– Oi meu nome é Lorena. – Fala a mulher se sentando em frente á Felicity.

– Acho que já sei seu nome. – Respondeu ela, lembrando da noite anterior. – Você não precisa explicar nada. – Lorena riu. – Conheço Oliver um pouco, mais sei que ele não sente nenhum pouco de remorso em ter deixado minha amiga esperar por ele em um restaurante, e ficar com outra mulher. – Felicity olha séria para a mulher que ri.

– Você fala muito rápido. – Riu novamente. – Eu vim aqui, e antes de você dizer que foi ele que me mandou, Não, não foi ele, mais ontem quando você foi na casa dele e me viu com uma camisa dele, você deve ter pensado algo, não é? Algo malicioso? – Pergunta Lorena, falando rapidamente também.

– Tem como não pensar? – Felicity respondeu com uma pergunta.

– Eu no seu lugar pensaria. – Felicity ri. – Mais não foi nada disso, não aconteceu nada entre eu e ele, ele me salvou. – Falou Lorena.

– Como assim ele te salvou? – Perguntou Felicity, rapidamente, e um pouco curiosa.

– Eu trabalho em uma loja de roupas, e ontem ela estava aberta até tarde da noite, quando sai fechei a loja, e ia passando pela pracinha quando dois homens me atacaram, a estrada estava vazia e a praça também. – Lorena endureceu sua feição. – Aqueles homens começaram a passar a mão em mim, e me jogaram em um cháfariz que tinha no meio da praça eu me molhei toda, quando olhei para a rua pronta para gritar, vi um homem estacionando o carro e desembarcando rapidamente, ele pegou o celular e ameaçou ligar para a policia, os dois homens saíram correndo. – Felicity notou os olhos da mulher cheios de lágrimas.

– Oliver fez isso? – Felicity lembrou das palavras que tinha falado á ele, lembrou que tinha jogado em sua cara que ele não tinha dignidade, ela estava se sentindo muito mal.

– Sim ele fez, eu devo a minha vida e a do meu filho á ele, meu filho só tem a mim, e se não fosse Oliver ontem, não sei o que aqueles homens tinham feito comigo. – Lorena abraçou o filho. – Agora eu tenho que ir, obrigado pelo seu tempo. – Lorena olhou para o crachá de Felicity. – Felicity Smoak, ele gosta de você, eu senti quando ele saiu correndo atrás de você ontem, e principalmente quando ele voltou, e hoje também quando você saiu da sala dele. – Lorena sorriu e saiu da sala.

Felicity se sentia mal, não devia ter falado aquilo a ele, precisava pedir desculpas o mais rápido possível, subiu até a sala dele e não o encontrou apenas a secretaria.

– E o senhor Queen? – Perguntou.

– Ele tinha uma reunião com investidores russos, não volta mais hoje. – Respondeu, ela voltou para o TI, ia pedir desculpas no outro dia, o restante do dia demorou a passar, ela se sentia um pouco aflita, lembrava que tinha acusado Oliver, sem nem saber o que tinha acontecido, agora tinha certeza que ele tinha mudado em alguns quesitos, o que ele fez, salvou Lorena ele é um herói, pensou ela, já era hora de ir para casa, foi até a garagem e pegou o seu carro, estava fazendo o caminho, quando se lembrou da cafeteria e da mulher simpática que ela conheceu lá, sentiu que precisava falar com alguém, e aquela senhora era a pessoa certa, foi até a cafeteria, teve medo de não á encontrar lá, quando entrou viu a senhora olhando para o nada, sentiu um alivio no coração.

– Posso me sentar aqui? Gosto dessa mesa. – Falou, se sentando a frente da mulher.

– Você? Claro, sábia que voltaria. – Falou a senhora sorrindo.

– Posso saber seu nome? – Perguntou Felicity.

– Meu nome é Inês, e o seu?

– Felicity. – Ela estendeu a mão para Inês que lhe cumprimentou.

– Você veio aqui apenas tomar um café, ou veio conversa?. – Felicity se surpreendeu com a mulher.

– Confesso que preciso desabafar, e você parece ser uma boa pessoa. – Fala, olhando dentro dos olhos da mulher.

– Ó minha querida então pode falar, estou aqui para lhe ajudar. Felicity começou a falar, sobre sua vida, suas desilusões amorosas, Ray, Oliver, e como sua vida estava.

– E é isso, você acha que eu magoei Oliver? – Pergunta.

– Eu acho que você disse sem pensar e ele vai entender, notei que seus olhos brilham quando você fala de Oliver, é impressão minha ou você gosta dele? – Pergunta Inês.

– Eu? Nãããão eu sou noiva de Ray. – Felicity ficou sem jeito.

– No passado eu fiz uma grande burrada, me casei com o homem que eu não amava, sofri muito, ele era agressivo, bêbado e me traia. – Falou Inês.

– Ray não é assim, ele é simpático, generoso, um homem de mil qualidades. – Falou Felicity.

– Acho que mesmo se o homem que eu casei fosse assim, eu teria sofrido, e teria feito ele infeliz também, Felicity por que não vai até a casa de Oliver e pede desculpas á ele? – Perguntou a mulher.

– Não. – Ela ficou pensativa. – Bom, é uma boa idéia.

– Espero que eu tenha ajudado você, mais agora tenho que ir, lembre- se que eu sempre estarei aqui para lhe escutar. – A mulher deu um beijo no rosto de Felicity e saiu da cafeteria.

“Sim, você me ajudou muito, obrigada” falou baixinho para si mesma, levantou e pagou a conta, voltou para seu carro e fez outro caminho, não o da sua casa e sim o da mansão Queen, quando chegou lá bateu na porta e a mesma mulher da noite anterior a atendeu.

– Oliver está? – Perguntou.

– Sim, no escritório vou chamá-lo. – Respondeu a mulher.

– Não me mostra onde é que eu vou.

– Claro, é por aqui. – A mulher mostrou o caminho, Felicity observou Oliver mexendo no computador e olhando alguns papeis, bateu na porta de leve.

– Oliver. – Oliver ergueu o rosto para ela, e sorriu, um sorriso encantador e ao mesmo tempo terrivelmente perigoso. – Digo, Senhor Queen.

– Felicity, entra que prazer ver você de novo, me desculpe hoje Lorena chegar e acabar com nossa conversa. – Ele respirou fundo, algo o deixava nervoso perto de Felicity. – E pode me chamar de Oliver, o que traz você aqui? – Felicity se aproximou dele.