De acordo com a realidade... escrita por maddiesmt


Capítulo 3
Capitulo 2 - O plano


Notas iniciais do capítulo

Gente perdoem o atraso e peço que tenham paciência com a postagem dos próximos capítulos..Estou passando por um momento complicado....perdi dois grandes amigos para o transito brasileiro e o luto esta sendo doloroso. Vou ver se consigo supera-lo escrevendo mas como vcs bem sabem a dor as vezes é tão grande que pode prejudicar o andamento da estória e eu não quero que isso aconteça..Obg pelos comentários e espero que continuem aproveitando a fic. Boa Leitura.



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– É o que eu tô lhe dizendo Lepe..o mano Nando saiu lá de casa já faz bem uns 4 dias e nem pra almoçar ele aparece. – Pituca comentava o desaparecimento do irmão enquanto servia chá em sua xícara de brinquedo.

Lepe pegou um dos bolos coloridos daqueles que só Amância, a cozinheira dos Napoleão, sabia fazer e analisou o bolo como se analisasse a situação.

–Pois eu lhe digo Pituca aqui em casa e que ele não pôs os pés e também duvido muito que ele faria algo do tipo você sabe que ele não gosta muito da minha mãe... – Lepe deu uma mordida gigante no bolo sem se importar muito.

– Ah mas não diga isso Lepe! Não consigo imaginar o mano Nando odiando nenhum alguém - Disse Pituca voltando a atenção para o bolo. Aquele assunto parecia complexo demais enquanto que o bolo lhe parecia menos entediante.

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–Mais eu ODEIO aquela roceira!! –Nando gritava a plenos pulmões e parecia querer que o prédio inteiro tomasse conhecimento do tamanho do seu ódio.

–Se acalme Ferdinando.. ela não fez por mal..- Juliana escondia a risada com uma das mãos enquanto seguia o amigo enfurecido com o olhar.

–Me acalmar??Ela acabou de estragar uma das minhas camisas preferidas!! – Ferdinando queimava de ódio e agradecia aos céus pelo fato da inimiga em questão não estar presente.

O motivo de tamanha irritação estava jogado na cama: uma camisa com gola em “V” e mangas compridas e aparentemente cara q um dia fora branca e agora tinha a cor dos cabelos da professora.

–Ah Nando releve dessa vez...não foi culpa dela...você sabe que eu não gosto de deixar a Gina cuidar dos assuntos da casa mas eu tinha aula com os adultos até tarde ontem e eu sabia que você não estaria em casa então pedi para q ela pegasse as roupas e colocasse na máquina de lavar...na verdade pedi q ela colocasse apenas as que estavam no meu cesto de roupas sujas não faço ideia de como ela pegou essa sua camisa –Juliana tentava d todos as formas contornar a situação.

–Ah mais ela só pode ter feito isso de propósito! – Ferdinando argumentou sem muita convicção.

–Agora você está falando besteira meu amigo...você e a Gina não estão mais na escola para ficarem fazendo tal tipo de provocação – Juliana ainda não conseguia acreditar no que o amigo tinha dito porém também não conseguia explicação para o fato da camisa dele ter parado no seu cesto de roupa suja.

Ferdinando a encarou por alguns segundos e voltou a atenção para a camisa, se era para encarar a ruiva mas tarde o faria com a blusa que ela mesma, da forma descuidada de sempre, havia estragado. Se ela queria brincar de cão e gato.. então que fosse do seu jeito.

–O doutor me chamou? – A voz que vinha da porta tirou rapidamente a atenção da professora das provas que corrigia.

–Ora essa Zelão já lhe disse pra não me chamar de doutor...somos amigos não é? – Ferdinando dava passagem para que o segurança pudesse entrar. O homem de preto tentou registrar todas as coisas que pertenciam a professorinha e que faziam parte da decoração da casa. Ele sabia que tudo tinha sido ideia dela pois nem Ferdinando e nem Gina teriam paciência para tanto.

– É o costume. – Zelão era um homem de poucas palavras quando a pessoa em questão não exigia muitos esforços seus para se controlar.

–Então me diga como andam as coisas lá na minha antiga casa?- Ferdinando sondava o segurança enquanto esperava paciente que seu plano continuasse dando certo.

Juliana que estava em seu quarto tentou o máximo que pode mas não conseguiu resistir a voz forte que lhe arrancava arrepios leves pelo corpo. Precisava vê-lo...precisava mergulhar nos olhos cheios de mistério que o segurança do amigo lhe proporcionava. Deixou as provas de lado, conferiu o estado do cabelo no espelho e quando se deu por satisfeita com eles saiu sem fazer barulho...não queria assustá-lo e nem que ele parasse de falar... sentia apenas a necessidade dos olhos dele nos dela.

– O senhor seu pai continua enfurecido com a vossa desistência , a senhora sua madrasta continua chorosa do jeito que o senhor sabe bem e a pequena Pituca reclama de sua ausência todos os dias na hora do almoço...mas devo dizer amigo...seu pai continua irredutível...- Zelão disse as últimas palavras de forma mansa e quase falhas e Ferdinando teve certeza de que seu plano havia dado certo.

O segurança descobriu ali, entre a passagem do corredor e a entrada da sala, um par de olhos azuis que o fitavam de longe e não pode conter a falha na voz ao vê–la tão atenta ao que falava.

Ferdinando se virou e encontrou a amiga quase escondida e abriu um sorriso sincero..

–Ora essa professora...desde quando a senhorita ouve conversas assim escondidinha? Você pode se juntar a nós... –Ferdinando convidou a amiga que já estava vermelha como um tomate.

–Desculpe meu amigo não era minha intenção interrompe-los..- Juliana se dirigia lentamente para a sala onde os rapazes estavam sentados. Os olhos do segurança a seguiam docemente, admirados mais uma vez com o tamanho da beleza que agora sentava na poltrona a sua frente.

– Não está interrompendo nada minha amiga...eu apenas estava perguntando para o meu amigo aqui o que anda se passando com a minha família...não é mesmo Zelão? – Ferdinando tinha que admitir...aquilo estava sendo bem mais divertido do que imaginara. Os olhos do segurança não desviavam da professora e as palavras pareciam tê-lo abandonado de vez. Aquele um estava perdido de amores pela dona dos cabelos cor de rosa.

Ferdinando revezou o olhar entre os amigos e percebeu que ali estava acontecendo uma conversa muda...daquelas que sempre aconteciam quando os dois estavam perto. Olhou no relógio e resolveu que deveria botar continuidade no seu plano...

– Mas olha a hora...sua aula com os adultos não começa daqui a pouco professora? – Juliana deu um pulinho ressaltado ao ouvir a voz do amigo um pouco mais alta do que de costume.

– Ahh meu deus é verdade!!- Juliana se levantou e correu para pegar seus pertences. – Obrigada por avisar Nando! – Ao se dirigir a porta a professora deu um leve sorriso para o segurança...coisa que não passou despercebido pelo amigo.

–Zelão porque você não acompanha a nossa querida professora até a escolhinha? – Ferdinando sorria tranquilamente enquanto dava uma leve piscadinha para o amigo.

– Se a senhora não se incomodar seria uma honra... –Zelão estendeu a mão na direção da professora que sem demora lhe ofereceu um sorriso agradecido.

– Eu adoraria...- Dizendo isso os dois partem para a escola...1 hora antes do necessário fazendo com que Ferdinando se despedisse com um sorriso malicioso nos lábios.

Tinha dado certo...seu plano de fazer com que a professora saísse mais cedo de casa foi completado com perfeição. Sabia que com o segurança ali a amiga nem ia se preocupar em conferir a hora e acreditaria em tudo o que o amigo falasse. Agora Ferdinando se prepararia para a guerra.


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