Depois de um dia com os meus pais e o Jeremy, estou voltando para a casa do lago. Agora são 20h30min da noite, digamos que passei muito tempo com eles.

–Não precisava me trazer – digo no banco do passageiro.

–Eu quis, afinal você é a aniversariante do dia – diz Jeremy dirigindo.

Chegamos a casa.

–Está tudo escuro – digo.

–Será que acabou a luz? – ele pergunta.

–Não sei – saio do carro e corro até a casa – droga! Me diga que não aconteceu nada grave – abro a porta desesperada.

–Surpresa! – vejo milhares de pessoas espalhadas pela a minha sala, com copos nas mãos e presentes.

–Você sabia disso né? – pergunto para Jeremy.

Ele dá um sorriso.

Bonnie corre até a mim e me abraça.

–Feliz aniversário!

–Obrigada.

Ela se afasta e me entrega uma caixinha.

Em um piscar de olhos, Caroline já estava agarrada a mim.

–Feliz aniversário! Me diga que gostou da surpresa – ela se afasta e olha para mim.

–Claro que gostei – digo.

–É bom mesmo, porque eu que organizei tudo – ela me entrega uma caixa de presente.

–Parabéns – diz Damon me abraçando.

–Obrigada – me afasto.

–Seu presente – ele me entrega uma caixa.

–Sabe que não precisava...

–Precisa sim, feliz aniversário – ele sorri e sai com a Bonnie pela a festa.

Ligaram um som bem alto e todos estão dançando e bebendo.

–Feliz aniversário – diz Katherine me abraçando.

Sério?

–Obrigada – afasto-me.

–Me desculpe, não consegui comprar nada – ela dá um sorriso falso.

–Sem problemas – dou um sorriso falso.

Ela me dá as costas, rodando seu grande cabelo cacheado e sai rebolando.

Odeio ela.

–Feliz aniversário – Stefan me abraça.

–Obrigada.

Ele se afasta.

–Eu não sabia muito bem o que dar para uma garota que está completando 18 anos, então eu pensei por que não? – ele mexe no bolso da calça e retira uma pequena caixa.

Meu Deus o que tem dentro dessa caixinha?! Ok estou em desespero, mas tento me acalmar e fico observando seus movimentos, sem dizer uma palavra.

Ele me entrega a caixa, a pego.

–Stefan o que...

–Abra.

Respiro fundo e abro a caixa, vejo um colar bem valioso e bem bonito.

–Nossa é lindo – digo olhando para o colar – mas parece ser muito caro – olho para ele e tento entregar a caixa para ele, mas ele recusa – não posso aceitar.

–Ele é herança de família, não gastei nada.

–Herança de família?

–Foi passando de geração em geração, meu pai deu para a minha mãe e ela me deu, dizendo que era para eu dar ele para a garota mais especial e importante da minha vida, então é isso o que eu estou fazendo.

Fico calada, olhando para ele.

Não posso acreditar no que ele acabou de dizer, por que ele faz isso comigo?

–Stefan...

Ele caminha atrás de mim, retira meu cabelo do meu pescoço, sinto suas mãos deslizando lentamente pelo o meu pescoço, meu corpo todo arrepia, mas fico parada. Então ele coloca o colar no meu pescoço e sussurra no meu ouvido.

–Feliz aniversário – dá um beijo na minha bochecha e sai andando.

Fico parada, olhando para o nada, sem saber o que fazer.

–Elena?- Bonnie aparece em minha frente – parece que viu um fantasma.

–Não um fantasma, mas uma bomba em cima dos meus sentimentos.

–Que colar bonito, sua mãe que te deu?

–Foi o Stefan.

–E por causa do colar você está assim?

Concordo com a cabeça.

–Preciso beber – digo e vou até a mesa, encho um copo de whisky e bebo rapidamente.

–Opa vai com calma – escuto a voz de Tyler, viro-me para ele – parece estar bem chateada.

–O que você tem haver com isso? – encho o copo de novo e bebo o mais rápido possível.

–Tudo bem, não é um bom dia para você – ele se afasta.

–Não, desculpe. Pode ficar – digo enchendo o copo e bebendo de novo.

Ele sorri. Enche um copo e bebe comigo.

–O que te chateia?

–Ser tratada feito uma idiota – digo.

–Idiota?

–Sim! Porque só estou fazendo papel de trouxa! Depois de ficar um bom tempo sem falar comigo, me fazendo sofrer, se torna meu amigo, mas ainda tem uma namorada ridícula! Ai depois fica dando em cima de mim, só que quando quase rola algo ele vai embora, sem contar que ele fica fazendo carinhos, olhando para mim a toda hora... – encho o copo de novo – isso está me estressando!

Bebo rapidamente e cambaleio para o lado.

–Calma – ele me segura – acho que sei de quem você esta falando.

Me solto dele e fico em pé, olho para o centro da sala onde todos estão dançando e vejo Stefan me olhando.

–Quer saber vai se ferrar! – grito, solto o copo no chão e viro-me para o Tyler.

–O que disse? – ele pergunta, passo os meus braços pelo o seu pescoço e o beijo.

Ele envolve seus braços na minha cintura e me puxa para si.

Afasto-me dele.

Ele morde o lábio.

–Pensei que não gostasse de mim – diz ele com um sorriso enorme no rosto.

Olho para o meio da sala e Stefan não está mais lá.

–E não gosto! – pego outro copo e saio cambaleando para o meio da sala, e começo a dançar.

–Já está bêbada? – pergunta Caroline se aproximando.

–Tanto faz.

–Elena, é melhor você subir.

–Ah Caroline! Me deixe em paz, é meu aniversário, faço o que eu quiser.

–Não vou deixar você aqui cambaleando para todos os lados.

–Vai voltar para o seu namorado, afinal Caroline Forbes sempre se dá bem, tem uma vida ótima, um namorado maravilhoso, é bonita, o que quer mais?!

–Está louca!

–Deixa que eu cuido dela – sinto uma mão me segurando pelo o braço e me afastando.

Olho e vejo Stefan, me solto dele.

–O que pensa que está fazendo?! – grito.

–Te tirando daqui, você não está bem.

–Não é meu pai para mandar em mim!

–Mas sou seu amigo para cuidar de você – ele me segura pelo o braço.

Me solto.

–É isso? Amigo? Ah Stefan vem com essa!

–Do que está falando?

–Você não quer ser só um amigo meu.

–Acho que está dizendo isso para o cara errado, afinal quem estava se agarrando com você era o Tyler.

Reviro os olhos.

–Está com ciúmes por acaso?

–Elena vamos – ele me puxa, mas me solto.

–Já chega tá?! Depois de tudo o que eu te fiz, você me fez sofrer sem falar comigo, sem nem olhar na minha cara – começo a chorar – ai nos tornamos amigos e decidimos sermos só isso, mas não, você quer me ver sofrer mais e mais! Stefan me desculpa tá? Sei que errei, mas você não tem que continuar me punindo todos os dias, com os seus beijos, seus sussurros bem perto da minha orelha, com os seus toques...

Ele me puxa pela a cintura e me beija. Passo meus braços pelo o seu pescoço, ele desliza suas mãos calmamente pela as minhas costas.

Ele para de beijar, afasta só o seu lábio do meu, deixando nossas testas grudadas uma na outra.

–Eu ainda não te esqueci – ele diz.

–Eu também... – tudo começa a girar e sinto meu corpo tombar em cima dele, e ele me segura.

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Abro os olhos, sinto uma forte dor de cabeça. Olho ao meu redor e vejo que já amanheceu e que estou em meu quarto. Sento-me na cama e vejo Stefan dormindo ao meu lado. O que ele faz aqui?!

Levanto-me da cama e vejo que estou com a mesma roupa de ontem.

–Elena? – escuto sua voz sonolenta, olho para trás e o vejo sentado na cama – você está bem?

–Estou, só estou com uma forte dor de cabeça.

–Você bebeu muito.

–Eu sei... Fui idiota por ter bebido tanto.

Ficamos calados.

–Você se lembra de algo sobre ontem?

Começo a pensar e aos poucos as memórias vão voltando.

–Você me deu esse colar – digo tocando no colar – fiquei com raiva de você, bebi muito, beijei o... Tyler? – fecho os olhos e faço uma careta de nojo – sério que fiz isso?

Ele ri.

–Fez sim.

Bufo.

–O que mais se lembra?

–Fui para a pista de dança, briguei com a Caroline e... Você apareceu?

–Isso – vejo que ele está tenso.

Desconfio que algo aconteceu, mas não pergunto.

–E eu briguei com você, falei tudo que eu estava sentindo e então... – lembro-me do que aconteceu, olho para ele.

–Eu te beijei – ele diz.

–É – concordo.

–E disse que eu não te esqueci.

–E eu disse que eu também não.

Olho para o chão e penso na burrada que eu fiz, sinto-o mais perto de mim, olho para frente e ele está bem próximo a mim, me olhando.

–Era verdade o que você disse? Ou só disse por que estava bêbado? – pergunto.

–Você disse a verdade? – ele pergunta.

–Me responda – digo.

Ele fica calado, me olhando.

–Não, eu não falei a verdade... Só disse aquilo para você se acalmar e também porque eu estava muito bêbado, e eu não sabia...

–Sai do meu quarto – digo.

–O que?

–Sai do meu quarto.

–Elena...

–Não vou pedir de novo.

–Tudo bem – ele pega o seu sapato e sai do quarto.

Sento no chão e começo a chorar, chorar muito.

–Idiota! Burra! – falo comigo mesma.

Como fui pensar que ele ainda me ama? Ele fez tudo isso só para me fazer sofrer, para rir da minha cara. Mas quer sabe o que vou fazer? Vou seguir em frente!