Use Somebody II escrita por Thaís Romes


Capítulo 16
Um filho quase "nosso"


Notas iniciais do capítulo

Oi amores!
Então, sempre a minha mesma história de pedir desculpas pela demora e blá... Vocês devem estar cansados disso, mas mesmo assim... I'm sorry guys! Eu realmente tento fazer meu melhor para vocês aqui, essa é a razão da demora.
Espero que curtam o capítulo!
Bjs



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OLIVER

Quando uma pessoa passou por tantas coisas como eu passei, ela aprende pequenas regras que a permite sobreviver. Primeiro, faça o que for preciso no momento, os meios caracterizam o fim, não acredite em quem disser em contrário. Segundo, escolha seus aliados com cuidado, sua vida ou sua morte pode estar nas mãos de um deles. E por ultimo e mais importante, existe as pessoas que você ama e pessoas que você protege. A diferença entre os dois tipos está no fato de que as que você ama e te amam de volta, se sacrificariam por você, assim como você se sacrificaria por elas. Mas as pessoas que você protege te enxergam como algo útil, como um canudo de plástico, uma coisa que será descartada e substituída na primeira oportunidade.

Não estaria onde estou hoje, se não tivesse dado valor a cada uma dessas regras. Não foi fácil, saber o conceito delas não significa entender o significado e acredite quando digo que precisei de uma pilha de decepções e perdas para finalmente entender o que todos esses conceitos queriam dizer. Mas aqui, olhando para minha família e amigos/aliados reunidos, percebo que finalmente entendi.

–Eles se deram mesmo muito bem. –Diggle para ao meu lado cruzando os baços e seguindo a direção do meu olhar. –Ele parece se sentir à vontade com elas.

–Não me surpreendo mais. –Respondo sorrindo.

Felicity e Thea estavam sentadas aos pés de uma árvore de Natal que Thea fez questão de montar já que Connor não passaria o Natal conosco, o garoto estava no meio delas abrindo os presentes que elas compraram para ele, sua animação era contagiante.

–Ele me chamou de pai a pouco tempo atrás. –Conto e Dig se vira para me olhar, entendendo o que eu estava sentindo.

–O jantar está na mesa. –Grita Lyla.

–Felicity, mas eu ainda tenho que abrir o presente que você comprou. –Connor reclama com o embrulho que se parecia com um cone nas mãos.

–Vamos ver ele depois, pode ser? –Ela sorri para ele pegando o embrulho e o voltando para os pés da árvore. O garoto concorda a olhando abobado.

–Acho que finalmente você tem um concorrente a altura. –Diggle provoca me empurrando em direção a mesa.

Passamos o restante da noite conversando e escutando as histórias de Diggle e Lyla, do tempo em que serviram juntos. Precisei sair em um determinado momento por causa de um seqüestro, da filha de um magnata da cidade, mas Roy ficou entretendo Connor com a história de como ele conheceu o Arrow, Felicity usou o tablet para me guiar e John foi me dar cobertura.

Quando voltei, não demorou muito e os Diggle’s foram para casa, seguidos de Roy que levaria Thea a seu apartamento, então ficamos apenas nós três. Nos sentamos aos pés da árvore, Connor imediatamente pediu a Felicity para abrir seu tão esperado presente. Ela o entrega o cone novamente e ele o abre tirando uma espécie de banner, vejo os olhos do meu filho se iluminarem e ele se jogar nos braços de Felicity que retribui o gesto com carinho.

–Eu adorei tia. –Fala quando a solta. –Olha pai, ela conseguiu! Sabia que você conseguiria Felicity!

Ele me entrega o banner que é claramente uma imagem de satélite, onde eu, quer dizer, o Arrow está em pé ao lado do Arsenal acima de um prédio olhando a cidade. Não era possível ver nossos rostos que foram propositalmente desfocados, mas Felicity fez um bom trabalha clareando todo o resto e ampliando a foto de forma que não parecesse ser o que é. Ela me olha com ar culpado, mas não existe nenhuma forma de ficar bravo com ela diante da alegria que o proporcionou. E preciso admitir, melhor assim. Seria isso ou eu fazendo pose com minhas roupas de Arqueiro para ela bater uma foto.

–Que bom que gostou. –Responde a ele. –Nosso herói não é dos mais sociáveis, mas não é nada que eu não consiga contornar. –Prendo o riso com sua indireta, me sentindo mais feliz do que me lembro já ter estado na vida.

–Vou pendurar ele lá agora! –Connor se levanta apressado e eu seguro seu braço o impedindo de sair correndo.

–Não vai querer meu presente? –Pergunto fingindo estar ofendido.

–Desculpa, eu me esqueci! –Ele se senta novamente entre nós e eu o entrego uma caixa média.

–Não é nem de longe tão legal quanto o da Felicity, mas sei que você gosta e como vai passar um tempo aqui comigo... –Começo explicar enquanto ele abre a caixa do vídeo game de ultima geração que Felicity havia me ajudado a escolher.

–Maneiro pai! –Exclama. –Você fez o meu horário de jogar? –Pergunta e eu olho confuso para Felicity.

–Seu pai ainda não decidiu isso Connor, mas vamos ligar para sua mãe e ela vai ajudar. –Ele me abraça com tanta inocência que por um momento não sei o que fazer, mas passo meus braços ao seu redor me levantando com ele em meu colo.

–Vou te ajudar a colocar esse pôster no lugar. –Falo caminhando com ele para o quarto. Felicity vem atrás segurando o banner.

Ergo Connor para que ele mesmo coloque no lugar que separou, depois nos afastamos para ver como ficou. –Agora meu quarto aqui está muito mais maneiro que o meu em Central! –Ele exclama feliz. –Mamãe me deixou comprar presentes para vocês também. –Ele conta correndo para seu armário e tira dois embrulhos, me entrega uma caixa média em um embrulho delicado.

Abro e vejo um álbum de fotos com uma fotografia minha a seu lado jogando vídeo game que foi tirada no dia em que nos conhecemos. Dentro eu vejo fotos de cada um dos momentos importantes de sua vida, desde seu nascimentos a teatro e feira de ciências da escola. Não sabia como reagir, fui atingido por algo que nunca pensei que fosse possível sentir.

–Pai. –Ele me chama com a voz fraquinha me olhando assustado. –Você ficou triste?

–Não Connor. –Em um instinto eu o puxo o abraçando com carinho. –Foi o segundo melhor presente que já ganhei. –Ele se afasta sorrindo satisfeito, mas depois parece pensar.

–Qual o primeiro? –Pergunta intrigado.

–Você. –Respondo o fazendo sorrir.

–Não vai abrir o seu tia? –Ele se vira para Felicity que tinha seus óculos nas mãos enquanto enxugava as lágrimas de seus olhos.

–Desculpa. –Pede o olhando. –Sou muito emotiva, e vocês parecem propaganda de Natal daquelas marcas de perfume... Sabe? As que tem a família reunida e eles abrem presentes...

–Tia! –Ele a chama e Felicity pula de susto nos fazendo dar risada, Connor se parece mais comigo do que eu julgava ser capaz. –Abre seu presente. –A lembra. Felicity seca as lágrimas que restaram e recoloca os óculos na face.

–Vamos lá... –Cantarola abrindo a caixa. Dentro havia um livro velho, não sei qual o motivo da emoção no rosto de Felicity. –Sandra Hakew, 1998. –Ela lê o que está escrito na contra capa com um sorriso no rosto e se vira para Connor, que parece satisfeito com ele mesmo. –Era da sua mãe?

–Era, mas olha aqui. –Ele troca a pagina sorrindo.

–Connor Hakew, 2013. –Felicity lê.

–É meu livro preferido, não queria ser ofensivo, só descobrir que você é judia hoje... –Ele disparou a falar. –E queria te dar algo importante...

–Querido. –Ela o chama o abraçando com carinho. –Isso é perfeito, eu amo essa história também. –Leio o título “O menino do pijama listrado”. –Vou guardar com carinho. –Ele a olha como se ela fosse a coisa mais perfeita do mundo, suspirando, o que me faz sorrir.

–Pode dar a meu irmão ou irmã daqui a alguns anos. –Sugere fazendo com que Felicity e eu nos olhemos assustados.

–Vamos ver isso. –Ela cantarola pegando o livro e dando mais um beijo no rosto do garoto antes de sair do quarto. Ele a olha até que ela desapareça.

–Sabe que ela é minha noiva. –Brinco o levantando em meu colo e fazendo cosquinha no garoto que se encolhia em meio ao riso.

–Ela é uma gata. –Responde em meio a gargalhada fazendo com que eu me juntasse a ele.

–Não posso discordar disso. –Respiro fundo o colocando no chão.

–Pai, posso ligar meu vídeo game agora... Só para ver como ele é? –Pergunta com carinha de anjo e sou incapaz de negar.

FELICITY

Passamos o resto da noite assistindo Connor jogar vídeo game, jogado no sofá da sala, tão parecido com o pai que às vezes pareço estar vendo o Oliver em miniatura. Depois de um tempo me levanto tentando organizar um pouco da bagunça da casa, minutos depois Oliver está ao meu lado secando as vasilhas que eu tinha lavado e as guardando em seguida.

–Parecemos uma família. –Murmura olhando o filho que havia adormecido com a manete nas mãos.

–Verdade, parecemos mesmo. –Falo tão encantada quanto ele.

[...]

Descobri que eu tenho uma queda pelos homens da família Queen, bom, não todos exatamente, por que nem cheguei a conhecer Robert e acredito que ele não seria meu tipo, mas deu para entender o que estou querendo dizer. Connor é um sonho, não existe uma forma de não se apaixonar por aquela criança, e ter que nos despedir depois da ação de graças foi devastador. Só que muita coisa aconteceu desde lá.

Eu consegui que ele viesse passar a virada do ano conosco em Starlling, o que não foi nada difícil, já que o próprio me ajudou a fortalecer cada um dos meus argumentos. Ajudamos o Barry enquanto estávamos lá e em troca ele nos ajudou depois com o caso de um cara louco que matava pessoas usando bumerangues. Nossas vidas pareciam perfeitas, coisa que me fez dobrar a segurança da caverna, e ficar muito mais em alerta. Algo me dizia que isso te tudo zen não é um bom sinal.

Já havia passado do meu horário na QC, mas eu precisava adiantar a maior quantidade possível de trabalho que pudesse caso quisesse passar mais tempo com Connor em sua visita na virada do ano, e eu definitivamente queria. Escuto meu celular apitar e vejo que acabo de receber uma mensagem de texto do Oliver.

“911”

Como disse, estava tudo calmo demais...


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Notas finais do capítulo

Olha como sempre a "tampinha da minha caneta" vulgo Sweet Rose precisa ser citada, por escutar minhas lamentações e me ajudar em meus bloqueios!
Não esqueçam de comentar amores... Bjs