Maktub escrita por Asryah


Capítulo 1
Prólogo


Notas iniciais do capítulo

Boa leitura e espero que não cansem de ler no meio do texto. /o/



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Minha cabeça doía e a sensação de tudo girar me incomodava. Era como se algo fosse cair em mim. E a sensação de enjoo não ajudava. Talvez ficar me mexendo também não contribuía muito, mas eu estava me agoniando. A cabeça pulsava. Eram tantas sensações que eu queria apenas morrer. Não aguentava ficar me contorcendo no chão sentindo tudo isso. Passava as mãos pelo rosto, numa tentativa falha de tentar passar tudo isso. Mas era impossível.

As lágrimas começavam a cair. E começar a chorar foi inevitável. Odiava estar sozinha em situações como essa. No momento em que eu mais precisava de alguém, nenhuma pessoa estava perto. Não o suficiente para me socorrer.

— Alguém... Por favor. — sussurrei, mas tinha certeza que ninguém me escutaria.

Realmente, eu iria ficar naquele chão gelado até passar. Sem conseguir me segurar mais, fechei os olhos, deixando as lágrimas rolarem até eu não lembrar mais nada.

♠♠♠

Gente chata e desinteressante por todos os lugares. Era o que Inuyasha pensava. Não havia nada de interessante para se fazer por ali, e também, não poderia deixar tudo interessante. Desde a última vez que arranjara confusão, estava com o risco de levar detenção. E, ficar mais tempo ali era degradante. Sinceramente, para Inuyasha, nada daquele ambiente lhe fazia mais sentido. Apenas voltara por causa das ameaças familiares. Estava pouco se importando para os estudos ou uma carreira futura.

Somente queria viver sua vida independente dos familiares. Chegava a odiá-los por toda aquelas imposições que colocavam sobre o garoto. Claro, tudo porque Sesshoumaru era o Sr. Perfeito e deveria ser como ele. Ah, grande engano. Inuyasha elevou os cantos dos lábios em um quase sorriso com os pensamentos.

Com as mãos no bolso da calça, andava sem rumo pelos corredores da escola. Era intervalo e, apesar disso, o local não estava tão cheio assim. Ao menos poderia ficar um tempo sozinho, para pensar no que fazer logo após aquele lugar. Só não sabia ao certo para onde iria. Mas não estava ligando para isso. Também não ligava para os suspiros que escutava quando passava perto de algumas garotas ou os cochichos delas.

Sabia que era bonito, mas não dava atenção para nenhuma delas. Eram todas superficiais. Claro que já tinha tido um caso com uma e outra, mas nada mais do que algumas horinhas bem aproveitadas à sua maneira. Também não fazia questão de ter alguma amizade com elas ou com qualquer outra pessoa daquele lugar. Já tinha seus próprios amigos. Esse era o pouco do Inuyasha arrogante que todos viam.

Em meio a esses pensamentos, Inuyasha fora tirado pelo Myouga.

— Senhor Taisho! Por favor, faça um favor.

O garoto revirou os olhos, bufando.

— Não, já tenho coisas para fazer.

O velho professor arqueou uma sobrancelha, fitando-o descrente de que Taisho tinha algo para fazer.

— Não é um pedido, é uma ordem, senhor Taisho. E, os últimos acontecimentos o impedem de negar alguma coisa que a escola peça para fazer.

—Grande coisa. Por que não pede para outro fazer seja lá o que for?

— Os outros alunos estão ocupados, com seus afazeres. E, como você não faz nada, sobrou para fazer. — Inuyasha arqueou a sobrancelha, logo após revirar os olhos.

— E quem disse que eu não tenho o que fazer?

Myouga riu, achando a pergunta do garoto uma piada.

— Vamos, Inuyasha, o conheço desde que nasceu. Sei o que se passa na sua casa e aqui na escola. Agora entregue estas anotações para a senhorita Higurashi, na casa dela. — disse, entregando um caderno para Inuyasha.

— E, por que ela não vem pegar? Aliás, existe alguma Higurashi aqui? — Inuyasha franziu o cenho, tentando tanto lembrar de alguma garota fútil dali, mas não levou os pensamentos adiante ao sentir uma dor na cabeça. — Ai, por que fez isso, seu velho idiota?!

— Por coisas óbvias, a senhorita Higurashi está doente e não se sabe quando ela irá voltar. E não me xingue. Por isso, quando terminarem as aulas, vá a casa dela e entregue as anotações e pronto.

Inuyasha bufou, colocando o caderno em baixo do braço, olhando torto para o professor. E, logo em seguida, derrotado, assentiu aceitando fazer o maldito favor. Se fosse insistir em não levar, seu pai iria ficar sabendo e teria que ficar escutando mais coisas. Então era melhor fazer logo e deixar tudo quieto para não ter aborrecimentos futuros. Afinal, era só entregar as anotações e poderia fazer o que planejava. O que poderia acontecer?

Já estava impaciente de tanto andar. A vontade de dar meia volta e ir para onde seus amigos estavam era mais divertido. Mas seu subconsciente o fazia seguir o caminho até onde se sabe lá era a casa da tal garota. Suspirou, olhando as casas em busca daquela certa casa. Procurava por uma placa Higurashi, mas não conseguia achar, então pôs se a lembrar do número. Qual era mesmo? 1048? Ou era 1058? Era algo assim. Bom, sabia que estava perto, então não haveria de se preocupar.

— Droga... Onde está a maldita casa?! —Inuyasha andou mais alguns metros até achar a casa. Porém, franziu o cenho ao ler Kaname e Higurashi na frente da casa e o número era 1053. — Bom, não me interessa.

O garoto abriu o portão, indo até a porta e tocou a campainha. Era só aguardar.

Escutou passos e vozes discutindo algo e, então, a porta se abriu. Um rapaz olhou para Inuyasha juntamente com uma garota. Os três se encararam.

— Algum problema? — perguntou o rapaz.

— Hum... Eu vim entregar as anotações para Higurashi Kagome, ela está?

— Sou eu. — pronunciou-se a morena, dando espaço para Taisho passar. — Entre, por favor, já irei falar com você. A sala é bem ali.

Inuyasha deu de ombros, passando pelos dois e indo até a sala. Observando o lugar, sem poder evitar deixar de escutar a conversa dos dois.

— Tem certeza que irá ficar bem? Eu posso desmarcar e ficar aqui com você, K.

— Não, eu estou melhor. Vá lá. Não vai acontecer nada...

A sala era bem arrumada. Retratos, flores e outras coisas faziam a decoração. Era simples, mas confortável. Um retrato lhe chamou a atenção. Era a Higurashi com o cara da porta em uma selfie, em que ela estava deitada numa cama de hospital com um bolinho decorado e um grande urso rosa. Provavelmente seu aniversário. Não poderia dizer que havia ficado triste, mas também não ficou alegre. Só não sabia o que pensar sobre isso. Não tinha nada a ver com isso, então só entregaria as anotações e iria embora.

— Foi um dia legal. — disse a garota, entrando na sala com uma bandeja com xícaras e biscoitos, colocando-os na mesinha. Ela sorriu levemente olhando para a foto, sem notar que assustara o garoto com seu surgimento repentino. — Você é...?

— Não precisa disso, só vim deixar esse caderno. O professor pediu para que viesse fazer isso.

Inuyasha procurou o caderno da mochila e o tirou, entregando para Kagome. Ela pegou, folheando as páginas e fez uma careta, suspirando, como se lembrasse de algo nojento. Virou-se rapidamente, porém seu corpo vacilou tombando para o lado e, antes que pudesse chegar ao chão, Inuyasha conseguiu a segurar.

Kagome olhou nos olhos âmbares de Inuyasha, piscando compulsivamente, com a respiração levemente alterada por causa da vertigem. Já Inuyasha, agiu por reflexo, sem pensar. Piscou fitando o olhar azul de garota, tentando entender o que se passara e, então, como num estalo ao notar à proximidade dos dois, endireitou-se, colocando a garota em pé.

— Você está bem?

Kagome assentiu, lentamente.

— Desculpe, mas estou bem sim. Foi apenas...

— Olha, agora eu preciso ir. Então, acho melhor que você vá descansar se estiver doente ou chame o seu namorado. Preciso ir. — sem deixar que Kagome se pronunciasse, colocou a mochila nas costas e saiu da casa.

Sem reação, a garota coçou a cabeça, franzindo o cenho tentando entender o que ocorrera. E ainda era um absurdo que do garoto achar que Bankotsu fosse seu namorado – tudo bem que não eram tão parecidos assim, mas não iria morar com outra pessoa do sexo oposto, se não fosse parente. Era louco e mal educado por sinal. Nem ao menos se apresentara, que grosseiro. Suspirou, sentando-se no sofá, servindo-se uma xícara de chá para si.


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Notas finais do capítulo

Bom, não sei o que e levou a escrever isso. Tenho até medo de não terminar a fic por falta de criatividade. Foi algo que veio assim, do nada quando eu estava jogada na cama, olhando para o teto. Enfim, espero que tenham gostado e, se puderem, comentem, por favor. :3



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