República escrita por Larissa Gomes


Capítulo 28
Convite


Notas iniciais do capítulo

Menininhas fofas!
Desculpem a demora, mas hoje foi corrido! rs
Como já disse amorinhas, esse capítulo é apenas de transição, bem simples! Pretendo de coração caprichar no de amanhã!
Um mega beijo! s2
Boa leitura!!



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Gina saiu do quarto de Nando, mais atordoada do que havia entrado.

Estava aliviada em saber que ele não havia dormido com Maia. Mas o misto de raiva, dor e felicidade causados pelo beijo, a deixaram cair sobre sua cama, sem saber o que fazer.

Ela tinha raiva por ele ser tão teimoso. Sentia a dor por ter se frustrado, por um momento ela pensou que aquele beijo fosse uma promessa de paz. E, ainda que dolorido, sentia-se feliz por saber que ele ainda a amava. Não havia constatado isto apenas pela foto do celular... Ela sentiu a saudade que o afligia a cada movimento do tórrido beijo, sentia que havia amor em suas carícias. Sentia que o desejo dele era tão puro e pleno quanto o dela.

Ficou ali, jogada na cama, lembranças ainda quentes do corpo de Ferdinando a levavam para longe.

[...]

– Tá tudo bem com você, Nando?! – Juliana perguntava suspeita, observando o amigo calado que se sentou a mesa.

– Não sei Juliana, acho que bebi demais ontem... Minha cabeça tá explodindo. – Ele apoiou a cabeça sobre as mãos, em cima na mesa.

– Explodindo pela bebida ou pela discussão há pouco no seu quarto?! –Ela foi direta. Zelão, que estava ao seu lado, sorriu.

–Vocês ouviram Juliana?! – Ferdinando levantou o olhar em um misto de surpresa e vergonha.

– Não foi só isso que agente ouviu doutorzinho... – Zelão brincou maliciosamente, levando um leve tapa da amada.

– Ora essa Zelão! – Ferdinando disse irritado pelo comentário indiscreto.
Juliana riu.

– Nando, nós não íamos acordar ás 6:00hrs se os barulhos não tivessem sido altos... – Ela olhou para Zelão como cúmplice da brincadeira de iria fazer. – E os gemidos também.

Ferdinando a observou incrédulo.

– Juliana! – Ele cobriu o rosto rubro com as mãos. – Ara... Eu sinto muito se ouviram esse tipo de coisa, mas eu garanto que não voltará a acontecer! – Ele pontuou.

– Ué... e porque não Nando... eu pensei que você e a Gina... – Ele interrompeu Juliana.

– Nada. Eu e a Gina nada, Juliana. Nós rompemos de vez qualquer ligação essa manhã, fiquem vocês sabendo.

Juliana fez um olhar entristecido e um biquinho de desânimo.

Zelão acariciou levemente seu rosto e a puxou para um casto selinho de conforto.

Ferdinando se surpreendeu com o ato, assim como a ruiva que acabava de chegar ao recinto.

– Mas o que é isso?! – Gina disse sem deixar de esconder um breve sorriso. Afinal, todos ali já esperavam que fosse acontecer.

Ferdinando fingiu nem perceber a chegada dela, apesar de seu coração ter gelado ao ouvir sua voz.

– Vocês estão ficando e contam assim?! – O engenheiro brincou.

– Não doutor, esse negócio de ficar não é comigo não... A gente tá é namorando. Não é minha frô?! – Zelão disse, olhando claramente apaixonado para a bela moça de cabelos róseos ao seu lado.

– Pois é meu querido. – Juliana o abraçou ternamente.

Ferdinando e Gina não puderam deixar olhar, infelizmente simultaneamente, um para o outro, após ouvirem o termo ‘namorar’. Desviaram o olhar de imediato.

Aquilo doía nos dois.

Parabenizaram os amigos, e em seguida se acomodaram para o café. Ela sentou o mais longe possível do engenheiro.

[...]

– Então está certo meu caro, te espero com as coisas amanhã!

Enquanto isso, um esperto rapaz de cabelos dourados, começava a colocar seu malicioso plano em ação.

[...]

Cadu se dirigiu para a cozinha um pouco mais tarde que os colegas. Quando chegou, percebeu que apenas Juliana e Zelão, por educação, o cumprimentaram, e resolveu fazer seu jogo andar.

– Bom dia meus caros... – Ele olhou claramente para os dois que nem se quer olhavam em seu rosto. Resolveu prosseguir. – Antes de me sentar eu queria primeiramente agradecer o favor de todos em me aceitarem aqui na república, durante toda essa semana.

– Não precisa agradecer Cadu, sinta-se bem vindo quando precisar. – Juliana era gentil e educada. Não conseguia ser diferente. Mas falava isso demonstrando ser por pura cordialidade.

– Não se sinta coisa nenhuma! – Gina se colocou de pé.

Cadu a observou assustado. Ferdinando, convencido de que se tratava apenas de uma artimanha da ruiva, arrependida, de fazê-lo acreditar na estória do beijo ser roubado.

– Se sinta sim, meu antigo colega. – Ferdinando disse cínico sem nem olhar para Cadu. – Aposto que tem gente aqui que vai sentir sua falta. – O ciúme que sua fala exalava, fazia Cadu ainda mais feliz.

Ferdinando nem se importava em dar o gostinho ao rival. Queria ofender Gina, ela o havia magoado.

– Ferdinando... – Gina começou rosnando, já iria discutir, quando Cadu a interrompeu.

– Por favor Gina, não quero mais causar problema nenhum aqui... E se em minha estadia causei, peço desculpas, principalmente à você minha flor, que foi tão carinhosa em me receber aqui. – Cadu fazia voz de arrependimento, e ao final da fala, tomou a mão de Gina em um beijo.

Ela puxou a mão. Ficou sem jeito.

Gina era como seu pai. Difícil no gênio, mas de coração puro e mole. Não conseguia ignorar por completo, um pedido de perdão.

– Eu nem me lembro de mais nada. – Ela disse voltando a se sentar, tentando terminar logo o assunto.

Ferdinando sentia náuseas com a cena, mesmo sem nem olhar. Apenas de ouvir tantas palavras forçadas.

– Bom. – Cadu prosseguiu. – De qualquer maneira, hoje é minha ultima noite aqui... – “graças a Deus” pensava Nando. – E eu quero convidá-los a uma festa à fantasia que vou dar amanhã a noite, na ‘reinauguração’ do meu Ap.

O silêncio foi completo. Ele percebeu o desagrado.

– Ora essa, eu imploro que todos vocês compareçam... Juliana, Zelão, Gina... Ferdinando. – A voz doce com que ele falava, o modo como os olhos suplicavam fizeram todos começarem a pensar em tal possibilidade. Exceto Ferdinando, para ele era algo fora de questão. – Eu juro, preciso agradecer vocês, e essa é a maneira mais bacana que encontrei... – Ele insistia.

Juliana olhou para Zelão comovida, e ele balanço a cabeça concordando. Já se entendiam pelo olhar.

– Tá certo Cadu, eu e o Zelão vamos... – Juliana disse sem demonstrar muita empolgação. – Obrigada. – Ela completou.

Cadu observou a pessoa que mais lhe interessava ir.

– Gina...? – Ele a encarou com um olhar que implorava.

Ferdinando pela primeira vez se virou, observando a ruiva. Queria saber o que ela diria ao ‘amigo’.

Gina não deixou de notar. Estava com raiva de Ferdinando ainda, pelo recém-ocorrido. Sentiu-se extremamente tentada. Desafiada pelo olhar dele.

Ela nunca foi de correr.

– Eu vou sim Cadu. – Ela disse sendo fria, mas deliciosamente consciente do ciúme que estava causando em Ferdinando.

Este por sinal, não pôde acreditar na resposta que ouviu e rumou, sem se quer pedir licença aos colegas presentes, para seu quarto. Estava furioso.

“Como ela pode ser tão falsa!” Ferdinando não entendia o motivo de ela continuar lhe dizendo que o beijo havia sido roubado. A verdade, no seu ponto de vista, era óbvia. Gina estava tentando mentir para ele.

Enquanto Ferdinando caia novamente em sua cama, perdido em raiva, mágoa, ciúme e sofrimento, Cadu sorria sentando-se a mesa, ao lado de uma bela ruiva, que já começava a se arrepender de seu último ato.


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Notas finais do capítulo

É isso amorinhas, desculpem o capítulo curto, prometo compensar! rs
Meeeeega beijo! s2



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