How it all began escrita por Saturn


Capítulo 7
CHAPTER SEVEN - Detention, bitch.


Notas iniciais do capítulo

Olá pessoal!

Trago o segundo capítulo da semana fresquinho para vocês, mas antes, tenho um pequeno comentário inconveniente e necessário para fazer: O último capítulo alcançou um total de 22 leitores e somente um comentário, por favor, digam-me se estão gostando da fanfic e deixem suas opiniões, não há nada melhor para uma escritora do que as reações de seus leitores e eu peço que não me privem disso.

Dito isso, abaixo ao capítulo

Enjoy it!



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Minha boca abriu e eu travei. Provavelmente parecendo um grande de um idiota e correndo o risco de fadas mordentes voarem para a minha grande boca idiota aberta. 

Eu faço um esforço para levantar o queixo, e quando abro novamente a boca para falar algo inteligente, o único som que sai dela é:

— Ahhh. 

Lily continua parada na minha frente, com uma expressão confusa e interrogatória no rosto, mordendo os lábios e balançando os pés nervosamente. O cérebro dela deveria estar entrando em colapso. Ela própria dizia que preferia sair com a Lula-Gigante do que comigo. Tudo bem que no último ano nós viramos amigos, mas sair juntos estava além da minha imaginação. 

— Eh, Potter, você vai falar alguma coisa ou vai continuar encarando o nada como se estivesse tentando seduzir um hipogrifo?

Eu acordo do meu transe, balanço a cabeça duas vezes de um lado para outro e respondo a ruiva, dessa vez com palavras de verdade:

— Você está falando sério? 

Ela balança a cabeça, afirmativamente. 

— Tipo um encontro?

E foi nessa hora que pensei que iria levar uma azaração, um soco e com certeza alguns gritos do tipo “EU NUNCA SAIRIA EM UM ENCONTRO COM VOCÊ, POTTER”, mas novamente ela me surpreende, dizendo quase sem paciência:

— Sim, Potter, um encontro. Você tem mais alguma pergunta ridiculamente óbvia para fazer ou você pode responder a minha pergunta?

Eu forço a massa cinzenta na minha cabeça para pensar em como juntar as letras e sair algo coerente. Depois de um tempo, eu abro a boca e consigo dizer feito um ser humano normal;

— Ahh, sim, claro que vou. 

Ela sorri, com as bochechas vermelhas, me dá as costas e volta para o seu dormitório, com as pontas do seu robe de cetim vermelho brilhante esvoaçando atrás dela. Eu fico mais alguns minutos estagnado no mesmo lugar, tentando compreender o que tinha acabado de acontecer.

Balanço minha cabeça, levando automaticamente minha mão ao meu cabelo, despenteando-o e pensando na ruiva saltitante que subira as escadas alguns minutos antes. Subo para o meu dormitório, pensativo e imaginando se tudo aquilo não fora um sonho que meu subconsciente teria criado enquanto eu dormia jogado na minha cama. 

Levantei as mãos na altura dos olhos e contei meus dedos devagar. Nos sonhos, sempre temos dedos a mais. Deram dez. Eu não estava sonhando. 

MEU MERLIN. EU NÃO ESTAVA SONHANDO. 

Eu sorrio largamente, o suficiente para minhas bochechas começarem a doer. E quando deito na cama e puxo os cortinados, o sorriso ainda não sumira do meu rosto. 

Quando acordo na manhã seguinte, eu ainda tinha resquícios de um sorriso no rosto. Espero Sirius sair do banheiro para poder tomar um banho e me vestir. Como ele está demorando séculos, eu pego uma muda de roupas do uniforme e me dirijo ao banheiro dos monitores do quinto andar. Chegando lá, digo a senha - sorvete de limão - e vou direto para a enorme banheira, abro as torneiras aleatoriamente e pulo dentro assim que a água subiu o suficiente. 

Depois de ficar vegetando alguns minutos na banheira, tomo meu banho e me visto com as roupas limpas, enfiando o pijama no fundo da mochila e a varinha dentro da manga da capa e então me dirijo para o Salão Principal, esperando que tenha várias coisas boas para comer.  

Chego lá antes que os outros. Me sento e começo a encher o prato dourado como se não houvesse amanhã. Quando estou com a boca cheia de torradas e bacon, ouço uma voz risonha atrás de mim:

—  Achei que o esfomeado dos Marotos fosse o Peter. 

Eu me viro, com a boca ainda cheia e me deparo com Lene, rindo da minha cara como se não houvesse amanhã. Eu lanço um olhar silenciador para ela, o que a faz rir ainda mais alto e então eu falo, ainda com a boca cheia, jogando migalhas na morena:

— Cala a boca, Lene. 

Ela me dá um tapa na cabeça por jogar farelos nela e se senta ao meu lado, fazendo um prato tão grande quanto o meu, eu olho interrogativamente para a morena, que dá de ombros e fala, já com a boca atochada de muffins:

— Eu tô com fome. 

Nós rimos e conversamos algumas besteiras enquanto os outros não chegavam. Lene era praticamente minha vizinha, fomos criados juntos e sempre nos demos muito bem, exceto por algumas eventuais discussões sobre times de quadribol. 

Quando os nossos amigos chegam, nós já estamos atacando alguns doces espalhados pela grande mesa dos leões. 

Lily encontra seu olhar com o meu e cora. Tingindo suas bochechas em um tom mais ou menos igual ao da bandeira da Grifinória, ela se senta do meu outro lado e fala baixinho:

— Potter, posso lhe pedir um favor?

Eu assinto, engolindo o último chocolate que ainda restava em minha boca. 

— Bellatrix tem detenção hoje e eu tenho que supervisioná-la, será que você poderia me acompanhar?

— Claro que posso, onde e que horas será a detenção?

Vejo que seus ombros relaxam um pouco, ela me passa o horário e o local da detenção daquela louca sonserina e levanta da mesa, me agradecendo. Ela pega um sanduíche e vai se sentar com Mary e Dorcas, enquanto Lene está brigando com Sirius sobre qual o melhor narrador de quadribol. 

O dia parece que se arrasta, Padfoot some no início da manhã e não aparece mais até metade da tarde, quando retorna com a gravata solta, o cabelo horrivelmente bagunçado e com uma marca parcial de batom escuro no colarinho da camisa branca abotoada errado. Eu reviro os olhos. 

Moony está apreensivo com os NIEMs, e constantemente o encontramos enfurnado na biblioteca, dormindo em cima de um livro ou dez. Mas hoje ele estava aéreo, sorrindo para o nada e pensativo. E Peter, bom, Peter estava carregando doces nos bolsos, não que fosse uma novidade. 

Assim que o dia termina, eu corro para tirar o uniforme e colocar uma roupa mais confortável, ainda mantendo a capa vermelha da Grifinória e o distintivo de monitor-chefe. Vou caminhando pelos corredores, cumprimentando alguns quadros e conversando amistosamente com Nick Quase-Sem-Cabeça. Me despeço dele quando chego nas portas da Ala Hospitalar, com a promessa de que iria no seu aniversário. 

Checo o relógio acima das portas de madeira na entrada do local. 18h55min. Cheguei um pouco adiantado, então resolvi puxar papo com Madame Pomfrey, que depois de algumas frases, diz que vai sentir minha falta e dos Marotos toda semana na Ala Hospitalar com algum ferimento super estranho. Faltando dois minutos para o início da detenção, Lily chega, seguida de perto por uma furiosa Bellatrix, que encarava a mão esquerda da ruiva, de onde pendia uma varinha escura e torta, de formato agressivo. Quando as meninas tomam conta da minha presença, Lily me cumprimenta com um aceno de cabeça e Bellatrix revira os olhos, parcialmente escondidos por seus cabelos desgrenhados. 

Lily se vira para a sonserina, nada feliz por estar ali e lhe entrega um balde e um pano, ao estilo trouxa e lhe diz que sua detenção da noite é esfregar todas as comadres da Ala Hospitalar. Olho para o canto direito do cômodo e vejo várias comadres empilhadas, em uma pilha que ficava pouco abaixo do teto. Eu abafo uma risadinha enquanto vejo a garota espumar de raiva e se direcionar até o canto batendo os pés fortemente no chão. 

Me sento em uma das camas vazias e Lily se apoia nos pés da cama, ficando em pé, e então começamos a jogar conversa fora, comigo ignorando propositalmente o assunto sobre o encontro em Hogsmeade. Quando chegamos no assunto dos NIEMs, ela se mostra tão preocupada quanto Moony, e também apresentava olheiras tão escuras quanto as do rapaz. Eu comento que estava tendo alguma dificuldade em poções e ela retribui dizendo que seu maior ponto fraco era Adivinhação. Enquanto conversamos, não reparamos que Bellatrix já estava quase acabando de limpar as comadres e aguardamos ela terminar a última delas. Ao final, Lily inspeciona cada uma delas e pega o pano da mão da sonserina, dizendo que a detenção da noite seguinte seria limpar os troféus e devolve a varinha para a moça irritada com um sorrisinho debochado. 

Saímos da Ala Hospitalar, nos despedindo de Madame Pomfrey e tomando os corredores escuros em direção à torre. Na metade do caminho, um dos armários de vassouras faz barulho e Lily, revirando os olhos, se dirige até ele, com varinha em punho. Quando ela abre a porta, não são dois adolescentes se agarrando que saem de lá dentro, mas sim um vulto enorme, de capa preta e esfrangalhada. Um dementador. 

Eu fico sem reação por um segundo, como um dementador podia estar dentro de Hogwarts? 

Enquanto eu estou estagnado, Lily já está puxando a varinha e berrando para o vulto:

— EXPECTO PATRONUM

Um grande animal sai da varinha dela, de quatro patas, e some antes que eu pudesse vê-lo direito. O dementador recua tropeçando e eu percebo que na verdade é um bicho-papão. Então dou um passo a frente, fazendo-o se transformar em vários corpos sem vida no chão, parecendo-se assustadoramente com meus amigos e meus pais. Eu exclamo, com a voz um pouco falha em decorrência do susto:

— Ridikkulus! 

Os corpos transformam-se em pequenos ratinhos que correm atrás de seus próprios rabos e desaparecem, nos deixando em choque, parados no meio do corredor. 

Lily parecia mais abalada, e eu definitivamente estava curioso com o que seria o patrono dela, era muito parecido com um… Não, eu não me daria ao luxo de pensar assim. 

Mas parecia. Eu não tinha nada que fazer quanto a isso.

Certo, eu já estava pensando nisso. 

Oh Merlin, será que o patrono dela era mesmo um cervo?

Abro a boca várias e várias vezes durante o restante do caminho de volta, pensando em pedir qual é o patrono dela, mas acabou deixando para lá, embora aquele pensamento incômodo não saísse da minha mente. 

Lily parece tão pensativa quanto eu, e parece quase aliviada quando chegamos no quadro da Mulher Gorda. Ela diz a senha apressada e passa pelo buraco da parede, despedindo-se de mim e subindo as escadas do seu dormitório correndo. 

Eu subo para o quarto ainda com aquela dúvida pinicando meu cérebro. 

Será que o patrono dela é igual ao meu?




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Notas finais do capítulo

E então, gostaram?

Tenho algumas considerações sobre esse capitulo:

1- Sim, eu sei que é um pouco incomum aparecer um bicho-papão do além e se transformar em um dementador para a Lily, porém, eles estão com uma guerra implodindo e Voldemort está parcialmente nas sombras ainda, então eu creio que o maior medo da Lily é um dementador, tanto pelo que ela sabe sobre eles, tanto pelo resquício do medo de quando ela era criança e o Snape contou dos dementadores para ela que, como vocês sabem, ela ficou com bastante medo deles.


2- Talvez vocês fiquem com um pouco de receio porque as coisas parecem estar andando um pouco rápido demais, mas a fanfic tem um total de 30 capítulos e muito dela demora bastante para se desenvolver, então não desistam!

3 - Tem algumas referências espalhadas pelo capítulo, alguém conseguiu pegar todas? kk

COMENTEM, favoritem, recomendem e acompanhem para não perder nenhum capítulo.

Até terça-feira (provavelmente)

Um beijo :*



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