The Heiress II ─ The Rising escrita por Lady Caady


Capítulo 21
Flamel e Natal em Hogwarts


Notas iniciais do capítulo

Oie gente, aqui está mais um capítulo! *-* Boa leitura!



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Sorri triunfante e peguei a pedra, examinando-a. Era uma pena que ela não poderia ficar comigo, eu teria de devolver ao verdadeiro dono, Nicolas Flamel. Mas isso não seria um problema e eu faria isso imediatamente.

Deixei que as sombras de meu quarto me envolvessem totalmente, sentindo a sensação de segurança e conforto que elas me traziam e fechei os olhos, pedindo mentalmente que elas me levassem onde Nicolas Flamel estava. Se alguém tentasse me atacar, não conseguiriam me atingir, não com as sombras me protegendo.

─ Não deveria usar suas sombras para invadir minha casa, semideusa. ─ disse alguém com uma voz de idoso, mas que era extremamente jovial e alegre para alguém da idade dele. Abri os olhos e deparei-me com um senhor idoso sorrindo.

─ Nicolas Flamel? ─ perguntei.

─ Eu mesmo ─ ele respondeu. ─ Veio fazer terminar o serviço pessoalmente, Lady Reaper?

Eu não fazia a mínima ideia de quem era essa Lady Reaper, mas se ele achava que eu era essa pessoa... Quem era eu pra discutir, afinal?

─ O que acha que vim fazer aqui, senhor Flamel? ─ perguntei lentamente.

─ Eu consegui enganá-la uma vez, é claro. Mas agora que já não mais tenho minha imortalidade, você veio me buscar pessoalmente. A morte não gosta de ser enganada, não é? ─ disse ele pesaroso.

Ele achava que eu era... A morte? Essa tal de Lady Reaper era a morte? Eu achava que a morte era impessoal, sem ter uma imagem própria. Sempre pensei que as pessoas morriam porque meu pai escrevia em uma espécie de livro da morte e então, puft!, elas morriam. Mas acho que eu deveria ter pesquisado mais sobre isso. Não tive muito tempo para pesquisar, infelizmente...

─ Então não tem mais seu meio de me enganar... ─ comentei pensativa, ─ Disseram a verdade então, sabe... Meus contatos... ─ dei um risinho, ─ Mas ainda não sei por que deixou que o velho levasse a pedra... Pedra filosofal, não é? ─ terminei.

─ Eu não deixei, ele me enganou! ─ exclamou Flamel ─ Ele disse que a pedra estaria mais segura comigo do que no Gringotes e pediu permissão para pegá-la de lá e me trazer. Jamais achei que meu velho amigo me enganaria, então eu concordei. E ele não devolveu a pedra, levou-a para Hogwarts como isca para fazer com que Voldemort se encontrasse com Harry Potter.

─ Ah, sim... Voldemort, outra peça que deve ser eliminada, em seu devido tempo. Porque o velho quer que ele e Potter se encontrem? ─ perguntei.

Dumbledore deveria derrotar Voldemort, acabar com ele de uma vez por todas. É claro que ele tinha o poder suficiente para isso, ele tinha experiência, afinal. E mesmo com a profecia... Profecias só funcionam se as duas partes acreditarem nela. Se Dumbledore quisesse matar Voldemort ele poderia, pois aquela profecia não era como as profecias de Apolo que eram marcadas pelo destino. Se Apolo previu, iria acontecer de uma forma ou outra. Já a profecia de Trelawney, era apenas algo que ela viu que poderia acontecer e não que estivesse predito a acontecer.

─ Ele quer que Harry Potter seja seu sucessor, guiando o mundo do jeito em que ele faz. Mas se Harry Potter seguir os caminhos de Dumbledore, o mundo bruxo vai continuar corrupto. Não precisamos de outro líder da luz como Dumbledore, precisamos de alguém que saiba e que possa mudar o mundo, levá-lo na direção certa. Albus é velho, acho que já não percebe mais que o mundo não é como era antes. As coisas mudaram, mas ele insiste em continuar com suas visões antigas ─ disse Flamel, frustrado.

─ Concordo plenamente, senhor Flamel. É uma pena que já não tenha mais a pedra, seria de grande valor o senhor continuar vivo ─ eu falei sorrindo. Sério que ele achava que eu era a morte? Sério mesmo?

─ Sim, sim... Pode levar-me agora, já estou pronto! ─ disse ele e fechou os olhos. Continuei parada, olhando para ele. Ele ia perceber que eu não era a morte... Eu acho! Depois de alguns minutos ele abriu os olhos, confuso, e ficou mais confuso ainda ao ver que ainda estava em sua casa e que eu não tinha feito movimento algum.

─ Na verdade, não sei se está pronto ou não, mas não estou aqui para matá-lo. Estou aqui para devolver sua imortalidade ─ contei e ele pareceu surpreso e admirado, então peguei a pedra de meu bolso e estendi para ele, que a pegou, hesitando.

─ É mesmo a pedra... ─ ele sussurrou.

─ Sim, é ela. Mas tem algo que quero em troca disso. ─ falei.

─ O que é? Eu faço qualquer... Bem, é complicado negociar com a morte! ─ respondeu franzindo o cenho.

─ Isso não será nada complicado, basta dizer a verdade ─ eu sorri ─ se Dumbledore perguntar como conseguiu de volta a pedra, diga a ele o seguinte: “Lady Reaper, a Ceifadora, está atrás de você!”.

─ Prometo que direi! ─ respondeu Flamel, animado.

─ Mas não agora, apenas quando ele vier dizendo que alguém roubou a pedra. Por enquanto aja como estava fazendo antes, seja lá o que for que estava fazendo, mas ainda não o deixe saber que a pedra está com você ─ indiquei.

─ Certo ─ ele concordou.

─ Agora tenho de ir, nos encontraremos um dia, talvez ─ sorri. Quem sabe quando a verdadeira Lady Reaper surgisse, ele não descobriria... Mas não seria eu que diria a ele que eu não era essa Lady Reaper.

Deixei que as sombras me levassem novamente a meu quarto e então pude finalmente descansar, com a sensação de missão cumprida. Mas nem tudo ainda estava terminado, tinha mais coisas a fazer antes que terminasse o ano.

─ Lya, o que você fez com... Você sabe! ─ perguntou Harry, no dia seguinte.

─ Já dei um jeito nela, não se preocupe. O dono ficou feliz em revê-la! ─ sussurrei e ele sorriu, aprovando.

Depois que roubamos a pedra, chegou finalmente o natal. Decidimos ficar, eu e Harry em Hogwarts, afinal, era no natal que ganharíamos a capa. Ron também ficou, mas Hermione foi para casa, pois iria viajar com os pais para a casa de alguém da família. No próximo natal, quem sabe não poderíamos convidar todos para uma ceia em casa. Mas neste, teríamos que ficar em Hogwarts.

─ Olha só, temos presentes! ─ disse Harry animado. ─ Da mamãe, do Sean, da Sra. Weasley também? Tem um da Mione, um... Lya, qual é! Até você?

─ Você também mandou presente pra mim, bobão! ─ dei risada.

Da mamãe, Harry e eu ganhamos um celular que parecia ser bem avançado tecnologicamente, porém eu não reconheci a marca imediatamente. Apenas quando olhei atrás e vi um símbolo do infinito, que percebi quem havia criado o celular.

Olympus 2.0

─ UOU! Que marca é essa? ─ questionou Harry, admirado.

─ A marca dos deuses ─ eu respondi sorrindo. ─ A nova versão do mais incrível celular existente, feito por Hefesto e Hermes.

Era o melhor presente de todos, mas os outros também eram maravilhosos. De Sean, Harry ganhou uma espada. Pois é, ele deu uma espada para uma criança de onze anos. Mas seria útil para nós, com certeza. Era uma espada de ferro estígio, com algum tipo de metal que poderia atingir mortais também. Se Harry um dia chegasse encontrar algum monstro, o que não deveria acontecer, ele poderia se defender. E eu recebi uma espada também, mas não qualquer uma, e sim minha antiga espada. A única espada que já tive e que usei no acampamento.

Recebemos um suéter da Sra. Weasley, o do Harry era verde e tinha HPS bordado nele em preto. O meu era preto e tinha LBS bordado em prata nele. Eu adorei! Foi muito gentil da parte dela mandar suéteres para sonserinos, ela era realmente incrível. Hermione mandou doces para nós dois e um livro trouxa sobre artes marciais. Talvez devêssemos aprender no decorrer do próximo ano se tivéssemos a chance.

Eu dei um livro chamado "Guia Completo de Como se Tornar um Animago" para Harry, Hermione e Ron, e é claro, peguei um pra mim também. Se tornar animaga, isso era um plano pro ano que vem ou pro próximo também. Harry adorou a ideia, e aposto que os outros dois também!

Harry deu um conjunto de vestes de batalha de couro de dragão negro para todos nós, e seria muito útil caso futuramente tivéssemos que lutar, o que era obvio que teríamos. Talvez até criaríamos um terceiro lado para a batalha. O lado da luz, o lado das trevas e o nosso lado, o lado que mudaria o mundo bruxo. Isso era algo a se pensar...

E então Harry achou o ultimo e tão esperado presente dele, o de Dumbledore.

─ A capa! ─ sussurrei animada.

─ Perfeito, vai ser muito útil ─ diz Harry, malicioso.

─ Com certeza ─ concordei sorrindo grandiosamente.

Mas o que me surpreendeu foi um presente embrulhado em papel negro e cintilante, com uma faixa preta com bordados pratas. Quando abri, era um colar bonito com um pingente de ônix. Suspirei admirada e então notei um bilhete no fundo da caixa.

─ “Não sei se sabe quem eu sou, mas quis mandar um de muitos outros presentes que virão para minha adorada pequena garota. Estou muito orgulhoso de você! Assinado, Hades, seu pai.” ─ eu li e sorri feliz ao saber que meu pai havia me mandado um presente, mesmo que ele não tinha me conhecido, afinal ele provavelmente não tinha lembranças minhas, certo? Bem, isso não importava. Ele havia mandado um presente e isso era incrível.

─ Vamos lá, deixe que eu coloque em você ─ disse Harry sorrindo. Ele sabia o quanto eu estava feliz. Sorri e assenti, e então ele colocou o colar em meu pescoço. Eu jamais o tiraria.

Quando guardamos os presentes, saímos do salão comunal e fomos até o grande salão, almoçar. Todos que haviam ficado estavam esbaforidos e um pouco assustados. Logo, antes de chegarmos à porta do grande salão, Ron correu até nós.

─ Feliz Natal! Obrigado pelos presentes, a propósito... Então, vocês ficaram sabendo? O professor Quirrell estava sendo possuído por Voldemort e então ele foi roubar algo no corredor proibido e morreu queimado, quando Dumbledore chegou lá, ele já estava morto... ─ contou Ron, tentando não rir.

Eu e Harry fizemos um grande esforço para não rir, fingindo que estávamos tão chocados quanto Ron estava. Sabe, não sabíamos de nada sobre isso. Era tanta novidade, não? Que chocante...

Mas nós três sabíamos que Quirrell estava possuído por Voldemort e que ele tentou roubar a pedra, mas não conseguiu porque ela não estava mais lá. Então o cara de cobra saiu de Quirrell, que morreu porque ele já estava fraco com a possessão de Voldemort. Dumbledore provavelmente estava desesperado, afinal alguém tinha roubado a pedra. Como ele ia saber se não era algum outro comensal ou alguém pior?

De qualquer forma, teríamos que agir cautelosamente. Queríamos mudar o mundo, ok. Mas Dumbledore não concordaria, já que a visão da luz dele é bem diferente da nossa. E o que ele considerava melhor para o mundo bruxo, não era realmente tão bom assim.

Ele era um homem bom, e como qualquer outro ser humano cometeu erros, mas eu duvidava que ele fosse ver a razão. Então teríamos que fazer tudo escondido. Mas graças a nós o mundo bruxo poderia ser um lugar melhor, sem lordes das trevas para estragar, sem seguidores maníacos que queriam matar todos.

Talvez eu estivesse errada, mas teria tempo o suficiente para fazer tudo sem quebrar a cabeça.

─ Vai dar tudo certo ─ falei e Harry e Ron sorriram. É claro que daria tudo certo! Nós faríamos dar certo. De uma forma ou de outra... Daríamos um jeito!


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Notas finais do capítulo

Gostaram? Não deixem de comentar, preciso saber a opinião de vocês.
Ah, e no próximo ou no outro (cap. 22) vai ser as férias, então ela vai pro acampamento e depois volta pra ir pro Beco com os Weasleys e tudo mais. Comentem! Beijos e até logo!



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