Felizes para sempre escrita por Lu


Capítulo 8
Bons Amigos


Notas iniciais do capítulo

Bom gente, aqui está o próximo capítulo, espero que gostem, comentem. Adoro os comentários de vocês. Desculpem qualquer erro. Beijos e boa leitura.



Este capítulo também está disponível no +Fiction: plusfiction.com/book/537901/chapter/8

Ferdinando decidiu o que faria da sua vida naquele instante, se tornaria prefeito da Cidade das Antas, já que as eleições foram canceladas até que aparecesse um candidato, e provar a seu pai que ele poderia sim começar e terminar algo na sua vida, e a política seria um bom caminho para provar isso a ele, então ele decidiu voltar para a casa do sogro e dar a notícia para a família.

Ao chegar, encontrou com o sogro e a esposa chegando a casa, e disse:

_ Oi, Gina ieu preciso falar cocê.

_ Olá fio, vô dexá ocês conversano.

_ Obrigado, Seu Pedro.

_ O que que ocê qué?

_ Gina, ieu decidi uma coisa e quero que ocê me apóie.

_ Disimbuxa logo, ocê ta me dexano nervosa.

_ É que ieu deicidi que vô me candidatar a prefeito da Cidade das Antas, e quero que ocê me apoie nessas eleições.

_ Mas o purque disso agora, Ferdinando?

_ Ara, ieu decidi e pronto.

_ E arguem decide argo e pronto, conte o que que acunteceu pra ocê tomar essa decisão, assim do nada.

_ Na briga que ieu tive com meu... com o Coronel Epaminondas, ele me fez ver umas coisas e ieu quero mostrar prele que ieu num sô nada do que ele disse.

_ Ah Ferdinando, e ocê que fazer isso só por causo que seu pai lhe disse, mas é mesmo um frangote, Nando, ocê num precisa prova nada pra ninnhum arguem, vamo viver nossa vidinha, daqui a pouco os materiar vão chegar, ai nois vai começar a construir nossa casinha, meu amor, deixa isso pra lá. Disse Gina indo em direção a Ferdinando, abraçando-o.

_ Ieu já me decidi, menininha, vou me candidatar, ocê quereno ou não.

_ Ieu vô lhe apoiar, mas dispois num vem dizer que ieu num avisei.

_ Obrigado, era só isso que ieu queria ouvir docê, afinar de contas, o que seria de um prefeito sem sua primeira dama? Disse Ferdinando, logo em seguida dando um apaixonado beijo em sua esposa, beijo esse que se prolongou por alguns segundos, só parou com a chegada de Dona Tê.

_ Urruuuum, vamo armoçar!

_ Tá mãe, nois já vamo.

E assim foram, sentaram a mesa para almoçar. Depois do almoço, Ferdinando fez questão de contar a novidade para os sogros e aproveitar para pedir ajuda política a Pedro Falcão, pois a final, ele era um dos homens mais influentes da região.

_ Bom Seu Pedro, ieu decidir fazer uma coisa e gostaria muito se o senhor me ajudasse.

_ Intão conte, fio, ocê ta me dexando incafifado!

_ E que Seu Pedro, ieu decidi que vô me candidatar de novo a prefeito da Cidade das Antas e ieu gostaria que o senhor me ajudasse na campanha.

_ Ahh, que bom fio!! Craro que ajudo sim, e tenho certeza que ocê vai ser um ótimo prefeito.

_ Que bom, Seu Pedro, ieu vou mandar uma carta pro cartório eleitoral, pedindo que eles revalidem minha candidatura prefeito.

_ Amanhã mermo, ieu vô começa a falar cum meus empregados.

_ Pur favor Seu Pedro num quero nada de voto de cabresto, estamos entendidos?

_ Num se precupe tudo que ieu disser eles obedece.

_ Mas ieu num quero, ieu que vô falar cum cada um, dexa que ieu sei o que estou fazendo.

_ Tá bão intão fio, ocê que sabe.

_ Obrigado. Agora ieu vô chamar a Gina pra ir lá na casa da professora Juliana.

_ Isso, vá mermo, a Dona Juliana ta doida pra vê ocês, ela já veio aqui num sei quantas veiz procurando ocês.

_ Vô mesmo. Inté. Disse Ferdinando, indo em direção a cozinha, onde estavam as mulheres da casa para chamar Gina. _ Gina, meu amor, vamo lá na Juliana, ela deve de ta cum sardade da gente.

_ Ihh é mermo, vamo sim. Mãee! Ieu vô sair, cuntinua aqui na louça.

_ Ocê vai onde cum essapressa que num pode nem terminar de lavar a loca? Perguntou Dona tê, mas não obteve resposta, pois Gina e Ferdinando já havia saído, rumo a casa da professora e do Zelão.

*

_ Ô de casaa!! Disse Ferdinando.

_ Olá, sumidos!! Disse Juliana, indo em direção do casal de amigos e os abraçando carinhosamente.

_ Nois num tava sumido, Juliana, nois tava era nas Antas resorvendo umas coisa.

_ Aé, então entrem, e me contem as novidades.

Os amigos entraram a casa, Juliana mostrou aos amigos a casa que ela e Zelão construíram. Os amigos sentaram-se no sofá para conversarem um pouco, enquanto Gina e Juliana foram para cozinha conversarem a sós.

_ Então minha amiga, conte tudo?

_ Tudo o que, Juliana?

_ Sua lua de mel? Soube que vocês foram para a Cidade das Antas, na certa vocês queriam ficar mais a sós.

_ Isso tumbém, mas nois foi pra lá pra mó de nois resorver o assunto da nossa casinha.

_ Por quê? Vocês estão querendo morar lá na Cidade das Antas?

_ Não, nois foi falar com o Renato, pra mó de nois ficar cum o posto dele, pra construir nossa casa lá.

_ Que bom minha amiga! Vamos ser quase vizinhas! Disse Juliana aos risos e abraçando a amiga, de tanta felicidade, pois iria continuar tendo a amiga próxima a ela. _ Mas me diga, o que está te preocupando? Eu notei que você não está com uma cara de quem casou a pouco tempo.

_ Ah, Juliana, o Nando inventô de ser candidato a prefeito das Antas de novo, isso ta me dexando numa aflição.

_ Mas por que, minha amiga? Isso é bom, o Ferdinando é um bom homem, acredito que vai se sair muito bem como candidato.

_ Ieu sei, mas se ele tivesse tomando essa decisão purque ele queira, não por conta do pai dele.

_ Com assim?!

_ É Juliana, o Nando só ta fazeno isso por conta da briga que ele teve cum pai. Daí ele já chego em casa me dizeno que queria ser candidato, i ieu fiquei numa aflição que só, Juliana, purque ieu num sei como vai ser, ispero que seje só coisa da minha cabeça.

_ Vai ser sim, minha amiga, vai ocorrer tudo bem, o Ferdinando sabe o que faz, fique tranqüila. E você, vai sei a primeira dama mais bonita... e brava que essa cidade já viu. Ambas riram com a última frese de Juliana.

_ Mas ocê sabe que ieu nem ligo pra isso. Ieu fico cum medo de que ele num me dê mais atenção, purque ieu vi como o pai ficava quando tava na campanha do tal prefeitinho, ele num parava im casa, dexava a mãe suzinha o dia intero só vortava a noite, i ieu fico cum medo que isso aconteça comigo tumbém.

_ Amiga, o Ferdinando te ama, ele não vai fazer isso.

_ Ocê ta dizeno que o pai fazia isso purque num gostava da mãe?

_ Não Gina, você entende tudo errado, não foi isso que eu disse! Eu sei que seus pais se amam, eu só disse que o Ferdinando te ama e que ele vai saber conciliar o casamento que eu sei que ele não vai deixar acabar, porque ele lutou muito por isso, como a candidatura.

_ É o que ieu espero, mas vamo mudar de assunto, ieu nem lhe perguntei sobre ocê e o Zelão, como ocês tão?

_ Ah Gina, o Zelão é muito carinhoso, meigo quando a gente faz amor, me trata muito bem por isso me apaixono por ele a cada dia mais.

_ Que lindo, Juliana, fico muito filiz por ocê!

_ Mas e você e o Ferdinando, estão felizes nesses dias de casados?

_ Sim, muito!

_ E a sua primeira vez?

_ Ara Juliana, mas que pergunta é essa sua? Disse Gina sem graça com a pergunta da amiga.

_ Ué, nós sempre falamos desse assunto, mas se você não quer falar, eu falo. O Zelão foi bem carinhoso comigo, calmo, nossa Gina a cada toque eu me sentia mais mulher, a mulher dele, e pelo menos até ontem foi tudo assim, maravilhoso.

_ Já o Nando, foi carinhoso só no primero dia.

_ Como assim Gina? O Ferdinando sempre foi carinhos com você.

_ Ara Juliana, de que que nois ta falano?

_Ah sim Gina, entendi. Você disse que não queria falar de fazer amor.

­_ Ara Juliana, num fala assim senão ieu vou parar de falá.

_ Não! Pode continuar.

_ Mai ó, nada de me zombar.

_ Tá bom Gina, juro juradinho.

_ Ara Juliana, o Nando foi maravioso em tudo, na nossa primera veiz ele foi Carmo tranqüilo, mas nos outros dia, quando nois tava lá nas Anta ele me dexo inté cum medo antes pra dispois fazer amor cumigo de um jeito que me dexo sem ar e onte foi mais tranqüilo inté purque nois tava na casa dos meus pais, ieu tava era cum medo deles ouvir. Ieu tô adorando tudo, Juliana.

_ Ah, que bom minha amiga, estou muito feliz por você.

*

Enquanto isso na sala, os amigos conversavam sobre trabalho política.

_ Intão o senhor ta me dizeno que vai vorta a ser o candidato a prefeito?

_ Sim Zelão, e digo mais, vô ganhar as eleições só pra provar pro meu pai que ieu posso ser mior que ele.

_ Mas doto, vosso pai num vai gostar nada disso, ainda mai agoro que o sinhozinho ta trabaiando pra ele.

_ Ele num pode fazer nada, Zelão, a vida é minha, ieu num tenho que dá satisfação pra ele. A única pessoa que ieu tinha que falar e pedir argo ieu já fiz e ela ta me apoiano, falei cum Seu Pedro Farcão e ele vai me apoiar na candidatura.

_ Só sei que o senhorzinho vai entrá numa briga dos diabos.

_ Sabe Zelão, ieu num tenho medo de briga não. E além do mais, ieu tenho uma proposta para lhe fazê.

_ Quar?

_ Ieu quero que ocê me ajude na candidatura.

_ Como anssim?

_ Ocê vai começar convencer os empregados da fazenda a me ouvirem, pois ieu sem bem que quando meu pai souber que ieu pretendo me candidatar ele vai proibir os empregados de me ouvirem, mas ocê vai fazer com que eles me escurtem. Tudo bem?

_ Num sei não, Ferdinando, seu pai quando ficar sabeno, pode inté me mandar imbora.

_ Se ele te mandar imbora, ieu consigo um emprego procê, só quero que ocê me ajude. Como ieu vô está lá pela fazendo, ieu posso ir cunversando cum os empregados, ir convencendo eles, e ai o que ocê me diz?

_ Tá certo intão, patrãozinho.

_ Ótimo, meu amigo, mas pur favor, ieu já lhe disse que num quero que ocê me chame de “patrãozinho”.

_ Tá certo, doto Nando.

_ Ieu vô mandar uma carta pro cartório eleitoral amanhã, quando eles me mandarem resposta, nois vamos começar, ta bom?

_ Tá. Agora vamo pra cuzinha tumar um cafezinho. E ver o que nossas muiér tão fazeno por lá.

_ Vamos sim, Zelão.

*

_ Olá meus amores, chegamos para um café. Disse Ferdinando sendo carinhoso com a amiga e a esposa. Foi em direção a esposa, depositando um casto beijo na sua testa e sentando ao lado dela. _ Do que estavam falano?

_ Segredos nossos doutor Ferdinando. Não sabia que seu marido era tão curioso, minha amiga.

_ Ah Juliana, esse meu frangotinho quer saber de tudo mermo. Disse Gina falando de um jeito meigo, segurando o queixo do amado e dizendo mais. _ Saiba que não lhe interessa o nois tava cunversano.

_ Tá vendo Zelão, como ela me trata, ispero que a Juliana não seja assim cocê.

_ Uhn, mas bem que ocê gosta, né seu frangote? Disse Gina dando um leve tapa no braço de Ferdinando.

_ E gosto mesmo, menininha. Disse Ferdinando no ouvido de Gina e lhe dando um beijo na bochecha.

_ Bom, pombinhos, aqui está o café. Disse Juliana quebrando o clima na cozinha.

_ Gradecida, Juliana.

_ Obrigado.

_ Gradecido, frô.

_ Estou sabendo que vocês vão morar aqui perto, e fico muito feliz por isso meus amigos.

_ É sim Juliana, os materiais pra gente construir já devem ter chegado. Amanhão mermo ieu vô começar a reformar aquele posto pra nois.

_ Sabe, meus amigos, é a melhor coisa que vocês estão fazendo, porque não tem nada melhor do que a gente morar na nossa casa. Eu e o Zé, estamos adorando.

_ Tô vendo professora, a felicidade estampada na cara docês.

_ É mesmo meu amigo, estamos muito felizes. Disse Juliana dando um singelo beijo no amado. _ Mas vejo que não somos só nós dois não.

_ Isso é mesmo, Juliana, ieu e essa braveza tomos que não nos agüentamos de tanta felicidade.

_ Uh, convencido. Disse Gina em voz baixa, zombando do que Ferdinando dizia.

_ O que foi, Gina?

_ Nada não, só que ocê é um convencido, responda por ocê. Mas... ieu to filiz tumbém.

Depois de algumas conversas, Gina e Ferdinando decidiram ir embora, pois já estava ficando tarde.

_ Nois já vamos Juliana, muito obrigado pelo café, pelo papo, mas temos que ir.

_ De nada, é só aparecer para conversarmos mais.

_ Vê se ocê aparece por lá tumbém Juliana.

_ Apareço sim, Gina, pode deixar.

_ Ocê Zelão, num esquece o que ieu lhe disse.

_ Pode dexá dotor Nando.

E assim foram Gina e Ferdinando a caminho da casa de Seu Pedro Falcão, abraçados como sempre, sorridentes. Passaram pela venda do seu Giácomo e comprimentaram o italiano.

_ Olá Seu Giáco, como vai o senhor?

_ Bonas Noites menino Ferdinando, menina Gina, como estão?

_ Muito bem Seu Giáco.

_ Que Bono.

_ Nois já vamo, inté.

_ Arevederte.

Até que chegaram em casa, comprimentaram Seu Pedro e Dona Tê. Gina fora ajudar a mãe na cozinha, enquanto Pedro Falcão e Ferdinando ficaram conversando sobre política, mais precisamente da conversa que Ferdinando teve com Zelão sobre a ajuda dele na campanha de Ferdinando.


Não quer ver anúncios?

Com uma contribuição de R$29,90 você deixa de ver anúncios no Nyah e em seu sucessor, o +Fiction, durante 1 ano!

Seu apoio é fundamental. Torne-se um herói!




Hey! Que tal deixar um comentário na história?
Por não receberem novos comentários em suas histórias, muitos autores desanimam e param de postar. Não deixe a história "Felizes para sempre" morrer!
Para comentar e incentivar o autor, cadastre-se ou entre em sua conta.