Estava no quarto da pequena Sara ao lado de Layla que olhava admirada para a filha. Seu sorriso inocente aquecia meu coração que ainda doía pela perda da amiga querida de quem ela herdou o nome. Oliver e Diggle estavam em uma viajem seguindo uma possível pista a respeito do paradeiro de Thea, eles tem feito muito isso ultimamente, após a morte de Sara a falta da irmã era algo com o qual Oliver não podia mais lidar.

–Ela é tão linda. –Disse admirada olhando para a pequena bebê que sorria para a plateia feliz deitadinha em seu berço.

–Eu achava que era um soldado, que minha vida tinha como único objetivo proteger meu pais, mas assim que olhei para ela. –Layla suspirou com um sorriso bobo. –Percebi que nasci por ela! Para lhe dar a vida.

–Isso é lindo Layla, eu estou muito feliz por vocês. –Disse sincera. –Minha afilhada tem um pequeno exército para protege-la. –Brinquei a fazendo rir.

Com muito custo Sara finalmente pegou no sono. Me despedi de Layla em seguida louca para chegar em minha casa. Os garotos decretaram uma espécie de toque de recolher que deveríamos seguir na ausência deles, bom eu não seguia. Eram por volta das dez horas da noite quando finalmente passei pela porta da minha casa, nem mesmo olhei para os lados indo diretamente para o banheiro precisava urgentemente de um banho. Ao sair enrolada na toalha pensei que meu coração fosse sair pela boca devido ao tamanho do susto que levei.

–Ora, ora. –Oliver dizia deitado em nossa cama vestindo uma calça caqui e camiseta branca. – Alguém anda ignorando o toque de recolher. –Ele olhava teatralmente para o relógio em seu pulso.

–Você está em casa! –Disse feliz me jogando em cima dele com um sorriso enorme no rosto.

–Não adianta tentar me distrair com beijos Felicity. –Reclamou com um sorriso em sua vos me envolvendo em um abraço apertado. –Você não deveria chegar tão tarde quando o arqueiro não está na cidade. –Ralhou ele.

–Quem disse que eu estou tentando te distrair. –Respondi dando vários beijos em seu rosto. –Senti sua falta.

–Me fala que você entende que é perigoso ficar andando por Starlling a noite, e que não vai mais se colocar em perigo dessa forma... –Parei de escutar seu discurso entediante a respeito da minha segurança depois dos primeiros cinco segundos.

Suspirei cansada ao perceber que o sermão não acabaria assim tão cedo. Deixei meu corpo cair ao lado do seu na cama e fiquei olhando para ele. Lindo com o semblante fechado enquanto continuava com o blá, blá, blá. Perdi minha paciência por fim, me levantei dei a volta na cama parando em sua frente, Oliver me seguiu com os olhos durante todo o percurso sem parar de falar. Soltei minha toalha o vendo engoli em seco enquanto olhava para meu corpo nu. Graças a Deus ele finalmente se calou me puxando pela cintura para que me juntasse a ele na cama.

–Preciso ser mais forte. –Disse sorrindo quando acabamos de fazer amor.

–Não finja que não me manipulou com aquele discurso interminável Oliver, as vezes você ofende minha inteligência! –Ele apenas sorri reconhecendo que eu estava certa.

–Sempre funciona! –Disse dando risada. –No fim eu estava apenas declamando o hino americano. –Confessou.

–É bom ver você sorrindo de novo. –Disse acariciando seu rosto. –Sentia falta disso também.

–É por você. –Ele se virou na cama para me olhar nos olhos. –Já perdi muita coisa, vou valorizar o que eu tenho. –Sorri encantada por suas palavras.

–Alguma pista da Thea?

–Quando chegamos ela havia desaparecido. –Oliver suspirou cansado. –Eu preciso encontrá-la.

–E nós vamos.

–Você como sempre está certa. –Concordou. –Agora vai me contar onde estava a essa hora da noite?

–Fui ver nossa afilhada e fazer companhia para Layla que estava exausta. –Contei.

–Sara. –Oliver disse o nome em um sussurro triste.

[...]

Acordei pela manhã sozinho em minha cama. Andei pelo apartamento procurando por Felicity que não estava em lugar algum. Havia um recado pregado a cafeteira dizendo que ela estava na caverna cruzando algumas novas informações a respeito do paradeiro de minha irmã. Resolvi ir correndo para lá já que quando chegasse provavelmente Roy estaria me esperando para iniciar o treinamento. Vesti um conjunto de moletom cinza e tênis.

Roy como esperava já estava treinando. Ele andava ainda menos falante desde que voltamos da nossa última viajem, a cada pista falsa era como se a perdêssemos um pouco mais, eu sentia que havia algo de muito errado com esse silêncio interminável da minha irmã.

–Por que não me acordou? –Disse me abaixando para dar um beijo na face de Felicity que estava sentada trabalhando concentrada em seu computador.

–Você precisava descansar. –Respondeu simplesmente. –E meu Deus como é bom ver você dormindo. –Soltou sem pensar, olhei para os lados segurando o riso, se Roy a escutou ele não demostrou reação. –Falei alto? –Questionou. Balancei a cabeça afirmando em respostas

Ela suspirou passando a mão na cabeça com um sorriso culpado. –Acho que tenho novidades a respeito do caso de Thea. –Podemos escutar o soco de Roy no boneco de onde estávamos.

–O que você tem?

–Uma pequena cidade no sul da Índia. –Começou a contar analisando o computador. –Houve um registro nas contas que ela vem movimentando em um hotel, mas se seguir a tradição, ela vai se mover antes de você a alcançarem, então precisamos rastrear seus movimentos, e prever o próximo local que ela for, assim vocês seguem direto para ele, a encontrando finalmente.

–Isso parece em fim um plano. –Disse Roy se aproximando. –Quando acha que ela vai realizar o próximo movimento?

Felicity suspirou antes de responder. –Pode ser a qualquer momento, vamos precisar monitorar dia e noite, mas é um preço pequeno a se pagar. Eu já me adiantei ligando os alarmes a todos os telefones do Time, quando acontecer saberemos. –Ela se levantou pegando sua bolsa.

–Só nos resta esperar. –Falei cansado.