How it all began escrita por Saturn


Capítulo 9
Chapter Nine - OH MY Merlin, This IS Firewhiskey?


Notas iniciais do capítulo

Bom, eu acredito que não haja muita gente lendo, mas a quem interessar possa, as referências do último capítulo são:
* O livro que James lia no Salão Comunal esperando a Lily é Rangers - Ruínas de Gorlan.
* O "Buthãm" que o James fala quando vê a Lily é uma referência à How i met your mother, no Drinking Game dos alunos do Ted com o programa da Robin.
* No Três Vassouras, Lily fala de um livro onde vampiros brilham, é Crepúsculo, com uma piadinha ao Amus Diggory na frase seguinte.
* O Design da cafeteria em que a Lily leva o James é o mesmo design do Central Perk, de Friends.
* No nome da cafeteria, Hipogrifo da Alvorada, também tem uma referência bem inteligente ao Sirius: Hipogrifo é o animal em que ele foge em Prisioneiro de Azkaban depois de ser salvo do beijo do dementador. Alvorada faz referência ao filme "Viagem do Peregrino da Alvorada", de Nárnia, onde um doa atores principais é o Ben Barnes que, pra mim, é o Sirius perfeito.
* A música que toca na cafeteria é The Imperial March, de Star Wars.
* A livraria em que a Lily arrasta o James é inspirada na livraria da Bela e a Fera.
* O livro que James compra na livraria é Rangers - Ponte em Chamas, a sequência de Ruínas de Gorlan.

Sem mais delongas, ao capítulo.

Enjoy it!



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Tinham se passado duas semanas desde o encontro com Lily em Hogsmeade, e nunca mais tínhamos saído juntos, apenas em grupo com todos os nossos amigos. Eu queria sair com ela, passear pelos arredores do castelo, ensiná-la a jogar quadribol, passar a noite vendo estrelas na torre de astronomia, como já tínhamos feito uma vez. Mas eu não tivera nenhuma chance para ficar a sós com ela e convidá-la para sair, além das rondas da monitoria, onde conversávamos sobre a cultura trouxa, na qual eu me interessei muito após os livros que eu estava lendo e tudo o que ela tinha me contado e mostrado em Hogsmeade duas semanas atrás. Mas a chance que eu queria, surgiu antes do que eu esperava.

No jantar, enquanto eu estava no meio de uma aposta com Moony, onde víamos quantas tortinhas de caramelo Padfoot conseguia colocar na boca, um bilhetinho voa até nós, enviado por Marlene, que está enviando vários bilhetinhos ao longo da mesa da Grifinória, apenas para os setimanistas, pelo que percebo. 

Abro o pedaço de pergaminho, com Moony, Wormtail e Padfoot, ainda com a boca cheia de tortinhas, espiando sobre meu ombro, tentando lê-lo também. 

 

Festa de Halloween do Sétimo Ano. 

Amanhã, 23h - Torre de Astronomia. 

Fantasia OBRIGATÓRIA

 

Padfoot solta uma exclamação animada, fazendo migalhas de torta voarem por toda a mesa e sai correndo o mais rápido possível. As meninas estão todas animadas, conversando como se não houvesse amanhã, provavelmente sobre a fantasia de cada uma. 

Moony parece desanimado, Wormtail está mais interessado nas sobremesas e eu estou procurando uma certa ruiva no meio de todos aqueles rostos, para poder ver a reação dela. Mas eu só vejo um lampejo dos seus cabelos vivos sumindo escadaria acima, correndo junto com Lene, Dorcas e Alice. Mary continua na mesa, lendo calmamente um pedaço de pergaminho enquanto mastiga devagar um pedaço de torta de morango. 

Eu termino de comer a sobremesa e vou até o salão comunal, pensando em como eu ia arranjar uma fantasia tão rápido. E de que eu iria fantasiado, pra início de conversa?

Fico pensando alguns minutos e nenhuma ideia me vem à cabeça, então decidi pegar meu livro e ler um pouco, na poltrona diante da lareira. Sento na poltrona vermelha e gasta, apoio meus pés na poltrona em frente e abro o livro na marcação e começo a ler as páginas amareladas, até que ouço uma voz:

— Tire os pés de cima da minha cadeira, Potter. 

Eu sorrio, com a lembrança daquela mesma voz falando isso, parecendo que foi anos atrás, e eu faço o mesmo da última vez, vou tirando devagar os pés, para irritá-la. E ela mais uma vez joga meus pés no chão com brutalidade e se senta na poltrona, sorrindo, com um pedaço de pergaminho e uma pena na mão. Ficamos algum tempo em silêncio, até que ela quebra o silêncio e pergunta:

— Já sabe qual fantasia vai usar, James?

Eu faço que não com a cabeça e faço a mesma pergunta para ela, que também nega. E o assunto acaba por aí. 

Eu volto para meu livro e ela começa a fazer anotações no pergaminho, franzindo a testa e murmurando baixo, até que eu largo meu livro e peço:

— O que está fazendo aí, Lily?

Ela olha para cima, tira a pena da boca e me responde, ainda com a testa franzida

— São algumas anotações sobre decorações para a festa de amanhã, Prof. Minerva, apesar de ter permitido a festa, disse que tudo seria por nossa conta. Então eu fiquei com a decoração, Lene com os convites, Alice com a música e Mary e Dorcas com a comida. Ainda não temos ninguém para cuidar das bebidas, então atrasou um pouco o planejamento, e eu ainda não sei o que fazer com a decoração! 

— Eu posso ajudar você com a decoração, se quiser. Não conte para ninguém, mas eu sou excepcionalmente bom nisso. 

Ela revira os olhos, sorri e fala:

— Perfeito! Obrigada James, vai me ajudar muito. Agora só preciso achar alguém que cuide das bebidas. 

Eu penso por um instante, até que uma ideia brilhante, porém arriscada, surge na minha mente e eu, após considerar por um momento, digo a ela:

— Posso pedir que Sirius fique com as bebidas, porém vamos quebrar umas cinquenta regras do regulamento para consegui-las. 

Ela considera por um instante, mordiscando a pena e franzindo as sobrancelhas, por fim, ela faz uma anotação no pergaminho e diz:

— Tudo bem, peça para ele pegar as bebidas, posso contornar a questão das regras. 

Eu arregalo os olhos, não acreditando nas palavras que acabaram de sair daquela boca vermelha que voltou a morder a pena. Porém, balanço a cabeça uma vez e puxo a poltrona para mais perto, a fim de ajudá-la com a decoração da festa. 

Ficamos no salão comunal discutindo acerca das decorações até madrugada, quando finalmente nos levantamos para ir dormir, e eu ainda não tinha ideia nenhuma de fantasia. 

Mas, no exato momento que Lily subiu as escadas do dormitório, acenando para mim e cantarolando, eu tinha a ideia perfeita para uma fantasia. Subo correndo as escadas, pulando dois degraus por vez, tropeçando algumas vezes sem me importar com o barulho até chegar no meu dormitório e abrir a porta com um estrondo. Acordo Remus e peço para que ele desenhe a fantasia que eu quero. Moony era mestiço, mas sua mãe sempre fez questão de que ele conhecesse toda a cultura trouxa além da bruxa, o que quebrava um galho enorme para mim nesse momento, uma vez que ele já era familiarizado com os traços, então pego o desenho, corro até a janela e assobio para chamar Atena, uma lindíssima coruja vermelha de madagascar que fora meu presente de aniversário no meu primeiro ano em Hogwarts, e era a coruja mais rápida que eu já tinha visto. Escrevo um rápido bilhete, junto com o desenho e envio Atena para minha mãe. Com um pouco de sorte, minha fantasia chegaria no meio da tarde.

Depois de despachar Atena, me deito na cama de dossel, fecho os cortinados e vou dormir, esperando que tudo dê certo e eu não seja obrigado a usar uma capa verde e falar que fui fantasiado de sonserino. 

De manhã cedinho, o sol atravessava as cortinas mal-fechadas e o brilho no meu rosto me fez acordar. Levantei da cama, com preguiça e fui ao banheiro e lavei o rosto, escovei os dentes, tomei um banho rápido e coloquei a primeira roupa que apareceu na minha frente e fui até o salão comunal, onde fiquei dando voltas, esperando que Atena voltasse logo com a fantasia que eu havia pedido para a minha mãe, a melhor artista que eu já havia conhecido na vida. Logo o resto dos marotos descem do dormitório e nós vamos tomar café da manhã, eu aviso a Sirius que ele precisaria ir até Hogsmeade através das passagens secretas buscar as bebidas para a festa. Imediatamente ele se levanta, puxa Peter e Remus pelo colarinho e vai atrás do Mapa do Maroto e das bebidas, era bom ter alguém tão empolgado como Sirius para quebrar todas as regras quando eu estava ocupado. 

Encontro Lily no Lago Negro logo pela manhã, decidimos os últimos detalhes da decoração da festa enquanto uma brisa fresca bate em nós. Depois do almoço, iríamos até a Torre de Astronomia para deixar tudo pronto, para que desse tempo de nos arrumarmos para a festa. Mary e Dorcas estão trancadas na cozinha a manhã toda procurando as comidas certas para a festa, Alice já tinha acertado tudo com a música, então estava dormindo e Lene, segundo Lily, estava deixando todo mundo louco com as fantasias. 

Quando bateu o horário do almoço, nos reunimos com o pessoal para almoçarmos, Sirius, Remus e Peter ainda não tinham voltado com as bebidas. Lene e Alice confirmaram que a parte delas estava tudo certo, Mary e Dorcas iam à tarde para as cozinhas para terminar de decidir os pratos doces para a festa e eu e Lily as informamos que a decoração ficaria pronta até o fim da tarde, e que as bebidas provavelmente chegariam na metade do dia, convenientemente esquecendo de comentar que toda a bebida ia ser contrabandeada.

Depois de comermos, as meninas sobem para a torre da Grifinória, para arrumar as fantasias ou tirar um cochilo, enquanto eu e Lily subíamos as intermináveis escadas que davam acesso para a Torre de Astronomia. Assim que chegamos no alto, uma brisa gelada nos atingiu, deixando-nos arrepiados. Paramos por um momento para assimilar a situação e colocamos as mãos a obra. 

Longas tiras de panos brilhantes pretos e roxos cobriam as paredes, algumas mesas no fundo, cobertas por um tecido que lembrava espantosamente teias de aranha eram destinadas para as bebidas e comidas, um grande crânio brilhante pendia do teto, com nuvens de morcegos voando através de seus olhos ocos, centenas de velas acesas entalhadas com símbolos do halloween flutuavam por todo o lugar, deixando tudo com uma luz sinistra e várias abóboras sorridentes iluminavam as escadas até ali em cima. 

Quando eu estava pendurando alguns panos com o auxílio da varinha e Lily esculpia algumas abóboras concentrada, Sirius e Remus chegaram os caixas e mais caixas de bebidas trazidas de Hogsmeade. Cervejas amanteigadas, Firewhiskey, hidromel, água de gilly, quentão e algumas garrafas de suco de abóbora enchiam duas das mesas nos fundos. Enquanto eles organizavam tudo, uma grande coruja vermelha entrou voando rapidamente na torre, fazendo Padfoot soltar um gritinho fino de susto e derrubar uma garrafa de cerveja amanteigada no chão, fazendo-a estilhaçar-se por inteiro. 

Atena voa até meu ombro com um grande pacote embrulhado em papel pardo, com um bilhete escrito com a letra caprichosa de Euphemia Potter pendurado do lado de fora. Eu apanho o embrulho, acaricio Atena e lhe dou um doce que tinha no bolso, ela bica meu dedo suavemente, feliz, balança suas asas e alça voo até o corujal, destacando-se no céu que começou a ficar alaranjado. 

Enquanto eu guardo o embrulho, ignorando os olhares curiosos de Sirius e Lily e o olhar cúmplice de Remus, grandes bandejas de comida deliciosa e cheirosa faziam a volta na escadaria e vinham em nossa direção, atrás delas, Mary, Dorcas e Peter as faziam flutuar com as varinhas, todos com olhares desejosos para as montanhas de comida colorida empilhada caprichosamente nas bandejas douradas. Eles guiam a procissão alimentícia até as mesas, perto de onde Moony e Padfoot ainda se encontram, organizando as bebidas, e pousam com cuidado. 

No exato momento que a comida parou na mesa, Sirius deu um passo desejoso em direção a ela, esticando a mão para pegar um lanchinho antes da festa, mas antes que pudesse chegar perto, Dorcas acertou um tapa em sua mão que ecoou pela torre. 

— Não ouse encostar na comida, Sirius Black, e nem você, Peter Pettigrew, eu estou te vendo ali atrás. 

Peter se encolhe e vai para longe da mesa e do olhar acusador da moça loira. Mas então ela abre um sorriso e fala:

— Como eu sabia que vocês tentariam atacar a comida, eu trouxe alguns lanchinhos para nós comermos. 

Mary estica as mãos, onde está segurando uma travessa ligeiramente menor do que as postas na mesa, mas que continha toda a sorte de doces e salgados. Ela pousou a louça no chão e nós atacamos, nos empanturrando de sanduíches de peito de peru e queijo quente, tortinhas de morango, abóbora e chocolate, diversos bombons de menta e pequenos pedaços de empadão de presunto, para acompanhar, Sirius distribui uma garrafa de cerveja amanteigada para cada um e nós sentamos em um círculo ao redor da comida e ficamos jogando conversa fora por um bom tempo. 

Assim que escureceu e a hora do jantar estava próxima, nos levantamos do chão frio e fizemos os últimos ajustes na decoração e nas mesas. Alice viria com Frank na hora do jantar para arrumar a música. 

Descemos até o salão principal, quase que por obrigação, já que ninguém estava com fome depois de comer todas aquelas deliciosas guloseimas. Porém, no momento em em os pratos de ouro se encheram de comida e o salão ficou impregnado com um cheiro delicioso, não teve ninguém que resistiu e todos atacaram a comida como se fizesse dias que não comíamos. Meu estômago roncou e logo meu prato estava cheio de cenouras na manteiga, bifes assados com batatas e torta de carne e queijo. 

Quando subi para o meu dormitório, a primeira coisa que fiz foi rasgar o embrulho de papel marrom que Atena tinha me entregue, tirando de dentro uma capa enorme e preta, uma máscara, uma camisa e calças também pretas com detalhes prateados e um cinto. No fundo do embrulho, também havia uma espécie de bastão prateado e vermelho luminoso. Peguei todas as peças e corri para o banheiro, onde as coloquei depois de um longo banho. A máscara cobria todo o meu rosto, me impedindo de usar os óculos, então eu teria que tropeçar até a Torre de Astronomia e torcer para não colocar nenhuma decoração na boca, pensando que fosse comida. 

Quando saio do banheiro, já fantasiado, com exceção da máscara, o dormitório já consiste em uma zona de guerra, com calças e camisas jogadas em cima da cama, Remus empurrando Peter para entrar antes no banheiro e Sirius na frente de um espelho, com uma camisa de quadribol e meus óculos no rosto, mexendo no cabelo. 

Ele olha para mim e cai na risada, sem entender a minha fantasia e só para quando eu olhei interrogativamente para a sua fantasia, perguntando com o olhar:

— Ah, eu estou fantasiado de James Potter - Ele vira e mostra a parte de trás da camisa, onde há um grande número sete nas costas, encimado pelo meu sobrenome, brilhando em dourado - Viu só? É genial.

Eu dou risada, balançando a cabeça e me recusando a acreditar no que tinha acabado de ouvir, enquanto atiro um travesseiro no cachorro que ainda está mexendo no cabelo. Porém, quando Moony sai do banheiro, o queixo de todos que estão no dormitório caem e eu tive certeza que a torre toda da Grifinória tinha escutado o som. 

Remus estava fantasiado...de lobisomem. 

Ele tinha espetado o cabelo para cima, usava um focinho e orelhas pontudas falsas e um feitiço tinha feito seus caninos crescerem um bom tanto, estava usando uma calça rasgada com pêlos falsos aparecendo dos rasgos e garras pretas na ponta dos dedos. Ele estava hilário. 

— Genial Moony, me pergunto como foi que você conseguiu pensar em se fantasiar de lobisomem. - Fala Padfoot, com uma cara séria, estragada pelo sorriso que ele tenta esconder. 

Remus revira os olhos, sorri, mostrando os dentes magicamente aumentados e atira um sapato em Sirius. 

Assim que dá 22h40min, nós saímos em um grande grupo estranho do dormitório para ir à festa. Sirius, apesar da minha insistência, continua com a fantasia improvisada de mim. Frank está vestido de Dumbledore. Peter se vestiu de elfo doméstico, usando algo que eu tenho quase certeza que é a fronha do travesseiro de Padfoot e Remus continua com a melhor fantasia da noite, sendo um lobisomem. 

Eu coloco minha máscara e passo pelo buraco do retrato, indo em direção à festa. Nos primeiros cinco metros, por estar sem óculos, eu esbarro em algumas coisas e saio pedindo desculpas ao vento, mas chego até a Torre de Astronomia sem maiores acidentes. 

A festa já está a toda, com música alta saindo de um aparelho de som trouxa, enfeitiçado por Alice e Frank para tocar músicas bruxas e já tem várias pessoas dançando no meio do local e umas poucas conversando nos cantos ou comendo. A primeira coisa que fizemos, ao entrar na torre, é ir direto até a mesa de bebidas e nos servir generosos copos de álcool contrabandeado. Encho meu copo de Firewhiskey e começo a dar voltas pela festa, procurando alguém em específico. Vejo Lene dançando provocativamente com uma fantasia bem reveladora de gato e Sirius olhando para ela sem ao menos piscar. Dorcas está zanzando pelos cantos com uma fantasia de anjinho, fazendo dupla com Mary e sua fantasia de diabinha. Alice, com os braços dados com Frank, está fantasiada de Prof.Mcgonagall, com os cabelos presos em um coque firme e vestes de tecido escocês. 

Continuo olhando em volta, ainda procurando Lily, até que eu sinto um esbarrão no ombro e me viro para ver quem era. 

Era Lily, e ela estava deslumbrante. 

Com os cabelos soltos caindo até o meio das costas, um body verde-folha, botas também verdes de salto até o meio das coxas e enfeites imitando galhos enrolados em seus braços e espalhados pelo seu cabelo. Ela olha fixamente para mim, sem me reconhecer devido a máscara, mas solta um grito de alegria ao perceber do que é minha fantasia. 

Agarra meus braços e começa a dar pulinhos animados, falando alto:

— Meu Merlin, a sua fantasia está magnífica! Jamais pensei que fosse encontrar alguém vestido de Darth Vader em uma festa de Halloween em Hogwarts, nós precisamos falar sobre ela, está super bem feita - Então ela repara no meu copo e grita - OH MY MERLIN, ISSO É FIREWHISKEY? 

 

E sai correndo, até a mesa de bebidas, onde serve uma generosa dose de Firewhiskey em um copo que ela está segurando, e pelo rubor de suas bochechas, posso dizer com certeza que não é a primeira bebida dela da noite. Vou até ela enquanto ela está colocando mais uma bebida em seu copo, já vazio, e pergunto:

— Ei, Lily, quantos desses você já tomou?

Ela dá de ombros, enquanto leva mais uma vez o copo aos lábios e em instantes, ele estava vazio sem ao menos o seu rosto fazer careta por ter bebido algo tão forte, tão rápido, porém, antes que ela pudesse tornar a enchê-lo, Lene vem, agarra ela pelo braço e some no meio do aglomerado de pessoas. Remus, Sirius e Peter se juntam a mim na mesa de bebidas, e nós ficamos por lá até perto da 1h da madrugada, quando Padfoot sumiu e reapareceu no canto da festa agarrando alguém com unhas vermelhas e um Sirius descabelado na sua frente, que tornava praticamente impossível ver seu rosto, Moony fica na janela conversando com Dorcas  e Wormtail parece mais interessado nos sanduíches de peito de peru do que qualquer outra coisa na festa. 

Resolvo dar uma volta, até que paro no começo da escadaria, onde encontro uma ruiva de roupa colada verde sentada nos degraus com a cabeça baixa. Chego perto dela, pouso minha mão no seu ombro, tentando não assustá-la e chamo:

— Lily? Está tudo bem?

Ela levanta a cabeça, com os cabelos emaranhados e olhos pesados e fala, com a voz arrastada:

— Darth Vadeeeeeeer. 

Eu suspiro e dou uma risadinha. Lily Evans, a monitora mais certinha que já passou por Hogwarts, estava caindo de bêbada. Eu volto correndo para dentro, pego uma garrafa de suco de abóbora e volto, colocando-a na sua mão e fazendo a ruiva beber até a última gota. Quando termina, dá um suspiro pesado, fecha os olhos e se encosta na parede, sonolenta. Eu teria que levá-la de volta para a Torre da Grifinória e colocá-la em algum lugar para dormir, mas eu preferia fazer isso com os meus óculos e sem tropeçar a cada dois metros enquanto carregava uma ruiva bêbada e absurdamente linda. 

Corro para a festa, procurando Padfoot com o olhar e o encontro na mesa de bebidas, com dois copos na mão, mas sem nenhum sinal da garota que ele esmagava na parede cinco minutos atrás. 

— Ei, Pads, preciso do meu óculos. 

Ele tira os óculos da barra da camisa, onde estavam pendurados e pede:

— Onde vai?

— Levar a Lily de volta para a Torre da Grifinória, ela está caindo de bêbada na escadaria. 

Seus olhos arregalam, o cachorro começa a rir e me pergunta:

— Não. Lily Evans? A ruiva? A sua Lily? Bêbada? MEU MERLIN, EU PRECISO VER ISSO. 

Depois dessa frase, ele larga os copos cheios até metade em cima da mesa e dispara para a saída, planejando encontrar Lily e provavelmente tirar com a cara dela pelo resto da vida. Quando chego no lugar onde eles estão, ela está encarando Padfoot confusa e ele está com uma mão encostada na parede, segurando as costelas com a outra, dobrando-se de rir. 

— Ela...me viu, ergueu a mão e falou “professor, eu sei a resposta”. 

Balanço a cabeça, rindo e ignorando o cachorro rindo feito um trasgo enquanto ajudo Lily a se levantar. Ela resiste e faz corpo mole, fazendo drama. E continua com isso até eu me obrigar a carregá-la, passando um braço por baixo de seus joelhos e um atrás das suas costas, levantando-a enquanto ela está entretida brincando com os botões na minha camisa e fazendo barulhos estranhos, que eu supus ser de Star Wars, com a boca. 

Carrego ela até a Torre da Grifinória, onde levo ela até o dormitório masculino, uma vez que eu não podia subir as escadas que levavam para o feminino, coloco-a no chão quando chegamos ao banheiro e a ajudo a lavar o rosto e tirar os enfeites do cabelo, então lhe entrego uma blusa grande para ela e saio do cômodo, esperando por ela do lado de fora, ela coloca a peça de roupa por cima da fantasia, com um pouco de dificuldade e desaba na cama mais próxima, a de Remus, e cai no sono. 

A tiro da cama de Remus e coloco na minha antes que ele voltasse da festa, então estendo algumas colchas grossas aos pés da minha cama , e depois de tirar a fantasia, vestir meu pijama de pomos de ouro, meias de hipogrifo e guardar a varinha na meia do pé direito, me deito lá. 

Quando os meninos chegam, eles estranham o fato de eu estar deitado no chão do meu próprio quarto e recebo alguns chutes de desavisados, mas desde que nada de ruim acontecesse com a ruiva, eu estava bem. 

 


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Notas finais do capítulo

E então, gostaram?
COMENTEM, favoritem, recomendem e acompanhem.

Até o próximo e um beijo :*



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