Você Me Tem escrita por Hanna Martins


Capítulo 11
Perdida


Notas iniciais do capítulo

Capítulo dedicado a linda da Mary Mellark, que fez uma recomendação linda para a fic, fiquei muito feliz em receber sua recomendação!!! Obrigada, obrigada, obrigada, Mary!!!!



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Annie a encarava. O que será que ela queria? Annie e seus métodos inusitados. Ela anotou algo no bloco de notas.

― Interessante...

Katniss a olhou, esperando por uma explicação daquela afirmação, se viesse uma, já que na maioria das vezes, Annie nunca dava uma explicação para as coisas que fazia, pelo menos uma plausível.

― Muito interessante...

― O quê? ― perguntou por fim.

― Nada... só estava verificando quando você iria me perguntar isso ― Sorriu.

A orientadora era doida, definitivamente, pirada.

― Leu os livros que te recomendei? ― perguntou.

― Li.

― E?

― Nada. Nenhuma daquelas profissões me chamou a atenção.

― Entendo...

Annie se pôs a anotar algo no papel. Esse era o lado bom de ter Annie como orientadora vocacional, seu último orientador, o senhor Heavensbee, com certeza, lhe passaria um sermão daqueles.

― Leia mais estes livros. ― Ela lhe entregou uma lista.

Katniss passou rapidamente os olhos pela lista, eram romances. Annie não passava livros técnicos para ler, mas sim ficção.

― Neste livro, o protagonista é uma psicóloga, neste outro, um arquiteto ― disse, apontando com uma caneta os nomes dos livros na lista.

Pelo menos, se não gostasse das profissões iria gostar dos livros. Até que os métodos inusitados de Annie não eram tão ruins assim.

― E, Katniss... como anda os gatinhos?

Sua orientadora simplesmente adorava interferir em sua vida amorosa, já até estava habituando-se a este fato.

― Tem visto, Finnick? Ele simplesmente sumiu da universidade, estou preocupada.

― Não, não tenho me encontrado com Finnick...

Fazia dias que não o via.

Uma sombra de preocupação passou pelo semblante de Annie. Ela parecia realmente querer saber sobre Finnick. Ao que tudo indicava, ela não estava disposta a deixar sua pequena quedinha por Finnick (estava mais para um precipício) de lado. Mal sabia ela que possuía um obstáculo em seu caminho, o fato que tinha o mesmo nome do primeiro amor de Finnick, e este havia dito que nunca se envolveria com uma mulher com este nome.

O dia passou rápido para ela. A noite foi para a casa de Johanna. Os pais dela haviam viajado, deixando a casa inteira só para ela. E Johanna, que sabia quando tinha uma boa oportunidade nas mãos, logo tratou de organizar uma festinha.

― Hoje, esta festa só acaba quando amanhecer! É sexta-feira, meus pais não estão! E temos um monte de caras gostosos circulando por aqui. Sou ou não sou uma ótima organizadora de festas? ― falou uma Johanna muito empolgada.

― É, você é! ― concordou Rue, olhando para um belo ruivo. ― Preciso resolver um assunto. ― Piscou para o ruivo.

Katniss e Johanna riram, enquanto Rue ia em direção ao rapaz.

― Eu também tenho que resolver uns assuntos, Katniss... ― Indicou um moreno de tirar o folego e um belo louro.

― Divirta-se!

― Pode deixar! ― Johanna esvaziou em um segundo toda sua tequila. ― Tenho muito trabalho esta noite! ― Ela foi em direção aos dois rapazes, com um andar de leoa em busca de sua caça, uma bela caça diga-se, constatou  Katniss, olhando para os rapazes.

Ela apanhou um copo de vodca e foi dar uma voltinha pela festa. Como Johanna disse, a festa estava cheio de caras gostosos, muito gostosos. Porém, nenhum lhe chamou a atenção em especial.

A noite estava quente, podia dizer até que estava suando. Resolveu dar uma volta no jardim. A casa dos Mason possuía um grande jardim, repleto de plantas exóticas.

Ficou por um bom tempo observando as plantas.

― Katniss! ― uma voz interrompeu sua observação de uma planta com uma folhagem peculiar, que juraria ter visto em um dos livros escolares.

Nem precisou virar-se para saber quem era.

― Por que está no jardim, Finnick? Sabia que tem uma festa lá dentro? ― Voltou-se para ele.

Ele tomava um drink. Tinha um pequeno sorriso nos lábios. Embora continuasse belo, sua aparência não era nada boa. Parecia cansado, abatido. Sua pele não estava bronzeada, mas sim pálida. Era incomum vê-lo daquela maneira, diria até que estranho. Ele estava sentado na grama, no pé de uma árvore, que apostava ser uma das queridinhas do senhor Mason, um homem que tinha verdadeira adoração pelas árvores.

― Tomando um ar... ― respondeu laconicamente. ― E você?

― Fazendo a mesma coisa ― disse, sentando-se perto dele.

Finnick deu um grande trago em seu drink. Ele estava embriago.

― Você não se sente muitas vezes sufocada em ocasiões assim? ― indagou, enquanto brincava com o copo de bebida. ― Há pessoas por todos os lados, mas é como... se as pessoas não estivessem realmente lá, como se você... estivesse em uma grande ilha deserta. Não há nada mais solitário do que estar cercado por pessoas ― Ele riu, porém sua risada não era nada alegre. Ele falava mais para si do que para ela.

Katniss o encarou. Seus magníficos olhos verdes estavam iguais ao mar em um dia de tempestade.

Finnick deu outro grande gole na bebida, deixando o copo completamente vazio.

― Você andou sumido... o que aconteceu com você? ― perguntou.

― Eu queria realmente ter sumido... ― seu tom era enigmático. ― Ter desaparecido como o sol no final do dia, sem deixar nenhum rastro.

― Finnick?... ― Aquilo a deixou preocupada.

― Não se preocupe, eu apenas estou usando uma metáfora, não quis dizer literalmente. ― Sorriu para ela.

No entanto, aquele sorriso não a tranquilizou.

― O que aconteceu?

Ele deu um longo suspirou e passou a mão pelos cabelos de maneira nervosa.

― Posso? ― perguntou, indicando seu copo de vodca.

― Claro! ― Ela lhe deu sua bebida.

Ele tomou a metade da vodca de um só trago.

― Annie está na cidade... ― falou de forma cansada.

― Annie, a noiva de seu irmão? Ela está aqui?

― Está... veio me procurar para contar sobre seu casamento com Stefan... Quer que eu seja o padrinho! ― Ele deu uma grande gargalhada. ― Eu, o cara que a levou para cama, o cara que a amou desde os quinze anos! Eu que trai meu irmão, minha única família em nome deste amor louco! E agora, ela quer que eu seja o padrinho de casamento deles! Me responda, Katniss, como eu faço isso? ― Encarou-a. ― Eu ainda... eu ainda amo Annie! Eu odeio isso, a amar mesmo depois de tudo!

Notou que o rosto de Finnick estava molhado de lágrimas. Limpou o rosto dele e o acolheu em seus braços. Não podia lhe dar qualquer conselho, porque aquilo não iria aliviar a sua dor, nem resolver seus problemas. Não podia arrancar de Finnick aquele amor que sentia por Annie. Não podia fazer nada por ele, somente dar um abraço. Sentia-se impotente. Detestava aquela sensação.

― Sabe que eu quis fazer quando a vi? Quis tirar aquele vestido rosa e passar meus lábios por cada centímetro de seu corpo! ― falou enquanto colocava o rosto em seu pescoço. ― Queria fazê-la gritar meu nome! O meu nome! Queria que ela fosse só minha! ― ele praticamente gritava e depois falava murmurando. Até que ele se calou, restando apenas o silêncio.

― Vamos, Finnick, eu te levo para sua casa. Você já bebeu demais por hoje ― falou após um longo tempo.

Ele concordou. Ainda bem que ela não havia bebido, assim podia dirigir. Deixou Finnick no dormitório da universidade e foi para sua casa. Mas antes, certificou-se que ele ficaria bem, esperou que ele caísse em um sono profundo para só então deixá-lo.

Era quase meia-noite, quando chegou em sua casa. Viu o carro da mãe estacionado na garagem e as luzes da sala, acesas. Deu um longo suspiro. A mãe iria querer conversar, e ela não estava nenhum um pouco disposta a ter uma daquelas longas conversas, que levavam a lugar nenhum.

Olhou para a casa de Peeta, que ficava ao lado da dela. Ligou o carro e o levou até a garagem dos Mellark. Não queria que a mãe notasse que ela tinha chegado. Estacionou o carro em uma das inúmeras vagas. A garagem dos Mellark era muito grande e repleta de carros. O senhor Mellark colecionava carros. Em uma das vagas estava o porsche que tinha apostado com Peeta, sorriu ao lembra-se da aposta.

Foi para a piscina, havia ouvido barulhos vindos daquele local. Encontrou Peeta dando braçadas furiosas na água. Ele vestia apenas uma sunga preta. Sua roupa estava atirada, de qualquer maneira, em cima das cadeiras da piscina. A que tudo indicava aquele mergulho não fora planejado, parecia que viera até piscina, sentira vontade de entrar na água e assim o fizera.

― Tomando um banho frio? ― disse. Como adorava o provocar!

Peeta parou com as braçadas e sorriu ao vê-la.

― É a solução! ― afirmou, nadando até a borda da piscina.

Katniss sentou-se na borda da piscina, mergulhando os pés na água.

― Que milagre é este? Será o apocalipse? O que faz Peeta Mellark em uma sexta-feira à noite em casa?

Ele aproximou-se dela e acariciou levemente suas pernas.

― E será que o mundo está acabando? O que faz Katniss Everdeen chegar cedo de uma festa?

Ela jogou água nele com os pés.

― Talvez, hoje ela seja uma espécie de Cinderela que precisa chegar em casa antes da meia-noite para não ser transformada em abóbora ou algo do tipo.

Peeta riu.

― Já que está aí, não quer dar um mergulho?

― Estou sem meu biquíni...

― E desde quando isso impediu Katniss Everdeen de fazer alguma coisa? ― sua voz era pura sedução.

Aliás, ele estava muito irresistível usando apenas uma sunga. Um verdadeiro pecado. Certamente, ser tão sedutor como Peeta deveria ser crime, que merecia a penalidade máxima.

Katniss riu e retirou seu vestido pela cabeça, ficando apenas de sutiã e calcinha.

― Ainda está com muita roupa! ― disse Peeta, a olhando. ― Muita roupa para o meu gosto!

Ela pulou na piscina. Embora a água estivesse fria, a sensação não era nada ruim.

Sentiu os braços de Peeta a capturando, os lábios dele pressionados em seu pescoço. Aquilo a deixou arrepiada. Ele escorregou a mão por seus seios, depois por seu ventre, chegando em sua calcinha, finalmente. Aquilo era realmente muito bom, os dedos de Peeta sabiam fazer maravilhas. Seu toque era preciso, provocante, instigante. Queria que nunca mais parasse. Os lábios de Peeta abocanharam os seus. Os lábios dele eram macios e quentes. Perdia-se facilmente naqueles lábios, a tal ponto que muitas vezes não queria se achar.

Virou-se para ele, e enlaçou seu pescoço, passou as pernas por seu quadril, assim ficava do seu tamanho. Peeta deslizava a mão por todas as partes do seu corpo. Já não sentia o frio da água, tudo que sentia era o calor que a envolvia provocado pelo toque dele em sua pele.

Peeta encontrou o fecho de seu sutiã e o retirou imediatamente. Os lábios dele ocuparam-se dos seus seios. Sentia o calor crescendo, aumentando, expandindo-se por cada fibra do corpo. Apertou forte as costas dele.

Ele a levou até a borda da piscina e a sentou lá. Rapidamente, ele pulou para fora da água. Ela pulou em seu colo. Podia sentir o grande volume no meio das pernas de Peeta. Fez uma pequena pressão. Ele gemeu alto.

― Katniss! ― sussurrou de um modo muito sexy em seu ouvido.

Peeta mordiscou sua orelha e desceu os lábios para seu pescoço. Ela estava completamente perdida em meio às carícias dele. Não queria que elas parassem de maneira alguma. Sentia uma fome crescer, necessitava de Peeta para saciar aquela fome, cada fibra de seu corpo o desejava. Podia sentir em sua pele, em seus poros, seu desejo aumentando.

Ele apertou seus seios, desceu mais uma vez os dedos para dentro de sua calcinha. Aquilo a estava deixando louca, queria mais e mais, mais e mais... Suas mãos foram parar na sunga dele, abaixou-a um pouco. Ele gemeu alto mais uma vez.

Peeta afastou um pouco sua calcinha e olhou em seus olhos. E ela soube, ou melhor, teve certeza absoluta que queria aquilo. Deu um longo beijo em Peeta.

Sem se afastar dela, ele pegou sua calça, que estava jogada em cima de uma das cadeiras da piscina, próxima a eles, e retirou de um dos bolsos um pacote de camisinha.

Ela lhe deu outro longo beijo. Ele colocou a camisinha e mergulhou em Katniss, fazendo-a o sentir plenamente. Peeta finalmente saciou sua fome. Era como se fossem um só, até podia jurar que o ritmo de seus corações era o mesmo. Embora aquilo pudesse lhe parecer completamente inverossímil e piegas em outra ocasião. Seus corpos se moviam no mesmo ritmo, como em uma dança, uma provocante dança. Sua mente não pensava em mais nada, era totalmente corpo, cada fibra de seu corpo se comunicava com as de Peeta. Seus cheiros se misturavam no ar, juntamente com seus sussurros, gemidos e gritos. Às vezes, não podia distinguir se o som vinha dele ou se vinha dela. Estava completamente perdida em Peeta Mellark. E não, ela não queria se achar.

Perdeu-se em Peeta até sentir o fogo atingir seu ponto máximo e depois explodir como uma erupção de um vulcão, a inundando-a completamente com suas larvas.

Ela saiu de cima dele. Acabara de fazer sexo com Peeta Mellark, e aquilo fora bom, a quem estava tentando enganar, fora incrível, tão incrível que ainda não conseguira encontrar palavras para descrever suas sensações.

Deitou-se na borda da piscina. Ele se deitou perto dela, acariciando suas pernas. Estavam ofegantes e suados.

― Isso foi...

― Uma pequena amostra do que terá se vencer a aposta! ― disse Katniss, cujo juízo estava regressando.

― Tenho que vencer esta aposta urgentemente! ― disse, beijando seu pescoço.

A mão dele invadiu sua calcinha novamente.

― Mais amostras? ― murmurou em seu ouvido.

Como aquilo era tentador. Seu corpo estava ficando faminto novamente.

― Hein? ― Ele estava trabalhando habilidosamente seus dedos em sua calcinha.

― Por que não? ― Sorriu sugestivamente.

Peeta a pegou nos braços e a levou para seu quarto imediatamente, quase correndo.

Acordou com o sol em seu rosto. Já deveria passar do meio-dia. Estava envolvida nos braços de Peeta, envolvida em seu corpo quente, totalmente nua. Sentia a respiração dele no pescoço.

Apesar de estar um tanto cansada, a noite passada fora muito boa.

Precisava pegar alguma roupa no closet dele, já que seu vestido deveria estar jogado em algum canto na piscina. Começou a se levantar. Porém, não realizou qualquer ação, já que os braços de Peeta a prenderam.

― Aonde pensa que vai? ― perguntou de forma preguiçosa em seu ouvido.

― Para minha casa ― respondeu, tentando sair de seus braços. ― Não vai me soltar?

― Não! ― Ele beijou seu pescoço. ― Fique aqui comigo ― pediu.

― Não, preciso ir para minha casa.

― Katniss... ― falou com uma voz manhosa.

Podia sentir o membro de Peeta em seu traseiro, fazendo pressão. Estava pulsando de desejo.

― Se esqueceu que ainda não sou sua! ― Virou-se para ele.

Peeta a olhava com seus penetrantes olhos azuis.

― Como eu disse antes, isso foi apenas uma amostra...

Beijou os lábios de Peeta rapidamente.

― Pensei que seu amiguinho... ficaria mais calmo depois de ontem... Mas vejo que não.

― Meu amiguinho tem muita fome!

Peeta colocou-se sobre ela e começou a beijar seu corpo.

― Fica só mais um pouco, vai! ― pediu entre um beijo e outro. ― Só mais um pouco ― sua voz era rouca, extremamente sexy.

Sabia que com aquela voz, ele poderia convencer qualquer um que a lua era quadrada. Naquele momento, bem que ela gostaria de ser convencida disso. Perdeu-se mais uma vez em meio às carícias dele. Definitivamente, estava perdida e não sabia se desejava ser encontrada.


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Notas finais do capítulo

Odiaram? Gostaram? Como será que as coisas irão ficar depois disso? Os dois não conseguiram esperar para ver o final da aposta rsrsrsrs, mas e agora?