Flashback (HIATUS) escrita por Ayshi


Capítulo 6
Ódio que se instala no coração


Notas iniciais do capítulo

Oi people! Belezinha? To postando esse aqui e mesmo não gostando muito do resultado, acho que vocês vão gostar, por que eu achei os defeitos e não sei arrumar.
Porém, tó



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Deitei na cama e olhei para o teto me lembrando do que acontecera na segunda. Eu correndo na rua lamacenta. O homem acariciando meu corpo e arrancando minhas roupas. Takiro aparecendo e o nocauteando, para logo após cuidar de mim e me levar para casa. Toquei a campainha, meus pais abriram a porta e me viram com o casaco de Takiro cobrindo o busto e a camiseta ensopada sobre minha cabeça, e, para espanto deles, viram Takiro com o peito de fora.Me levantei na ponta dos pés e, ainda um pouco chorosa, beijei a bochecha dele dizendo : "Obrigada" e corri escada acima, me afundando na banheira e chorando muito. Mamãe me contou que após devolver a camiseta a ele (eu mantive comigo o casaco), o convidou para entrar, com a finalidade de que ele lhe contasse a história. Eu já estava deitada no meu quarto quando Asaki entrou sem bater e nada, se sentou ao lado da cabeceira da cama e acariciou meus cabelos.

– Eu escutei a história de Takiro - eu me deitei no colo dela - Deu sorte que ele estava passando por lá.

Agora já se fazem quatro dias desde o incidente e eu ainda não fui até a escola, nem agradeci corretamente a Takiro. Peguei meu celular e me lembrei de que eu não tinha o número dele.

"Vou ter mesmo que ir à escola", pensei.

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Ainda sem descer do carro (minha mãe insistiu) enxerguei o ginásio da escola. Uma estrutura alta, com teto de latão e grades no lugar das paredes. Alguns garotos estavam por lá e percebi Hiroshi e Takiro jogando basquete. Eu achei que Hiroshi sempre fora preguiçoso e não goatava de esportes, mas ele jogava incrivelmente bem e após descer do carro, fiquei desconcertada ao perceber que ele me olhara e lançara um sorriso, pouco antes de pular e fazer uma cesta.

– Takiro - chamei. Ele parou de jogar e olhou na minha direção. Pediu para Hiroshi esperar e veio até mim - Bem. Não sei nem o que falar - fiquei envergonhada.

– Eu pensaria que eu sou o príncipe que salvou a princesa - ele sorriu - e agora eu esperaria que você pulasse nos meus braços e me enchesse de beijos - ele abriu os braços.

Eu comecei a rir junto com ele e num gesto involuntário, tirei o óculos e o coloquei nos meus lábios. Enrubesci ao perceber que estava flertando com ele e não fui a única - Ei Takiro - chamou Hiroshi, claramente enciumado.

– Até Asayo - ele se virou e correu de volta na direção do ginásio.

Fui até a sala e me sentei. Mey veio logo após se sentando na mesa.

– Asayo-chan! - ela falou - Ontem eu... - ela interrompeu a fala ao notar Seriou entrando - Menina falsa - os meninos estavam tentando flertar com Seriou, do mesmo modo que sempre faziam comigo.

Eu não entendia o por que de ela guardar tanto ódio daquela menina - Por que odeia ela Mey?

– Você não percebe que ela está fingindo para conquistar os meninos? - ela apontou para mim - Era como você. Ainda bem que mudou de atitude.

Eu fervilhei de ódio por dentro e empurrei Mey da mesa. Ela caiu sentada no chão - Você é uma idiota! Você sempre quer ser a mais bonita para conquistar os garotos. Todas vocês são assim falsas!

– Ei garotas! - o professor Yamamoto entrou na sala - Deixemos a batalha de gladiadores apenas para a aula.

Me sentei - Que pena que pensa assim. - Mey se levantou e foi até o lugar dela.

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A sineta tocou, eu fui até a cantina e comprei meu lanche. Estava mais desanimada que tudo. Fui até o lado de fora e me sentei embaixo de uma janela.

– Cadê sua amiga? - escutei a voz de Hiroshi acima se mim. Me levantei e encarei ele, que estava do outro lado da janela.

– Eu não tenho mais amiga - respondi seca.

– Nunca teve - ele falou mais seco ainda -Nós dois sabemos disso. Depois de vir para a Academia Oshima, você só teve a mim.

– Cale a boca - eu comecei a chorar - Você sabe muito bem que não era assim.

– Você estava brincando de ter amigas - ele completou abrindo um sorriso.

Ouvi um som de meninos conversando e me desesperei. Ninguém podia me ver chorando daquele jeito. Ohei para os dois lados e senti a mão de Hiroshi puxando minha cabeça na direção do peito dele. Ele cheirava a perfume. Perfume comum, mas ainda assim era muito bom.

– Namorando na escola? - eles riram.

Depois que eles passaram eu ouvi a sineta tocando e Hiroshi me soltou. Ele acenou para trás.

Eu fiquei lá parada por um tempo e voltei para a sala de aula. Decidi que eu não ia mais mentir. Eu decidi começar de novo Sentei-me ao lado de Seriou e abri o sorriso. Não valia a pena chorar. Não mais.

– Oi!

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– Até Seriou! - eu acenei para ela e continuei a olhando sair da escola. Eu tropecei e cai em alguém. Para me apoiar, eu abracei o pescoço dele e só depois vi quem era. Takiro.

Enxerguei Hiroshi e ele olhou para mim, fazendo uma cara de desprezo e se virou para a saída.

– Me desculpe Takiro - eu me desvencilhei dele e corri na direção dele. Quando o alcancei, segurei na mão dele e o parei.

– O que você quer? - ele levantou os olhos.

– Que você seja justo comigo - eu respondi com algumas lágrimas nos olhos - Não foram somente as coincidências que nos separaram.

Ele continuou olhando por dois minutos e deitou a testa no meu ombro. Eu fiquei surpresa com a atitude dele.

– Nunca fui justo com você - ele falou baixinho - Quando eu fui transferido, nunca foi por que eu quis. Meus pais brigaram e eu tive que viver com a minha mãe, enquanto meu irmão foi com meu pai. Por isso agora só tenho o sobrenome da minha mãe.

– E me deixou sozinha - eu também me encostei nele. Senti algumas lágrimas molhando meu ombro e perguntei - Pare de chorar seu idiota.

Ele deu uma risada.

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POV's Hiroshi

Cheguei em casa e joguei a mochila na cozinha. A casa estava agradavelmente arrumada já que Shio dormira por lá, porém, nunca ficava daquele jeito. No armário da cozinha sempre tinham camisas e no meu quarto, somente pratos.

Subi as escadas e me deitei na cama. Porque aquela garota mexia tanto com ele?

Ele se lembrava de todos os detalhes daquela noite. Da noite em que todas as chances deles dois, foram destruídas. Eram coisas que ele queria apagar da memória.

"Sai daqui!"

*FLASHBACK ON

Desci alguns degraus da escada, já pensando no que falar para Asayo. Parei ao notar uma confusão. Ali, de cima da escada, eu conseguia ver toda a sala. Os sofás virados, a porcelana que ficava no armário quebrada e a televisão trincada, eram um sinal de tudo que ele vira mais cedo. Kikuchi, eu nunca me refera a ela como mãe, entrara em casa com um homem negro, provavelmente estrangeiro. Eu me escondi no meu quarto e logo após escutei meu pai gritando. Fui até a escada e o vi com o abajur acima da cabeça e , depois, o jogando na direção do homem, que saiu da casa.

Papai começou a chorar e estapeou o rosto de Kikuchi.

– Por que? - ele se sentou no sofá e colocou o rosto entre as mãos.

Mamãe se levantou e estendeu a mão para acariciar a cabeça dele - Querido...

Ele empurrou a mão dela pra longe e tirou a pistola da farda, a jogando para longe.

– Sua vadia - ele disse ainda soluçando - Então é isso que você faz, enquanto eu trabalho pra te dar todo esse luxo?

Ele ergueu a mão mais uma vez contra ela e então Kikuchi pegou a arma e mirou no peito dele.

– Ei... Kikuchi - eu vi o pavor estampado no rosto dele, então desci as escadas e soquei o peito dela. Mesmo eu não sendo tão forte, ela caiu no chão e soltou a arma.

– Hiroshi? - ela me olhou com ódio - Volte para seu quarto.

– Sai daqui! - eu apenas disse.

No outro dia, me vi no carro com minha mãe. Eu coloquei a cabeça entre o vão dos bancos.

– Para onde vamos? - perguntei.

– Não te interessa - ela me empurrou de volta.

– Odeio você.

*FLASHBACK OFF


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Notas finais do capítulo

Me digam o que acharam?



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