Não estava com animo algum para o jantar na mansão organizado por Moira, mãe de Oliver, por poucos motivos mais que faziam toda a diferença, primeiro Moira me odiava, ela podia fazer posse, conversar comigo, me elogiar mais no fundo dos olhos dela eu via o quanto ela me detestava, não que isso me incomodasse, de jeito nenhum, eu também nunca gostei dela, sempre a achei prepotente e obscura, tinha algo nela que me causava arrepios, outro motivo era eu e Ray na mesma festa, nosso noivado e relacionamento tinha chegado completamente ao fim, e o burburinho entre os funcionários da empresa já tinham começado, e essa noite eu ia estar com ele na mesma festa.

E o outro motivo se chamava Oliver Queen, o herdeiro mais cobiçado da cidade, a questão é que não era ele, e sim meus sentimentos, eu ia ficar a noite inteira olhando para ele, sem poder tocá-lo já que nosso relacionamento ainda era segredo, e alem disso ia ter que aturar várias mulheres se insinuando para ele, e praticamente se jogando em seu colo.

– Meu Deus está incrível. – Escutei a voz de Oliver atrás de mim, me virei e vi seus olhos fixos em meu corpo, estava vestindo um vestido longo da cor vermelha, com uma abertura do lado esquerdo, que deixava minha coxa amostra.

– Você também... nada mal. – Brinquei, Oliver estava como sempre elegante, com seu terno caro, que realçava seu corpo definido, dei um leve suspiro quando suas mãos tocaram minha cintura, e seus lábios encostaram nos meus.

– Acho que vou desistir desse maldito jantar, e ficar naquela cama com você. – Murmurou com a voz sexy e suave, perdi meu eixo por alguns segundos mais logo voltei ao normal.

– Você insistiu, agora eu já estou toda produzida, vamos a esse maldito jantar. – Oliver sorriu em derrota, virei minhas costas para ele, para ele fechar o zíper do vestido, senti seu toque cálido nas minhas costas nus, ele subiu o zíper em uma velocidade atordoante, me mantive firme, não cedi ao seu toque.

– Tem certeza? – Ele sussurrou em meu ouvido, e deu uma leve mordida no lóbulo da minha orelha.

– Oliver... – Falei em um sussurro, sentindo minha perna estremecer e meu corpo enfraquecer. – Temos que ir. – Falei com todas as minhas forças.

– Ok... Você venceu. – Oliver pegou as chaves do carro, e pegou na minha mão.

[...]

Oliver estacionou o carro na garagem da mansão, para que ninguém nos visse chegar juntos, desembarquei primeiro e entrei pelos fundos da mansão, primeira coisa que notei foi as mulheres, belas mulheres que estavam na festa, não evitei imaginar algumas delas se assanhando para Oliver, balancei minha cabeça afastando os pensamentos ruins, só podia estar ficando louca, nunca senti ciúmes na minha vida, e sempre achei ciúmes exagerados, e aqui estou me mordendo de ciúmes. Entre tantas mulheres na festa uma me chamou atenção, Laurel Lance, ex namorada de Oliver Queen, ela era uma mulher muito bonita, vestia um vestido azul marinho, justo ao seu corpo, e um salto alto que definia suas pernas finas.

Cerrei meus punhos quando vi que ela olhava para Oliver com um sorriso malicioso nos lábios, mais que grande vaca, pensei quando a vi indo em direção a ele. Ela deu um beijo demorado na bochecha de Oliver, se ele não estivesse virado a cara, ela teria dado um selinho nele, minha paciência já estava se esgotando e meu sangue fervendo, notei que Oliver estava impaciente e tentando fugir de seus toques indesejáveis, peguei uma taça de chanpagne de um dos garçons e fiquei observando eles dois, a forma como ele parecia cansado e de saco cheio dela, senti uma imensa felicidade, e orgulho dele.

[...]

– Sr, Queen. – Oliver e Laurel olharam para mim, suas feições diferentes, Oliver estava agradecido, ela parecia querer apertar meu pescoço. – Tenho novidades sobre aquele assunto particular da empresa. – Ele sorriu e se livrou de Laurel.

– Claro, vamos até o escritório. – Ele colocou a mão sobre meu ombro e me guiou até o escritório.

– Graças a Deus você me livrou dela. – Oliver fechou a porta e se aproximou de mim.

– Você não perecia incomodado. – Não estava brava, mais brincar com Oliver seria bom.

– O que... não claro que não, Laurel é passado, que eu quero deixar lá para trás, só tenho olhos para você. – Virei as costas escondendo o sorriso em meus lábios.

– Não foi o que pareceu, você estava olhando para as pernas dela. – Oliver bufou.

– Fe.li.ci.ty de onde você tirou isso? – Senti as mãos fortes dele em meus ombros.

– Acha mesmo, que eu vou olhar para as pernas dela? – Fiquei em silencio. – Acha? – Uma parte era brincadeira, mais uma parte de mim estava insegura.

– Ela é linda Oliver, como todas as mulheres que você já saiu em capas de revistas. – Pronunciei as palavras com um enorme peso na voz.

– Sim todas linda, Laurel é linda sim. – Arregalei os olhos para ele, o que ele disse me pegou de surpresa. – Mais nem Laurel ou qualquer outra mulher naquela sala, ou nas capas de revista chega a seus pés. – As palavras eram verdadeiras, sabia quando Oliver estava sendo sincero, sorri de canto, ainda fazendo ceninha. – Você é inteligente, linda, a única capaz de me fazer perder o chão, Felicity eu te amo. – Deixei meu orgulho de lado e pulei nos braços de Oliver, tomei seus lábios para mim, em um beijo simples e ávido, cheio de paixão.

– Belo assunto particular da empresa. – Fomos interrompidos por Laurel que batia palmas, ela estava me deixando no limite.

– O que esta fazendo aqui Laurel, quem lhe deu permissão para entrar aqui. – Ela olhou para Oliver com desdém e voltou os olhos para mim.

– Você não é a noivinha do Ray Palmer, como ele vai ficar quando saber disso? – Falou com ironia.

– Ele já sabe, e além do mais você não tem nada haver com isso. – Ela deu uma gargalhada.

– Você é esperta garota, primeiro seduziu Ray Palmer sócio da empresa, mais viu um peixe maior não é? Resolveu seduzir o banana do Oliver. – Laurel estava alterada, mais uma palavra e eu juro que arrebento seu lindo rostinho, pensei. – Grande vaca você. – Ela falou baixinho.

– Fala mais alto. – Avancei em direção a ela, mais fui impedida pelos braços de Oliver. – Me larga Oliver. – Berrei, mais ele continuou me segurando, enquanto Laurel ria alto, e bebia sua bebida.

– Larga ela Oliver, quem sabe ela não me seduz também. – Oliver me soltou e foi em direção a ela, pegou em seu braço.

– Já chega, você é uma desequilibrada, alcoólatra, mais não vai falar dessa maneira com Felicity. – Oliver a arrastou para fora do escritório, eu estava nervosa, furiosa, meus olhos encheram de lágrimas, comecei a chorar de tanto ódio que sentia, peguei minha bolsa e sai as pressas da mansão, não queria ficar ali nem mais um minuto.

[...]

Cheguei em minha casa, com uma terrível dor de cabeça, me olhei no espelho estava destruída, minha maquiagem borrada de tanto chorar de raiva, meus cabelos arrepiados, me joguei em meu sofá, lembrando das palavras de Laurel, claro que eu não estava com Oliver por interesse, mais e quando todos ficassem sabendo que eu estava com ele, as pessoas iam pensar como ela, Laurel merece uma lição. Estava pensando em varias formas de matar aquela grande vaca quando escutei batidas na porta, meu corpo demorou as responder, e as batidas começaram a ficar impacientes.

– Felicity abre a porta. – Escutei a voz urgente de Oliver, me levantei e arrumei meus cabelos e limpei meu rosto. – Por favor. – Abri a porta para ele, que entrou como um furacão.

– Desculpa, você não queria ir nessa festa e eu insisti, e a Laurel nem era para estar lá, minha mãe que ainda acha que eu e ela devemos ficar junto. – Oliver andava em círculos. – Eu só estou piorando as coisas. Me desculpa? – Parei na frente dele e acariciei seu rosto.

– Você não me deve desculpa alguma Oliver. – Ficamos um tempo parados com os olhos fixos no do outro, até ele puxar meus lábios para o dele.

– Nunca mais faça isso comigo, eu pensei que você estava furiosa comigo, não tinha que ter saído daquela forma da mansão. – Falou em um sussurro com os lábios ainda sobre os meus.

– Oliver eu não podia ficar mais nenhum minuto naquele lugar... Agora por favor me beija, e bota seu lado sedutor pra funcionar. – Murmurei, senti seus lábios se alargarem, ele me beijou e tirou meu vestido com rapidez, tirei a camisa social que ele tinha rapidamente, ele me ergueu, e eu envolvi minhas pernas em seu quadril, firmou meu corpo contra o dele na parede, e abaixou minha calcinha, sentia meu corpo arder e clamar por ele.

– Oliver... – Sussurrei.- Faz isso de uma vez. – Ele sorriu e me penetrou, com movimentos rápidos e intensos, cravei minhas unhas em suas costas, e mordi sua orelha, não estava afim de me importar com o que os outros fossem pensar quando eu e Oliver assumisse nosso relacionamento.