Entrei em minha sala vendo Felicity já sentada em sua mesa concentrada em seu computador. Parei em sua frente esperando que ela notasse minha presença. Seus dedos passeavam rapidamente por todo o teclado, só então percebi o comunicador em sua orelha, ela estava fornecendo informações a alguém.

–Felicity! –Chamei a fazendo pular na cadeira assustada. –O que está fazendo?

–Oi Oliver. –Disse desligando o comunicador. –Era o Sr Lance. Parece que existe um assassino do amor na cidade. Alguém anda por ai seqüestrando casais apaixonados. Ele me pediu para tentar cruzar as informações e encontrar um padrão nos seqüestros.

–E você encontrou alguma coisa? –Perguntei dando a volta à mesa para ver os dados no computador.

–Todos os casais parecem ter ficado noivos a pouco tempo, e pelo que pude perceber são todos relacionamentos recentes. –Ela dizia analisando os dados na tela. –Os corpos de três dos cinco casais seqüestrados foram encontrados nesse beco. –Ela apontou para uma pequena linha no mapa. –Existem cinco possíveis locais nas redondezas que podem ser o cativeiro.

–Onde os casais são seqüestrados?

–Não existe padrão nessa parte. –Respondeu. –Cada um foi levado de uma maneira diferente, em locais diferentes, alguns nem mesmo estavam juntos.

–Precisa ter um padrão. Como ele os encontra? –Perguntei apoiando minhas mãos em seus ombros. Felicity parou de digitar, olhando para mim parecendo surpresa, mas acho que ela resolveu ignorar e voltou ao trabalho.

–Acho que encontrei uma coisa. –Disse. –Todos os casais possuem uma grande diferença social. E saíram notas na mídia a respeito do relacionamento deles recentemente.

–Então peça o Sr Lance para organizar sua equipe. Vamos encontrar esse seqüestrador e pará-lo antes que mais pessoas morram. –Falei indo em direção a minha mesa, Felicity se levantou me seguindo.

–Oliver você viu todos os lugares em que eles podem estar? –Perguntou.

–Sim, por esse motivo a ajuda da polícia. –Expliquei com ironia.

–Não é possível, a menos que você tenha desenvolvido as habilidades do Flash e não me contou! –Ela estava parada em minha mesa, tive uma estranha sensação de dejá vu enquanto a olhava naquele vestido vermelho, desci meus olhos devagar por seu corpo, observando suas pernas a mostra, Felicity tem um corpo lindo, acho que nunca consegui perceber de verdade o quanto essa mulher é atraente... –Oliver! –Gritou me tirando de meus devaneios. –O que você está fazendo?

–O que? –Perguntei confuso voltando a olhar para seu rosto que agora estava levemente corado, provavelmente por me pegar no flagra.

–Se eu não conhecesse você poderia dizer que estava me medindo com os olhos! –Ela disse em um de seus ataques onde começa a dizer tudo que lhe vem à cabeça. –O que vindo de você só me leva a pensar que está planejando me arrumar um uniforme para que eu possa combater o crime a seu lado!

–Você sabe que eu sou homem não Sabe? –Perguntei ofendido. Felicity balançou a cabeça como se desejasse que algo saísse de sua mente.

–Oliver. –Disse meu nome parecendo estar com dificuldades para respirar. –A questão é que não podemos invadir cinco propriedades particulares ao mesmo tempo, por que de um jeito ou de outro o seqüestrador vai perceber, e ter tempo de sobra para fugir.

–Se você tiver um plano melhor...

–Uma isca! –Ela falou parecendo animada. –Eu pensei que se tivesse um casal dentro das exigências do seqüestrador, nós o atrairíamos como fizemos com o artesão de bonecas.

–Felicity. –Me levantei dando a volta na mesa para olhá-la nos olhos. –Onde vamos arrumar esse casal?

–Eu pensei em pedir ajuda ao Barry. –Ela disse em um sussurro enquanto eu a encarava de cima. –Posso forjar uma conta fictícia que o faça parecer ser milionário e nós fingimos ser um casal.

–Não! –Respondi imediatamente. –Você não vai ser noiva de Barry e por acaso preciso te lembrar do que me disse a ultima vez em que serviu de isca para um psicopata? –Questionei erguendo uma sobrancelha a desafiando a discordar.

–Eu estava assustada! –Justificou. –E não temos outra opção Oliver! Não comece a me tratar como donzela novamente! –Reclamou.

–Se quer fazer tanto isso eu concordo, mas com uma condição. –Disse olhando de seus olhos para seus lábios.

–Qual? –Perguntou em um fio de voz.

–Vai ter que ser comigo. –Respondi. –Se é pra você estar em perigo, quero no mínimo poder estar ao seu lado.

Continua...