Love or not Love? escrita por EuSemideus


Capítulo 8
Vll


Notas iniciais do capítulo

Ei gente! Cheguei! Levemente atrasada, mas, ei, pelo menos eu vim!
Cara, fiz uma prova pra uma faculdade de medicina (to no 1° ano do ensino médio) e fiquei com 95 na redação sendo q ela valia 100!!!! To muito feliz!
Bem, esse cap ta meio parado mas acho q ta fofo (tem narrativa do Percy)
Espero q gostem!



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VII

Percy

Percy acordou com o sol em seu rosto, incomodando-o, mas não de uma maneira de toda ruim. Afinal, um novo dia estava se iniciando.

O rapaz respirou fundo, apreciando o ar puro da manhã, porém sentiu um peso sobre si. Espantou-se ao notar que uma cabeleira loira espalhava-se em seu peito e que sua dona o fitava animadamente com seus lindos olhos acinzentados.A mulher sorriu ao ver que Percy acordara e levantou o corpo. Ele prendeu a respiração ao notar para aonde ela se dirigia. Com delicadeza, a loira depositou um selinho demorado em seus lábios.

– Bom dia, amor - ela disse.

Amor?!

– Bom dia... - ele respondeu ainda um tanto inseguro.

Não sabia em que realidade estava, mas com certeza não era na sua. Nunca que, em seu mundo, Annabeth o acordaria com um beijo, chamando-o de amor (coisa que ela nem mesmo acreditava na existência) e usando um baby doll um tanto curto.

– Anda, temos que levantar - ela disse sentando-se na cama.

– Estou cansado - Percy disse sem nem mesmo pensar.

Só então percebeu que seu corpo estava pesado e os olhos lutavam para não se fecharem novamente.

Annabeth abriu um sorriso malicioso em resposta.

– Sei que a noite de ontem foi "animada", mas não temos muita escolha - ela disse passando os dedos pelos cabelos escuros do rapaz - Logo seu filho acorda e você tem que leva-lo para escola.

– F-Filho?! - ele indagou surpreso.

Annabeth riu.

– É, aquele que tivemos um ano depois de nos casarmos - ela explicou com ar brincalhão - Que fez cinco anos semana passada e que daqui a oito meses vai ganhar um irmãozinho como companhia.

Percy sentou-se na cama em um pulo. Sentiu seu sangue gelar nas veias e o coração acelerar. Automaticamente olhou para suas mãos. Em seu anelar esquerdo, assim como no dela, jazia uma aliança dourada, simbolizando uma união. O mundo parecia estar pregando-lhe uma grande pegadinha.

– V-V-Você está g-grávida? - ele perguntou, ou pelo menos tentou faze-lo.

Annabeth franziu o cenho.

– Está tudo bem, Perseu? - ela perguntou parecendo preocupada - Você parece estar se esquecendo de tudo hoje. Te contei há dois dias, estou com um mês. Lembra-se?

A mão de Percy dirigiu-se involuntariamente ao ventre da mulher a sua frente (sua mulher, pelo que parecia). Ela carregava dentro de si um pedaço dele. Um pedaço que cresceria, tomaria forma e logo estaria nos braços dos dois, sorrindo para eles. E mais, havia outro pedaço dele naquela casa, já grande e falante, provavelmente dormindo no quarto ao lado.

Percy não sabia aonde estava, mas naquele momento não se importava. Se Annabeth estava grávida, o melhor era fingir que estava tudo como sempre fora, não podia preocupa-la.

– Sim, está tudo bem, querida - ele garantiu sorrindo - Só não me acostumei ainda com o fato.

Annabeth sorriu e acariciou seu rosto. Aquele momento de paz e harmonia foi interrompido por um grito de criança.

– Mamãe!!!

A loira sorriu. Beijou-o rapidamente e levantou-se.

– Já vou, meu filho! - gritou em resposta e voltou a olhar para Percy - O dever me chama. Levante-se, já estamos atrasados!

A última coisa que Percy viu antes de tudo ficar preto, foi ela saindo do quarto com um grande sorriso no rosto.

Antes mesmo de abrir os olhos, Percy soube que fora tudo um sonho. A realidade lhe atingiu em cheio, como se repreendendo-o por em algum momento ter achado que tudo aquilo podia ser real.

Annabeth era sua amiga, não esposa. Ela não acreditava no amor e provavelmente não queria se casar, filhos menos ainda. Era a mulher que ele amava e que lutava muito para conquistar o sentimento qualquer que ela considerava digno de sentir por alguém a quem queria pertencer.

Olhou em volta e notou que estava em seu quarto. A luz do sol batia no chão, entrando pela janela, e os restos mortais daquilo que fora sua cama por metade da noite jazia no sofá.

O rapaz assustou-se ao notar algo se mexer em seus braços e aconchegar-se a seu corpo. Ali estava ela, dormindo junto dele. Sua primeira reação foi fechar e abrir os olhos, como se para acordar daquele outro sonho, mas nada aconteceu. Ela continuava ali, ressonando contra seu peito.

Lembrou-se do protesto que não durara só o dia, mas estendera-se noite à dentro, impedindo seu retorno para casa. Lembrou-se de Annabeth, naquela camisola branca de alças que ia até o meio de suas cochas, chamando-o para dormir na cama com ela, por ele não estar conseguindo descansar no sofá. A visão dela foi simplesmente maravilhosa. Agradeceu mil vezes a mãe por nunca ter usada a peça que emprestara a loira. Seu rosto em meio ao sono assemelhava-se ao de um anjo que, por um descuido, caíra de uma nuvem e recuperava-se para voltar a olha-lo das alturas.

Vagarosamente, viu-a abrir os olhos. Aquela tempestade, no momento calma, hipnotizando-o como sempre. Por um milésimo de segundo, um sorriso enfeitou ainda mais o belo rosto da moça, que logo depois corou e afastou-se do rapaz. Percy sentiu-se vazio, incompleto, como se uma parte de si faltasse, no momento em que ela saiu de seus braços. Quis puxa-la para junto de seu corpo e abraça-la novamente, porém controlou-se. Não podia assusta-la.

– Desculpe-me, Perseu - ela pediu, o rosto vermelho de vergonha.

Ainda mais linda, ele pensou.

– Não foi nada - ele garantiu sentando-se e sendo acompanhado por Annabeth.

– Ehr... Eu vou me trocar - ela disse, ainda corada, levantando-se da cama e caminhando até o banheiro.

Percy respirou fundo, tentando se reajustar. Tentava descobrir de onde viera aquele sonho. Talvez seu criativo subconsciente tivesse associado o fato de ela ter sido sua "noiva" no dia anterior, ou algo do tipo. Porém o rapaz sabia, bem lá no fundo, que sonhara aquilo porque era seu maior desejo. Casar, formar uma família, e Amnabeth parecia a candidata perfeita.

Para não incomoda-la, Percy preferiu trocar de roupa no banheiro social, no corredor de seu quarto. Não se demorou no banho, e logo já estava voltando para seu quarto vestido e secando os cabelos com a toalha que tinha nas mãos.

– Filho - uma voz o chamou.

Percy se virou e encontrou a mãe. Dessa vez o vestido que usava não era longo e tinha uma coloração de verde entre o claro e escuro. Seus cabelos estavam presos em um rabo e ela sorria abertamente.

– Bom dia, mãe - ele desejou-lhe.

Sua mãe sorriu e se aproximou, ajeitando sua blusa.

– Dormiu bem? - ela perguntou com um sorriso brincalhão, enquanto se ocupava em dar um jeito nos rebeldes cabelos negros do filho.

– Sim, muito bem - ele respondeu lembrando-se maravilhosa sensação que fora acordar com Annabeth em seus braços.

– Sabe, ontem eu peguei a roupa de Annabeth para lava-la e passa-la - ela contou parando de mexer nos cabelos de Percy - Hoje de manhã fui levar a roupa até o quarto. Acho que tenho uma boa ideia do porque de você ter dormido tão bem.

Um sorriso brincalhão brincava nos lábios da morena a sua frente. Percy sentiu seu rosto esquentar e abaixou a cabeça.

– Não se acanhe, meu filho - pediu sua mãe levantando seu rosto - Você já conquistou o coração dela, agora só precisa fazer o mesmo com a confiança.

Percy abriu a boca, mas sua mãe o calou.

– Ande, vá para o quarto e seja o cavalheiro que eu te ensinei a ser - ela disse sorrindo e empurrando-o.

O rapaz, sem saber muito como reagir, obedeceu a mãe. Entrou no quarto e fechou a porta ainda pensando no que ela dissera. Como assim já tinha conquistado o coração de Annabeth? Quando finalmente voltou a Terra, notou ela de costas para si. O vestido florido caindo perfeitamente pelo corpo e os cachos loiros presos em um rabo de cavalo alto. Ela se virou e sorriu.

– Ah, Perseu, que bom que chegou - ela disse - Eu não sabia bem o que fazer.

Percy sorriu.

– Você está em casa, Annabeth - disse ele - Pode fazer o que quiser. Ela se aproximou um pouco e colocou a franja solta atrás da orelha.

– Será que eu poderia tomar café? - ela perguntou um pouco corada.

Percy riu.

– É claro.

O resto de sua estadia ali seguiu tranquila. Tomaram café com seus pais, sua avó, Tyson e Ella. Ella era a namorada de Tyson. Uma menina ruiva, com a pele branca e algumas sardas. Ela era magra e baixa em relação ao namorado, que sem dúvidas podia esconde-la sem problemas com o corpo.

O único incidente que despertou curiosidade em Percy, foi a despedida. Vovó Lise disse em seu ouvido para parar de enrolar Annabeth e casar-se logo com ela, alegando que ela seria a garota certa. Mas quando esta se despediu da garota disse algo em seu ouvido, algo que fez a loira corar fortemente.

O transito estava tranquilo naquele início de tarde de domingo e a ponte não guardava nenhum resquício do protesto que durara todo o dia anterior. Mais rápido do que Percy queria, o prédio de Annabeth surgiu em seu campo de visão. O carro parou à porta e ele virou-se para a moça. Ela fitou-o, sorrindo, e agradeceu:

– Muito obrigada, Perseu. Apesar das circunstâncias, sua família foi muito boa e acolhedora. Posso dizer que são algumas das melhores pessoas que conheci.

Annabeth se aproximou e lhe beijou a bochecha, como passara a fazer sempre que se despedia. Porém dessa vez Percy não paralisou, ele segurou a mão da garota antes que ela saísse, fazendo a loira fita-lo confusa. Percy sorriu carinhosamente e se aproximou. Em um lapso de coragem, beijou o canto da boca da garota.

– Obrigada por tudo, Annabeth.

Com isso ela sorriu e deixou o carro.

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Annabeth

A cabeça de Annabeth girava. Acabara de fechar a porta de casa e apoiava-se nela. O dia anterior fora tão confuso quanto as últimas horas que passara na casa dos Jackson.

Sua mente girava e seu coração apertava no peito. Não sabia o que sentir, o que pensar, não sabia nem mesmo quem era aquela que estivera em seu corpo no tempo que fingiu ser a noiva de Perseu.

"Espero bisnetos logo", segredara a avó de Perseu quando eles já deixavam a casa. Seu rosto queimara em brasa, mas não fora só isso. Sem que ela se quer raciocinasse, a imagem de uma garotinho de cabelos pretos e olhos cinzentos surgiu. Não sabia de onde ele viera, nem para onde fora assim que ela afastou aquele estranho pensamento, mas aquela imagem continuava martelando sua mente e afligindo seu coração.

– Posso saber onde a senhorita passou a noite? - perguntou a voz de sua melhor amiga.

Annabeth se virou e encontrou Thalia com os braços cruzados e a cara fechada. Nem mesmo se assustou por ela estar dentro de sua casa, a morena sabia onde ficava a chave reserva desde que ela voltara a Nova York.

– Custava ter atendido um único telefonema, Chase?! - ela exclamou indignada - Você não podia se dignar a dar sinal de vida?!

Só nesse momento a loira percebeu que saíra para um passeio pela manhã e não voltara. Ninguém sabia onde ela estava ou para onde fora. Annabeth sentira-se tão em casa e confortável que esquecera que não pertencia àquele lugar. Simplesmente apagou de sua mente o fato de que ninguém a sua procura pensaria que estava na casa da família Jackson. Seu coração apertou um pouco mais. Esquecera que tinha pessoas que se importavam com seu bem estar e segurança.

– Desculpe-me - ela pediu sentindo-se culpada - Não ouvi suas ligações, meu celular deve estar arriado.

O olhar de Thalia era tão raivoso e matador que a garota pensou que apanharia da amiga como nunca antes. De verdade. O morena se aproximou vagarosamente, mas para surpresa de Annabeth ela não levantou a mão ou xingou-a, simplesmente deu-lhe um abraço apertado.

– Nunca mais suma desse jeito, sua louca! - disse a punk se afastando - Deixou-me realmente preocupada.

– Eu prometo - afirmou Annabeth.

Thalia abriu um sorriso fraco e se jogou no sofá, sendo seguida pela amiga. A morena passou umas das mãos pelos cabelos e soltou um riso pelo nariz.

– Acho que eu peguei um pouco da paranóia do Di Ângelo - concluiu balançando a cabeça.

– Ahn? - indagou Annabeth confusa.

– Parece que ontem foi o dia internacional do "Sumir sem avisar" - brincou Thalia - Percy também desapareceu e Nico entrou em um mine desespero.

Annabeth riu, imaginando o que aquele "mine" realmente significaria. Nico parecia bastante equilibrado, era difícil pensar nele naquele estado.

– Pensei que estaria com ele - comentou Annabeth já mais relaxada.

– Ah, eu estava, mas queria estar aqui quando você chegasse - disse Thalia - Além de que ele trabalha hoje a tarde.

A loira riu.

– Perseu também - disse meio sem pensar.

A punk a arregalou os olhos e a fitou surpresa.

– Como você sabe disso, Annie? - indagou Thalia.

Annabeth abaixou a cabeça e sentiu suas bochechas esquentarem.

– Onde você passou a noite, Annabeth? - perguntou sua amiga, mas a loira não respondeu - Você estava com ele, não estava? Por que você não me disse que estavam juntos?!

– Porque não estamos! - exclamou a loira - Foi só um imprevisto, somos só amigos.

Thalia a analisou. Annabeth de repente sentiu-se nua sob o olhar da amiga, e de certa forma estava. Aqueles olhos azuis eletrizantes eram capazes de enxergar até a parte mais profunda e obscura de sua alma. Os sentidos treinados de sua melhor amiga podiam prever suas ações e atitudes. Ela podia simplesmente arrombar o cofre em que estava o coração da loira e saber em primeira mão o que estava acontecendo ali. Não havia nada que Annabeth pudesse esconder de Thalia Grace.

– Se você diz... - respondeu a morena, deixando claro que precisaria de uma explicação muito melhor do que aquela para engana-la.

Annabeth suspirou. Estava perdida. Thalia não podia ver a confusão em sua mente, porém enxergava os batimentos descompassados de seu coração e, provavelmente, já sabia o motivos de tais. A loira sabia que aquele assunto estava suspenso por hora, porém sua melhor amiga não o deixaria morrer até que tudo estivesse em seu devido lugar.


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Notas finais do capítulo

Bem, espero q tenham gostado! O prox cap tem fortes emoções!
Bjs, comentem!
EuSemideus
ps: vcs querem um especial Thalico?



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