Love or not Love? escrita por EuSemideus


Capítulo 4
Ill


Notas iniciais do capítulo

Ei gente! Consegui terminar de escrever hj!
Fiz a prova da Faculdade de Medicina de Petrópolis (RJ), to no primeiro ano do Ensino Médio e pelo q eu vi no gabarito (q saiu antes de ontem) eu gabaritei inglês e quase fiz o msm com português!!!! Bateu um orgulho! Mamãe Athena deve estar feliz! (quando minha nota sair eu digo pra vcs)
Bem, ta aí, espero q gostem.



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III

Annabeth

Gargalhadas ecoaram nos ouvidos da loira, que balançou a cabeça ao ouvir mais uma das piadas de seu pai. Essas, eram tão idiotas, que chegavam a ser engraçadas.

Seu irmão mais novo, Connor, ria com as mãos na barriga. Sua mãe lançava um olhar reprovador na direção do marido, mas também tinha um sorriso discreto em seu rosto. Já seu tio batia nas costas de seu pai rindo alto, aproveitando aquele momento em família.

Seu tio, Max, era o irmão mas velho de sua mãe. Ele morava no Texas e estava ali de visita. Annabeth havia passado sua infância na cidade onde o tio ainda morava, assim tivera bastante contato com ele, diferente de Connor, que só via o tio em visitas esporádicas, visto que mudaram-se para Nova York quando o pequeno só tinha dois anos.

Aquele ambiente descontraído lhe fez extremamente bem. Quase tão bem quanto o passeio com Perseu. Ah, Perseu... Ainda precisava pensar no que faria para convence-lo. Já começara a desenvolver um sentimento bom em relação a ele, uma provável amizade, talvez. Assim, mas do que nunca, precisava alerta-lo, mostrar-lhe a verdade. O moreno era uma boa pessoa, se continuasse com aquele crença cega no amor... Ele tinha medo que depois de uma decepção ele nunca mais fosse o mesmo.

– Não é mesmo, Annie?

Annabeth balançou a cabeça, perdida na conversa que os outros desenvolviam a sua volta.

– Como? - ela indagou.

– Perguntei se você não acha que Athena deveria para de implicar com as piadas de Frederick - repetiu seu tio.

– Ah... - ela disse - Desculpe, tio, mas nisso eu não me meto não.

Connor riu e seu tio revirou os olhos. Era sempre assim eu sua casa. Risos, algumas brigas que logo se resolviam e um ar de felicidade. Aquilo foi o que mais sentira falta durante o tempo que passara na Grécia. Os momentos em família, com seus pais, seu irmão, as vezes seus tios... Sentira-se tão só, tão abandonada no Central Park quando vira aquela família... Imediatamente sentira uma vontade inexplicável de visitar seus pais. Depois, analisando com calma, sentira pena de Perseu, que claramente achara que a mudança de humor dela fora por sua causa.

Aos poucos o papo foi morrendo e o sono chegando. Annabeth viu seu irmão pedir licença e seguir para o segundo andar da casa com os olhos já se fechando. Ele foi seguido de seus pais, que resolveram também finalizar seu dia. Por fim, só ela e seu tio Max permaneceram a mesa. Ele tossiu e colocou a mão sobre a boca.

– Você está bem? - perguntou Annabeth.

O homem sorriu.

– Não se preocupe, é só a garganta seca - ele garantiu.

Max era incrivelmente parecido com sua mãe. Pele clara, cabelos castanhos escuros, olhar curioso... A única coisa que mudava era a cor dos olhos. Enquanto os de Athena eram cinzas, como os dela, os de seu tio eram azuis bem claro.

– Então, Anne - ele começou com um sorriso que já denunciava suas más intenções - Quem era aquele hoje, que te trouxe até aqui?

– Ah, era só o Perseu - respondeu a loira sem pensar muito.

O cansaço já se fazia presente e o pensamento da garota estava a milhas de distância. Pensava em suas aulas, que mudaram, quase sem escolha, para o turno da manhã. Fora na faculdade mas cedo naquele mesmo dia. Acabara por mudar não só seu horários, mas também os dias. Suas aulas agora seriam nas manhãs de segunda, quarta e quinta, não estava tão ruim.

– Seu namorado? - indagou seu tio.

Annabeth arregalou os olhos surpresa.

– Não, não, somos só amigos - ela se apressou a dizer - Eu acho.

A loira murmurou a última parte. Não sabia bem se o que eles tinha chegava a ser uma amizade. Conheciam-se há o que? Uma semana? Menos? Uma amizade podia ser firmada em tão pouco tempo? Annabeth não sabia ao certo, mas sentia que a resposta era "sim". Já sentia como se ele fosse seu amigo.

– Você não parece certa disso - insistiu Max com um sorriso no rosto.

– Acredite quando eu digo - pediu Annabeth - Não temos nada.

Seu tio suspirou e recostou-se na cadeira.

– Bem, pelo que eu vi, só não tem porque você não quer - ele disse - O garoto ficou alguns minutos olhando para porta com cara de bobo depois que você entrou.

Annabeth corou involuntariamente. Não sabia exatamente o porquê daquela reação de seu corpo. Não era inocente o bastante para se surpreender com algo assim. Por que outro motivo um rapaz tão bonito como Perseu arrumaria um motivo tão bobo quanto lhe provar a "existência do amor" para sair com ela sem segundas intenções? Porém, mesmo pensando daquela maneira, Perseu era um bom garoto e parecia empenhado em convence-la. Naqueles dias que Thalia havia abandonado-a por um desconhecido, ele tinha sido uma boa companhia.

– Anne, você não pode se isolar para sempre - disse seu tio, agora com um olhar preocupado - Sua mãe finge que não entende, mas eu sei muito bem porque você decidiu ir para a Grécia. Sabe, nem todos são como ele.

Annabeth abaixou a cabeça e deixou uma única lágrima rolar. Seu tio tocara em seu ponto fraco, a única coisa capaz de mexer significativamente com seu emocional. Era um tanto estranho, e um mistério para muitos, o fato de Annabeth não acreditar no amor. Se ela viesse de uma família desestruturada ou tivesse grandes traumas em sua infância talvez houvesse motivos plausíveis, mas não. Annabeth crescera ao lado de pais que lhe criaram com carinho e lhe deram toda a atenção e conselhos necessários, sem falar que, aos olhos de qualquer pessoa que não fosse ela, eles se amavam muito.

Porém, para tudo existe um motivo. Mesmo que ele esteja enterrado no fundo do coração e trancado a sete chaves, ele continua lá. Era disso que seu tio falava. Sua maior decepção. Talvez a maior tristeza que já assolara sua vida. Tudo por conta "dele". Porque abrira seu coração pela primeira vez e entregara-o a ele que, sem dó nem piedade, pisoteou-o e esmagou-o, esfarelando-o em pedaços tão pequenos que talvez nunca pudesse ser consertado.

– Eu sei tio, mas... - Annabeth sentiu as lágrimas aumentarem o fluxo e transformarem-se em um verdadeiro choro - Eu não posso...

O garota abaixou a cabeça e sentiu aqueles braços conhecidos a rodearem. Apoiou a cabeça no peito de seu tio, abraçando-o. Lágrimas grossas e salgadas rolavam por seu rosto. As lembranças voltavam cortantes e constantes, como uma avalanche em sua mente.

– Ai, minha corujinha - ele consolou-a com o velho apelido - Não sei se esse tal Perseu é o cara certo, mas ele está por aí, esperando por você. Não pode fechar seu coração por conta de um idiota como ele. Aquele canalha não merece nem uma única lágrima sua.

Annabeth assentiu e apertou o tio um pouco mais, sentindo seus dedos acariciarem seus cabelos loiros a medida que o choro diminuía.

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Percy

Percy suspirou.

– Por que você não me avisou? - ele indagou.

O moreno do outro lado da linha bufou.

– Eu es-que-ci - ele disse sílaba por sílaba - E além do mais, eu não te devo satisfações, Perseu.

Percy cerrou os dentes.

– Não me chame de Perseu, Nico - ele avisou já irritado - Você podia ter me avisado que ia mudar seus horários. Porque, sabe, nós somos MELHORES amigos e trabalhamos JUNTOS.

Nico suspirou.

– Tudo bem, Percy, me desculpe - Nico pediu derrotado - Eu realmente esqueci. Mas é que eu mudei meus planos de repente...

– Foi por causa dela, não foi? - indagou Percy.

– Dela, quem? - perguntou Nico se fazendo de desentendido.

Percy revirou os olhos e sorriu.

– A garota com quem você tem saído.

O silêncio tomou conta do linha telefônica por alguns segundos.

– Ela te pegou de jeito, não é fantasminha? - Percy perguntou com um sorriso bobo no rosto.

Nico suspirou ao telefone.

– Você não tem ideia - ele admitiu.

Percy riu e balançou a cabeça. O que seu amigo não sabia era que ele tinha uma boa ideia do que estava se passando. Tão rápido quanto Nico, ele tinha sido enlaçado por Annabeth. Já estava agoniado com a demora dela para ligar. Será que havia desistido do desafio? Percy admitia, estava a pouco passos de ligar para ela e perguntar.

– Sem problemas, Nico - garantiu Percy mais calmo - Só me apresente-a mais tarde, ok?

– É claro - respondeu o rapaz - Até, Percy.

– Até - disse ele antes de desligar.

Estava realmente feliz pelo amigo, há muito não o via tão animado. Nico sempre fora um tanto fechado e reservado, Percy só conquistara sua amizade pois eram primos e haviam crescido juntos. O Di Ângelo nunca se apaixonara, em verdade, nunca havia deixado o amor se aproximar. Mas, pelo que parecia, o moreno havia sido laçado em uma de suas aventuras.

Percy vestiu o jaleco e seguiu para o consultório. Aquele era o trabalho que mais gostava. Seus pacientes eram geralmente os mesmos, com poucas mudanças de alguns novos.

Hades Di Ângelo, seu tio e pai de Nico, começara como um cardiologista. Com o tempo crescera e criou a rede de hospitais que levava as inicias de seu nome : HDA. O primeiro hospital da rede fora o Alfa, onde Percy trabalhava, depois viera o Ômega e por fim o Delta. Com o tempo, foi obrigado a abrir mão de seus pacientes para cuidar dos hospitais, ficando, por fim, somente com os que tinha interesse ou alguma ligação especial.

Assim se passaram anos, porém, no mês anterior tudo tinha mudado. Hades decidira parar oficialmente suas ações como médico e dedicar-se somente a empresa. Com isso seus pacientes foram remanejados, e os que se consultavam no Alfa passaram para as mãos de Percy e Nico.

Nico era brilhante, porém muito frio e direto. Sabendo disso, seu pai, e os outros médicos em geral, lhe mandavam somente pacientes adultos. Os idosos e crianças acabavam por ficar nas mãos de Percy, que, apesar de não tão extraordinário, era paciente e bem mais amigável.

Daquela maneira o dia passou, entre senhoras lhe chamando de "meu filho" e crianças de "tio". Quando seu turno já acabava, uma mulher entrou em sua sala. Seus cabelos eram castanhos escuros, e caiam com ondas por seus ombros. A pele era branca, as feições amigáveis, contudo sempre com um ar inteligente, superior. Mas o que mais chamou a atenção do rapaz foram os olhos, cinzas como os de Annabeth.

– Athena Chase - ela disse estendendo a mão.

Percy levantou-se e apertou-a.

– Dr. Perseu Jackson - ele cumprimentou-a - Mas pode me chamar de Percy.

O mulher sorriu e se sentou, seguida pelo rapaz.

– Vou ficar com Perseu. Por conta de meu nome tenho um fetiche por qualquer coisa que remeta a mitos gregos - ela explicou e Percy viu seus olhos brilharem.

Ele assentiu em concordância. Ela e Annabeth seriam as únicas pessoas que o chamariam de Perseu. Ao pensar na loira, notou que ela e a mulher a sua frente tinham o mesmo sobrenome. Seriam elas parentes?

– Vejo que já faz acompanhamento médico há algum tempo - comentou Percy olhando a ficha da mulher.

– Sim, sim. Era paciente do Dr. Hades Di Ângelo.

Percy assentiu, apesar da surpresa. Somente ao ler sua ficha, descobrira que a mulher tinha pouco mais de cinquenta anos. Não entendia por que ela não fora para Nico.

– Ele me indicou você e o filho, Nicholas - ela explicou - Admito que minha primeira opção foi o filho de Hades, mas nossos horários não bateram e acabei optando por você.

Percy sorriu.

– Bem, não sou um gênio como os Di Ângelo's, porém se Hades de indicou, acredito não ser tão ruim - ele disse humilde - Espero não decepciona-la.

Athena sorriu.

– Não vai.


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Notas finais do capítulo

O cap ta meio parado, mas ele eh extremamente importante! Vcs vão saber depois...
Ah, n sei se falei, mas fiz uma one Percabeth (o nome eh "Inesperado") e uma song fic Thalic ("I Never Told You") se udere da uma olhada...
Bem, eh isso! Comentem e favoritem se gostarem!
Bjs, até!
EuSemideus
Ps: ficaram sabendo q vai ter POV do Nico em "O Sangue do Olimpo"? Jah comprei o meu pelo pré-venda *-*