Glenn's POV

Estava um dia nublado e cinzento. Completava exatamente ume uma semana desde que nós havíamos saído de Atlanta, e quando eu digo nós, estou me referindo ao meu grupo. Rick, Lori ,Carl, Andrea, Daryl, Dale, Carol,Sophia e Michonne.

Estávamos morando em Alexandra. Era um lugar fachado, com grandes muros, várias casas. Era um lugar calmo e pacífico, mas havia uma coisa que me intrigava...O por que de eu estar vivendo. Qual era os sentido de eu continuar vivo. Haviam casas idênticas próximas as outras. A população de Alexandria era tranquila e vivia como se o mundo não tivesse mudado.

Lori, a mulher de Rick, estava grávida.

Não haviam suprimentos para bebê em Alexandria. Não haviam brinquedos, comida, roupa... E eu era o mais jovem do grupo, tinha facilidade em entrar nos lugares e sair sem ser visto. Me ofereci para fazer uma busca de suprimentos para o bebê naquela tarde. Daryl até se ofereceu para ir comigo, mas resolvi não aceitar, queria ir sozinho.

Sai da nossa casa com meu boné e com minha mochila, e fui a pé até o supermercado mais próximo, pois não queria gastar gasolina.

O supermercado não ficava na cidade, e sim há umas duas ruas dali, estava quase me aproximado do supermercado quando ouvi gritos. Fiquei assustado. Era um grito feminino e vinha da floresta.

Resolvi seguir o som dos berros para socorrer a pessoa em perigo. Quando cheguei ao local, vi uns cinco ou seis walker's amontoados , tentando se esgueirar para comer algo. Interferi, peguei minha arma e atirei em na cabeça de todos, matando-os de novo.

Cheguei perto de onde estavam os corpos apodrecidos, no meio deles havia uma garota caída. E ela não estava morta.

Ela devia ter mais ou menos a minha idade, ela era morena e tinha o cabelo cortado na altura dos ombros. Seus olhos eram verdes como oliva, e ela tinha um olhar assustado.Ela era linda.

Ofereci a mão a ela, para ajudá-la a se levantar do chão. Ela recuou um pouco, mas depois de nossos olhares se encontrarem, não sei se ela sentiu, mas eu senti uma conexão especial entre nós dois. Ela pegou na minha mão e conseguiu se levantar, gemendo de dor ao fazê-lo.

–Está tudo bem? Você foi mordida ou arranhada? -perguntei, olhando para ela, preocupado.

–Sim, está tudo bem, e não, eu não fui arranhada e nem mordida.- Ela me analisou de baixo pra cima.

Olhei para sua perna, me agachei e toquei nela, como se tivesse intimidade. Ela recua depois do meu toque, segurando a respiração por alguns segundos, demonstrando dor.

–Você machucou a sua panturrilha – Afirmei, olhando para sua panturrilha e em seguida para ela – Consegue andar?

Ela tentou andar e quase caiu, se desequilibrou e acabou se apoiando em mim.

Fiquei vermelho, mas disfarcei.

–Dói muito – Ela diz, fechando os olhos – Eu tenho que voltar para minha família.

–Você não vai conseguir..- Ela me encarou feio, com certa razão. Eu não conhecia ela, eu não tinha motivos para querer protegê-la. - ...Não vai conseguir com a panturrilha assim!

Ela bufou.

–Qual o seu nome? -Perguntei.

Ela exitou em responder.

–Maggie...Maggie Greene.- Ela olha para o chão – Olha, eu preciso voltar para ver minha família, eles devem estar preocupados.

Olhei para ela. Ela apresentava uma expressão de desespero e desesperança. Eu precisava ajudá-la.

–Eu posso ajudá-la.