Rainha dos Corações escrita por Angie


Capítulo 30
Alianças e Rivalidades | Alexander


Notas iniciais do capítulo

Hoje é quinta, hoje é dia de RDC!!! Uhuuul! Primeira vez em semanas que eu realmente posto numa quinta! Consegui cumprir minha promessa do último capítulo! Como dizem meus colegas: gastei!
Ai gente, só quero compartilhar com vocês que passei em tudo no primeiro trimestre uhuuul! As semanas sem postar serviram para algo MUITO bom, não é?
Bom, como sempre, não posso tagarelar muito, porque minahs notas são cortadas, então fiquem com o capítulo cheio de tretas!
xoxo



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A correria começou assim que Alexander colocou os pés na entrada do Palácio. Primeiro, guardas estrangeiros revistaram todos os recém-chegados da cabeça aos pés, parecendo procurar por algo inexistente. Logo depois, as Selecionadas foram deixadas sob a responsabilidade de criadas, que pareciam confusas. E, por fim, os membros da realeza foram dirigidos ao andar superior.

Alexei não estava entendendo nada...

As paredes repletas de quadros valiosíssimos ficavam borradas por conta da velocidade dos passos. Cada vez que o pés tocavam no chão, ao menos cinco metros do carpete vermelho do andar se passavam. Mesmo sendo o melhor corredor do Palácio, o príncipe herdeiro era humilhado pelo militar em sua frente, que parecia desesperado. Por outro lado, Serena, que estava um pouco atrás, parecia igualmente confusa. Os olhos azuis brilhantes olhavam fixamente para frente, tentando descobrir o motivo de tudo aquilo. Porém, no meio de sua busca, encontraram os olhos castanhos de Alexander.

“O que está acontecendo?” Perguntou ela, apenas mexendo os lábios.

“Não faço a mínima ideia!” Respondeu ele da mesma forma, voltando a atenção para frente, para o labirinto de corredores.

Antes que pudessem notar, as paredes mudaram a ponto de estarem em uma área diferente do Palácio. Um lugar mais sério, com menos pinturas, com cortinas opacas protegendo as janelas, sem carpete acolchoando o piso e com apenas lustres simples iluminando tudo. Era a Ala Oeste, local onde cerimônias e eventos públicos eram realizados.

Naquele momento, Alexander pôde compreender o que estava acontecendo.

Uma reunião aconteceria. E o assunto dela, com certeza, não era nada agradável.

Quando o braço robusto do Oficial empurrou a grande porta, as mãos do Herdeiro já estavam tremendo. No momento em que o marrom da madeira revelou os ali reunidos, os dentes começaram a ranger. Estavam todos ali. O Rei sentava-se na ponta, encarando o outro extremo da mesa, onde se localizava Sybil, a bisavó. Três pequenas figuras, que brincavam com um instrumento de engrenagens, completamente entretidas. Henrik, que se sentava logo ao lado delas, entretanto, parecia té um pouco triste. Do outro lado, porém, a discussão entre as princesas siberianas, Aline e Arthur parecia acalorada. O que contrastava com a expressão de preocupação da Rainha, que parecia mergulhar na papelada em sua frente.

— ALEXANDER! — disse Juliane, quando finalmente levantou os olhos, fazendo com que todos se calassem — VOCÊ SABE O PREJUÍZO QUE VOCÊS NOS CAUSOU INVENTANDO ESSE PASSEIO IDIOTA JUSTO HOJE?

— Juliane, não precisamos brigar com ele. — pediu o marido, tocando a mão dela com leveza. — Além do mais, temos assuntos mais importantes para discutir. Alexei e Serena, sentem-se, por favor.

Ao mesmo tempo, os jovens se aproximam da mesa redonda, preenchendo os dois únicos lugares restantes. O Príncipe, agora, encarava a expressão séria da irmã mais nova, Ingrid. Apesar de parecer concentrada, seus olhos denunciavam que, na verdade ela estava mergulhada em pensamentos distantes... Ao lado dela, encontrava-se Isabella, que estava na mesma situação. O silêncio, que predominava desde os gritos da Rainha, parecia ainda mais desconfortável assim.

— Só para colocar vocês a par da situação, nossas queridas parentes gregas chegaram hoje pela manhã. O motivo já é conhecido por todos: a Guerra contra a Turquia que acabou de ser anunciada. As pequenas princesas, como segunda e terceira na linha de sucessão do trono e herdeiras mais diretas, precisam ser protegidas — divulgou a mãe, já mais calma, todos já estavam em seus respectivos lugares. — Porém as informações que temos sobre o conflito são muito limitadas...

— Acredito que as crianças não estejam prontas para esse tipo de conversa. — disse a Rainha-mãe da Grécia, olhando para os quatro mais jovens nobres que ali estavam. — Saphira e Henrik, por gentileza, levem as meninas para brincar lá fora, mas mantenham-nas seguras. Althea και Sybil, παρακαλώ πηγαίνετε με τα ξαδέρφια σας. [Althea e Sybil, por favor, acompanhem seus primos]

Sem reclamar, os três pequenos — ou nem tão pequenos, no caso de Henrik — levantaram-se. De tão discretos que eram, só o barulho das cadeiras azuis arrastando no chão. Porém era impossível não prestar atenção na fofura deles, principalmente das meninas. A mais nova delas, Althea, de cinco anos, enroscava-se ao braço da irmã mais velha, nitidamente nervosa. Sybil, pela expressão, estava apreensiva com a situação da menor, mas a preocupação era dividida com Saphira, que guiava as duas meninas com carinho.

Henrik, porém, não estava tão amável quanto as garotinhas. Seus olhar se fixava no chão enquanto andava, dando a impressão de que estava triste. Alexander imaginava que ele apenas estava indignado com o fato de não poder participar da "conversa de adulto", por pensar que já era evoluído o suficiente. Isso, de fato, era verdade e o irmão mais velho pensava que não deveriam expulsar o menino da sala. Até iria se manifestar, mas a grande porta do recinto se abriu mais rápido, fazendo com que as cinco crianças sumissem.

— Bom, não tenho muito o que contar. Os combates ainda não começaram, visto que a declaração de Guerra Oficial foi feita há uma semana e meia. Meu neto, Pavlos, não está se importando com a gravidade da situação que estamos vivendo. — disse a bisavó, depois que os últimos resquícios do estrondo do bater da porta foram ouvidos, claramente tensa. — Ariadne está tendo seus momentos de Rainha... Cabe a ela, no momento, tentar impedir o confronto armado. O presidente turco, porém, não está colaborando, pois enviou o embaixador de volta para seu país...

— Ele, na verdade, fechou as embaixadas de todos os países que têm alguma relação comercial com a Grécia. — complementou Christian, encarando a idosa. —Mas, é claro, fortaleceu o acordo econômico e militar com a Germânia...

— Exatamente! Isso impede a chegada de muitos produtos ao meu país, visto que importamos muitos produtos germanos… — falou a mulher, suspirando. — E a fome seria um problema maior que qualquer conflito!

— Temos muitos países aliados que poderiam prover alimentos... O problema da Ligação Germano-Turca é que ela afeta, mais diretamente, a Dinamarca, afinal é para onde muitos europeus acham refugio, já que nunca envolveu-se em guerras... — afirmou Odelle. — E não é segredo para ninguém a valiosidade das terras dinamarquesas para os germânicos.

— Já estamos tomando as devidas providências. — assegurou Juliane, com firmeza. — Estaremos prontos quando a guerra chegada da guerra aos nossos territórios for oficialmente declarada.

— Não que seja esse o nosso desejo. — admitiu o Rei, com a calma de sempre, porém um pouco preocupado. — Obviamente, preferimos que tudo seja resolvido pacificamente antes que tome maiores dimensões, mas, sabendo como são nossos inimigos, acredito que isso não será possível.

— Sugiro que nos reunamos todos juntos, todos os representantes dos países aliados à Grécia, para firmar uma real aliança. — propôs a soberana siberiana. — Se não nos organizarmos, a desvantagem será tremenda.

— Tomaremos uma atitude sobre isso logo após essa reunião. Reino Ibérico, Marrocos, Noruega e Suécia são os que acredito que se unirão a nossa causa. — disse a anciã, revirando os olhos ao pensar. — Receio apenas que a Arábia Saudita e o Império Soviético se juntem a Turquia, dado que nenhum deles teve a embaixada turca fechada

— Os soviéticos estão muito estranhos mesmo… Além de não impedir o ataque dos rebeldes das cidades russas próximas a Малый Дания, eles estão apoiando isso! — disse Alexander com um pouco de receio manifestando-se pela primeira vez na reunião. — Não tenho dúvidas de que eles irão se aliar ao inimigo. Ainda bem que eles se encontram um tanto fracos atualmente.

— Ambas são forças fortes, Alexei, tanto o Império Soviético, quanto a Arábia Saudita, por isso devemos nos preocupar. Na verdade, devemos SEMPRE nos importar! — corrigiu Sybil, encarando o bisneto. — Mas já podemos contar também com o apoio da Sibéria, Odelle?

— Sem dúvidas! — respondeu a outra Rainha, com um sorriso radiante demais para a situação. — Terei de voltar a minha terra antes da conferência acontecer, porém irei deixar um representante.

— Eu, como representante de minha mãe, a Rainha Regente, posso confirmar o Reino Unido como coligado. — afirmou Aline, com a calma e a segurança usuais.

Então podemos dar essa reunião como encerrada! — anunciou a Rainha-mãe, já erguendo-se. — Acredito que daqui alguns dias nos reuniremos novamente para organizar a chegada dos representantes de outros países. E daqui, no máximo, duas semanas discutiremos o destino de nossa aliança com todos.

— Espere! Precisamos primeiro tratar os assuntos da Seleção durante a guerra com Alexander! — disse Juliane, tomando, subitamente, a atenção de todos. — Porém isso é um assunto que não é do interesse de todos. Então peço que apenas minha família permaneça no recinto. Os demais estão dispensados.

Vagarosa e Calmamente, os estrangeiros se levantaram-se, nem parecia que tinham tido uma conversa sobre política. As mulheres andavam com elegância, conversando com sorrisos no rosto. O único homem que se retirava, Arthur, portava uma expressão séria, como sempre. Essa tranquilidade toda, porém, não estava em Alexander. Suas mãos e dentes voltaram a tremer, como quando entrara na sala. Ele só conseguia encarar Ingrid enquanto pensava na conversa que estava por vir.

***

As Selecionadas aparentavam estar eufóricas. As conversas paralelas não eram nada discretas, fazendo com que o elegante Salão Nobre ficasse extremamente barulhento. Nem a preciosidade das cadeiras em que sentavam conseguia conter os pequenos e quase imperceptíveis pulinhos que elas davam ao mexer as pernas freneticamente.

Isso fazia com que Alexei pensasse, cada vez mais, que elas realmente se importavam com a competição… O que, consequentemente, deixava o próprio Príncipe mais interessado naquilo tudo.

— Meninas, silêncio! — pediu Juliane, com um sossego incomum. — Quanto mais rápido vocês ficarem quietas, mais rápido vocês estarão livres para se prepararem para o que está por vir!

As vozes cessaram, como se tivessem sido roubadas. Os olhos que não estavam arregalados podiam ser contados nos dedos. O Príncipe Herdeiro acreditava que, se um dragõ passasse pelas cabeças daquelas garotas, elas nem notariam, tanta era a atenção que prestavam aos membros da realeza ali presentes; Ingrid, Isabella, Alexander, Christian e Juliane.

— Bom, já não é uma surpresa para vocês a informação que a Grécia está em guerra contra a Turquia há uma semana e meia, conflito causado pela ambição turca pelas terras gregas. Acredito que, pelo tempo que já estão aqui no Palácio, vocês não ficarão pasmas ao saber que a Germânia, que há muito tempo deseja nossos territórios, está a beira de uma aliança com o inimigo — comunicou Ingrid, vagarosamente, causando suspiros nervosos por parte das Selecionadas. — Por esse motivo, tememos que uma guerra em maiores dimensões aconteça em breve, o que nos afeta diretamente. Prossiga, Alexander.

O mais velho deu um passo a frente, posicionando-se ao lado da irmã. Ao olhar para suas pretendentes, ainda praticamente sem piscar, ele repassou mentalmente as palavras que deveria proferir. Era simples, não havia razão para nervosismo, mas, mesmo assim, suas pernas se recusavam a parar de tremer.

— Levando em conta toda essa situação, concluímos em conjunto que, apesar de estarmos tranquilos agora, as coisas podem se tornar perigosas. Desse modo, temos a obrigação de proteger vocês, o que nos obriga a tomar decisões um tanto drásticas — disse Alexei, causando exaltação entre as garotas. — Amanhã faremos uma prova oral, como uma entrevista, para avaliar a desenvoltura de vocês em público e de improviso. Isso porque, para evitar maiores problemas, precisamos ficar com o menor número de possível de Selecionadas.

E foi aí que a desordem realmente começou.


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Notas finais do capítulo

E aí, o que acharam? Falamos muto sobre a guerra que está rolando lá na Grécia, sobre a inimizade que está sendo formada entre a Dinamarca e a Germânia e sobre a vida lokagem do Império Soviético ( Amberly pira). AH e, é claro, sobre a prova de eliminação que acontecerá no próximo capítulo!
Aguardem!
Espero que tenham gostado!
Até o próximo! xoxo



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