encontrasse hoje voltaria a estaca zero mas não desistiria tão fácil. Saiu novamente mas dessa vez foi pelo outro lado e antes mesmo de passar para segunda rua encontrou um cartaz com cores chamativa no começo estava desinteressada mas logo sua feição mudou para um pequeno sorriso, no cartaz havia o anuncio de uma banda famosa que iria tocar na mesma noite na cidade e Karina optou em procurar Pedro por lá mas ela teria de correr porque ficava na cidade vizinha da que ela estava. Voltou para o hotel pegou suas coisas pagou a hospedagem e ficou esperando o táxi, logo que chegou ela disse ao taxista que parasse no hotel mais perto da onde iria ser o show e assim ele fez. A viajem demorou 40 minutos e Karina teve o mesmo trabalho de se cadastrar no hotel e dessa vez pegou a chave com o número 13, e entrou no quarto e tratou de ir para o banheiro tomar banho, lavar os cabelos e tentar fazer uma maquiagem, colocou uma roupa que a deixasse confortável e bonita e quando olhou no relógio já era 16:30 e ainda teria de tentar comprar o ingresso, olhou para sua enorme barriga e pensou em como faria para procura-lo no meio da muvuca e com esses pensamentos sentiu vontade de desistir mas um chute em sua barriga a fez acordar de seus devaneios, ela sorriu com o ato.

–,Eu não posso deixar você sem um pai.- Ela disse para si mesma se levantando a saindo rapidamente.

Chegou na cabine aonde vendia os ingressos e pegou o dinheiro.

– Essa viajem esta me dando prejuízos.- Disse ela a sí mesma.- Eu quero um ingresso para o show que vai acontecer mais tarde.- Ela mal sabia o nome da banda.

– Desculpa mas esta encerrado.- O homem disse enquanto comia seu sanduíche.

– Como assim?- Ela acabou batendo a mão com força o assustando.

– Acabaram, olha minha senhora eu tenho que fechar aqui porque o show começa daqui a algumas horas.- Ele disse olhando o pessoal que estava na fila entrando para o galpão do show.

– Mas eu preciso.-Ela quase implorou.

– Tchau.- Ele falou enquanto saia da cabine e a fechava com cadeados.

Karina não estava acreditando no que estava acontecendo, se perguntava o porque do destino não esta conspirando a favor dela, sem nem perceber as lágrimas tomavam conta de seu rosto enquanto ela se sentavam na calçada.

– Moça, você esta passando mal? Quer ajuda?- Um moço simpático perguntou enquanto passava por ela.

–Eu só queria um ingresso.- Ela disse sem nem olha-lo.

– Se você quiser eu te vendo o meu.- Ele disse mostrando um papel meio amassado em suas mãos. -

Você ta zoando comigo né?- Ela disse e quanto seus olhos azuis brilhavam.

– Não.- Ele disse estendendo o ingresso para ela.

– Muito obrigada - Ela disse o abraçando e logo depois entregando o dinheiro para ele.

–Eu te acompanho até a entrada.- Ele falou educadamente.- Você é daqui mesmo?- Ele perguntou quebrando o silencio.

– Não, eu sou do Rio.- Ela sorriu envergonhada.- Pelo sotaque você é daqui mesmo.- Ela disse andando junto com a fila.

– Sou sim, mas você veio pra ca só para ver o show?- Karina percebeu que ele tinha os olhos verdes e isso a deixou encantada.

– Na verdade estou procurando um pessoa e acho que ela possa estar aqui.- Ela disse enquanto passava o colar que Pedro lhe dera entre os dedos.

– E o seu marido cade?- Ele disse ao ver a aliança que ainda estava em seu dedo.

– Na verdade é ele que eu estou procurando, nós não estamos mais juntos mas eu preciso muito falar com ele... Em fim, é uma longa história.- Ela disse parando já na entrada.- Foi um prazer te conhecer.- Karina disse enquanto levantava o pé para beija-lo na bochecha.

– O prazer foi todo meu.- Ele se arriscou a passar a mão na barriga dela.- Tchau.- Ele disse se afastando e olhando para traz.

Karina entrou ainda pensando no rapaz e se repreendeu mentalmente por ter esquecido de perguntar seu nome, saiu de seus devaneios quando percebeu que estava no meio da multidão, agora começa sua caça. Foi passando pelo meio das pessoas olhando cada rosto e tentava a todo momento proteger a barriga, quando chegou mais perto do palco a banda entrou e se apresentou começando a cantar logo em seguida, a pessoas pulavam e Karina tentava achar um lugar que a deixasse mais confortável, já estava passando mal com o calor que estava alí passou por um menino que estava de costas com o cabelo no pescoço, castanho e com alguns cachos na ponta, seu coração palpitou e a mesma no impulso puxou o menino mas quando percebeu que não era Pedro fingiu que estava passando muito mal.

– Ai moço eu queria ir lá pra frente porque não estou me sentindo muito bem.- Ela falou se apoiando nele.

– Nossa como você está pálida, vem comigo.- Ele disse enquando segurava a cintura dela e por ele ser alto acabava abrindo passagem, passando com facilidade, mesmo com o rosto na barriga do garoto ela olhava atentamente, quando eles chegaram o menino a deixou em um canto perto do palco e faliu com alguns seguranças e antes mesmo que ela pudesse agradecer ele se juntou a seus amigos que estavam lá atras e se lembrou que novamente não havia perguntado-lhe o nome.

Ela percebeu que o segurança olhava para ela provavelmente estava cuidando para que ela possa ser socorrida se algo acontecesse. Aproveitou que poderia se mexer ali e virou-se: mas as pessoas eram bem mais altas que ela e assim não viu muita coisa.

_____ //_____

Karina se distraiu tanto olhando para o outro lado que só se tocou quando ouviu o vocalista dizer que o show havia chegado ao fim, o desespero bateu nela e mesma aproveitou sua agilidade e habilidade que ganhou durantes esses anos e quando viu já estava no palco com os seguranças indo pra cima dela enquanto ela tentava falar com o vocalista.

– Por favor, eu preciso pela minha filha.- Ela disse e as lagrimas escorriam pelos seus olhos, os cara brutos a tentavam tirar lá de cima mas com sua resistência acabou sentindo uma dor na barriga.

– Solta ela, tudo bem.- O vocalista disse desesperado amparando ela.- Calma...- Ele foi interrompido.

– Eu só quero cantar.- Ela disse enquanto se recuperava.

– Eu vou deixar você cantar, mas calma, respira.- Ele disse entregando o microfone para ela conforme a mesma se recompôs.

– Obrigada. - Ela disse ficado no meio do palco e a vergonha que a mesma sentirá desde sempre voltou a tona, mas ela não desistiria assim tão fácil.

"Sabe aquele dia no farol

Quando você mentiu pra mim

Dizendo que era pra sempre

Agora me ligar, falar que não dá mais

É difícil de entender e eu fico sem saber"

No começo ela cantava com os olhos fechados mas ao ouvir a banda tocando enquanto ela cantava a deixou mais motivada.

"(O que vai ser de nós)

Me desculpe se eu não consegui te dar o mundo

(E o que vai ser de mim)

Sem teu calor aqui

(O que vai ser de nós)

Deixa o mar levar pra longe todo mal que existe

(O que vai ser de mim)"

"Se você me disser que o seu lugar é junto a mim

(Eu vou até o fim)

Mas se você me disser que tudo acabou aqui

(Eu deixo você ir)"

– Pedro, eu sei que você está ai, eu vim por você.- Ela falou ainda no microfone.- Eu sei que eu fiz muita besteira mas eu me arrependo de tudo, volta pra mim.- Ela ficou esperançosa mas começou a ficar sem graça quando não obteve resposta. Entregou o microfone para o vocalista e antes de descer do palco viu uma pessoa que ela conhecia muito bem saindo pela porta de emergência e ela sem pestanejar foi andando rapidamente pela multidão. Para acalmar a agitação do publico a banda resolveu prolongar o show fazendo assim com que eles se distraíssem e não tentassem atrapalhar a passagem de Karina, a garota teve dificuldades para passar por todo mundo mas finalmente conseguiu sair, sem saber para qual caminho ele havia ido começou a olhar para os lados e pode ver um táxi saindo perto da porta tentou alcança-lo mas era tarde.

– Isso não pode estar acontecendo.- Ela disse se sentando no banco de uma praça que havia em frente. - É tudo culpa minha.- Ela chutou uma pedra, logo veio um trovão e em seguida os pingos de chuva.- Ótimo.- Disse ela mal humorada tentando se proteger da chuva se abrigando debaixo de uma árvore, enquanto ficava observando a chuva um galho caiu na sua cabeça, ela olhou para cima brava e viu uma pessoa se mexendo em cima da árvore, irritada ela levantou os pé e se agarrou na barra da calça do indigente que acabou se desequilibrando e caindo no chão.

– Bem feito.- Ela disse cruzando os braços.

– Você me bate até sem saber que sou eu.- O guitarrista disse virando-se e levantando completamente encharcado.

– Pedro.- Ela disse surpresa e por impulso tentou beija-lo mas ele impediu.

– Não quero mais sofrer.- Ele disse virando o rosto com dificuldade já que ele queria aquilo mais do que nunca.

– Eu fui muito filha da mãe com você né? Mas olha, eu me arrependi e vim atrás de você.- Ela foi se aproximando.

– Nem precisava ter vindo, afinal você é comprometida.- Ele desviou novamente.

– Eu não tenho nada com o Zé, foi ele que me beijou, eu gosto é de você.- Ela já estava ficando impaciente. - Eu não quero perder outra pessoa.- Ela se referia a sua mãe.

– Eu te amava mas te perdi, então...-Ele falou frio.

– Você não me perdeu, eu sempre te amei.- Os dois nem perceberam que estavam debaixo da chuva.

– Mas não deu valor.- Ele falou, e ia saindo.

– Eu descobri tudo.- Ela disse alto. - Eu li o caderno.- Ela fechou os olhos suspirando.

– Então você já sabe que eu tentei até o último.- Ele deu de ombros.- Não era para ser.- Ele deu um sorriso de lado.

– Não acabou, ainda temos nossos filhos, eu não vou desistir de você assim como não desistiu de mim, eu faço qualquer coisa para te ver feliz e se para isso for preciso te deixar ir eu faço, mas antes de te ver me dando as costas eu vou tentar.- Ela disse ficado de frente para ele.- Você foi a única pessoa que conseguiu meu coração, meu primeiro em tudo, e hoje eu percebo que se eu ficar sem você vai ser como se eu nunca tivesse vivido isso e não quero apagar nossa história, porque foi por causa dela que cuidamos do Samuca e vamos ter a Valentina, e se um dia eles me perguntarem o que aconteceu com a gente eu apenas direi que o amor nos da rasteiras e que o frio na barriga que sentimos no começo talvez seja a dor que sentiremos no fim, mas que não me arrependo porque conheci a pessoa mais perfeita do mundo pelo qual faria qualquer coisa como perder a vergonha e cantar na frente de milhares de pessoas só para poder reencontra-lo mais uma vez, por isso eu só vou te perguntar uma vez. Casa comigo?- Ela disse: tentando conter as lágrimas.

– Karina.- Ele sussurrou e sem dizer uma só palavra a beijou, um beijo de saudade, molhado por causa da chuva.

Depois de um longo tempo pararam o beijo mas continuaram abraçados.

– Eu tava com tanta saudade.- Ela disse apertando-o, mas ele permaneceu calado.

– Mas...- Ela se afastou.- Você ainda não me respondeu.- Ela voltou novamente a ficar apreensiva. - Já entendi... Apesar de ter sido então pouco tempo, eu tentei e estou aliviada por saber que amanhã quando eu for embora você vai estar feliz. - Ela respirou fundo.- O tempo que perdi com você foi o melhor tempo perdido da minha vida, pelo menos tive a chance de te ver mais uma vez, e vou levar daqui a lição de que quem ama cuida, e quem não cuida perde.- Ela disse saindo sem olhar para trás e Pedro a observava. Pedro que ainda absorvia o que ela dissera continuava na chuva e se sentou no banco pensativo e nem percebeu a barulheira que o pessoal estava fazendo ao saírem do show.

=== No dia seguinte ===

Karina quase não dormira eram 5:15H da manhã e ela estava acordada começou a arrumar as suas malas mesmo o vôo saindo depois das 15:30h, mas estava impaciente e precisava relaxar fora que sua filha estava agitada, se deitou na cama olhando para o teto, nesses tempos era o que mais fazia, um filme passou em sua cabeça e realmente Pedro havia ido embora por sua causa e ela nunca se perdoaria por ele não ter a perdoado, se levantou na tentativa de se livrar dos pensamentos ruins e foi para janela ainda estava escuro parecia que estava de noite, foi tirada do sossego com alguém batendo na porta, estranhou mas deduziu que talvez pudesse ser alguém do hotel que foo cobrar sua hospedagem já que a mesma iria embora hoje. Quando abriu deu de cara com Pedro, totalmente molhado, com a roupa do dia anterior.

– O que aconteceu com você? O que veio fazer aqui? Como me achou? - Ela o encheu de perguntas afinal estava assustada.

– Quando eu quero uma coisa eu consigo.- Ele disse firme.

– Pedro eu já entendi tudo, não precisava vim chutar cachorro morto, e...- Foi interrompida.

– Uma vez eu li que "O amor é quando você tem todos os motivos para desistir de alguém, mas não desiste ( William Shakespeare)", e essa noite eu percebi que eu não consigo desistir de você. Você tem um imã que me puxa e eu resolvi para de resistir. Eu aceito o seu pedido quantas vezes você fizer, eu caso com você.- Ele disse com um sorriso de orelha a orelha.

– Te amo...-,Foi apena o que deu tempo de ela falar.

Pedro entrou no quanto já beijando-a, fechou a porta com o pé e foi a deitando na cama, logo já estavam semi nus e ali selaram o amor e mataram a saudade de se sentirem... E foi a retomada da história... " O Roqueiro, a Esquentadinha e os Bebês de Outubro"...


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Notas finais do capítulo

A música é ",Deixo você ir - Onze:20 pat. Projota."
E aqui encerramos a história muito obrigada a todo que fizeram isso acontecer, não ganhei nenhum prêmioas é importante pra mim fazer o que eu gosto.
Logo logo vem o Epilogo para podermos encerrar de vez.
Muito obriagada. Beijão 💋