–Bem- vindos ao French Quarter, o lado sombrio de New Orleans. Um parque sobrenatural, onde os vivos se perdem facilmente e os mortos ficam e brincam. Então uma dica, não se afastem do resto do grupo- Falava o guia que Hope e o resto dos turistas seguiam. As pessoas ao redor dela faziam caras de espanto enquanto a mesma apenas ficava cada vez mais entediada.

"Não preciso ficar ouvindo esse patético falar sobre o sobrenatural"- Pensou Hope para si mesma, e dando meia volta, seguiu em direção a uma cafeteria chamada Magic Coffe, mas quando ia entrar no estabelecimento avistou uma multidão em uma esquina próximo a cafeteria, então resolveu ir ver o motivo de tanta aglomeração

No final era uma bruxa fazendo demonstração de magia e distribuindo anéis,ela era uma bruxa que tinha no máximo 16 anos, tinha o cabelo preto bem curtinho fazendo com que o mesmo caísse sobre sua face, ela usava um vestido branco que batia abaixo dos joelhos e quando avistou Hope dera um sorriso malicioso e ao mesmo tempo um pouco sombrio.

–Seu nome é Hope, estou certa?- Falou a pequena bruxa parando a demonstração de como fazer objetos flutuarem

–Vejo que estou bem conhecida nesse lugar- Falou Hope abrindo um pouco os braços, ela tinha um sorriso irônico nos lábios

–Você é filha de Klaus Mikaelson, é óbvio que seria conhecida por todo o French Quarter- Falou a bruxa a retrucando e andando vagarosamente até a frente de Hope, fazendo a mesma recuar um pouco.

–Há controvérsias. Mas sinceramente não entendi seu interesse na minha vida familiar- A bruxa não lhes dera resposta, apenas olhou nos olhos de Hope e andou até a bancada onde os anéis estava. A multidão observava calorosamente, a espera de que algo acontecesse

–Em breve você saberá- Falou a bruxa pegando um anel sobre a mesa que era prateado com uma pedra escura no centro-Mas por em quanto leve um anel, e pode dizer para seu pai que foi uma bruxa que lhes deu, e a bruxa se chamava Esther, e por favor diga que também que se ele quiser me encontrar, ele saberá onde me procurar.

Hope não respondera apenas dera de ombro e saíra andando com passos rápidos, pois a multidão a empurrava bruscamente.

–É melhor não mexer muito com as bruxas do French Quarter-Falou uma voz confiante e sensual por trás de Hope, fazendo a mesma virar-se rapidamente, e quando ela olhou, era um lindo menino, tinha mais ou menos 17 anos, era alto, tinha olhos azuis, lindos cabelos loiros que seguia no estilo nuca e laterais mais curtos e no alto mais longo, ele usava uma blusa preta de manga curta o que deixava a mostra os seus braços definidos, uma calça Jeans meio surrada, uma corrente prateada, um relógio de pulso e uma bota meio amarronzada.

–E quem você pensa que é para falar comigo?- Falou Hope dando as costas e caminhando em direção a cafeteria que iria entrar antes de tudo isso acontecer.- Acho que já sei, uma sombra que Klaus mandou atrás de mim, estou certa?

–Séria errado dizer que não. Mas não me veja como uma sombra, me veja como um cara gato te seguindo para onde você for- Falou o menino que entrara na cafeteria seguindo Hope, com um sorriso sexy nos lábios

–O problema é que eu não quero ter um amigo, ou sombra, seja lá como você quer ser chamado.

–Corta essa Hope, você não dispensaria esse gato aqui, iria?- Falou ele tentando fazendo um olhar sexy, o que fez Hope dar um sorrisinho quase imperceptível- Viu, já consegui arrancar um sorriso de você, e sinceramente que sorriso lindo.

–Boa tarde, bem vindo ao Magic Coffe. Gostariam de algo? Temos Donuts, panquecas, bacon frito, cappucinos, chás, sucos variados, burritos, brownies, cupcakes, Waffles, Milk-Shakes, Pizzas e o que mais tem no cardápio, e aí? Vão pedir alguma coisa?- Uma garçonete de meia idade, baixinha e estranha, chegou com dois cardápios na mão, ela transpirava tédio e cansaço.

E do lugar onde estava Hope ela apenas conseguia ouvir a pulsação do sangue da garçonete, ela não queria comida humana, queria sangue.

–Eu quero Waffles e suco de laranja- Falou o menino apontando para o prato referido no cardápio.

–E a senhorita o que vai querer?- Perguntou a mulher com um caderninho em mãos, encarando Hope.

–Sei lá...Talvez...Não sei... Um café, é... Isso mesmo um café- Falou Hope recobrando a atenção enquanto a mulher anotava o pedido e o menino observa Hope.

Quando a mulher se afastou, e entrou na cozinha o menino falou:

–Admiro você, está tendo o auto-controle de não avançar no pescoço da garçonete- Sussurrou o menino aproximando o rosto do de Hope, que se aproximava também, mas quando a mesma percebeu retomou sua postura e se afastou do loirinho sexy.

–Muitos me admiram, outros tem medo de mim, afinal sou um pouco malvada- Falou ela com um olhar sombrio e um sorriso de canto- Mas o que alguns chamam de maldade, eu acredito que seja uma reação apropriada a um mundo cruel e injusto.

–As vezes você me dá medo, mas você fica muito linda com esse olhar sombrio- O menino falou fazendo movimento com as mãos.

–Se acha que vai conseguir algo comigo, está enganado- Falou Hope se levantando - Vou indo, e nossa conversa foi bem produtiva, talvez possamos nos encontrar outro dia, ou talvez não- Falou ela indo em direção a porta quando o menino a pegou pelo braço, o que fez a mesma o jogar na parede e andando até ele, e depois ficou a centímetros do seu rosto, e foi se aproximando de seu ouvido e falou:

–Você sabe meu nome, não minha história. Você sabe a cor dos meu olhos, mas jamais saberá o que eles já viram. Então um último pedido, deixe-me em paz- Falou Hope com a voz fria e dura, e o menino retrucou também sussurrando em seu ouvido

–Se queria sussurrar no meu ouvido, não precisava arranjar um pretexto desse- Falou ele, o que fez Hope lhe dar um chute fazendo com que o mesmo caísse no chão de joelhos- Ei Hope, e lembre-se que meu nome é Derek- Ele gritou em direção a porta onde apenas recebeu um olhar inexpressível de Hope e observou sua silhueta sumindo com a distância.

O horário que Hope saíra da cafeteria era o horário mais belo de New Orleans, o pôr do sol. O céu estava em uma mistura de amarelo, vermelho e laranja, ele estava tão lindo, porém Hope, não conseguira apreciar a sua beleza, pois em sua cabeça só havia espaço para Derek, o diabo de olhos azuis.