De acordo com a realidade... escrita por maddiesmt


Capítulo 25
cap 23- Amor, amor e amor


Notas iniciais do capítulo

Olha eu aqui de nv!!É sabado e como hj eu ainda to lotada resolvi tirar o meu tempo d almoço para escrever o cap e postar aqui pra vcs...pq? pq eu tava morrendo de saudade d vcs, de escrever...e da minha propria fic..hahah!!incrivel que até eu fico curiosa pra descobrir o q a minha mente maligna apronta..n sei se isso acontece com as meninas q escrevem..mas qnd eu releio o q escrevi eu me espanto...hahaha! bom sem mais..espero q gostem..



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Juliana poderia acordar desse jeito pelo resto de sua vida. Sentia que nem em seus sonhos mais românticos imaginaria a situação em que estava. O homem que dormia profundamente ao seu lado era bom de mais pra ser verdade e esse pensamento a assustava. Procurava algum traço de insegurança ou trauma passado mais tudo o que encontrava era uma paz inteiramente sua. Lembrou-se da semana maravilhosa que passaram juntos e que começou com o mais belo gesto de amor que ja recebera na vida.

FLASHBACK
Zelão entrou ainda com a rosa vermelha nas mãos. Sabia que não deveria cantar vitória antes do tempo mas a felicidade que o tomou por ela estar, finalmente, dando uma oportunidade para que ele se explicasse ja era o suficiente para lhe iluminar os olhos.
–Sente-se – ela estava fascinada porém um mágoa persistente lhe assombrava a face.
Ele a observou tomar o assento da poltrona e concluiu que ela não estava preparada para um contato mais intimo, por mais que este fosse apenas sentar-se com ele no sofá. O rapaz suspirou e lembrou –se que não estava derrotado.
–Eu espero que tenha recebido as flores- Zelão se sentou solitariamente no sofá da sala porém no canto mais perto que existia da poltrona na qual a professora continuava fitando cada movimento que ele fazia.
–Recebi sim...e devo dizer que você me surpreendeu. –Ela não queria admitir que o ato tinha mexido verdadeiramente com ela...pelo menos não ainda. Aquele era o momento de sondar o terreno. –Mas espero que você também saiba o quanto me magoou aquele dia na frente da escola...e não são simples flores que vão me fazer esquecer.
–Eu não ia lhe pedir para que esquecesse.
Ela o olhou com cuidado e identificou a sinceridade no semblante dele. Ela esperava que ele a pedisse que esquecesse toda aquela bobagem, que prometesse que não se repetiria e que acabasse jogando a culpa em qualquer outra coisa ou pessoa....pelo menos era isso o que esperava de Renato ou qualquer um dos outros namorados que ja tivera no passado.
–Então o que quer me dizer?
–Que eu assumo o que fiz. Eu sou homem o suficiente para lhe dizer que cometi um erro, que exagerei e que estou sinceramente arrependido. Eu não quero lhe fazer nenhuma promessa que não seja a de lhe amar eternamente.
–Então você está me dizendo que isso pode se repetir?
–Eu estou lhe dizendo que vou tentar melhorar. Eu estou disposto a apagar os defeitos que me fazem um homem que eu não sou.
–Eu vou lhe ser sincera e dizer que não era exatamente isso que eu esperava ouvir. –Ela se levantou e ele a acompanhou no gesto. – Mas era justamente o que eu queria ouvir. –Ela riu por fim. Juliana sabia que um homem disposto a superar seus defeitos era mas sinceramente comprometido do que aquele que apenas fazia promessas.
A professora estendeu a mão e retirou a rosa das mãos de Zelão fazendo, com esse ato, que seus pequenos dedos se chocassem por breves segundos com a mão do rapaz. Ela retirou o bilhete e o colocou em ordem com os outros da mesa. Admirou o vaso cheio de flores e deixou a rosa descansar no meio delas formando o buque mais lindo que tinha recebido na vida. A combinação de cores e belezas se misturavam com os significados que agora ela sabia de cor.
Zelão continuou a admira-la...e como ele gostava disso. Ela era a visão mais perfeita que poderia ter na vida.
–Meus pais se separaram quando eu era menor. –Ela confessou ainda olhando as flores. Acariciava as pétalas de cada uma tentando arranjar aconchego na maciez delas. –Eles brigavam todos os dias e eu acabava ficando no meio de tudo. Era um jogo de ciúme misturado com orgulho que eu nunca vou entender na vida. Eu não quero e não vou ser que nem eles. –Ela se virou e o encontrou mas próximo do que imaginava.
Zelão afastou uma mecha de cabelo rosa que repousava teimosamente perto dos olhos da moça e também revelou um segredo do passado –Meu pai viveu em função do trabalho e minha mãe me criou praticamente só. Eu posso não ter visto muitas brigas ou ciúmes...mas eu definitivamente também não vi amor. Eu não quero isso pra minha vida.
As marcas do passado estavam expostas como uma ferida em carne viva. Eles sofriam por serem frutos de uma realidade dolorida e ambos tentavam ser o opostos dos pais porém com resquícios de trauma latentes.
–Me ajude a ser uma pessoa melhor por que eu sei que ao seu lado eu não reviverei o passado. –Ele pedia de uma forma tão doce que fez com que Juliana deixasse as lágrimas, que até agora prendia, rolassem pelo rosto iluminado pela lua.
Ela não tinha mais o que responder e apenas preencheu o espaço vazio entre eles com um beijo cheio de amor e saudade.

FIM DO FLASHBACK

Ela não pode conter o suspiro que tornava a escapar de seus lábios fazendo, dessa vez, com que o rapaz ao seu lado acordasse para encontrar os mais belos olhos azul piscina que ja tinha visto na vida.
–Bom dia amor da minha vida.
Ela riu e continuou a admira- lo enquanto ele se aproximava cada vez mais dela e lhe depositava um beijo no meio dos cachos rosas bagunçados.
–Bom dia!- ela tinha a empolgação na voz que ele adorava ouvir pela manhã.
–Juliana! Que horas são? –Ele se levantou de súbito se sentando na cama enquanto procurava um relógio.
–Calma meu amor...hoje é domingo!- ela ria do desespero do amado. Eles tinham se atrasado a semana toda para seus respectivos trabalhos e a menção de se atrasar novamente fazia a consciência de Zelão pesar.
–Sim..sim...mas o doutorzinho e a Gina devem de estar voltando.
–A não...não...a Gina ja me mandou uma mensagem. Ela disse que eles iriam almoçar na estrada e so chegariam aqui depois do almoço.
–Você esta me dizendo que temos a casa só pra gente até depois do almoço?-Juliana mordeu os lábios sedutoramente e confirmou com um aceno de cabeça - Então vamos aproveitar... - Zelão sorriu e sussurrou entre beijos carinhosos.
*
Gina sentia os braços do amado ao seu redor e sorriu ao perceber que mesmo dormindo ele a segurava como se tivesse medo que ela fugisse durante a noite.
Ela sentia a respiração quente dele no pescoço e resolveu se aconchegar ainda mais em seus braços.
Soltou um suspiro longo e relaxado e fechou os olhos lembrando do resto da semana maravilhosa que tiveram depois que os pais foram embora.
Quando iria imaginar que estaria ali, em seu antigo quarto, seu abrigo solitário da infância com aquele que tanto a tirava do sério e implicava quando criança? Ela riu do destino e sentiu leves beijos nos ombros anunciarem que o motivo do riso havia acordado.
–Posso saber do que a senhorita esta rindo?- a voz rouca dele ainda provocava arrepios que ela sabia que nunca se curaria e sinceramente...nem queria.
–Estou rindo de nós...
–Nós? Como assim?
–Ara Nando- o sotaque tinha voltado com força total naquela breve semana no sitio- Quem diria que o motivo da minha raiva na infância seria o meu grande amor hoje?
Ele a virou para que ela pudesse enxergar seus olhos brilhando com a declaração.
–Pois eu acho que sempre soube que você era o amor da minha vida...eu só não queria admitir.
–Ahamm..sei...eu via o quanto você me amava quando armava aqueles seus planos diabólicos contra mim!
–A culpa não era minha se você sempre ficou ainda mais bonita quando esta com raiva.
–Ela lhe deu um leve tapa no braço mas o riso em sua face acusava que o elogio tinha sido bem vindo.
Os braços de Ferdinando estavam apoiados sobre a cama e o mantinham longe o suficiente para que ele a prendesse no seu olhar. A ruiva estava aprisionada entre os braços e olhos do namorado e sabia que não queria se libertar. O riso dela virou uma mordida de canto de boca e o rapaz engoliu seco. Era incrível como até em momentos de risadas e brincadeiras ela conseguia ser extremamente sexy. Ele então afundou os lábios no pescoço dela. A moça, por sua vez, mergulhou os dedos por entre os dreads dele enquanto a outra mão lhe acariciava as costas. Estavam perdidos um no outro novamente. Gina não compreendia essa sede que tinha dele e Ferdinando não conseguia encontrar explicação para a fome que ele tinha dela.
As mãos dele rapidamente acharam os pontos que ele sabia que ela gostava de ser tocada e ela se demorou mais acariciando os lugares que ela sabia que o deixavam louco. Era uma competição quase interminável de provocações deliciosas. Até que alguém implorasse para que tudo fosse consumado. E dessa vez foi a vez dele.
–Gina...você ta me enlouquecendo menininha...eu..- ele sentiu uma leve mordida no queixo...aquela que ele gostava tanto. Suspirou alto o suficiente para que ela não parasse a caricia quase selvagem.- Gina eu preciso de você... – A voz dele estava tomada pelo desejo e ele a ouviu gemer deliciosamente quando verificou que poderia continuar e a preencheu com todo o desejo latente que sentia. Gina sentia a onda de sensações a tomar por completo novamente...mas dessa vez resolveu que, como ele havia implorado, ela devia lhe dar o troco e em meio aos movimentos ela conseguiu se colocar por cima dele e dominar a situação que ganhou justamente depois que ele se entregou e se revelou tão desejoso por ela.
Ferdinando não entendia como ela conseguia ser cada vez melhor. Cada ato que o pegava de surpresa o excitava ainda mais e ele fazia um esforço enorme para que as sensações não acabassem antes da hora.
Os gemidos aumentavam de acordo com o ritmo da dança dos corpos. O engenheiro sentia que não aguentaria por muito mais tempo e se posicionou de maneira que sua mão encontrou a nuca da ruiva e a puxou para um beijo cheio de paixão. A outra mão de Ferdinando continuou dando apertos deliciosos sobre as pernas dela enquanto que ela se perdia nos efeitos que ele provocava nela...ela sabia que seu limite estava chegando. A ruiva forçou ainda mais o perto de suas pernas nele e o ouviu gemer aprovando o ato. O turbilhão de sensações resultante dos movimentos os atingiu e ele a sentiu gemer satisfeita durante o beijo enquanto que ele mesmo degustava cada centelha de prazer e eletricidade que lhe percorriam o corpo. Naquele momento ele teve certeza...estaria para sempre aos pés dela.
*
– Nando...Nando- A ruiva tentava acordar o namorado que apenas deu um gemido de desagrado.
–Hm...
–A gente dormiu de novo.- Ela ria da infantilidade dele em se recusar a acordar.
–É que a gente ta usando muita energia menininha...agora vem ca...vamo dormir mais um pouquinho.- Ele a puxou para o conforto dos seus braços novamente.
–Não Nando eu prometi que ia avisar a Juliana que horas a gente ia voltar!- ela não conseguia ficar com raiva do drama que ele fazia para levantar.
–Ah...mas não precisa ser agora ne?
–Precisa sim Ferdinando Napoleão! Ja são 10 da manhã e se ela ficar esperando a gente pra almoçar?
Ferdinando deu um suspiro frustrado...ela era teimosa...mas dessa vez sua teimosia tinha um fundo de razão.
–Ok...então pode avisar que a gente volta...só que só depois do almoço.
–E posso saber o por que desse sorriso debochado ter brotado ai no seu rosto?
–Por que eu tive uma ideia...e acho que você vai gostar...
Ela levantou uma sobrancelha de forma questionadora e o olhou com a suspeita de sempre e confiança de quem sabe que o namorado estava aprontando.
– Eu acho que a gente podia almoçar la naquele restaurante de beira de estrada que que agente viu logo nos primeiros quilômetros...ele parecia ser bem acolhedor.
–Ué eu não vi restaurante algum...
–Isso é por que você não parava de pensar em mim.
–Haha...e quem te garante isso...
–Ninguém mas eu gosto de pensar que era isso.
Ela deu mais uma risada que o fez rir também.
–Tudo bem. Eu vou mandar uma mensagem pra Juliana e ver o que tem pra gente tomar um café reforçado ja que você disse que esse restaurante ficava perto da cidade.
–Ah não menininha...fica aqui comigo mais um pouquinho...- Ele fazia bico e ela tentava se desvencilhar dos braços dele sem conseguir para de rir.
–Quem diria que o doutor Ferdinando Napoleão seria assim...tão manhoso...pela manhã
–So sou assim por que eu não imagino coisa melhor no mundo do que ficar aqui agarradinho com você.
Ela revirou os olhos e riu novamente. Decidiu então que tentaria uma tática mais ousada para se desvencilhar dele.
Ela parou de rir e lançou-lhe um olhar intenso daqueles que despia a alma.
Se aproximou mais dele que parou de respirar quando sentiu as mãos dela lhe percorrem os braços, o peito e ir descendo pelo corpo dele lentamente. Ele fechou os olhos aguardando o contato que viria a seguir mas sentiu apenas frio ao constatar que o calor dela não estava mais próximo do seu e as mãos não estavam mais sob o seu corpo nu.
Ele abriu os olhos assustado temendo que toda a semana não tivesse passado de um sonho e a observou risonha e enrolada no lençol se dirigindo travessamente ao banheiro.
–Isso não vale! –Ele gritou e riu de si mesmo logo depois...logo no inicio dessa louca história deles, o engenheiro pensou que poderia domina-la...mas nunca imaginou que seria ele o dominado.
*
Juliana estava terminando de retirar os vestígios da vida de casada que levou durante a semana. Não que os amigos não desconfiassem...mas seria melhor que não desse motivos para uma futura brincadeira ou insinuação...como ela ja havia feito milhares de vezes com eles. Ela temia a vingança.
Zelão estava ajudando e começava a desconfiar da razão pra tal comportamento.
–Juliana, meu amor, pare...você ja tirou as minhas digitais dessa mesa.
Ela o olhou surpresa...não queria passar a impressão errada...
–Não ..não é isso.
Ele se aproximou dela e acariciou –lhe a bochecha.
–Não se preocupe... eu entendo que você queira deixar tudo nos conformes afinal você não mora sozinha e dar explicações para a Gina e sofrer com as piadinhas maliciosas do Ferdinando não são tarefas fáceis.
Ela riu e teve que concordar com o namorado...ela só não revelou que iria sofrer ainda mais pois fora ela quem iniciou a sessão de piadas constrangedoras com os amigos.
–O que você acha da gente ir almoçar no Seu Giaco?
Os olhos dela se iluminaram...comida italiana...era tudo o que precisava.
–Eu adorei a ideia! Vamos sim!
Ela verificou a situação da sala mais uma vez e se dirigiu ao quarto para se arrumar para o almoço com o namorado a acompanhando de perto.

*
Ferdinando se dirigiu a cozinha e ficou paralisado com imagem que via. Gina estava vestida apenas com a blusa manchada de rosa que ela mesma havia estragado logo nos primeiros dias de convivência. E como estava sexy com ela e com o olhar concentrado na tijela em que mexia desajeitadamente alguma massa do que quer que estivesse cozinhando. Ele a abraçou por trás e lhe deu um carinhoso beijo na bochecha.
–Eu não sabia que você cozinhava meu amor...
–Ah...além das coisas básicas que a gente fez pra sobreviver esses dias eu até que sei fazer algumas coisinhas como bolo de fubá, bolo de chocolate e bolo de bolo...- Ela dizia tranquilamente enquanto espalhava algumas gotas de massa de bolo pela cozinha.
Ele estava encantado com a falta de jeito dela e com a persistência de querer fazer algo diferente para agrada-lo.
Ele colocou o dedo na tijela tirando um pouco do conteúdo e saboreando a massa...se surpreendendo com o fato de que estava realmente bom.
–Ferdinando! Não mexe no meu bolo – Ela deu um leve tapa no namorado e os dois riram do atrevimento do rapaz.
–Mas vejam só não é que esta bom mesmo!
–Não sei por que essa surpresa toda...
–Ora por que eu nunca te vi cozinhando em casa...
–A...mas é porque eu não sou dessas que sente vontade de cozinhar o tempo todo.
–A...é você so gosta de cozinhar pra mim...
–Vai sonhando frangotinho! É so porque a gente acabou com tudo o que tinha nessa casa...e so tinha sobrado isso mesmo.
–A é...- ele tirou a tijela da mão dela e a virou para encara-lo. Ela conseguia ver os olhos dele passarem sob o seu corpo e ela não pode evitar de fazer o mesmo pelo corpo seminu dele.- E eu posso saber por que você ta usando a minha blusa ?
Ela corou...não queria admitir que tinha guardado a blusa manchada como um símbolo de vitória e do dia em que começou a mudar seus pensamentos com relação ao engenheiro.
–Por que ela fica melhor em mim...
–E...eu tenho que concordar...
–Claro...é uma blusa de mulher.
–Você vai começar com essa discussão mesmo?
–Isso aqui Ferdinando- Ela dizia sedutoramente enquanto desabotoava alguns dos primeiros botões e parou quando estava prestes a revelar os seios. Se aproximou novamente do rapaz e sussurrou no ouvido dele –É uma blusa para garotas.
Ele respirou fundo...nesse ponto concordaria com tudo o que ela dissesse ou fizesse. A segurou firmemente pela cintura com uma das mãos enquanto que com a outra se livrava das coisas que estavam em cima da bancada da cozinha. A pressionou de encontro a mesma para logo depois levanta-la e se colocar por entre suas pernas.
O beijo que se seguiu retirou qualquer folêgo e sanidade que pairavam no local. As mãos de Ferdinando passeavam pelas coxas da moça enquanto ela prendia as pernas na cintura dele. Ferdinando pode sentir suas intimidades colidirem e percebeu que estavam na altura perfeita. Gina sentia as mordidas deliciosas em sua orelha enquanto abraçava o namorado com uma das mãos enquanto que a outra se dirigia para o inicio dos shorts dele e forçavam a sua retirada. Foi então que ouviram o alarme de incêndio da casa disparar. Eles pararam as caricias frustrados e procuraram o motivo cruel que os interrompeu.
–Ai meu deus! Eu esqueci a panela do ovo! –Gina o afastou rapidamente e se dirigiu para o fogão onde encontrou uma panela parcial queimada e um ovo cozido passado do ponto.
–Você consegue fazer um bolo mas não sabe fazer um ovo? Como pode isso? –Ele ria tentando trazer uma calma necessária ao ambiente.
Gina desligou o alarme e jogou a panela com tudo dentro da pia deixando que a água amenizasse a situação.
–Foi você que me desconcentrou!
Ele riu e eles começaram uma discussão sem propósito apenas para não perderem o hábito.
*
O almoço estava transcorrendo tranquilamente. A comida estava maravilhosa como sempre, a música de Viramundo era realmente envolvente e deixavam o local propicio para enamorados.
Após a sobremesa Zelão segurou nas mãos da namora e respirou fundo.
–Meu amor eu tenho um pedido para lhe fazer.
–Pois faça meu amor.
–Eu gostaria que no próximo fim de semana você fosse almoçar la em casa comigo...e com a minha mãe.
Juliana engasgou com o café que tomava.
–Você quer que eu vá almoçar com a sua mãe?
–É...acho que ja está no momento das duas mulheres da minha vida se conhecerem.
Juliana tomou mais um engole do café e sorriu tentando transparecer tranquilidade. A verdade é que nunca tinha namorado sério o suficiente para conhecer a família de ninguém.
–Claro...acho muito justo.
–Então está marcado...próximo domingo o almoço será la em casa.- Zelão sorria satisfeito...sabia que teria algumas dificuldades com a mãe...mas também pensava ser impossível alguém não gostar de um anjo como Juliana.
Do outro lada da cidade...precisamente em um restaurante na beira da estrada a mesma proposta era feita a uma certa ruiva.
Gina o olhava fixamente ainda com a colher de sorvete na boca.
–Gina...meu amor...eu falei com você! Então? Almoço la na casa do meu pai no domingo?
–Ai Ferdinando eu não sei...ainda tem essa história da briga entre nossos pais...
–Meu amor...nosso pais vão ter que aprender a conviver com isso...e o quanto antes nós formos firmes nas nossas decisões mais tempo eles vão ter pra se acostumarem com essa ideia. Eu sei que o problema esta no meu pai...afinal o seu ja me tem como futuro genro. –Ferdinando disse com um sorriso orgulhoso e recebeu um olhar de deboche da namorada. –Mas sei que se eu falar com a Catarina antes ela vai saber arrumar a situação. Vamos...não diga que não...eu quero que você conheça todo mundo por la.
–Mas eu ja conheço!
–Mas não como minha namorada. Eu quero lhe apresentar com a futura sra Napoleão.
–Você para de bestagem Ferdinando!
–Tudo bem...tudo bem...mas ainda sim quero apresentar a minha namorada para a minha família...não há nada de errado nisso.
Ela ficou pensativa...respirou fundo e aceitou com o pensamento de que ainda ia fazer o namorado mudar de ideia.
–Tudo bem...mas nada de exageros!
–Tudo bem tudo bem...- ele levou as mãos dela aos seus lábios e depositou um pequeno e carinhoso beijo.
*
Juliana chegou em casa pensativa. Além da adrenalina de verificar mais uma vez se tudo estava no lugar a proposta de almoço com a futura sogra lhe fazia sentir um frio congelante na boca do estomago. Resolveu tentar não pensar no futuro e se ocupou com algum plano de aula para o dia seguinte.
Enquanto isso durante a viagem de volta Gina e Ferdinando entraram em um acordo comum de que continuariam em suas próprias casas...apesar de não quererem ficar longe um do outro sabiam que , por enquanto, qualquer movimento mais serio poderia quebrar qualquer coisa que estivessem construindo. Sim o amor era verdadeiro e eles sentiam que duraria para sempre...mas quando se esta construindo um amor pra vida inteira...a convivência pode ser uma grande vilã nos primeiros meses.
Eles sabiam...amor nenhum sobreviveria a rotina e a falta de espaço...além disso...a cidade não seria que nem a fazenda onde estresse nenhum os alcançava. Mas estavam confiantes de que poderiam fazer com que o mesmo amor que os envolveu a semana toda...lhes acompanhassem para o resto de suas vidas.


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