Use Somebody II escrita por Thaís Romes


Capítulo 20
Gotham


Notas iniciais do capítulo

Oi amores,
Demorei com a atualização e peço desculpas, mas ainda não estava satisfeita com o resultado do capítulo. Bom, eu não costumo fazer crossovers nessa fic, a não ser com o Flash, mas como esse personagem vai estar em Arrow mesmo, então não vi mal em o colocar um pouco antes do esperado!



Este capítulo também está disponível no +Fiction: plusfiction.com/book/545387/chapter/20

FELICITY

–Roy eles acabaram de sair da cidade. –Falo vendo que o caminhão acabou de cruzar a fronteira.

‘Não é como se só pudéssemos detê-lo se ele estiver dentro Felicity.’ –Murmura e posso ouvir o rugido da moto em alta velocidade.

‘Ela está certa Roy, não vamos alcançar.’ –Diggle apóia e respiro aliviada.

–É, não vão. Então voltem que eu vou rastrear a carga até o destino final.

‘Voltando.’ –Escuto a voz de Roy desanimada.

Eles saem direto para ronda já que nada grande estava acontecendo fora essa carga. Laurel aparece mais tarde pedindo ajuda com uma possível pista de alguém vendendo Vertigo, de novo. Por que eles não tentam crack, ou maconha sei lá, como acontece nas cidades normais? Seria mais fácil exterminar.

Rastreio a pista e mando os resultados para ela, também incentivo a levar Diggle e Roy para a ação. Meu garotos estão precisando. –Como tem sido a experiência de ser mãe? –Ela pergunta sorrindo.

–Uau. –Respiro fundo. –Estranhamente agradável. –Confesso e Laurel toca meu ombro.

–Ollie estaria orgulhoso. –Forço um sorriso sem mostrar os dentes sentindo meu coração se apertar com a simples menção ao nome dele. –Bom, eu vou indo. Pode me colocar na freqüência dos meninos?

–Claro!

Então ela sai e eu volto ao trabalho, rastrear essa carga era tudo o que eu poderia fazer. Descubro que mais cinco cargas haviam sido roubadas no mês, e tudo estava sendo tão bem feito que ninguém suspeitou. –Que bagunça, só preciso de um número! –Murmuro invadindo o satélite da ARGUS, eu acho que a esse ponto nem posso mais chamar de invasão, eu e o satélite já somos como melhores amigos.

–Gotham! –Exclamo ao perceber onde estava parando todos os carregamentos. –Sério? Não dava para ser Metrópoles ou Blue Valley? Isso nunca acontece nas cidades ensolaradas! –Bufo antes de acionar os comunicadores. –Garotos. –Chamo com pesar.

‘Aqui.’ –Escuto a voz de Diggle.

–Preparem as malas. Vocês vão para Gotham.

OLIVER

A dois dias em que tenho percebido um movimento estranho sempre que estou voltando do trabalho. Havia uma espécie de desmanche atrás do meu “prédio” (chamá-lo assim é um grande elogio). Tentei ignorar nos dois primeiros dias, por que a idéia é passar pelas cidades sem ser percebido. E tenho desenvolvidos várias técnicas para isso, eu me ocupo passando pelos lugares mais perigosos, assim as pessoas me atacam e eu bato nelas. Quando isso parou de funcionar eu passei a imaginar a Felicity de biquíni, o que estranhamente eu nunca vi, então o biquíni passou a ser lingerie e assim tenho resistido a fazer qualquer coisa insana que me impediria de finalmente ver minha mulher de biquíni um dia.

–Tem certeza que era isso? –Eu estava passando em frente ao desmanche quando escuto essa voz do outro lado da cerca me fazendo parar.

“Não Oliver, você não vai fazer merda. Em um mês você vai estar de volta, não vai fazer merda!” –Tentava repetir mentalmente;

–Cara, seria muito mais fácil se ela tivesse vindo. –Reclama outra voz, então me dou conta que conheço as duas.

–Ela tem assuntos mais importantes Roy. –Sorrio ao descobrir que a voz era de Diggle, mas o que eles estavam fazendo em Gotham?

–Então vamos ligar para ela, por que não consigo acessar nenhum desses códigos!

Eu subo no muro e vejo os dois lado a lado vestidos com o uniforme de combate, não sei como minhas roupas serviram em Diggle, mas ele não parecia estar confortável nelas. Me aproximo sem pensar e em um movimento incrivelmente rápido Roy dispara uma flecha na direção que eu estava. Me esquivo em um reflexo e os dois me vêem. Abaixo o capuz do moletom que usava e a face dos dois parece perder a cor.

–Oliver? –Diggle pergunta impressionado.

–Diggle! –Sorrio me aproximando dele sentindo um alivio que não sinto a meses. Ele me abraça e Roy não se move, me olhando como se eu fosse uma assombração. –Sou eu garoto. –Falo para ele que tem seus olhos cheios de lágrimas. –Roy? –Chamo abrindo meus braços e ele me abraça, como uma criança. –O que você estão fazendo aqui? –Pergunto quando nos afastamos.

–O que você está fazendo aqui? –Diggle diz impressionado. –Nós pensamos que estivesse morto Oliver.

–Nem eu sei direito, eu acordei no meio do nada com uma bolsa com uma identidade falsa e um passaporte. Tenho tentado voltar para casa desde então, mas tem sido meio lento. –Sorrio emocionado por estar com eles mais uma vez. –Mas e vocês?

–Esse... –Roy começa a falar, mas parece ter dificuldade em formular as frases, olho para Diggle, mas ele estava da mesma forma.

–Tudo bem. –Murmuro olhando a carga que era trancada por satélite. –Vocês precisam de uma hacker. –Concluo.

–É... Isso que estávamos fazendo! –Diggle diz sorrindo. –Vamos ligar para a Felicity!

–Posso fazer isso? –Pergunto sentindo meu coração começar a bater acelerado.

–Não sei se é uma boa idéia, ela vai ter um infarto. –Roy pondera e John perde a paciência me entregando seu telefone.

–O meu está com o modulador de voz. –Conta. –Assim vai ter mais tempo para não a matar de susto. –Concordo discando o numero dela.

‘Diggle, como você consegue fazer com que Sara tome banho regularmente?’ –Ela dispara a falar e sinto o desespero em sua voz. ‘Connor! Eu já falei que é para você ir tomar banho!’ –Grita e eu preciso afastar o celular. ‘Desculpe, hoje o dia está meio louco. O que precisa?’

–O que Connor está fazendo ai? –Pergunto confuso.

‘Nesse momento, está indo para o banheiro com uma tromba enorme, por que queria comer batata frita antes, mas não acho que seja saudável para o jantar, então nada de batata.’

–Meu Deus, como sinto falta disso. –Murmuro nostálgico ouvindo a voz dela.

‘Batata tem em todo lugar John, é só ir a uma lanchonete.’ –Ela diz me fazendo dar risada.

–E você? Como você está? –Preciso respirar fundo e me escorar na traseira do caminhão, pois sinto minhas pernas fraquejarem um pouco.

‘Connor é raramente teimoso, então acho que dou conta.’ –Brinca. ‘Sinto falta do Oliver...’ –Ela parece estar falando sozinha, mas aquilo me atinge em cheio, não posso simplesmente desligar o modulador de voz e dizer “taram!” não seria justo com ela, sua voz era repleta de dor.

–É, isso é um saco. –Me limito a dizer apenas isso sentindo uma lágrima escorrer por minha face. –Felicity. –Sorrio feliz em dizer seu nome em voz alta, mas a ligação fica muda. –Você ainda está ai?

‘Sim.’ –Sussurra com a voz fraca. ‘Desculpa John, eu devo estar paranóica, a forma que você falou meu nome... Me diz do que precisa.’

–Claro! –Sorrio. –O que eu preciso? –Olho para os dois a minha frente que apontam para o caminhão. –De um caminhão.

‘O que?’

Roy bate a mão na cabeça e Diggle toma o celular da minha mão segurando o riso. –O que eu estava dizendo é que a carga do caminhão está trancada por satélite. –Explica depois permanece em silencio enquanto ela resolve os problemas deles. –Entendi. –Ele responde e a porta se abre. –Felicity, tem alguma possibilidade de você nos encontrar na caverna assim que voltarmos? –Silêncio. –Claro, te deixo a par de tudo. Se cuida.

Eu os levo para meu “apartamento” para que descansem depois que denunciamos a empresa que fazia o desvio dos medicamentos para a policia de Gotham. –Ei Dick! –Cumprimento meu vizinho que saia de seu apartamento e parecia estar tão quebrado quanto eu.

–Festa do pijama Rusty? –me pergunta com um sorriso simpático e meus amigos me olham com ar de interrogação.

–Não exatamente, esses são meus amigos. Roy e Diggle. –Apresento e eles apertão as mãos.

–Sempre pensei que você fosse do tipo “lobo solitário”. –Brinca. –Prazer conhecer vocês. –Ele começa a andar em direção as escadas, então se vira. –Vocês não querem vir ver a apresentação do meu circo hoje?

–Ou... –Não sei como negar, olho para meus parceiros que parecem estar na mesma situação. –Okay. –Concordo sem saída. –Podemos ir. –Dig e Roy sorriem amarelo para meu vizinho. –Vou deixar minha mochila e nós vamos.

Entramos os três em meu “apartamento” e jogo a mochila sobre a cama. John e Roy fazem o mesmo. –Que espécie de nome é esse? Rusty? –Roy pergunta chocado.

–Precisava me misturar. –Sussurro em resposta. –Estou tentando voltar a quase quatro meses. –Conto. –E parece que agora vou ter uma carona, o que é bom por que eu acabaria matando o porco do meu chefe. –Murmuro indo novamente em direção a porta quando percebo que os dois permanecem no mesmo lugar me olhando sem entender. –Longa história, agora vamos!

Dick Grayson deve ter a mesma idade de Roy, por isso devo ter quebrado as regras e conversado com ele algumas vezes em que trombamos um com o outro no prédio, até que um dia ele precisou passar uma hora em meu apartamento, por que segundo ele, o dele estava ocupado por uma ex namorada com quem ele não queria lidar. Não acreditei em nenhuma palavra, mas o deixei ficar, pois seu apartamento parecia estar sendo mandado abaixo e ele parecia um tanto tenso. Depois entrei no local e encontrei um uniforme de combate. Dick é um vigilante e eu não tenho nada com isso, mas é bom saber que existe alguém cuidando dessa cadeia de pedras que chamam de Gotham.

O Circo Haly fica no centro de Gotham, uma área que apesar de iluminada e falsamente agradável, ainda causa arrepios em qualquer um. Eu estava ladeado por meus parceiros que olhavam cada canto do local com atenção, na bilheteria falamos o nome do Grayson e uma moça ruiva simpática permite nossa entrada recusando o pagamento. Entramos em uma tenda vermelha rodeada por bancos de madeira, ao velho estilo circense. Trapézios pendiam do teto em diferentes níveis e havia um pequeno palco no centro.

Passamos um bom tempo apreciando o Show. Palhaços, domadores de leões, uma garota na corda bamba com um guarda chuvas, queria que Connor estivesse aqui. Mas então chegou a vez de Grayson e os outros trapezistas, o garoto era impressionante, parecia estar em casa quando se movia. As luzes começaram a piscar até que se apagaram de vez, meu instinto gritava de todas as formas. Acho que não foi por cordialidade apenas que Grayson me convidou para esse show afinal.

–Estive procurando por você em todos os lugares Grayson. –Um homem trajando uma armadura preta e verde surge no centro do palco, com garras na parte superior a suas mãos no traje.

–Não deve ter procurado direito. –Dick responde com falso temor em sua voz.

–O que é isso? –Questiona Diggle alerta.

–Armadura dos pés a cabeça, armas afiadas... Tudo nesse cara grita matador de aluguel. –Analiso. –Vamos, precisamos fazer alguma coisa. –Diggle, tire as pessoas daqui, a maioria ainda pensa que isso é parte do Show. Roy, acho que vamos ter que improvisar enquanto isso, ajude Dig e depois volte. –Respiro fundo subindo o capuz do moletom que usava e corro em direção ao tartaruga ninja. Só preciso distraí-lo, até que Grayson troque de roupa. –Quem é você? –Pergunta quando o acerto um soco.

–Ninguém importante. –Desfiro um chute que pega em seu estomago, mas ele salta e me acerta em seguida no ombro, eu o sinto latejar com a dor, devo ter me cortado. Sinto uma fúria repentina como se a adrenalina misturada com a dor me desse a motivação necessária.

Salto em sua direção, seus movimentos eram acrobáticos e sincronizados, seja quem for por trás da mascara, sabe usar um trapézio tão bem quanto o Grayson, que a propósito, estava demorando de mais para se juntar a sua própria festa. Eu me apoio na pilastra do centro da tenda e giro meu corpo acertado seu peito, o que me daria alguns segundos de vantagem. Tempo o suficiente para uma rasteira, ele cai com a face voltada para o teto e eu uso meu peso para conseguir quebrar o material que prendia as garras de sua mão direita. Mas sou atingido em seguida por suas pernas me fazendo cair a certa distancia.

–Sob nova direção. –Dick aparece em um uniforme vermelho e azul, com um emblema de uma águia vermelha no peito que puxava linhas da mesma cor nos ombros. Ele para de costas para mim. –Obrigado pela ajuda cara, não sabia como conseguiria tirar todas essas pessoas daqui.

–Por nada. –Me levanto parando ao seu lado.

–Acho que precisa de uma máscara, caso as luzes voltem. –Diz me entregando uma máscara parecida com a sua e eu a coloco. –Novas regras! –Grita para o bandido. –Você me conta tudinho e eu quebro apenas seus dedos, e seus dentes.

–Gosto da sua forma de pensar. –Aprovo com um pequeno sorriso no rosto.

–Então o príncipe órfão tem heróis cuidando dele. –O cara grita.

–Não é por nada não oh Donatelo, mas menos papo e mais informação. –Dick ameaça.

–Melhor herói, vou te dar um conselho. –Responde saltando e agarrando uma corada do trapézio antes de lançar uma bomba de fumaça. –Fique fora disso.


Não quer ver anúncios?

Com uma contribuição de R$29,90 você deixa de ver anúncios no Nyah e em seu sucessor, o +Fiction, durante 1 ano!

Seu apoio é fundamental. Torne-se um herói!


Notas finais do capítulo

Dick Grayson está na área. Não me decidi ainda se ele vai para Starlling ou se o deixo aqui cuidando dos próprios problemas, podem sugerir o que preferem.
Me contem o que acharam e mais uma vez, desculpem a demora.
Bjs