Pov. Narradora

Era o primeiro dia do ano e muitos já estavam com a cabeça cheia de coisas estressantes. Faltava apenas uma semana para que Bianca e Gael voltassem da viajem de final de ano, Karina sentira muita falta dos parentes mas nada compara em poder ver o sorriso de Pedro quando percebeu que ela havia trazido Samuca para seu primeiro natal perto deles. No mesmo dia em que seu pai e sua irmã voltariam seria a apresentação da banda de Pedro na Ribalta, claro que Karina não iria faltar.

Pedro e seus amigos estavam na praça animados com o novo ano cheio de novas histórias que estavam por vir.

– Pedro chama a K pra ficar aqui com a gente.-Guta disse no meio do povo.(Sim! Muitas pessoas gostavam dela, depois de conhece-la melhor.)

– Não sei se ela está acordada.- Ele deu de ombros.

– Tenta Uė.- Ruiva sorriu.

– Esquentadinha.- Ele gritou da ponta da calçada.- Ô maluca.- voltou a gritar.

– Humm?- Ela resmungou chegando na sacada.

–A mais ė uma preguiçosa.-Ele disse sorridente.

– Eu não estava dormindo.- Fez bico.

– O que aconteceu?- Arqueou a sobrancelha.

– Eu não estou bem.- Suspirou e encostou a cabeça no braço.

– O quê? Não conseguiu bater em ninguém hoje?- O menino pôs as mãos na cintura.

– Para moleque, ė sério, eu não consegui dormir e o Samuel está tão enjoado, minha cabeça está explodindo.- Ela se queixou.

– Você doente, essa ė nova.-Ele virou para o lado e olhou para cima novamente. - Você ė de ferro.- ele levantou os braços.

–Hoje não.- Ela disse entrando para seu quarto e se jogando na cama.

Pedro suspirou e olhou para seus amigos que acenaram com a cabeça o menino entrou, e nem bateu já que a porta estava aberta foi direto para o quarto dela.

– O que 'cê' ta sentindo?-, Ele foi até ela.

– Dor de cabeça, e tontura.- Ela levantou um pouco a cabeça.

– Já comeu alguma coisa?- Ele questionou.

– Não consegui.- suspirou.

–, Ah assim fica difícil.-Ele bateu as mãos nas pernas.- Vamos fazer assim, você toma banho, enquanto eu vou no Perfeitão ver se tem alguma coisa.- Ele disse pegando Samuel e esperando que a menina se levantasse e então saiu.

Foi com o menino que resmungava um pouco, e quando atravessou a praça teve uma multidão de garotas em cima dele querendo pegar Samuel.

– Meninas calma, espera ele crescer um pouco e eu conto como ė beijar cada uma de vocês.- Brincou o roqueiro.- Fiquem com ele um pouco, que eu preciso ir rápido que a garota me espera.- Ele disse saindo e recebendo alguns "Humm".

Quando adentrou o restaurante foi para cozinha, e achou algumas coisas que haviam preparado no dia anterior em que eles foram para praia, se lamentou por levar comida requentada mas não sabia cozinhar então teria que ser aquela mesmo. Quando estava prestes a sair sua mãe apareceu.

– Oi meu filho! O que está fazendo na cozinha?- Estranhou.

– A esquentadinha, não esta muito bem porque não dormiu e não comeu então peguei um pouco da comida que estava na cozinha e estou levando até lá.- Resumiu.

– Ah coitada! Leva esse remédio ė bom para dores e ajuda a dormir.- Ela disse pegando um pequeno frasco que estava em sua bolsa.

– Valeu mãe.- Pedro deu um beijo no rosto da mesma e saiu.

Passou pela praça e pegou Samuca as garotas tentaram relutar mas foi sem sucesso.

– Esquentadinha chegamos.- Ele disse depois de ter se deslocado até o quarto da mesma. - Trouxe a comida.- Ele disse mas percebeu que o quarto estava vazio. - III acho que sua babá fugiu.- Ele disse conversando com Samuel.

– Ha muito engraçado moleque.- Ela disse quando entrou no quarto. - Estava aonde.- Disse inocente.

– Te interessa?- Foi ríspida.

– Você ė realmente uma Mulher de Fases. - cantou as últimas palavras.

Ela simplesmente fez careta e suspirou, ele não deixou de notar que ela usava o colar que ele havia dado.

– Vou esquentar a comida, minha mãe falou pra você tomar esse remédio.- Entregou o frasco.

Enquanto ele foi esquentar a comida ela colocou água em um copo para tomar um remédio. Por fim os dois se sentaram na mesa e Samuel ficou no carrinho. Ficaram se encarando algumas vezes, quando acabaram Pedro se ablitou a lavar a louça enquanto ela colocava Samuel no pequeno berço portátil que haviam comprado. Quando ele votou para o quarto percebeu que ela ainda tinha uma cara abatida.

– Vem cá.- O garoto a chamou até a cama onde ele sentou e reencostou-se

– O que você quer?- A loira foi até lá.

– Deixa eu cuidar de você.- O roqueiro a puxou deitando a cabeça da menina sobre seu peito onde a deitando.

– Ô moleque...- Ela já iria brigar, mas foi impedida pela voz na qual achava mais gratificante.

– Só hoje.- Ele sussurrou no ouvido dela a fazendo amolecer sobre seus braços.

Assim Pedro ficara fazendo cafuné nos lóbulos das orelhas da garota e no cabelo. Um sorrido brotou em seus lábios quando a vira suspirar como se aquele fosse o melhor sono.

– Ė esquentadinha, não sei como viver sem isso.- Disse mais para sí.

====== Dias depois ======

Finalmente faltava apenas um dia para a chegada De Gael e Bianca e assim com Karina, Pedro também estava ansioso afinal faltava apenas um dia para sua apresentação. Nesse momento ela havia levado Samuel no Perfeitão como fazia diariamente, enquanto conversava com o roqueiro.

– Você vai no show amanhã?-, Ele se encostou na mesa.

– Claro que não.- Ela balançou a cabeça.

–Por que não?- Ele estava indignado.

– Meu pai e minha irmã chegam amanhã, não tem como abandona-los assim.- Ela se condenava por dentro.

– Mas você pode ficar com ele depois.- Ele tentava negociar mas sem sucesso.

– Não posso, meu pai ja me ligou dizendo que chegaria amanhã e queria me ver.– Ela disse se levantando.

– A tudo bem. Então não precisa nem vir aqui amanhã.- Ele realmente estava chateado.

– O garoto, eu não tenho culpa, se a sua...- Foi interrompida.

– Pode ir se quiser. - Ele virou as costas para ela e fingiu não o ver.

Ela ficou transtornada com o que o garoto acabara de fazer então pegou Samuel e saiu batendo em tudo que vira pela frente fazendo Pedro olhar do canto do olho enquanto ela se distanciava.

No pensamento de Pedro estava tudo embaralhado, outro dia ele conversava com a garota sobre o show de talentos e ela se mostrava empolgado em vê-lo tocar ai do nada ela chega e fala que não vai poder ir, como se fosse algo sem importancia, realmente ele havia ficado confuso e chateado com a atitude da lutadora.

Já os pensamentos de Karina estava a mil, o garoto parecia não entender que ela abandonara a viajem com a família apenas por ele, e que apesar de não ser muito dessas coisas esta sim saudades e precisava estar alí quando a família chegasse, ficou triste por não poder ir na apresentação de Pedro mas ficou mais ainda pelo jeito que o roqueiro a tratou. Mas isso não ficaria assim.

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Karina esperou dar o horário em que fecharia a restaurante e foi se aprontar, faria Pedro ouvi-la nem que precisasse amarrar o menino na cadeira e tapar sua boca, foi até a casa de Fabi que era pertinho e deixou o pequeno lá a pedido da amiga de Karina, e seguiu para a casa de Pedro. Bateu, e quem veio atender foi Pedro.

– O que faz aqui?- Ele ainda estava nervoso.

– Vim para conversar com você.- Ela esperou que ele a deixasse entrar.

– Entra logo.- Ele disse grosso.

– Cade todo mundo.- Ela disse ao entrar.

– Não tem ninguém.- Ele estava de cara amarrada.

– Olha pode parar com essa de ser grosso pra cima de mim.- Ela foi logo mandando a real.

– Você que começou.- Ele deu de ombros.

– Para de se criança, você tem que entender meu lado.- Ela ficou de frente para ele.

– não ė que não entendo apenas queria que você estivesse lá

– Mas no momento não está dando.-, Ela passou as mãos nos cabelos.

– Então recompense.-ele foi se aproximando.

– Faça valer a pena.- E se aproximou também.

E asim se iniciou um beijo ardente e com volúpia, foram caminha com dificuldade para o quarto do garoto, e se jogaram na cama, desejavam por aquele beijo a tempos.

– Pedro.- ela sussurrou.

– Karina.- ele disse no mesmo tom.

E assim voltaram a se beijar começaram a se despir e os fones que Karina usava acabara soltando do celular e a música que reproduzia acabou preenchendo o quarto.

" Todos caminhos trilham pra a gente se ver

Todas as trilhas caminham pra gente se achar, viu

Eu ligo no sentido de meia verdade

Metade inteira chora de felicidade."

Pedro começou a tirar as peças de cima de Karina que suspirava.

" A qualquer distância o outro te alcança

Erudito som de batidão

Dia e noite céu de pé no chão

O detalhe que o coração atenta"

Karina fez o mesmo com a camisa do roqueiro, ali era apenas ele e ela, e música que tocava era apenas o fundo da cena bela que acontecia.

" Todos caminhos trilham pra a gente se ver

"Todas as trilhas caminham pra gente se achar, né

Eu ligo no sentido de meia verdade

Metade inteira chora de felicidade

A qualquer distância o outro te alcança

Erudito som de batidão

Dia e noite céu de pé no chão

O detalhe que o coração atenta."

Em questão de segundos, o resto das peças. estavam sobre o chão restando apenas as peças intimas, e o corpo que eles tanto queria poder tocar ou ver esta bem alí.

" Você passa, eu paro

Você faz, eu falo

Mas a gente no quarto sente o gosto bom que o oposto tem

Não sei, mas sinto, uma força que embala tudo

Falo por ouvir o mundo, tudo diferente de um jeito bate"

.Aquilo tudo era ironia do destina, mas nem esses pequenos detalhes os fizeram parar.

"Todos caminhos trilham pra a gente se ver

Todas as trilhas caminham pra gente se achar, viu

Eu ligo no sentido de meia verdade

Metade inteira chora de felicidade

A qualquer distância o outro te alcança

Erudito som de batidão

Dia e noite céu de pé no chão

O detalhe que o coração atenta"

E alí estavam eles a esquentadinha e o roqueiro preste a serem completos. Mas esse momento seria especial, tem pressa. Mas no fim tudo cora esquecido. Juntos eles se amaram pela primeira vez.

Continuaa...