De acordo com a realidade... escrita por maddiesmt


Capítulo 39
Especial- O NOME


Notas iniciais do capítulo

Eu tinha prometido q n ia mais escrever ...q a fic tinha terminado....mas ai uma das minhas leitoras que mais me apoiou durante a construção de todo esse encanto q foi escrever essa fic fez aniversário e ql o presente q eu dou?! hahah! Ja ta aqui guardado a bastante tempo e como eu vim regularizar essa fic como terminada resolvi postar por aqui esse cap Especial. Espero q gostem...q os saudosos assim como eu...possam matar um pouquinho a saudade dessa história q marcou o meu inicio da escrita no mundo das fics.
E ... é claro... PARABÉNS FER!!



Este capítulo também está disponível no +Fiction: plusfiction.com/book/534607/chapter/39

Os grandes olhos azuis refletiam uma mistura de admiração e incredulidade. Contemplavam com muito cuidado a casa que outrora fora sua e se negava a acreditar que um dia coube naquela habitação tão fora do comum.

–Mamãe?- voz meiga de criança ainda fazia Gina se derreter.

–Sim?!- ela levantou os olhos do livro que estava lendo e o colocou na cabeceira da cama.

–Você tem certeza que não vai explodir?- o pequeno cutucou de leve a grande barriga da mãe e a fez rir com o comentário e com as cocegas que a pequena mãozinha fazia ao examina-la.

–Eu acho que o seu pai esta te deixando ver filmes demais.

–Eu sabia que essa conversa ainda ia chegar em mim.- A voz imponente do marido invadiu o quarto deles e ela apenas levantou a sobrancelha mostrando que teriam que conversar sobre algumas teorias mirabolantes que o filho andava falando. – Mas eu juro que não fiz nada.

O rapaz ergueu as mãos em forma de defesa. Riu da cara de descrença da esposa e logo depois foi derrotado pelo filho.

–Mas papai...você sabe que não podemos mentir!

–Ora essa e quem disse que estamos mentindo?

–Mas foi o senhor mesmo que disse que não era pra gente falar pra mamãe que a gente viu o exter...exter....- o menino colocou a pequena mão no queixo em claro sinal de reflexão até dizer por fim- extelminador do futulo.

O engenheiro arregalou os olhos e os direcionou para a esposa que demonstrava um profundo descontentamento com a informação.

–Vocês o que? Ferdinando?! Quantos anos você tem?! Fica mostrando esses filmes pro nosso filho e depois ele fica por ai dizendo que eu vou explodir!

–Calma meu amor...ele não vai falar nada disso...certo campeão?

–Certo...- o pequeno balançou a cabeça em afirmação e cerrou os olhos mas voltou a demonstrar dúvida.- Mas não vai mesmo né mamãe? Por que eu não quero que a senhora exploda.

O pai riu ainda mais alto e a ruiva não sabia mais o que falar.

–Não filho...a mamãe não vai explodir.- Gina trouxe o filho para o seu lado e lhe deu um abraço terno.

–Mas mamãe, a senhora ta muito gande!

–Você ta chamando a mamãe de gorda?- ela fez uma cara triste e forçou a voz pra parecer indignada.

–Ih campeão...resposta errada.- Ferdinando admirava de longe os três grandes amores da sua vida.

–Não mamãe, a senhora não é gorda! A senhora é linda! É a maninha que é gorda e fica ocupando esse espaço todo.

Os dois riram. A implicância entre irmãos ja tinha começado antes mesmo do nascimento.

– Filho, você não vai mais ficar acobertando o seu pai. E muito menos ver esse tipo de filme com ele...até por que quem gosta desse filme sou eu. O seu pai nem sabia o que era exterminador do futuro antes de me conhecer. Então quando você ficar mais rapazinho a mamãe promete que vai assistir com você, combinado?- ela esticou a mão na direção do monte de cabelos ruivos encaracolados e olhos azuis a sua frente e o mesmo devolveu o aperto em sinal de compromisso.

–Combinado.

–Esse sou eu perdendo toda a minha moral...e o meu espaço na cama pelo visto.- Ele podia falar o que for, mas Ferdinando sabia que não trocaria esses momentos por nada na vida. Se direcionou a cama e se espremeu para caber na mesma. Não que uma cama king size fosse pequena, mas também não ajudava em nada a mulher ocupar mais da metade do espaço com travesseiros cobertores e o filho.

A risada de criança que se seguiu era um dos sons mais belos que se podia imaginar. O pequeno só parou de rir quando os pais pausaram o ataque.

–Ta na hora de dormir ne campeão? Ou será que essa visita no quarto da mamãe e do papai vai se estender novamente?

Ferdinando viu o filho refletir sobre o que o levará ali e resolveu arriscar.

–Ou você veio aqui pra ouvir mais uma história mágica da vila de Santa Fé?

–Na verdade.- Era incrível a habilidade do filho de parecer mais maduro do que sua idade real.- Eu vim porque lá na escola a Tia Juliana tava falando de família. E era pra gente fazer uma arvore com o nome de todo mundo. Dai eu coloquei o papai e a mamãe, a vó Tê e o vovô Pedro, a vó Catarina e o vô Epa, o tio Lepe e a Tia Pituca mas ai eu não sabia como chamar a maninha.

Gina olhou para o marido e eles logo descobriram onde o filho queria chegar.

–E por que ...você não escolhe o nome da maninha?- o engenheiro sorriu encorajadoramente para o filho que abriu um dos sorrisos grandes e maravilhados que herdou do pai.

–Só tome cuidado com o que vai escolher ,viu filho?- A maternidade a tornou um pouco mais cautelosa e ter um filho com a personalidade do marido a fazia pensar duas vezes antes de cada pedido. Aqueles dois juntos eram o seu mundo...e as vezes eles conseguiam vira-lo de cabeça para baixo.

O garoto ficou analisando a barriga da mãe por um longo tempo. Parecia uma missão tão importante que exigia a atenção total do pequeno.

Ferdinando aproveitou para se ajeitar melhor na cama acarinhando os cabelos ruivos que amava. Torcia para a filha herdar aqueles cachos da mãe, ja que o filho havia herdado a cor da esposa mas o liso do pai.

Ver o pequeno tão compenetrado e comprometido na missão de achar um nome para a irmãzinha a enchia de orgulho. Nunca na vida pensou que seria tão afortunada. E todas as vezes que declarava o quão feliz estava acontecia algo que a fazia ainda mais feliz. Era um felicidade crescente o que era melhor do que uma constante.

–Já sei! – a voz do filho os tirou da viagem em lembranças do passados e sentimentos do presente. Gina e Ferdinando se prepararam para ouvir um nome espalhafatoso digno dos vídeo games que o pequeno jogava mas se surpreenderam com o que ouviram.

–Vai ser Fernanda! Pode ser Fernanda ne mamãe e papai?!

–Pode sim filho! Mas por que Fernanda?- Ferdinando estava realmente intrigado com a escolha do filho. Era extremamente perfeita.

–É, por que tem o FER do papai, o NA da mamãe e o DA de Daniel que sou eu que tenho o nome do bisvovô Daniel. Ela vai ser forte que nem o papai, bonita que nem a mamãe e esperta que nem eu!

–E modesta também ne?!- o pai fez questão de cutucar o filho fazendo com que ele sentisse cocegas.

A ruiva não pode deixar de ter um certo orgulho do seu pequeno rebento. Não poderia ter imaginado nome melhor para a filha.

–Então estamos combinando vai ser Fernanda.

–Você gostou maninha? Gostou de Fernanda?- o pequeno abraçou a barriga da mãe e colou o ouvido na tentativa de escutar uma concordância.

O que ele não esperava era que a irmãzinha realmente respondesse a esse chamado.

–Mamãe! Mamãe eu senti ela mexer!- a empolgação era evidente no rosto do filho e Gina amaldiçoou os malditos hormônios que a faziam ficar com os olhos mareados.

–Foi filho?! Então eu acho que ela gostou.

Ficaram um tempo ali, apenas aproveitando a presença um do outro como uma família feliz e unida até que o menino começou a esfregar os olhinhos.

–Tá tudo muito bom mas já tá na hora de dormir né, filho?! Vamo la antes que a sua mãe brigue comigo de novo.

O menino sorriu ainda sonolento. Estava acostumado com as implicâncias dos pais e sabia que tudo era apenas uma forma expressar o quanto se amavam.

Ferdinando pegou o menino nos braços e o levou para o quarto ao lado. Não demorou muito para voltar e trancar a própria porta.

Ao som da fechadura, a mulher, que novamente estava mergulhada em sua leitura, apenas levantou os olhos e deixou que as palavras o alertassem de que os planos dela não eram os mesmos que os dele.

–Não pense que eu esqueci da história do filme seu engenheirinho.

–Eu não esperava que você esquecesse menininha...- ele se aproximou lentamente, entrando no espaço que era seu e compartilhando das cobertas.

–A não é?!- ela desistiu da leitura e deu atenção a discussão que se seguiria.

E la estava ele aquele sorriso malicioso que a fazia estremecer.

–Não...eu queria mesmo era que você lembrasse.- ele sussurrou enquanto trabalhava nos ombros dela. Apertava cada ponto que merecia ser relaxado em uma massagem digna de uma rainha.

–E por que?- A ruiva sentia cada fibra do corpo virar geleia. Sentia –se amolecer sob os toques dele. Fechou os olhos e aproveitou cada sensação que ele proporcionava.

–Por que eu adoro essa sua carinha de brava...

–Até parece que você não me vê brava todo dia...- os beijos começaram a ser distribuídos e Gina desistiu de resistir.

–Vejo sim...mas é que eu adoro te acalmar...e fazer essa carinha de brava se derreter com os meus beijos..

–Você se acha muito seu frangote..- ela abriu os olhos e fixou seu rio castanho no mar de ondas agitadas dos olhos dele.

–E você sabe que eu to certo.- O rapaz acariciou o pescoço da mulher e manteve a mão em sua nuca.

–Cala a boca e me beija logo frangotinho!- a paciência nunca foi uma virtude mas também nunca foi de total ameaça.

Ele riu ainda mais e deixou-se levar pelo encanto que ela lhe lançava. E pensar que tudo começou desse jeito...com um grande sentimento expresso em forma de beijo.


Não quer ver anúncios?

Com uma contribuição de R$29,90 você deixa de ver anúncios no Nyah e em seu sucessor, o +Fiction, durante 1 ano!

Seu apoio é fundamental. Torne-se um herói!


Notas finais do capítulo

O meu MUITO OBRIGADA a tds por terem me acompanhado " De acordo com a realidade"!



Hey! Que tal deixar um comentário na história?
Por não receberem novos comentários em suas histórias, muitos autores desanimam e param de postar. Não deixe a história "De acordo com a realidade..." morrer!
Para comentar e incentivar o autor, cadastre-se ou entre em sua conta.