Por Ela Nosso Amor Renasceu escrita por Casi un Angel


Capítulo 32
O Resgate


Notas iniciais do capítulo

Oi oi meninaaaas

Saudade de vocês.

Hoje (24), véspera de natal eu vim aqui postar o último capítulo do ano e espero que vocês gostem.

Desejo a todas um feliz natal, um próspero ano novo e um novo ano de felicidades, conquistas e harmonia.

Bjs pra vocês e até Janeiro.

Boa leitura!!!



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(Lhes apresento a pequena Ana)

Logo depois do término de sua última aula, Karina foi andando distraidamente para casa quando sentiu um puxão em seu braço e o corpo indo para trás.
–Você quer morrer sua maluca?- Pedro perguntou ofegante- Quase que a van pega você.
–Desculpa, eu estava distraída- ela disse também ofegante.
–Eu percebi- diz ele- Vamos pra casa antes que você quase seja atropelada de novo.
Os dois entraram em casa e Pedro percebeu que a noiva estava bem preocupada.
–Esquentadinha, aconteceu alguma coisa com a Sofi?- Pedro pergunta sentando ao lado dela.
–Ela está ótima-ela disse desanimada, mas sorrindo- Pedro...
–iiiiiih, já vi que lá vem coisa- disse ele coçando a nuca- O que foi que eu fiz?
–Você confia em mim?- ela disse seria.
–Cegamente- respondeu ele- Mas porque isso agora?
–Então vem comigo- ela pegou o guitarrista pela mão e saiu. Quando já estava quase dobrando a esquina para pegar o carro escutaram um gritinho familiar.
Ana Sofia estava na porta do restaurante dos avós no colo da tia e quando viu os pais começou a gritar de felicidade.
Pedro e Karina voltaram e foram até o Perfeitão falar com Tomtom.
–Onde vocês vão?- a menina perguntou- Vocês vão sair e deixar ela aqui?
–Tomtom, eu preciso muito da sua ajuda- disse Karina- Eu preciso que você fique com a Sofia mais um pouquinho hoje.
–Aconteceu alguma coisa?- ela perguntou ao irmão que olhou sem saber o que responder.
–Eu e Pedro estamos em uma missão muito secreta- disse Karina, mas a menina pareceu não creditar.
–Ka, eu não sou mais uma criança. Eu sei bem o que vocês vão fazer- ela sorriu maliciosa, é o irmão mais velho a repreendeu.
–É sério tampinha- ele disse- Essa tal missão e tão secreta que nem eu sei o que é.
–É uma questão de vida ou morte cunhada- Karina disse seria.
–Parece ser mesmo bem secreta- disse a menina- Eu fico com ela sim, mas e se alguém perguntar o que eu falo?
–Diz que a gente foi ao mercado comprar...- ela para tentando completar a desculpa.
–Carne- Pedro disse de supetão- Não vai ter churrasco domingo?- As duas concordam- Então, nós fomos no mercado comprar a nossa parte da carne.
–Tá bom- a menina concorda- Mas voltem rápido que umas amigas minhas vão vir fazer trabalho aqui.
Pedro e Karina se despedem da filha e vão pegar o carro.
No caminho o silêncio incomodo reina. Por muito tempo Pedro só ficou olhando a noiva dirigir ao som da voz da garota do GPS.
–Você pode me explicar o que está acontecendo?- Pedro pergunta visivelmente frustrado.
–Se eu contar o que é você não vai querer me ajudar- ela responde sem tirar o olho da estrada.
–Vai tão contra os meus princípios assim?- ele pergunta, mas ela não responde- Eu vou me arrepender disso né?
–Talvez- ela responde e ele coça a testa.
Mais 10 minutos se passaram e Karina parou o carro em uma esquina e mandou Pedro descer.
–É aqui?- ele perguntou confuso.
–Não, é uma quadra a frente- ela diz andando e ele parado no mesmo lugar.
–Se é daqui a uma quadra porque você parou o carro aqui?- perguntou ele, choramingando.
–Para que ninguém reconheça o carro né- ela disse como se parecesse lógico, mas ele pareceu mais confuso ainda- Vamos logo Pedro.
Os dois andam por um quarteirão inteiro até chegar na frente de uma casa de esquina. Eles se aproximaram da janela e ficaram vigiando o que acontecia.
–Aquela não a sua aluna?-Pedro sussurra vendo a menina chorar em cima da cama de um dos quartos da casa.
–É ela mesmo- Karina afirma- A gente precisa tirar ela daqui.
–Espera, espera- ele disse se afastando da janela- Ver como ela está tudo bem, mas isso é sequestro Karina.
–Ela precisa de ajuda- ela responde também se afastando.
–Ajuda pra que?- ele pergunta, mas antes dela responder os dois escutam a menina gritar.
Ana estava desesperada. A menina gritava pedindo para que o padrasto de afastasse. Karina pediu para que Pedro filmasse tudo aquilo da janela em quanto ela tentava entrar pela janela da sala.
–Para, por favor- gritou a menina enquanto o homem lhe batia com a palma das mãos.
–Isso é pra você aprender a não ficar expondo as coisas que acontecem em casa para as pessoas- disse ele parando para descansar- Não adianta pedir ajuda menina. Ninguém gosta e você.
–A tia Karina gosta- ela gritou- Ela vai vir me buscar. Você vai ver.
Ela sorri de maneira sinistra e chega perto da menina que aperta os olhos de medo.
–Você acha mesmo que uma professorinha vai se importar com uma menina remelenta e feia como você?- ele gargalha vitorioso. Sabia que tinha conseguido tirar até o último fio de esperança da menina- Agora que sua mãe foi embora eu vou poder fazer o que quiser com você.
A menina ficou arrasada com as palavras do padrasto e chorou mais ainda. Se via sozinha com aquele monstro, mas ela não sabia que aquilo mudaria.
Karina conseguiu entrar na casa por uma janela da sala que estava destrancada. No corredor ela conseguiu escutar tudo que o homem dizia a Ana e ficou impressionada com a crueldade e frieza das palavras. Ela ficou de tocaia na porta do quarto até que o homem de afastasse a entrou. Os dois começaram a brigar a e por um golpe de má sorte ele conseguiu fechar um “mata leão” na jovem. Ana começa a gritar desesperada. Karina começou a ficar roxa, desfalecer em frente a menina, mas como todo o herói desastrado que se preze, Pedro entrou pela janela e quebrou um jarro de vidro na cabeça do homem que desmaiou logo em seguida, soltando Karina.
–Você só me mete em enrascada, já percebeu isso?- Pedro disse exaltado enquanto ajudava Karina a se levantar.
–Faz parte- ela disse ofegante- Você está bem minha linda?- com a pergunta a menina sorri.
–Agora sim, mas vocês podiam ter se machucado de verdade- ela responde, mas logo depois os repreende.
–Fizemos tudo isso pra salvar você- disse Pedro.
–Agora vamos embora- a jovem lutadora disse pegando a menina no colo.
–Vamos pra sua casa?- a menininha pergunta inocente.
–Primeiro vamos na delegacia e depois vamos pra minha casa- Karina responde.
–Mas e se a polícia não deixar eu ir embora com você? E se eles me levarem embora?- outra pergunta, mas agora com a voz assustada.
–Temos um amigo que é delegado e ele está ciente do que está acontecendo- quem responde a Pedro.
Karina envolveu a menina nos braços em um abraço acolhedor. Os três entraram no carro e foram em direção a delegacia onde o delegado Peixoto já os esperava com uma assistente social e o advogado do casal. Karina estava apreensiva com a situação. Pelo que tinha visto ela provavelmente seria indiciada por invasão domiciliar, sequestro e agressão, mas quando chegou lá não foi isso que aconteceu. O delegado havia contado a assistente social que, Karina era a única pessoa em que a menina confiava e se algum policial interferisse poderia ter acontecido algo grave, que mesmo eles atuando sozinhos haviam policiais de tocaia caso a situação ficasse difícil é que ele estava ciente de absolutamente tudo.
–Pelas gravações e fatos apresentados me parece válido prender esse safado- disse Peixoto depois de terminar de ver as gravações.
–Lido com isso todos os dias- disse a assistente- Poucas crianças de livram dessas situações abusivas.
–Quando Karina me ligou e disse que precisava ajudar essa menina eu não pensei duas vezes- disse Clóvis, o advogado- Tenho uma filha da idade dela e como todo pai não posso ver uma criança sofrer.
–Bem, agora que já resolvemos isso eu vou levar princesa para um lugar seguro- disse a moça já estendendo os braços.
–Levar? Pra onde?- Karina disse assustada apertando Ana nos braços.
–Para um orfanato onde trabalho. É pra lá onde as crianças vão quando não tem quem cuidar delas- disse.
–Ela tem quem cuidar dela- a jovem disse com lágrimas no rosto- Eu posso cuidar dela.
–Mas não posso...- antes da mulher terminar, Peixoto a interrompe.
–Escute Olga- começou o delegado- Conheço Karina desde antes dela nascer. Sempre fui muito amigo do pai dela e não tem melhor lugar para essa pequena ficar do que na casa dela.
–E eu já entrei com a adoção provisória a um tempinho- com aquilo que Clóvis disse, Karina sorriu- A mãe biológica dela concordou e a autorização deve sair semana que vem.
Olga olhou para Karina e Ana ali, abraçadas e percebeu que a criança de sentia segura e acolhida nos braços da jovem. Ela suspirou e concordou em deixar que a menina fosse para casa do casal.
Já era noite quando Pedro, Karina e Ana chegaram na Praça José Wilker. A jovem pediu para que o noivo fosse buscar a filha. Pedro foi a até a casa da mãe e encontrou uma surpresa.
–O que você tá fazendo aqui?- Pedro pergunta encontrando Nando sentado no sofá.
–Fala ai Pedroso- o mais velho diz animado- Vim fazer uma visitinha pra sua querida mãe.
–Tá bom- ele revira os olhos- Cadê minha mãe?
–Tá lá em cima- Nando responde e o jovem sobe as escadas correndo.
–Mãe?- ele diz entrando no quarto devagar- Cadê minha filha?
–Sua filha está na casa do avô- Delma responde sem olhar para ele- Onde você esteve o dia inteiro?
–Resolvendo uns problemas ia- ele diz sorrindo e a mulher se vira e o olha com olhos- Vou lá buscar ela.
Pedro vai até a mãe e lhe dá um beijo na bochecha. Ele desce as escadas correndo e cruza a praça e chega na porta do sogro e sem pensar duas vezes entra gritando.
–OI GENTE- ele grita e todos se assustam. Todos menos a filha que olha para o pai e gargalha.
–CAPIROTO- grita Gael com a mão no peito- Você quer matar a gente se susto?
–Foi mal aí sogrão- ele diz gargalhando- A Sofi gostou.
–Ela gosta de tudo o que você faz- diz Allegra.
–Vamos pra casa Miss Sorriso?- pergunta Pedro vendo a bebê cair pra trás de tanto rir no colo de Mia.
–Karina já chegou?- ele assenta com a cabeça enquanto pega a filha no colo- Onde vocês estiveram esse tempo todo?
–Interrogatório?
–Capiroto- Gael balança a cabeça com desaprovação.
–Boa noite gente- diz ele sorrindo e a filha acena com a mão.
Ele desce e cruza a praça mais uma vez naquele noite. Quando chega em casa vê as luzes apagadas, mas escuta o barulho do chuveiro lá em cima. Mesmo no escuro ele se senta no sofá com a filha no colo e começa a conversar com ela.
–Desculpa pela demora- a menina olha atentamente nos olhos do pai- Eu e a mamãe fomos buscar uma pessoa muito especial que vai fazer parte das nossas vidas a partir de agora. Espero que você gosta dela e que sejam amigas- depois de um sorriso a pequena boceja e coça os olhinhos- Tenha bons sonhos minha princesa- Pedro deitou a filha em seu peito e começou a fazer cafuné nela. A menina foi mechando os olhinhos aos poucos até que adormeceu. Ele suspirou a sorriu. Aquele era o maior presente que a vida poderia ter dado a ele. Sua borboleta pequenina.


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