Use Somebody II escrita por Thaís Romes


Capítulo 25
Os armários.


Notas iniciais do capítulo

Oi pessoas lindas, como andam as coisas?
Olha, converso com vocês lá em baixo.
Espero que gostem do capítulo.



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FELICITY

Nesse momento na caverna nós quase parecíamos pessoas normais. Bom, normais tirando o fato de estar em um esconderijo super secreto, cercada por três heróis e o Diggle, que para mim é tão heróico quanto os outros, e Thea, que eu ainda não sei em qual categoria colocar. Mas essa não é a questão e sim o que estávamos fazendo no momento.

–Quais flores? –Laurel pergunta com uma agenda e caneta nas mãos.

–Laurel, vamos nos casar escondidos dentro dessa caverna, não acho que precise de flores. –rebato, mas ela me ignora olhando para Oliver que sorria divertido com a situação. –E pelo amor de Deus, use um tablet!

–Eu já entrei com o processo do Oliver em sigilo, e em três dias teremos uma reunião, com um juiz amigo meu, que vai tirar seu noivo do mundo dos mortos. E gosto de agendas.

–Vou voltar dos mortos, de novo. –acrescenta Oliver. –Então, flores.

Suspiro me dando por vencida, só de pensar no perigo que trazer Oliver de volta dos mortos vai causar, tenho vontade de levar Connor imediatamente para a mãe. Meu estomago começa a embrulhar pela milionésima vez, e fecho meus olhos respirando fundo para evitar o vômito. –Felicity, você está bem? –escuto a voz preocupada de Diggle e apenas faço o sinal de positivo com meu polegar, incapaz de até mesmo balançar minha cabeça.

–Orquídeas. –murmuro, para evitar que Oliver retome a história de hospital.

–Não precisamos fazer aqui em baixo, eu posso fechar a boate. –sugere Thea, e pela primeira vez em semanas vejo um pouco de animação em seus olhos.

–O que acha Oliver? –me viro em sua direção.

–Não gosto da idéia de ter o Connor no mesmo lugar que todos esses objetos pontiagudos.

–Concordo. –sorrio para ele antes de me virar para Thea. –Seria legal se fosse na Verdant, obrigada.

–Podemos entrar em contato com sua mãe. –sugere Laurel.

–Ela não sabe que Oliver está vivo. –digo com tristeza.

–Podemos contar Felicity, em três dias se torna oficial, então usamos a mesma historia que vamos usar com Sandra. –diz Oliver me olhando cheio de carinho.

–Verdade? –me animo sorrindo e vendo todos ao meu redor sorrirem da mesma forma.

–Claro!

–Okay, já temos a mãe da noiva. –Laurel volta para seu modo controlador e obsessivo que estava me levando a loucura. –Próximo tópico, quem vai entrar com a noiva?

–Não acho que precise disso...

–Eu entro! –Diggle me interrompe em meio ao meu protesto erguendo o braço como se tivesse a resposta da aula de álgebra. –Claro, se ela quiser. –se vira em minha direção com um sorriso contido e eu não consigo evitar de caminhar em sua direção e o abraçar com carinho. –Acho que isso é um sim. –murmura sobre meus ombros para Laurel.

–Obrigada. –digo em seu ouvido.

–Sempre. –fala antes que eu me afaste.

–Padrinho?

–Ainda estou pensando. –protela Oliver.

–Ah, qual é! –pela primeira vez vejo Roy abrir a boca, mas percebemos que ele estava mais para “pensar alto”.

–Quais são as opções? –Thea questiona tentando ajudar.

–Diggle, Roy e talvez Connor, acho que seria legal que meu filho tivesse um papel no casamento. Só não consigo me decidir.

–Eu abro mão por Connor, e além do mais você será o meu, e já é padrinho da minha filha.

–Ele fala isso por que vai entrar com você. –Roy sussurra em voz baixa para que somente eu escutasse me fazendo dar risada. –Pode colocar o Connor. –diz agora mais alto para Oliver que sorri agradecido.

–Madrinha?

Agora é que tudo se complica, por que a única pessoa que consigo pensar com clareza para esse papel é Sara, só que ela não é uma opção, e tem aquilo de ter sido namorada do Oliver que também atrapalha. Olho para as duas mulheres a minha frente, e tem também Lyla, sou madrinha da filha dela, e nós somos realmente próximas, mas não sei se madrinha de casamento faz o estilo da minha amiga durona. Então outra pessoa me vêem a mente.

–Precisa ser dessa cidade? –pergunto e todos me olham intrigados.

[...]

–À direita Oliver! –quase grito no comunicador enquanto ele perseguia o pouco que restou do bando do Brick na cidade.

‘Não precisa grita Felicity.’ –reclama, mas acelera seguindo a direção que eu informei.

–Arsenal?

‘Sim.’

–Estão indo em sua direção, então se prepare.

‘Entendido.’

Vejo Roy e Laurel saírem de trás de um prédio através dos meus monitores e um caminhão indo em direção a eles. –Por que você sempre chama o Oliver pelo nome, mas os outros você consegue respeitar as regras e usar os apelidos? –provoca Diggle, e eu solto um bocejo enorme.

–Não sei, sai no automático. –respondo dando de ombros.

‘Pegamos ele.’ –escuto a voz de Oliver quando começa o embate, que não dura mais do que alguns segundos. A essa altura a policia já estava a caminho. ‘Dig, pode levar Felicity para casa.’

–Não! –protesto por pura teimosia.

–Você está quase dormindo sobre o teclado. –Dig intervém.

‘Eu estou indo em seguida.’

–Você deveria procurar um médico. –Diggle fala enquanto me levanto pegando minha bolsa.

–Eu estou bem.

‘Concordo com ele. Você está em negação.’ –Oliver diz através do comunicador e eu reviro os olhos tentada a desligá-lo, mas ao mesmo tempo temerosa de que algo o aconteça.

–Não estou não, só estou com sono, tenho dois empregos e um garoto para cuidar. Sei que faço parecer fácil mais não é. –solto e vejo Dig sorrindo para mim.

–Ela ganhou Oliver.

OLIVER

Quando me tornei o Arqueiro a principio queria cumprir a promessa feita a meu pai em sua morte, depois que a cumpri descobri que precisava dar um novo sentido a quem eu era, e no que me tornei. O empreendimento do Merlin mudou minha vida, me tirou meu melhor amigo e quase matou minha mãe. O que eu aprendi com isso, é que o passado volta, cedo ou tarde ele bate em sua porta para te afrontar.

E agora Ra’s Al Ghul apareceu, um efeito colateral do passado de Malcom que ricocheteou no meu, no momento em que o desgraçado transformou minha irmã em assassina. Mas eu decidi ficar e lutar contra isso, decidi aceitar o apoio das pessoas ao meu lado e proteger quem eu amo. Não vou fugir, não vou mais me esconder. Tenho certeza do quanto tudo isso é arriscado, mas a poucos dias eu ganhei mais um, dentre os vários motivos que já possuía para lutar. Não apenas isso, agora minha única opção é vencer.

–Minha vida é boa, muito boa. –concluo depois de um longo dia, enquanto me deitava ao lado de Felicity em nossa cama.

–Desculpe, não gosto de ser pessimista, mas você está legalmente morto, com uma seita de assassinos querendo sua cabeça e nem vou falar de Merlin... –dispara sem pensar ficando vermelha em seguida.

–Posso ter uma boa vida, mesmo com tudo isso. –afasto o cabelo de sua face olhando seus olhos azuis.

–Quem está em negação agora? –provoca se aconchegando ao meu peito.

–Só estou te falando que você precisa procurar um médico, e você nega que pode estar com uma virose. –minto e ela se vira encarando meus olhos, para que eu pudesse ver os seus se revirarem petulantes. –Muito madura. –sorrio beijando o alto de sua cabeça.

–Virose é só um termo usado pelos médicos para justificar doenças que eles desconhecem. –começa a defender seu ponto de vista, e é minha vez de revirar os olhos. –Eu estou bem.

–Me diz isso quando conseguir manter algum alimento em seu estomago.

–Meu estomago não é problema agora, o problema é você querendo se revelar para sociedade. Talvez se parasse de me dar motivos para ficar estressada, eu consiga me manter alimentada.

–Preciso te lembrar com quem você está tendo um relacionamento? –olho dentro de seus olhos e ela suspira cansada.

–Só queria mais tempo, para planejar melhor as oportunidades.

–Nós temos uma criança Felicity. –ela sorri quando digo nós. –Connor precisa de uma vida normal.

–E quanto a Ra’s Al Ghul? –sua voz sai com dificuldade, era como se o nome dele a causasse calafrios.

–Tem um amigo que conheci em Gotham, ele já o enfrentou antes, e estará vindo para nos ajudar.

–O Asa Noturna? –questiona me fazendo olhá-la assustado. –Roy e John me contaram sobre o circense. –confessa dando de ombros. –E eu complementei com minhas pesquisas.

–Como é a ficha criminal dele? –pergunto com deboche.

–Impecável. Grayson foi adotado pelo bilionário de Gotham, Bruce Wayne, aos doze anos de idade, após seus pais terem sido assassinados no circo onde eles trabalhavam.

–Se ele é filho do cara mais rico de Gotham, por que mora na periferia da cidade? –olho para ela confuso.

–Por que você abriu uma boate nos Glades? –dá de ombros se esticando para apagar o abajur.

–Não acha que vai dormir agora não é? –digo a puxando rapidamente para mim a fazendo gargalhar.

–Hum! –murmura manhosa. –Bem que eu queria, mas sinto que se me balançar o mínimo possível vou voltar até a água que acabei de tomar. –Felicity respira fundo deixando seu corpo cair ao lado do meu. –Merda Oliver!

–Por que está me xingando?

–Por que tenho vontade de te devorar com calda de chocolate, e isso não é justo! –reclama me fazendo dar risada me virando para olhá-la. Felicity cobria os olhos de forma teatral, mas seu rosto estava mesmo em um tom esverdeado. –Não precisava ser tão... tão, você! –exclama brava.

–O que seria ser tão, tão eu? –provoco brincando, e ela me olha parecendo estar enjoada, me dou por vencido, ela não iria ao médico, então vou eu mesmo dizer. Respiro fundo tentando encontrar as palavras.

–Não era uma ofensa. –responde preocupada por minha mudança de expressão e eu sorrio para ela.

–Eu juro amor que queria muito que você fosse ao médico, e que tivesse tempo para processar da forma certa. –me sento na cama ligando o abajur que ficava do meu lado, e ela faz o mesmo me olhando preocupada.

–Não me passou DST não é? –fecha a cara e eu dou risada.

–Não!

–Bom mesmo. Eu te castraria se tivesse passado. –ameaça séria e eu engulo em seco.

–Você está grávida. –digo com simplicidade, eu já tive o tempo necessário para processar, mas queria que ela tivesse o mesmo. –Diz alguma coisa. –peço depois de alguns minutos e Felicity começa a gargalhar, eu espero paciente, sem mudar minha expressão.

–Essa foi boa Oliver, e pensar que eu disse ao Barry que é quase impossível reconhecer quando você está fazendo piada. –ela diz em meio ao riso.

–E não estou.

–Amor, você não é medico.

–Isso é verdade, então vamos ver os fatos. –ela continua a me olhar divertida. –Eu voltei a quarenta e dois dias, e você começou a enjoar, ficar sonolenta e... –olho para ela significativamente vendo seu rosto corar. –Isso tudo tirando o cansaço, então semana passada enquanto você tomava banho eu fui conferir suas pílulas...

–Aquele dia no banheiro, que você estava mexendo nos armários! –me interrompe juntando as peças e eu balanço a cabeça concordando.

–Eu só suspeitava, mas quando vi as cartelas tive certeza, você não tomou o remédio enquanto eu estava fora, e quando nos reencontramos, nada impediu que você engravidasse. –seus olhos ficam desfocados por um segundo, posso ver as equações sendo solucionadas em sua mente enquanto ela verificava meus fatos. –Vamos ter um bebê.


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Notas finais do capítulo

Tenho uma proposta para vocês, eu sei que tenho andado meio defasada em minhas postagens, bom minha vida está uma correria, mas isso não é importante. O importante é que tenho três fanfics em andamento e como eu sei que a maioria me acompanha nas outras (vcs são incríveis), sinto na obrigação de me relatar a vocês.
O que eu quero fazer é focar apenas em Use no momento até que ela seja finalizada, por que preciso de verdade terminar essa fic. E nesse intervalo de tempo eu posso soltar um capítulo de Comédia Romântica Qualquer por semana, e os de Epitáfio ( a que escrevo com a Sweet Rose), sairão em breve, já que escrevemos em dupla, não depende apenas de mim.
Agradeço pela compreensão amores.
Comentem sobre o capítulo e me digam o que vocês acharam e o que esperam da reação da Fel, Connor e os membros do Time Arrow com a noticia!
Bjs