Diário De Uma Adolescente Tímida escrita por Bi Hyuuga


Capítulo 5
Um trabalho, um segredo e uma desconfiança


Notas iniciais do capítulo

Olá, meu lindos? Tudo bom? Espero que sim.

Pessoal, me desculpe por demorar tanto para postar. Estou cheia de coisas da escola para fazer, principalmente agora que entra em época de mostra cultural, pois a responsabilidade é jogada toda em mim...

Mas não estamos aqui para eu ficar me explicando. Bom, quero agradecer à NakayamaKaori, Sah Black, Shiro Lowell, hinadiva, Thais marques, okumura Rin, MFR e sweet dreams pelos maravilhosos reviews do capítulo passado, e, em particular, quero dedicar o capítulo à Thais marques, pela segunda recomendação da fic! Muito obrigada, linda!

Falo mais com vocês as notas finais! Boa leitura e aproveitem!



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O despertador tocou. Hinata acordou sorridente por estar extremamente feliz, afinal, não é sempre que seu amado te abraça certo? Era por esse motivo que ela dormira e acordara muito bem.

Esfregou os olhos e se espreguiçou antes de se levantar da cama e abrir a cortina do quarto.

Seguiu a mesma rotina de sempre: tomar banho, fazer a higiene pessoal e arrumar a mochila da escola. Quando já havia terminado de fazer isso, desceu as escadas e foi para a cozinha a fim de tomar café.

Enquanto esquentava o leite, Hinata cantava em um tom baixo com a voz melodiosa. Sua voz era bela e passava uma sensação de tranquilidade em todo o ambiente da casa. Herdara isso da mãe.

A Hyuuga lembrava de que, quando era mais jovem, sua mãe tocava piano e cantava para ela ao mesmo tempo em que ensinava a tocar algumas melodias básicas. Ela sentia muita falta desse tempo.

– Você ainda canta como um anjo – Neji aparecera na porta da cozinha. Tal comentário fez a Hyuuga corar. O primo sempre adorou ouvi-la cantar.

– Ohayo, Neji-san – cumprimentou ela, educada e gentil como sempre.

– Ohayo – ambos se sentaram à mesa. – Hoje você tem treino, não tem? – ele lhe pergunta.

Era normal toda sexta a sensei de Hinata, Kurenai, ir à casa dos Hyuuga ensiná-la alguma arte marcial que empregasse defesa pessoal, normalmente o karatê. Hiashi presava a segurança da filha e sabia, que se Neji não estivesse com ela para protegê-la, ela teria que saber como se defender sozinha, por isso arranjara uma sensei particular para ela.

Hinata, particularmente, gostava de treinar. Se sentia livre de certa forma.

– Hai – respondeu a Hyuuga – Às 14h00.

– Tenho um trabalho em grupo para fazer hoje – emendou Neji – Sasuke, Naruto e o Lee vão voltar conosco. – Hinata ficou inquieta ao imaginar que o loiro viria para a casa dela. Não que fosse a primeira vez, mas aquilo a deixava nervosa. – Mas não vamos te atrapalhar. Ficaremos no meu quarto. – completou. Ele sabia sobre a paixão-quase-nada-secreta da prima e também tinha conhecimento sobre sua extrema timidez, e foi por esse motivo que resolvera avisar antes, para não surpreender a prima na frente de Naruto, deixando-a em uma situação um pouco embaraçosa.

Hinata nada disse após isso.

Terminaram de tomar o café da manhã e entraram no carro de Mitsuo, seguindo para o colégio.

~

Hiashi estava ansioso. Hoje seria o primeiro dia em que teria contato com os Uchihas. Seria sua primeira reunião com eles. Acordara até mais cedo para arrumar a empresa junto a Kizashi para uma melhor recepção, pois se tratava de seus novos investidores, o que os manteria de pé e no topo em relação aos Uzumaki.

Uma batida na sala de reunião o tornou mais focado. Ele seguiu até ela e abriu-a, dando de cara com seus sócios seguidos dos Uchihas.

Entraram todos em silêncio e se sentaram cada um em seu respectivo lugar enquanto Shizune lhes serviam uma xícara de café.

Naquela sala encontrava-se Uchiha Fugaku, homem ambicioso, nobre e direito, atual chefe da família; Uchiha Mikoto, uma mulher fina, elegante e gentil esposa de Fugaku; Uchiha Itachi, filho mais velho do casal e possível herdeiro da empresa de alta tecnologia; e Uchiha Madara, aparentemente um homem clássico, porém cheio de ódio dentro de si. Hiashi não sabia qual sua relação com os demais.

– Sejam bem-vindos. – iniciou Kizashi. – Por onde querem começar?

~

Finalmente o intervalo chegou. Depois da aula do Kakashi, tiveram ainda uma aula, com o Asuma, de Matemática. Ele passou três páginas de lição de casa e falou que teriam uma prova “surpresa” na semana seguinte e que era bom estudarem, o que desanimou todos da sala.

Hinata seguiu com as meninas até a cantina e compraram um salgado para cada uma. Seguiram e sentaram perto da quadra onde os meninos jogavam. Ino começou com os comentários:

– Só eu que acho o Sai bonito? – ela perguntou olhando-o fazer o gol.

Antes que alguém pudesse censurar a loira, a bola na qual os meninos jogavam futebol acerta a cabeça de Sakura e depois bate no suco de Hinata, fazendo cair tudo em cima da blusa da mesma.

– POR ACASO VOCÊ É CEGO E NÃO VIU QUE EU NÃO SOU O GOL, SASUKE? – gritou, não, berrou Sakura enquanto ele ia pegar a bola.

– NÃO FUI EU, ROSADA!

– NÃO ME CHAME ASSIM!

Iniciou-se a discussão como sempre. Ambos nunca se deram bem, mesmo se conhecendo desde pequenos, então, tudo era motivo para brigarem, ainda mais por se tratar de um Uchiha, o que quer dizer que ou ele está certo, ou o resto está errado.

Mas Hinata não prestava atenção nisso, estava mais preocupada com a camiseta do uniforme que molhara há pouco. Sentiu-se com sorte, pois hoje eles teriam Educação Física e ela poderia usar a camisa que põe para fazer aula.

Levantou-se, carregando a mochila e ainda olhando a roupa. Estava tão distraída que esbarrou em alguém que estava abaixado à sua frente.

– Ei, Hinata, o que aconteceu com o seu uniforme?

Ela olhou para a pessoa que falava com ela. Além de ficar surpresa, corou violentamente.

– Na-Naruto-kun? – gaguejou – Er... É que...que caiu.... su-suco e... –corou ainda mais por não conseguir falar.

– Ih, acho que fui eu – ele disse colocando as mãos atrás da cabeça – Mals’ aí, Hinata. Fui eu que chutei aquela bola. – desculpou-se meio sem graça.

– Nã-não foi na-na-na-nada... – ela evitava contato visual para que não desmaiasse ali mesmo. Na verdade, ela já não conseguia se permanecer em pé. – Eu-u te-tenho que...que ir. – Seguiu, quase correndo, para o banheiro para trocar a blusa. “Por que eu tinha que ficar assim com ele?” perguntou-se Hinata como sempre fazia, se sentindo uma idiota por agir dessa forma perto dele.

Tirou a camiseta suja e colocou a outra limpa. Foi em uma das pias e tentou tirar o suco de uva que caíra nela, para que ficasse mais fácil de lavar depois. Torceu a ponta da camisa e guardou no bolso da frente da mochila. Saiu do banheiro e foi em direção às amigas. Porém, no meio do caminho, alguém a chama.

– Hina-chan! – Naruto corria em sua direção com algo nas mãos. A menina corou novamente e engoliu seco por conta do nervosismo. Ela parou e esperou que o amado chegasse até ela. Além disso, ela estava paralisada novamente e não conseguia dar um passo, pois sabia que cairia se o fizesse – Hina eu comprei um suco para compensar aquele que eu derrubei – ele riu sem humor. – Pega.

Ela, com as mãos trêmulas, pegou o suco das mãos dele. Em dado momento, seus dedos se tocaram e ela estremeceu e corou de forma a parecer um pimentão vermelho constrangido, acanhado, encabulada, tímido, retraído. Novamente suas cordas vocais a deixaram na mão.

– Hinata, você está bem? – ele fez uma cara de dúvida.

O máximo que ela conseguiu fazer foi concordar levemente com a cabeça. Ela abriu a boca na tentativa de falar algo, mas sua tentativa foi em vão.

Ele deu uma curta risada e sorriu pra ela.

– Até mais tarde, Hina-chan – ele disse correndo de volta para a quadra. Depois que ele tomou certa distância, ela teve que se segurar na parede para não cair no chão. Suas pernas ficaram bambas. Ela mesma não soube como aguentou por tanto tempo.

O sinal tocou, dando o final do intervalo, que, na opinião da Hyuuga, passara muito rápido, não lhe dando tempo nem para lanchar direito.

~

Naruto estava mais distraído que nunca. Sérias dúvidas lhe passavam pela cabeça, entre elas o porquê ainda não pedira para Hinata ajudar-lhe a estudar. Oras, ela explicou perfeitamente para o Uzumaki, fazendo-o entender e conseguir fazer a atividade do dia anterior. Mas, por que estava enrolando tanto para pedir-lhe ajuda? “Ah, claro. Talvez porque ela seja a nerd da sala e tenha coisas mais importantes para fazer do que ficar ajudando alguém burro como eu!” pensou Naruto, bufando. “Por que ela me ajudaria? Eu nem falo com ela quase. Acho que seria pedir demais.” Ele se deprimia sem ao menos tentar.

– Segunda-feira eu vou dar uma prova sobre essa matéria, ou seja, é melhor estudarem! – disse Asuma, finalizando sua segunda aula na sala com o mesmo aviso que dera na anterior ao lanche. “Graças a Kami!” Naruto agradeceu mentalmente “Uma aula que preste agora!”.

Todos guardaram seus materiais e se dirigiram ao vestiário, para se trocarem para a Educação Física.

~

– Priii – Gai-sensei apitou, finalizando a aula. Era incrível como o tempo passava rápido na sexta-feira.

O time de basquete teria treino hoje, logo continuaram na quadra. E para o azar de Hina, teria que esperar mais uma hora antes de poder ir para casa.

Enquanto os meninos jogavam, a Hyuuga tentava se distrair para ver se esquecia da fome, mas o estômago insistia em reclamar. Não era de se esperar menos. Não conseguiu comer direito mais cedo, então era natural estar dessa forma.

Resolveu começar a fazer as lições para a semana seguinte. Não teria melhor tempo para fazê-lo. O aniversário de seu primo estava chegando assim como a festa de sociedade com os Uchihas. Iria ficar muito corrido deixar para mais tarde.

~

Naruto estava cansado ao final do treino. Era bem puxado ficar três aulas seguidas fazendo exercício físico. Foi até o banheiro, jogou uma água no corpo e se vestiu. Já que iria embora com Neji, não queria aparecer suado na casa do mesmo. Se sua mãe reclamava quando chegava a casa assim, imagina se soubesse que apareceu desse jeito na casa do amigo. Estaria morto.

Seguiu para a entrada da escola, onde Neji, Hinata e um cara mais velho esperavam em frente a uma quase limusine da cor preta.

– Onde estão os outros? – perguntou o Uzumaki olhando ao redor.

– Dentro do carro – respondeu Neji na maior calma – Só faltava você.

– Ah – pronunciou e riu sem humor por ficar sem graça. Entraram no carro.

Na frente, junto ao motorista que disse chamar-se Mitsuo, ficaram Neji e Sasuke conversando. Atrás, Rock Lee, mais conhecido como sobrancelhudo pelo loiro, ele e Hinata.

Nunca tinha reparado, porém, por estar ao seu lado, pela primeira vez sentiu o doce aroma que exalava da Hyuuga. Era tão agradável e relaxante que podia ficar o dia inteiro cheirando ele sem enjoar.

Inconscientemente, chegou mais perto dela.

~

Hinata não podia dizer que estava desconfortável, nem inquieta. Sentiu um frio no estômago ao ver o amado se aproximar mais dela. Rezou para que ele não tivesse visto que seu rosto ficara mais avermelhado do que antes.

Não demoraram nem mais cinco minutos para chegarem à mansão dita casa dos Hyuuga. Adentraram o lugar e foram direto almoçar.

(...)

Eram quase 14h30 quando Kurenai chegou. Como os meninos estavam fazendo o trabalho no quarto de Neji, nem escutaram a campainha, imaginou Hinata. Elas se dirigiram a um lugar específico do quintal, onde fora reservado exatamente para os treinos dela e do primo. Ela trocou-se rapidamente, colocando seu quimono, e voltou para o local, iniciando o treino da semana.

~

Eles já tinham terminado o trabalho quando Naruto escutou o soar da campainha. De leve, porém perceptível. Eles estavam jogando videogame quando o mesmo desceu para “ir ao banheiro” após uns dez minutos do barulho da campainha, foi a desculpa que usara.

Desceu as escadas, descontraído e foi até a sala quando escutou uma voz feminina diferente vinda do quintal. Como ele não era nada curioso, foi dar uma olhada para ver quem era a visitante. Impressionou-se ao ver Hinata junto com uma mulher, treinando.

Ela fazia movimentos leves de defesa enquanto a mulher mais velha lhe instruía os melhores jeitos de o fazer. O que mais lhe chamou atenção foi a Hyuuga, de uma forma geral. Seu cabelo estava preso num rabo de cavalo alto, deixando seu belo rosto visível. Trajava um quimono branco e seus pés estavam descalços. Ela executava seus movimentos perfeitamente, com uma incrível técnica sendo aplicada em cada um deles. Naruto ficou muito admirado.

Não soube dizer quanto tempo passara, mas logo a Hyuuga se despedira de sua sensei e levara até a porta. O Uzumaki escondeu-se para que ela não o visse. Não Hinata, e sim a dita Kurenai.

Quando a garota fechou a porta e se virou, dando de cara com o loiro, não soube o que fazer.

~

– Hin...! – Naruto quase berrou, se não tivesse sido impedido pela mão da Hyuuga, tampando o som. Ela sabia que ele ia gritar. Obviamente tinha levado um flagra do amado quanto aos seus treinos “secretos”.

No momento em que fez isso, nem se tocou de seus próprios movimentos.

– Não fale alto, onegai – pediu ela sem falhar. Seus olhares se encontraram e ambos se perderam por poucos instantes (que mais pareceram horas). Foi quando lhe caiu a fixa. Estava próxima de Naruto, com a mão na boca dele, de quimono, cabelo preso e descalça. A última pessoa que ela imaginou vê-la daquela forma foi o Uzumaki. Afastou-se rapidamente, corando fortemente.

– Hinata... – pela primeira vez o vira sem fala – Você treina... Que... Incrível! – seu tom de voz saiu um pouco mais alto. Sorte a dela de ninguém ter escutado. - Por que ninguém soube disso antes? Uau! Isso é muito legal!

– Ninguém sabe por que é segredo – falou ela tímida – Onegai, Naruto-kun, não conte para ninguém sobre isso! – pediu, mesmo estando completamente envergonhada. Não queria que ninguém descobrisse sobre aquilo. O porquê não queria era irrelevante. – Só você e o Neji sabem.

~

Uma ideia maravilhosa surgiu na cabeça do loiro. Talvez ele só estivesse aproveitando da situação, mas ele sentiu-se bem, apesar de tudo, e mal por se sentir bem.

Nunca foi uma pessoa de chantagem, mas precisava de ajuda.

– Eu não conto, mas você tem que me fazer um favor – começou Naruto.

A menina corou violentamente, e pela primeira vez ele percebeu que estava agindo diferente.

– O-o qu-quê? – gaguejou apreensiva.

– Você me ajudar a estudar – respondeu com um sorriso no rosto.

– Tudo-do bem...

– Sério? – animou-se – Nossa, foi tão fácil – pensou alto. Para quem estava com medo de pedir ajuda, isso foi mais fácil do que ele imaginava.

Naruto afirmava em sua mente que queria estudar, mas em seu subconsciente, ou pelo menos uma parte dele, queria conhecer essa Hyuuga. Quem imaginaria que a nerd praticava artes marciais? Apesar de toda sua generosidade e gentileza, ele era uma menina curiosa que escondia segredos, algo que Naruto nunca imaginara dela. Isso o fez ficar mais animado.

– Dobe! – Sasuke gritava do andar de cima – A privada te engoliu por acaso? – Naruto realmente achava engraçado ver o amigo irritado (estado em que 99,9% das vezes se encontrava).

– Larga do meu pé Teme! – gritou em resposta e seguiu pelas escadas, mas antes de começar a subi-las, virou-se para a Hyuuga e disse: - Não vou contar nada – e deu um sorriso para passar confiança a ela, afinal, agora ela seria a sua “professora particular”.

~

Ver aquele sorriso fez Hinata paralisar e corar violentamente de novo. Ela amava aquele sorriso. De todas as coisas, aquele sorriso era o único que lhe fazia esquecer-se de respirar. Naruto em si mexia muito com ela.

Como estava sozinha no andar debaixo, nem se preocupou em suspirar e voltar para o mundo real, apenas ficou alguns minutos revivendo a cena em sua mente até lembrar-se de que estava de quimono ainda e se alguém a visse, não valeria de nada o “acordo” com Naruto.

Subiu os degraus em silêncio e foi até o quarto. Colocou uma roupa casual, pois hoje Hanabi sairia mais cedo e ela teria de ir buscá-la junto a Mitsuo. Ao que parece, a irmã precisaria comprar algum salgado ou doce para uma festinha do pijama que iria à noite e precisava de alguém maior para poder o fazer. Logo, como Neji estava com os amigos e o pai trabalhando, sobrara para ela ir.

Vestira uma blusa meia manga branca bege com um shorts jeans preto um pouco abaixo da metade da coxa e uma sapatilha branca. Pegou uma bolsa pequena onde colocou o dinheiro, documentos e a chave de casa para caso precisasse.

Dessa forma saiu.

(...)

– Hina! – Hanabi correu em direção à irmã e abraçou-a. – Nós vamos comprar os doces?

– Vamos sim – respondeu ela gentilmente enquanto entravam no carro. – Mitsuo – dirigiu-se ao motorista – Leve-nos até à padaria mais próxima, por favor. – pediu com um sorriso.

Em aproximadamente cinco minutos, ele já estava estacionando em frente ao local. As meninas desceram e adentraram o local.

– O que você vai levar, Hanabi?

– Cupcakes e suco. – respondeu.

– Vai escolher o suco que você quer enquanto eu peço os cupcakes então. – Hinata foi até o balcão e pediu dez dos bolinhos para viagem.

– Hinata? – perguntou uma voz familiar ao lado dela.

– Kiba?

~

Hiashi saíra mais cedo da empresa do que o esperado.

Hoje tinha sido um dia muito bom. A reunião dera resultados extremamente positivos, pois os Uchihas se impressionaram com a classe dos sócios das empresas Haruno. Hiashi e Hizashi se portaram da melhor forma possível assim como Kizashi.

Os negócios nunca estiveram caminhando tão bem.

Logo que chegara a casa, tirara o casaco e pendurara no braço do sofá e sentou no mesmo para relaxar. Nem lembrava que estava com visitas até Neji e mais três garotos descerem pelas escadas.

– Kon’nichiwa*, Hiashi-san – cumprimentara Neji. Os outros fizeram o mesmo.

Ao olhar em direção àqueles que lhe falavam, o homem se interessou em particular por dois ali presentes.

Cabelos negros e rebeldes, orbes ônix, comportamento e postura daqueles nos quais se reunira hoje. Sem dúvidas esse garoto era Uchiha Sasuke, filho mais novo de Fugaku. Era um rapaz bonito, na opinião de Hiashi, e, apesar de frio, parecia saber se portar com as pessoas quando lhe fosse conveniente. “Talvez um pouco diferente do irmão”, pensou lembrando-se da postura de Itachi perante todos.

E o outro tinha cabelos loiros pouco arrepiados, olhos cor de safira e parecia ser uma pessoa bem relaxada e calma. Quem sabe se aquele rostinho não lhe fosse tão familiar, teria gostado tanto dele quanto gostara do Uchiha.

– Kon’nichuwa – falou em resposta ainda analisando o loiro, tentando se lembrar com quem ele se parecia.

~

Neji foi até a porta, abri-la, para despedir-se dos amigos. Agiu como se não tivesse percebido a mudança de comportamento do tio e como se não soubesse o motivo do mesmo.

Levou Naruto, Lee e Sasuke até o portão e voltou em seguida. Esperava que o tio lhe perguntasse algo sobre Naruto, mas não o fez, apenas sentou-se novamente como se nada tivesse ocorrido.

A porta se abre de repente.

Hinata estava com Hanabi segurando uma embalagem de isopor enquanto a irmã mais nova uma sacolinha com um suco. Ambas entraram, cumprimentaram o pai e seguiram para cozinha.

Neji, por sua vez, subiu para o quarto, pensativo. “Ele reconheceu o Naruto, tenho certeza”, é o que passava pela sua cabeça enquanto fechava a porta do cômodo. “Se ele descobrir que o Naruto é filho dos Uzumaki, as coisas aqui vão ficar mais autoritárias e restritas, além de tensas. Se ele descobrir que a Hinata é apaixonada por ele, algo de muito ruim vai acontecer. Isso não é bom”.

~

Mamãe,

Eu encontrei com o Kiba na padaria hoje. Ele parece muito bem. Mostrou a mim e a Hanabi o Akamaru, um cachorrinho que ele tem há um bom tempo e nos levou para ver os filhotes de onde está trabalhando, no Pet Shop de Konoha. Cada um mais lindo que o outro! Após nos comprou um sorvete e demos uma volta na praça enquanto a Hana estava no parquinho. Kiba realmente está muito feliz e eu feliz por ele estar feliz.

Quando voltei para casa o papai me pareceu bem relaxado, talvez ele esteja conseguindo resolver bem as coisas na empresa. Isso significa que as coisas em casa possam melhorar, suponho.

E em relação à Naruto... Kami-sama, okaa-san*! Na escola ocorreu um pequeno acidente e ele se responsabilizou e me comprou um suco para repor o que tinha derrubado sem querer! Imagina como eu fiquei!? Depois, quando voltávamos para casa, Naruto sentou-se mais próximo de mim no carro, o que me deixou completamente vermelha. Que bom que ele não viu meu rosto. E ainda teve à tarde. Ele me viu de quimono depois que a Kurenai havia ido embora... Minha timidez se elevou mais do que o costume, principalmente depois que eu o impedi de dar um surto ao me ver daquele jeito... Ficamos tão perto! Agora eu me comprometi em ajudá-lo a estudar. Acho que ele realmente está preocupado com as notas e com o que o pai dele possa fazer.

Hoje o dia só teve alegrias! Queria que estivesse aqui para poder compartilhar minha felicidade com você. Mas como não é possível, ficamos apenas no diário.

Beijos com muito amor e carinho.

Hinata Hyuuga.”


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Notas finais do capítulo

*Kon'nichuwa: "Boa tarde" / "Okaa-san": "mãe"

Gostaram? *--* Eu particularmente achei esse capítulo muito fofinho. Ele saiu exatamente como eu queria! Se não tivesse saído e iria reescrevê-lo todo novamente, afinal, esse capítulo marca o verdadeiro inicio da fic. As coisas vão esquentar (de duas formas) daqui pra frente.

Peço desculpas novamente pela demora e espero que esse capítulo tenha recompensado as duas semanas sem atualização (coisa que talvez tenha feito vocês pensarem que eu abandonei a fic). Caso algum imprevisto apareça novamente, estarei postando avisos no meu perfil (se eu lembrar) assim como fiz essa semana que passou.

Chega de falar. Vocês devem estar cansados já. Bom, vejo vocês nos reviews! Beijokas e até o próximo!