Felicity passou pela porta linda em um vestido amarelo longo, ao lado de Diglle. Nossa suposta festa de noivado, que foi organizada as pressas em minha boate nos Glaides. A equipe do Sr Lance estava infiltrada se passavam por convidados, junto ao esquadrão suicida da ARGUS e Barry Allen, todos a fim de garantir a segurança de minha noiva. Chamamos a imprensa e alguns amigos antigos para dar um pouco de veracidade ao teatro.

–Com licença. –Pedi a Barry e Laurel com quem eu conversava. –Preciso receber minha futura esposa. –Brinquei sentindo uma satisfação secreta.

–Boa noite. –Disse a ela e Diglle. –Viram algo suspeito no caminho? –Perguntei.

–Nada. –Respondeu Diglle. –Olha Oliver, se quer realmente convencer alguém que vocês são um casal, melhor se empenharem mais. –Acrescentou baixo para que apenas nós dois ouvíssemos. –Ou aja naturalmente, isso já me convence todos os dias! –Debochou me fazendo revirar os olhos.

–Você está linda. –Falei a Felicity me inclinando para lhe dar um beijo no rosto. –Não pareça tão assustada, todas as vezes que eu te tocar. –Sussurrei em seu ouvido antes de afastar. –Pronta para parecer apaixonada?

–Isso não vai ser desafio nenhum... –Murmurou andando a minha frente.

FELICITY

–Barry! –O cumprimentei com um abraço rápido, ele estava lindo, em um terno escuro, camisa preta e gravata vermelha. Alias Barry ficou incrivelmente bonito, ou mais bonito por assim dizer, depois dos nove meses que passou em coma. –Laurel. –Cumprimentei a oferecendo um sorriso simpático.

–Meus parabéns! –Disse Laurel com um sorriso forçado.

–Vocês formam um belo casal. –Brincou Barry para quebrar o clima pesado no ambiente. -Acho melhor segurar ela Oliver, uma garota assim não aparece todos os dias. -Barry piscou para Oliver o provocando.

–Vou me lembrar disso. -Respondeu com um sorriso brincalhão.

Oliver estava parado com os braços em minha cintura de forma possessiva, mais lindo do que nunca em seu terno preto clássico. Ele sorriu para Barry em forma de agradecimento me puxando para mais perto de seu corpo. Sério que precisa de tanto? Eu meio que tenho tentado seguir em frente com minha vida, mas desse jeito ele não facilita!

–Então Oliver... –Comecei a dizer.

–Amor. –Ele sussurrou em meu ouvido me fazendo ficar totalmente bamba em seus braços. –Olha os paparazzi ao seu lado, me chame de amor ou qualquer outro termo carinhoso que preferir. –Acrescentou me levando a loucura com sua voz rouca.

Respirei fundo tentando me recompor, totalmente constrangida com nossos amigos nos encarando divertidos, menos Laurel que por Deus, parecia estar a ponto de me estapear. Oliver me encarava esperando que seu apelido carinhoso fosse revelado, precisei de todo o meu autocontrole para não chamá-lo de Smigol ou Dobby, mas provavelmente ele não iria mesmo entender a piada.

–Querido. –Disse o fuzilando com o olhar enquanto ele sorria divertido. –O que você acha de me tirar para dançar? –Tudo o que eu queria era sair de perto de todos nossos amigos e do olhar assassino de Laurel.

–Adoraria querida. –Devolveu no mesmo tom irônico. –Mas temos que gritar nosso amor para o mundo e garantir a nota com a imprensa antes. Depois sou todo seu. –Engoli em seco tentando conter os pensamentos pervertidos em minha mente.

–To... Todo... Meu? -Ah merda! Essa minha língua... Oliver esboçou um pequeno sorriso antes de piscar para mim. Tudo bem, agora sim isso está passando dos limites...

Oliver pegou duas taças de champanhe de uma bandeja me oferecendo uma. Nós caminhamos de mãos dadas em direção ao palco improvisado no meio da boate onde havia uma mesa decorada com flores e velas e um pedestal para o microfone.

–Gostaria de pedir atenção a todos. –Começou a dizer. –Quero propor um brinde a minha linda namorada. –Disse se virando para mim, com um olhar cheio de adoração. Se o negocio de ser herói falhar, ele pode pensar em se tornar ator... –Felicity Smoak, com quem eu quero passar o resto dos meus dias, para sempre.

–A Felicity! –Todos entoaram juntos. Pude ver Diglle, Barry e Roy, rindo juntos na platéia.

Oliver se virou olhando em meus olhos antes de começar seu discurso.

–Felicity eu acho que nunca te contei, mas quando voltei para casa, depois dos cinco anos naquela ilha, foi para você meu primeiro sorriso verdadeiro. Não por educação ou por obrigação, quando vi você se enrolando toda enquanto falava do meu pai morto. –Ele soltou um riso baixo. –Eu só conseguia pensar, meu Deus como ela é adorável. Desde aquele dia todos os meus sorrisos passaram a ser para você e por você. -Ele me olhava com intensidade, sua mão livre repousou em minha face e como por reflexo inclinei minha cabeça de olhos fechados com um sorriso sonhador nos lábios. –Então você me salvou. –Abri os olhos surpresa, ele não deveria tocar nesse assunto, tentei adverti-lo com os olhos, mas ele continuava com o mesmo sorriso apaixonado. –Mais de uma vez... Sou que eu sou hoje por sua causa. Não sei o que fiz para merecer uma mulher tão maravilhosa, mas agora que tenho você prometo, nunca, jamais te deixar ir.

Nesse momento Oliver colocou a taça sobre a mesa, pegou o microfone do pedestal e começou a tirar uma caixinha azul do bolso se ajoelhando diante de mim, com um sorriso enorme em seu rosto bonito que fez meu coração de garota apaixonada falhar uma batida.

–Senhorita Smoak, você me concederia a honra de ser minha esposa? –Perguntou com os olhos brilhando, não conseguir conter a explosão de sentimentos que se seguiu dentro do meu peito, balancei a cabeça aceitando seu pedido, Oliver deslizou a aliança prateada com um diamante delicado em meu dedo. Então se levantou.

Eu sei que não estava no script, mas no momento em que suas mãos seguraram minha cintura, me joguei em seus braços, e o beijei! Isso mesmo, eu beijei Oliver Queen na frente de todas aquelas pessoas! Não consegui segurar, não depois daquelas palavras... Oliver não pareceu surpreso ou contrariado, ele me abraçou com mais força, seus lábios nos meus eram macios e gentis, ele tirou uma mão de minhas costas e a colocou com carinho em minha face, nossas línguas se acariciavam em uma dança perfeita, os convidados começaram a aplaudir o que após alguns segundos virou risadinhas e tosses. Senti Oliver sorrindo antes de parar de me beijar. Me afastei constrangida olhando para meus próprios pés.

–Obrigado. –Disse Oliver aos convidados. –Aproveitem a festa.