Pra te Entregar escrita por Alexis R, Bia Granger


Capítulo 27
It's Over


Notas iniciais do capítulo

Gente, é com um imenso prazer e uma imensa emoção, que eu lhes apresento o último capítulo dessa fic.



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–O horário de visita acabou e nós vamos precisar fazer alguns exames... –Bianca deu um beijo na testa da irmã e os dois saíram. Assim que viu a namorada, Duca a abraçou.

–Ela tá muito mal, Du! Eu não posso perder a minha irmãzinha. –disse ela num sussurro.

–Linda, eu sei que isso deve estar doendo muito, mas você tem que ter fé.

–Filha, vai pra casa, descansa um pouco.

–Mas pai...

–Meu amor, ouve o seu pai. Quando a K acordar, ela vai precisar de você.

–Tá bom.

–Gael, é melhor todo mundo ir lá pra casa, nós temos que ficar unidos nesse momento.

–Claro, eu e a Dandara vamos ficar aqui. –anunciou Gael. René abraçou o irmão, e ele e Duca levaram todos para a Casa Torres.

–--*---

–Tenente Coronel Torres, sinto muito pela sua sobrinha.

–Major Lacerda, eu sei muito bem que tem o seu dedo nessa história e eu vou provar.

–O seu acidente afetou mesmo o seu cérebro, Sara. –zombou.

–A senhora só pode gostar de pagar flexão, não é possível! Aliás, eu cansei da sua petulância. Major Sousa. –chamou o comandante da Aeronáutica na base.

–Leve a Major Lacerda pra descansar na cela. Quebra de hierarquia, como o senhor pode observar.

Ela se dirigiu para uma sala onde estavam reunidos os agentes da ABIN, da DIP e da inteligência das forças armadas.

–Senhores, sabemos que a Major Lacerda está conspirando contra a segurança nacional, mas não podemos prendê-la antes de sabermos quem é a cabeça do esquema. –disse o Brigadeiro Gomes.

–Eu a provoquei de propósito para prendê-la por quebra de hierarquia, isso vai mantê-la na cela durante essa reunião. Agente Santos, o que sabemos? –perguntou a mulher.

–Como apuramos, eles estão unidos a um grupo Neo Nazista internacional, que está atrelado a alguns políticos da Europa e Estados Unidos. Por isso, deveremos ir para Brasília esta madrugada para uma reunião com a Presidente e alguns ministros.

–Senhoras e Senhores, como sabem, esses conspiradores tentaram matar minha sobrinha. Peço para me retirar por um tempo para checar como minha família está.

–Dispensada, Tenente Coronel. –ela bateu continência e saiu.

–--*---

Bianca sentou-se no sofá que ficava no quarto da Ruiva, enquanto o irmão deitava com a cabeça em seu colo. BB estava deitada na cama, abraçada com Sol. O silêncio era absoluto, todos olhavam pra seus celulares na esperança de que ele tocasse dando boas notícias, e ao mesmo tempo com medo que fossem ruins. Sara entrou no quarto.

–Tia, a senhora sabe quem mandou fazer isso com a K?

–Eu sei.

–Foi a Eva, não foi?

–Bia...

–Seu silencio já é minha resposta. –Bianca abaixou a cabeça.

–Nós vamos prendê-la.

–Eu confio na senhora.

–Vocês comeram alguma coisa?

–A gente, sim, a Bi, não. –respondeu Sol.

–Não adianta forçar. Eu vou dar uma passada pra ver o seu pai. –ela abraçou cada um e saiu.

–--*---

Os dois estavam abraçados na cama da garota, ambos abalados.

–A K, por muito tempo, foi minha única amiga.

–Antes de eu entrar pra essa família, eu também não tinha amigos. Ela, a Bi e a Sol foram minha primeiras amigas de verdade. Eu fiz muito mal pra Bianca e pra Karina e, mesmo assim, elas me acolheram. E agora, a K tá entre a vida e a morte, e a Bia... Ela nunca vai superar se o pior acontecer. Elas não merecem isso. –a voz de Jade embargou.

–Não mesmo. A K é a pessoa com o melhor coração que eu conheço. A Bia é a mais corajosa. Eu tenho certeza que foi aquela mulher... –Sara entrou.

–Eu só vim ver como vocês estavam. Tô indo pra Brasília hoje de madrugada.

–A gente tá bem, considerando tudo... Eu tô é preocupada com a Karina, e com a Bianca.

–Jade, não vamos esperar pelo pior; a gente precisar acreditar que a K vai sair dessa. Logo, a Bia fica bem. –o celular de Sara toca. Ela gelou.

–Vamos pra sala. Chamem todo mundo. –ela foi para o quarto, colocou sua farda mais formal.

–Meu amor, o que aconteceu?

–Uma tragédia. Logo vai estar na TV. Atentados em sinagogas, eventos de negritude, um horror! Eu estou indo agora pra Brasília para uma reunião de emergência. Então, não saiam de casa sozinhos. –ela se despediu de todos e saiu.

–--*---

Sara chegou à base e foi encarregada de pilotar o Hércules, que levava a comitiva. Depois de algumas horas de voo, ela aterrissou na Base Militar de Brasília.

–--*---

Bianca não conseguia dormir. Chovia forte. Ela resolveu ir até a sala. Pela janela, ela observou Eva andar pelo condomínio. Subitamente, Bianca foi tomada por um sentimento de ódio. Por causa daquela mulher, ela podia perder o que lhe era mais precioso. A garota estava vermelha de raiva, parecia estar possuída por alguma força. Ela foi até o cofre onde sua tia guardava suas armas. Ela sabia a senha, então o abriu e pegou uma pistola. Viu que estava carregada e saiu porta a fora. A mulher estava indo em direção ao bar do Condomínio, ela a seguiu.

–--*---

Jade foi pra sala, com insônia, viu a porta aberta, e Bianca andando pelo condomínio. Logo reparou que o cofre estava aberto. Percebendo a tragédia que estava prestes a acontecer, ela seguiu a garota.

–--*---

Bianca se escondeu atrás de um carro e apontou a arma para a mulher. Sua tia tinha ensinado a ela e a Karina a atirar. Dizia que nunca se sabia o que pode acontecer, e estava certa. Jade se aproximou abaixada da amiga e num gesto extremo, a segurou por trás.

–Bia, larga essa arma. Você vai acabar com a sua vida.

–Se eu perder a Karina, não vai fazer diferença, então me solta!

–E se ela acordar? Ela vai estar assustada, precisando de você. E o que vamos falar pra ela? Que a irmã que ela admira tá presa por assassinato? –Bianca se sentou no chão e largou arma. Jade pegou a peça.

–Você tá certa. Eu tô com tanto medo e raiva, que quando eu vi essa mulher... Se você não tivesse chegado... –ela chorava descontroladamente.

–Você foi uma das pessoas que me ajudou, me salvou de mim mesma; eu só estou retribuindo. Eu não vou te julgar, eu também quero que ela pague, mas ela já tirou muito da gente, não dá pra perdemos nossa liberdade pra ela também. Eu sei que, pra você, a K é uma garotinha frágil, mas ela é bem mais forte que você pensa. Ela vai sair desse e você vai ser a pessoa que ela mais vai precisar. –ela abraçou Bianca, que soluçava.

–Vamos pra dentro; tá caindo o mundo aqui fora. –ela guiou Bianca até dentro de casa.

–--*---

Pedro estava cada vez mais agitado por notícias de Karina.

–Doutora, preciso ver a esquentadinha.

–Olha, eu vou falar com o pai dela.

A médica foi até o corredor em frente ao vidro da UTI, onde Gael e Dandara estavam.

–Você é a médica do Pedrinho. Tá tudo bem com ele? –perguntou Dandara, preocupada.

­–Ele tá muito agitado. Eu queria pedir a permissão de vocês dois pra ele ver a Karina por alguns momentos.

–Claro que pode. Eu vou buscar o guitarrista. –disse Gael, secando as lágrimas. Ele foram até o quarto do garoto.

–Mestre Sogrão, como a K tá? –perguntou começando a respirar rapidamente. Gael colocou a mão no peito do rapaz.

–Fica calmo, menestrel, você tá machucado também, não pode ficar assim. Olha, moleque, ela tá mal, mas a minha garotinha é muito forte. Quando ela era só um bebe, ela lutou pela vida e venceu; e vai fazer isso de novo. Se prepare, que vai ser bem duro vê-la com todos aqueles tubos, mas eles estão ajudando ela. –ele avisou, sabendo que seria um choque para o genro, enquanto o ajudava a subir na cadeira de rodas. Ele o levou até o quarto da filha.

–K, eu trouxe o Menestrel do Capiroto pra te ver. Ele tá com a pata quebrada, mas vai ficar bem. Eu vou deixar vocês sozinhos. –disse dando um beijo na mão da filha.

–Meu amor, eu preciso de você. Antes de você, eu era um moleque idiota e galinha, que não estava nem aí pra nada. Você me transformou. Sem você, eu sou um barco sem vela. Você é minha inspiração pra tudo o que eu faço. Volta pra mim, esquentadinha...

–--*---

Sara já estava tensa. Estavam lá vários ministros, militares, e a Presidente.

–Tendo em vista a gravidade da situação, a única escolha é decretar estado de emergência até prendermos esses terroristas nazistas. Qualquer país que se negar a ajudar nas investigações, estará declarando guerra ao Brasil. Por enquanto, todos estão cooperando, mas não podemos confiar em ninguém. Quero o serviço secreto com toda a atenção. Tenente Coronel Torres, a senhora será promovida a Coronel. Quero que seja a porta voz militar para dar essa notícia à pulação, se o comando das Forças Armadas concordar.

–Senhora Presidente, ela é perfeita para a função. Precisamos da simpatia da população. –afirmou o General Andrade.

–Então, vamos nos preparar para a coletiva.

–--*---

Assim que viu a notícia do Estado de Sítio, ela sabia que precisava fugir. Não precisariam mais de provas para prendê-la, e, nesse meio tempo, poderiam consegui-las. Eva, então, começou a acionar os seus contatos. O primeiro local pra onde telefonou, foi a Khan.

–--*---

–Doutor, acho que é o fim da linha. –disse Lobão.

–Que nada. Depois que pegarem a Eva, ela fica com a culpa, eles acabam com o Sítio e não poderão fazer nada sem provas. Mas, antes, temos que eliminar o dossiê que o Alan fez.

–E onde aquele traidor está?

–Eu grampeei o celular dele. Ele está na casa da sua namoradinha, seu imbecil, ela estava ajudando ele o tempo todo. Eles têm um caso! –ao ouvir isso, o Mestre nem respondeu. Foi correndo pra o seu carro e rumou para o apartamento da namorada.

–--*---

–Eu terminei! Consegui quebrar os códigos. Agora é só encontrar a Mestre Águia...

–Mas, Alan, isso vai demorar, ela deve estar nessa caça.

–Vai valer a pena esperar. Enquanto estivermos em estado de Sítio, podem prender qualquer um.

–E com essas provas, meteremos eles na cadeia. –de repente, Lobão entrou chutando a porta.

–Eu vou matar vocês, seus traidores! –ele foi pra cima do casal, que começou a lutar com o mestre. Lobão acertou um chute no rosto de Alan, que caiu desnorteado. Foi pra cima de Nat, a derrubou, e começou a socá-la. Alan conseguiu se levantar e deu um Trio de Meta na cabeça do Mestre, que desmaiou. Ele pegou sua amada nos braços, sua mochila com o pen-drive e saiu. Apesar de ferida, Nat estava acordada. Ele a pôs na moto e saiu em disparada.

–--*---

–Coronel Torres, recebemos uma denúncia de que a Lacerda está em um helicóptero, voando por nosso céu.

–Eu vou levantar voo, então.

Sara sobrevoava o céu da noite do Rio de Janeiro, quando o radar detectou o helicóptero de Eva. Era de grande porte, de tipo militar. Ela, então, estabeleceu comunicação.

–Lacerda, facilite as coisas pra você; se renda.

–Nunca! Prefiro morrer pela Suástica nazista, a me entregar a uma porca imunda.

–Que irônico seu nome ser o mesmo da mulher de Hitler, e o sobrenome igual à de outro traidor. Mas, pelo menos, eles tinham alguma inteligência. Você nasceu no Brasil. É louca! Acha mesmo que é ariana e pura. Por favor! Piada num momento desses.

–Cala a boa, sua suja. –o helicóptero começou a abrir o flap. Sara fez uma manobra, girando 360º e ficando mais baixo que a outra aeronave. Se posicionou atrás da mesma e atirou na calda. O helicóptero caiu no mar.

–--*---

Já era de manhã. A demora de Karina para acordar preocupava os médicos, que abriram uma exceção e permitiram que João, Bianca, Gael, Dandara e Pedro visitassem a menina juntos. Os outros esperavam por sua vez.

–Nós tiramos o respirador e ela reagiu bem, mas ainda não deu sinal de acordar, achamos que vocês perto dela podem ajudar. –ela saiu, deixando a família sozinha. Ninguém conseguiu dizer uma palavra, todos pareciam estar engasgados.

–Filha, tá todo mundo aqui, esperando você acordar. –disse Gael entre lágrimas.

–Minha linda, eu sei que você adora contrariar o seu pai, mas, dessa vez, você precisa fazer o que ele tá pedindo. –falou Dandara, arrancando uma risada fraca de Gael.

–K, é serio, você tá assustando a gente. Eu tô com saudade até dos seus xingamentos.

–Minha pequena, você sabe que eu preciso de você. Volta pra gente. –pediu Bianca.

–Amor, por favor, não deixa o nosso “pra sempre” acabar assim. –disse Pedro. Nesse momento, Karina abriu os olhos, e todos souberam que tudo ficaria bem.

–--*---

Três semanas depois, a vida no país tinha voltado ao normal. Todos achavam que os conspiradores estavam presos, mas Sara sabia que ainda tinha caroço debaixo desse angu. Lobão e o Doutor foram soltos assim que acabou o estado de Sítio, e ela estava determinada a encontrar provas contra eles. Até por que, assim que saiu da cadeia, ele entrou com o pedido do reconhecimento de paternidade de Karina e, por algum, motivo o exame teria que ser lido assim que garota saísse do hospital. Alan e Nat ainda estavam escondidos na mata próxima à trilha da Pedro do Índio. Precisavam encontrar Sara. Karina finalmente voltaria para a casa.

–--*---

Gael levou a filha no colo e a pôs na cama. Dandara a cobriu e deu um beijo na testa da enteada.

–Filha, tem certeza que a gente não precisa ficar?

–Tenho, pai, o senhor tem ir pra reunião com a advogada, a madrinha pra Ribalta e o Jonnhy pra prova dele. Eu vou ficar bem com a Bi.

–Eu te amo muito, minha filha. Venho direto pra casa pra ficar com você. –depois de muitas despedidas, os três deixaram as irmãs sozinhas.

–Você tá confortável? Precisa de alguma coisa?

–Não, só deita aqui comigo. –Karina pediu, batendo a mão ao seu lado. Bianca se deitou ao lado da irmã e a abraçou com cuidado. A caçula começou a chorar.

–K, você tá com dor?

–Não...

–Você tá assustada, né? Ô, minha pequena, tá tudo bem agora, aquela mulher tá no fundo do mar, esse pesadelo todo acabou.

–O Lobão ainda tá por aí.

–K, eu falhei em te proteger uma vez, não vai acontecer de novo.

–Bi, não fala isso, você não falhou. Eu pedi pra ficar com você porque é contigo que eu me sinto mais segura.

–Então confia em mim quando eu digo que ninguém vai te machucar de novo. Enquanto esse cara estiver solto, eu não desgrudo mais de você. Só um pouquinho, mais tarde, quando o Pedro vier aqui ficar com você. –fez bico, brincando.

–O Lobão vem pra leitura do exame?

–Vem, mas com o juiz aqui, ele não vai poder fazer nada contra você. Ai, K, eu tô tão aliviada de que você tá bem. Eu te amo tanto. Você sabe que esse exame não significa nada, né?

–Sei, Bi, o meu pai é o Mestre Gael, nada vai mudar isso.

–--*---

–É agora ou nunca, amor. –disse Alan.

–Vamos finalmente poder viver em paz. –eles subiram na moto e foram até a casa da Sara.

A Coronel estava pensando em como pegar os outros bandidos, quando a sua campainha tocou.

­–Seu moleque, tá fazendo o que aqui? –perguntou Sara, avançando contra Alan.

–Calma, Mestre, eu tenho provas conta o Lobão.

–--*---

Pedro chegou na casa da namorada de muletas, auxiliado por João. Foi direto para o quarto das irmãs, e viu que Karina dormia no colo da irmã. A loira acordou e viu o namorado. Bianca se levantou, e, junto com João, ajudou o cunhado a deitar. Colocaram uma almofada para apoiar sua perna machucada.

–Como os dois estão machucados, eu vou ficar aqui pra cuidar de vocês. Se precisarem, é só gritar. –disse passando a mão nos cabelos do cunhado.

–Além da melhor namorada do mundo, tenho a melhor cunhada.

–Enquanto fizer a K feliz, vou ser mesmo. –sorriu, dando um beijo na testa da irmã e saindo.

–Nunca mais me assusta assim, esquentadinha! Promete? –estendeu o mindinho, num ato infantil, com um sorriso no rosto.

–Eu prometo. –cruzou seu mindinho com o do namorado, rindo.

–K, eu sei que a gente ainda é muito novo, mas tudo isso me fez perceber que é com você que eu quero passar o resto da minha vida. Isso não é um pedido, e sim uma promessa. Quando a gente estiver pronto, se você ainda me quiser, eu vou casar com vocês, construir uma família.

–É claro que eu vou te querer pra sempre, Pê. –ela ficou emocionada com as palavras do namorado. Eles dormiram abraçadinhos, sonhando com o dia em que essa promessa seria cumprida. Porém, a realidade os acordou.

–Pedro, filha... Acordem, o Juiz já tá aqui.

–Mestre Sogrão, me ajuda aqui, que eu vou esperar na sala.

Depois de alguns minutos, as únicas pessoas que ficaram no quarto eram Gael, Karina, Lobão, o Doutor, a advogada de Gael, Bianca e o Juiz.

–Estamos aqui para leitura do exame de paternidade de Karina Duarte e Carlos Lobo.

De repente, alguém abriu a porta. Era Sara, acompanhada de dois homens de terno escuro.

–Mas oque significa isso?

–Agência Brasileira de Inteligência. Senhores Carlos Lobo e Josef Lemos Heideguer, os senhores estão presos por: associação para o tráfico de drogas, lavagem de dinheiro, formação de quadrilha, traição ao país, conspiração, racismo e crime contra a segurança nacional. –disse, algemando os mesmos. Eles foram levados praticamente arrastados.

–Mas, senhora...

–Coronel Torres, meritíssimo. –apresentou-se, esticando a mão.

–E a ordem judicial?

–Não vale de mais nada. O senhor sabe que o senhor Lobão perdeu os seus direitos. O senhor pode ir, por gentileza, essa família já passou por muita coisa, precisam de descanso.

–Espera, me dá esse exame. –pediu Karina, impedindo o juiz de ir embora. Mesmo sem entender nada, o juiz o fez.

–Meu pai será sempre você, Mestre Gael. Quem me ensinou a andar, a lutar, sempre cuidou de mim; esse pedaço de papel não me importa nem um pouco.

–Nem pra mim, filha. –disse Gael, emocionado. Com isso, Karina rasgou o exame em vários pedaços, rasgando com ele toda aquela dor pela qual a família havia passado. Na porta, Pedro observava a cena, orgulhoso. Sua esquentadinha era mesmo incrível.


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Notas finais do capítulo

É, pessoas, essa fic acaba hoje. Porém, se vocês colaborem com comentários, a Alexis disse que fará um epílogo! Por isso, escrevam um comentário aqui embaixo! Se não houver um epílogo, escreveremos um capítulo dedicado à agradecimentos, okay? Okay, Hazel Grace.
Beijooos.