Pov. Narradora

Gael estava de queixo caido com a cena que presenciava, já estava achando aquilo vergonhoso para ele mesmo foi quando atrapalhou tudo.
– Karina.- Disse alto, assustando todos inclusive Pedro e Karina que se separaram rapidamente.
– Pai?- Disse ofegante.
– Não, ė o cupido.-Ironizou.
– Olha não ė o que o senhor está pensando.- Pedro tentou ser claro.
– E por acaso você sabe o que estou pensando?. - olhou com os olhos cerrados.
– Não.- o menino se rendeu.
– Pai olha o vexame.- Bianca chegou por trás de Gael.
– Não se intromete. - Ja estava bravo. - Karina vai pra casa e você- Apontou para Pedro- vem comigo precisamos ter uma conversa.
– Não eu to suave senhor.- O menino estava com medo.
– Para pai que droga. - Karina estava mortinha de vergonha.
– Já mandei você ir pra casa AGORA.- Ordenou fazendo Karina sair batendo o pé.- Vem Garoto. - Pegou Pedro pelo braço.
– Para com isso seu grosso.- Lírio tentou ser durão.
– Cala a boca que eu te faço em picadinho em questão de segundos.- o lutador apontou para o ator.

Gael saiu com Pedro e o levou ate o andar de baixo,foram seguidos pela academia inteira, mas o mestre queria ficar sozinho com o menino.
– Podem ir embora. - Ele falou para a turma.
–Mas mestre, a gente...- A curiosa da Fabi queria ficar para ver o fim de Pedro.
– Eu disse para irem embora.- Estava a ponto de voar no pescoço de qualquer um, ou seja, o do Roqueiro.

Todos foram embora e logo em seguida Gael ficou olhando para Pedro que tinha a cabeça um pouco para o lado.
– Que showzinho foi aquele?- Mantinha o olhar sério.
– Mas não foi um show, foi um beijo.- Se atreveu a dizer, fazendo Gael levantar uma das sombrancelhas.
–E você gosta dr beijar?.- O mestre perguntou.
– A ė claro né.- passou as mãos no pescoço com um sorriso, mas parou quando viu que o homem estava sério.
– E que tal se minha mão beijasse sua cara.- cerrou os punhos.
– Na... não será preciso sabe, eu nem gosto de beijar tanto assim.- tentou fugir do problema.
– Mas beijou a minha filha.- Se aproximou.
– Foi apenas coisa de momento, não era pra acontecer .- Se esquivou.
–Ta dizendo que além de beijar ela ainda esta a descartando.- Estava adorando o pavor do menino.
– Não claro que não, imagina qualquer um iria querer beija-la. - elogiou na tentativa de sair dali o mais rápido possível.
– Ta dizendo que Karina ė qualquer uma?- deu enfase.
– Não ė que... ė eu não...- Pedro se enrolou todo.- Na real a Karina não ė garota pra mim, ela me bate e sempre me humilha e eu não gosto disso estamos mais próximo por causa do Samuel, mas ela ė uma bruta que se comporta mal.- Cuspiu as palavras e olhou para baixo temendo os golpes a seguir.

Mas Gael ficou parado, pensava que o garoto gostava de sua filha mas pelo jeito que ele falou não era bem assim.

– Sai da minha frente agora garoto.- Pronunciou, e Pedro o olhou.
– VAi.- o lutador falou mais firme fazendo o garoto correr escada a cima para continuar com as aulas.

A turma da tarde começou a chegar e Karina que até então estava ouvindo a conversa aproveitou para sair. Exatamente! A garota havia ouvido tudo que Pedro falara sobre ela. Foi para casa e direcionou-se para o quarto afundando o rosto no travesseiro caindo na triste realidade. Ficou pensando que será que todos os garotos estavam querendo brincar com sua cara. Naquela tarde chorou como nunca antes, não queria saber de seu pai, nem de Bianca, nem de Duca e principalmente de Pedro. Esse nome ficou rondando em sua cabeça até que ela adormeceu.

====== Com Pedro ======

O menino chegou na Ribalta ainda assustado , olhares se direcionaram a ele que se encolheu.

– Ainda ta vivo?- Perguntou Sol.
– Como assim?- questionou Dandara.
– Não ta sabendo não?- Foi a vez de Mari.
– Sabendo do que gente ?- continuou confusa.
– O garanhão aqui pegou a filha mais nova do lutador de jeito.- Sol simulou beijo.- e o senhor Gael viu e chamou o Pedro para um conversa seria, do jeito que o homem tava pensei que ia matar o garoto.- Completou
– O Gael o que?- a professora estava incrédula.- Vou ter que ter uma conversa série com ele.E você Pedrinho está bem- Passou a mão sobre o rosto do rapaz.
– To bem sim tia Dandara ele não fez nada a gente só conversou.
– Tem certeza que ele só conversou?
– Absoluta. Dandara deu início a aula.

O dia passou e logo chegou a noite e Pedro tinha ficado com Samuca já que Karina saiu as pressas e não o pegou, teria que leva-lo ate lá afinal ele sempre dorme lá, estava com receio de ir por medo de Gael e vergonha de Karina mas enfrentaria isso, até porque teria que conviver com os dois por esse tempo. Quando chegou na frente da casa da garota ficou parado um tempo até que resolveu entrar, bateu na porta... Logo que atendeu foi o lutador, Pedro engoliu em seco.

– Boa noite, eu vim trazer o moleque.- Gostava de chamar o bebê assim.
– Claro pode entrar fique a vontade.- Gael falou natural e calmo.
– obrigada.- adentrou.- a esquenta... a Karina- concertou- esta aí?- rodeou o lugar com os olhos.
– Acho que esta no quarto, dormindo, pode ir até la.- direcionou com as mãos- Ó... Sem beijinho.- alertou.
– Claro.

Quando chegou no quarto Karina dormia serena ficou um tempo admirando- a se sentou na ponta da cama e passou os dedos levemente no rosto da garota que se mexeu e logo abriu os olhos.

– O que esta fazendo aqui?- o olhava com desdém.
– Vim trazer o Samuca- sorriu para ela.
– Pode deixar ele ai e ir embora. - Desprezou o menino.
– O que você tem em?- estranhou.
– Nada JA disse vai embora.- empurrou os ombros dele.
– Você merece ficar sozinha mesmo, a gente tenta ser legal mas 'cê' só sabe dar porrada. - saiu transtornado e acabou levando Samuel consigo encontrou Bianca na porta mas nem falou com ela.

Quando Karina se recompôs olhou para o quarto e viu que Samuca não estava lá foi para sala e nada foi quando Bianca entrou.

–Você viu onde aquele idiota deixou o Samuca?
– O Pedro saiu com ele, não sei pra onde foi.- Falou indiferente.
– A que otário.

Karina sabia exatamente onde Pedro havia ido, foi para o quatro e trocou de roupa. Saiu apressada, sem dar satisfações. Foi seguindo para casa se Jade. Sabia que a menina estava planejando uma festinha em sua casa que que Pedro tinha sido convidado. Demorou mas conseguiu chegar a casa da garota estava agitada, nem bateu apenas entrou e recebeu alguns olhares a musica estava alta quase ensurdecedora, quando viu um montinho de garotas amontoadas em um lugar foi quando viu Pedro com Samuca no meio delas.

– PEDRO-todos pararam para olha-la.

Continuaa...