Rainha dos Corações escrita por Angie


Capítulo 24
Bônus | Impopularidade


Notas iniciais do capítulo

Oi genteeee! Tudo bem?
Então, hoje é quinta, hoje é dia de RDC. Porém (pelo menos pra mim) essa quinta de RDC é diferente.
Sabem por quê?
Porque faz seis meses que aquele prólogo confuso foi postado. Seis meses que nós tivemos o primeiro contato como autora e leitoras. Seis meses que as primeiras fichas chegaram...
MEIO ANO!
Nesse tempo, muitas leitoras abandonaram a leitura, mas muitas novas apareceram. 279 comentários. 2 recomendações. 10 favoritamentos. 36 acompanhamentos (Pasmem) (cadê esse povo todo?) (só reclamo, socorro).
Aprendi muito escrevendo essa fic. Não sei nem descrever o quanto. É a fanfic mais longa que eu já escrevi (eu tinha uma outra conta no Nyah onde eu postava minhas estorinhas que não duravam nem dez capítulos ahsuahsua). É claro que, se pudesse voltar atrás, faria drásticas mudanças no andamento da história, mas mesmo assim estou feliz com o resultado da fic como está.
Quero agradecer a vocês por me aguentarem por tanto tempo ashaushua Por aguentarem as respostas meio antipáticas nos primeiros capítulos (agora ainda tem disso, mas acho que melhorei) e também por superarem minha falta de socialização nos comentários. E, é claro, espero que me continuem aqui até o final, pois cada uma de vocês é especial para mim.
Sou muito dramática, eu sei. Mas eu realmente tinha que compartilhar isso com vocês.
Em comemoração, escrevi um bônus do porquê da Seleção na Dinamarca. Espero que gostem.
Antes que eu esqueça, gostaria de avisar (se vocês não viram) que o "visual" da fic está totalmente novo. Mudei a capa (feita pela B Angel mais uma vez



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Raios de sol tímidos entravam suavemente pelas janelas, envolvendo a Sala de Refeições Auxiliar em um calor reconfortante de fim de inverno. As cortinas floridas balançavam com a brisa suave da manhã, que se misturava com o aroma forte dos grãos de café recém-moídos. No meio do local, via-se uma mesa oval cor de café coberta com uma toalha de crochê. Em cima dela, em uma passadeira, havia uma variedade infinita de pães, frutas da estação e bolos. Em volta, a louça de porcelana estava disposta em sete pequenos grupos, número de pessoas ali presentes.

O chefe da família, o Rei Christian, ainda trajando pijamas, sentava-se na cadeira mais á ponta. Lenta e constantemente, ele levantava o braço para levar a xícara de café à boca, enquanto os olhos permaneciam fixos nas três figuras no outro extremo da mesa. Eram suas três filhas, as estrelas de sua vida, todas vestindo camisolas azul-turquesa.

Os dedos ágeis de Ingrid se enrolavam aos fios dourados de cabelo de Saphira, formando, aos poucos, uma trança elaborada. Isabella, por sua vez, tentava atrapalhar a irmã gêmea chacoalhando freneticamente as pernas, o que fazia a mais nova, que estava em seu colo, balançar. O pai conseguia perceber o movimento de risada na boca da mais nova, porém não ouvia. Afinal, naquele horário risadas e sons altos eram estritamente proibidos. Ordens da Rainha.

Apesar disso, ele conseguia imaginar o som aveludado de gargalhadas, o que fazia um sorriso bobo se formar nos lábios de Christian.

— Majestade, aqui está o jornal. — anunciou um servente, tirando o soberano de seus devaneios.

— Muito obrigado. — agradeceu, já com os papéis em mãos. — Espero que as notícias só sejam boas hoje.

— Assim todos nós esperamos, Majestade. — respondeu o jovem, já fazendo uma reverência, anunciando sua saída.

— Hoje em dia o sangue predomina nesse tipo de noticiário. — disse Juliane, despejando o conteúdo do bule em sua xícara. — Não entendo porque você ainda lê...

Dando um suspiro, o Rei ignorou a esposa. Ler pela manhã era um hábito dele desde pequeno, coisa que sua mãe, Amalia, o havia ensinado.

Os olhos azuis passaram atentos por diversas páginas. Quadrinhos, Crônicas, Gastronomia, Animais, Sociais, Tecnologias. Notícias banais, notícias inovadoras. O Rei devorava cada palavra, observava cada imagem. Era um jeito que ele achava de se sentir mais próximo dos dinamarqueses. Um jeito de viver a vida que jamais teria.

Uma das fotografias, porém, o assustou naquela manhã. Ela mostrava, em um exagerado, o rosto de sua mulher. Os cabelos louros levemente cacheados escondiam a maioria de suas feições, mas era impossível não reconhecê-la. Ainda mais com o colar que ela ostentava no pescoço.

Só de ler o título, suas mãos já estavam tremendo.

“Um colar de rubis e os cortes na segurança pública”

Ontem à noite uma luz um tanto diferente brilhou nas ruas da capital. Era a mais nova joia da Rainha: um pingente em forma de flor totalmente feito com rubis pendurado por uma corrente de ouro branco. Especialistas avaliam essa raridade em 10 mil coroas dinamarquesas. A vida anda boa para nossos governantes...

Para o povo, porém, as condições não são as mesmas.

Com o recém-divulgado corte de verbas para a segurança pública, a sociedade está um caos. Muitos policiais saíram das ruas, o que
deu espaço para os roubos, que são cada vez mais frequentes nas ruas das
grandes metrópoles. As ruas se tornaram lugares perigosos, tanto de dia quanto
de noite.

E é aí que nos perguntamos: como a realeza pode estar tão bem enquanto o povo está tão mal?

A resposta é simples: o enriquecimento deles é o nosso empobrecimento.Todas as viagens, todos os vestidos, todas as joias vêm do dinheiro do público, que diminuí cada vez mais rápido. E assim a Dinamarca fica pobre.

A família real não se preocupa mais conosco. Então será que a monarquia ainda é a solução para o país?

Em um movimento brusco, o homem se levantou. O nervosismo era visível em seu rosto. Os passos que dava pelo carpete bege eram apressados, mesmo que estivesse apenas fazendo voltas. O jornal já estava no chão.

Os garotos pararam de comer. Saphira escondeu o rosto na curva do pescoço de Isabella, temendo o que a raiva tão rara do pai podia causar. As gêmeas, pela primeira vez naquele dia, pararam de sorrir. Todos pasmos, chocados, abalados. Todos sabiam que o que deixara o pai zangado envolvia toda a família. Até mesmo a Rainha, que já se levantara, a fim de acalmar o marido.

— Eu avisei, Juliane! Você não devia ter usado aquele maldito colar ontem! – explodiu ele, aos gritos, parando na frente da esposa. —Está cada vez pior...

— Acalme-se, Chris. Essa vez não é diferente das outras. — disse ela, com a voz ainda calma, pousando as mãos nos ombros dele. — Eu ficaria anos aqui se citasse todas as vezes que nos acusaram de roubos de dinheiro público.

— Já acusaram até a Saphira quando ela usou pela primeira vez a pulseira da vovó Amalia. — Bella se intrometeu. — E ela só tinha cinco anos!

— É verdade. — concordou a Rainha. — E, além do mais, a joia foi presente da Rainha Ranya de Marrocos. Nada foi tirado dos nossos cofres para compra-la.

Ainda raivoso, Christian suspirou. Como se aquilo fosse simples! O povo estava questionando sua autoridade. Questionando a inocência de sua família, de seus filhos inocentes! Ele não conseguia mais conviver com isso.

Um som forte de batida subitamente tomou conta do local. As louças tão bem colocadas sacudiram com violência. E, para a surpresa de todos, a causadora daquilo era uma mão. A mão do Rei, cujo rosto estava vermelho de raiva.

— Acalme-se. — pediu a esposa, arfando. — Isso nunca foi um problema para nós.

—Mas um dia será. — Alexander afirmou, também se levantando. —Se a situação continuar assim, logo haverá uma multidão batendo em nossa porta querendo nos tirar daqui.

— Meu filho, você não entende. — falou a Rainha, desviando a atenção do marido para o filho. — A Monarquia é assim, anda em altos e baixos.

— Mas creio que o “baixo” em questão já não é suportável. — admitiu ele,recebendo um aceno afirmativo do pai. — Ele pode destruir o governo e a Dinamarca.

— Você não tem poderes para resolver isso. — disse ela, passando a mão pelos cabelos. — Você é praticamente uma criança!

— Eu sou o herdeiro. — atestou o menino, encarando o fundo dos olhos dela. — E daria tudo para ver meu país e meu povo feliz.


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Notas finais do capítulo

E aí, gostaram?
O Christian deu um pequeno ataque ali, mas dá pra entender, né? Coitado... Tenho até pena.
O banner foi feio pela diva da B Angel :D e nele está toda a família real ( da esquerda para a direita: Saphira, Alexander, Ingrid, Henrik, Isabella, Christian e Juliane).
Depois daquele textinho todo não sei nem mais o que dizer aqui!

Até o próximo (que será o último do baile, a princípio)!
Beijinhos no coração (ashaushauhsuahs),
ACE