República escrita por Larissa Gomes


Capítulo 42
Férias - A despedida


Notas iniciais do capítulo

ARRÁ! Consegui, rs
Graças a energia positiva de vocês!
Amorinhas, mais do que nunca... Este sim é um capítulo de transição! hahahahahah vocês vão perceber.
Usei apenas para escapulir de Sta. Fé, admito.
Amanhã voltaremos ao lar doce lar, e eu lhes prometo mais inspiração, rs



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A ruiva estava prestes a abrir a porta, com a amiga ao lado, quando alguém bateu.

Ao abrir, um leve misto de alegria e decepção a tomou. Alegria pelo rapaz a sua frente, e tristeza pelas sandálias na mão do mesmo.

– Ara, mas você aqui frangotinho?! – Gina disse com um leve sorriso. – Ah, oi Zelão!

– Oi Gina... Oi minha frô... – Zelão mal conseguia disfarçar a felicidade que tinha em ver novamente sua doce dama.

– Oi menininha... Ora essa, porque esses sorrisos tão sem graça?! Pensei que iriam gostar da surpresa... – Ferdinando fazia um leve bico, com tom manhoso.

– Mas é claro que gostamos Nando... É que estávamos indo na sua fazenda, justamente para buscar essas sandálias... – Gina disse fazendo um gesto sugestivo com o pescoço.

Nando logo compreendeu, e por um momento se arrependeu amargamente.

– Droga! – Ele disse sorrindo, ainda mais manhoso.

– Mas tudo bem, agora já foi né?! – Juliana tendo diminuir a culpa dos dois.
Dona Tê, que estava passando pela sala, logo percebeu um diálogo na porta, e resolveu verificar.

– Olha só... Bom dia Doutor Nando! Bom dia Zelão! – Disse ela, se colocando à frente das moças.

– Não me chame de Doutor, Dona Tê... – Ferdinando quis ser gentil com a futura sogra.

Dona Tê achou graciosa a colocação do rapaz.

Na realidade, tinha um grande apreço por ele, assim como Sr. Pedro.

Mas apesar de ter aceitado bem a ideia de namoro, queria deixar clara suas posições sobre o correto, ao menos enquanto os pombinhos ainda estivessem sob seus olhos.

– Tá certo então, Nando... Mas... Eu posso saber o que vieram fazer aqui logo de manhã?

Ferdinando e Gina se entreolharam.

– É... bom, eu vim devolver as sandálias da Gina, que ela deixou em casa ontem...

– É, porque ela tirou pelos pés estarem doloridos, não é Nando?! – Juliana fez questão de informá-lo da desculpa inventada, antes com o colega pudesse às contradizer.

– Urrum, isso mesmo. – Ferdinando confirmou a história, percebendo a intenção da amiga.

– Ah, sim! Olha que bom filha! Em pensar que você quase teve que ir lá na fazenda... Ainda bem que ele trouxe, né?! – Dona Tê recebeu as sandálias em suas mãos.

– Né mãe... – Gina forçava uma cara de agrado.

– Bem, e aproveitando Dona Tê, eu queria saber se temos a permissão para convidar as meninas à um breve passeio aqui na Vila... – Ferdinando sabia que a autorização não era de fato necessária, mas... Precisava ganhar ‘pontos’.

– Pois se você me permite Nando, eu sugiro que vocês dois entrem e fiquem a vontade aqui por casa mesmo! – Sr. Pedro foi direto, assim que ouviu o assunto a ser conversado.

Ele havia permitido o namoro, é verdade, mas assim como Dona Tê, ainda estava se acostumando com a ideia... E queria fazer questão de mostrar que ainda zelavam por um comportamento mais tradicional.

“Droga.” Gina pensou com a fala do pai... Afinal, em casa seria meio difícil, na realidade impossível, ficar a vontade com o engenheiro, como estava acostumada.

Ela já percebia que os próximos dias seriam iguais. E que ambos teriam que aguentar, até a volta para a república.

– É... Claro Sr. Pedro... Eu fico honrado com o convite, e o Zelão também, não é?! – Ferdinando deu um olhar sugestivo para o amigo confirmar.

– É... Claro! – A voz dele não fora muito convincente.

Gina e Juliana não puderam deixar de rir, ao reparar como os dois estavam dispostos a concordar com tudo o que Pedro dissesse.

– Ótimo, então podem entrar! – Dona Tê se sentiu aliviada com a aceitação do convite.

Ao passarem pela porta, ainda que repletos de dúvidas se deveriam, Ferdinando e Zelão deram selinhos extremamente castos nas respectivas companheiras.

– Uhuuum... – Dona Tê não havia gostado muito da cena. Fez questão de ‘discretamente’ interromper.

Na noite anterior, já havia presenciado o mesmo ato. Mas entendeu que se referia à despedida.

Não achava necessário também na chegada.

Pedro não se importou muito.

Seu coração apertava levemente com a cena, é verdade. Mas era ciúme de pai. Ele sabia que deveria aprender a conviver.

[...]

As duas amigas se olhavam em completo tédio.

Enquanto Pedro conversava animadamente com os rapazes, sobre fazendas e afins.

Realmente, seria difícil namorar. Mas elas entendiam, afinal, antes assim do que sempre fugindo.

[...]

O restante dos dias passou lentamente. Da mesma maneira.

Claro que Gina estava feliz em matar a saudade dos pais, mas era um tanto injusto.

A saudade de outra pessoa, ainda que próxima, só fazia crescer diariamente.

As visitas de Nando apenas a faziam ficar ainda mais saudosa, com os raros e castos selinhos que recebia do amado.

O casal de amigos tinha a mesma sensação.

Mas a tudo bem... Afinal, nesta manhã eles voltariam à rotina que tanto amavam.

Não que o amor por Sta.Fé houvesse diminuído, ou sido negado por Juliana durante esta visita de apresentação. Longe disto...

Mas o sentimento de ‘lar’ daqueles quatro jovens pertenciam, agora, a aquele rosado sobrado, situado no agitado centro da capital paulistana.

Já na estação, as famílias Napoleão e Falcão se encontraram mais uma vez, a fim de se despedirem de seus respectivos filhos.

– Mas passou tão rápido filha... – Dona Tê ‘choramingava’ se despedindo da ruiva.

– Ara que daqui uns meses ela tá de volta aqui mãe! – Pedro argumentava, tentando parecer menos dramático. Apesar de compartilhar secretamente o pensamento da esposa.

– Na verdade, todos nós Sr. Pedro! – Ferdinando fez questão de frisar.

– E vê se manda mais notícias Nandinho! – Epaminondas dizia, ao lado de Catarina.

– Mando sim meu pai! – Ferdinando disse já terminando de depositar as malas no carro.

Após inúmeros abraços e ternas palavras, lá estavam os quatro jovens. No carro, voltando ao lar que tanto haviam aprendido a amar.


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Notas finais do capítulo

Curtinho amores, eu sei. rs
Mas o de amanhã compensa!
Um mega beeeijo! Boa noite!
Ps. Ahhhh só um aviso, eu matei a Mãe Benta na fic. Nunca gostei dela mesmo. u_ú hahahhahahaha



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