O plano de Seu Pedro era ficar no máximo uma semana na fazenda porém a colheita tinha sido tão satisfatória que ele resolveu encurtar a viajem e voltar mais cedo. Estavam na metade da semana quando ele deu a noticia de que voltariam para a cidade ainda aquele dia.
–Mas ja pai? – Gina estava sentada no sofá com a cabeça apoiada no ombro do namorado e sentindo os carinhos ternos que ele fazia em seus cachos e bochechas.
–É fia não tem mais nada pra gente fazer por aqui.
–A mas bem que a gente podia ficar né...? – A moça se virou para o namorado que sorriu e ofereceu uma solução.
–Bom Seu Pedro se o senhor não se importar...eu e a Gina poderíamos voltar no fim da semana como estava previsto...afinal de contas estamos com o carro mesmo.
Seu Pedro olhou desconfiado mas não era um pai antiquado e além do mais...confiava nos dois...sabia que todo aquele sentimento era real.
–Mas eu não acho isso uma boa ideia não.- Dona tê não pode conter o comentário. Era uma mulher de princípios antigos e de fé inabalável.
–Ora mas porque mulher...eles são jovens, se amam, eu dei consentimento para eles namorarem e é melhor sob o nosso teto do que em outro lugar.
Ferdinando não parava de se surpreender e soltou uma risada produto do comentário do futuro sogro
–Vocês podem ficar ...mas ó... juízo!!
Dizendo isso Seu Pedro se retirou com o objetivo de arrumar as coisas para a partida sendo seguido por uma Dona tê irritada e insultada.
–Então menininha...planos para hoje?
–Não que eu saiba...
–Então eu quero convida-la para sair...nosso primeiro encontro oficial como namorados.
–Ué...e pra onde nós vamos sair? Não tem nada por aqui por perto...
–Você vai ver...vai ser uma surpresa! –Ele disse sorrindo e encostando o nariz no dela no clássico beijo de esquimó.
*
Juliana estava amando a vida de “casada” que estava tendo. Aproveitou que os amigos iriam passar a semana fora e resolveu que toda dia iria inovar...hoje por exemplo ela ia fazer um jantar especial para o namorado.
Lembrou-se de como tudo convergiu para esse ponto, a conquista, a fazenda, a briga e a reconciliação. Uma das declarações mais lindas que ja tinha recebido na vida.
Naquela noite após receber as flores...ela e Zelão conversaram bastante sobre o passado de seus relacionamentos e o futuro que tomariam.
Juliana não resistiu ao charme do segurança e resolveu arriscar-se no amor pelo rapaz. Toda vez que recordava de tal decisão sorria e não tinha dúvidas nenhuma de que fora a correta.
*
Gina procurava entre as coisas na mala uma roupa para seu encontro quando encontrou uma peça que não lhe pertencia.
Encontrou também um bilhete preso a ele e leu com cuidado as letras desenhadas da professora.

“Gina,
não fique brava...só estou prestando um favor a vocês dois.
Quando Ferdinando veio me explicar a situação de vocês pude perceber que o que ele sente verdadeiramente por você é uma amor incrivelmente belo, puro e sobretudo real. Ele me pediu que colocasse esse vestido( que ele mesmo escolheu) em suas coisas, na esperança de que você aceitasse o pedido dele de namoro. Se esta lendo essa carta na procura de alguma coisa pra usar devo dizer que fico muito feliz por vocês. Se esta lendo isso com o objetivo de voltar pra casa antes do tempo quer dizer que o seu amor por ele pode não ser tão forte e grande como eu imaginava. Enfim torço pela primeira opção afinal vocês se completam de uma maneira irreal. Acredite é de fazer inveja a qualquer um...só espero um dia encontrar uma amor tão lindo como esse de vocês. Boa sorte minha amiga! Vocês merecem toda a felicidade do mundo!
Com carinho
Juliana”

Gina deixou a carta de lado ainda refletindo sobre as palavras da professora quando resolveu verificar a peça com mais atenção e vesti-la.
O vestido era branco e tinha a saia adornada por renda que o deixava com ar inocente apesar do comprimento acabar um pouco acima dos joelhos.
A tela igualmente branca cobria o colo e os ombros mas deixava os braços nús. Grudado a tela tinha o tecido branco do vestido no qual o decote de princesa evidenciava seu ar de menina e as suas curvas de mulher.
Gina se olhou no espelho e sorriu...ele tinha conseguido novamente...surpreende-la.
A moça encontrou junto ao vestido seu batom que nunca usava e alguns adereços para o cabelo. Resolveu ignorar os adereços e prender os cachos em um coque bagunçadamente sexy. Colocou as sapatinhas brancas de Juliana que a mesma tinha escondido na mala e suspirou satisfeita com a imagem que o espelho refletia.
No andar de baixo Ferdinando andava de um lado para o outro...o nervosismo tinha tomado conta...e se ela não gostasse do vestido? Ou da supresa que ele havia preparado...e se tivesse mudado de ideia e quisesse voltar pra casa? ou terminar tudo? Ele não iria suportar...sabia que não iria sobreviver sem ela.
–Nando?
Ele a ouvi dizer docemente e virou-se para a definição de beleza no alto da escada.
Ela o olhava com aqueles adoráveis olhos castanhos e o brindava com um sorriso que revelava os furinhos símbolos de sua beleza. Ele estava sem ar, sem chão, só conseguia observar o anjo que se aproximava dele a passos lentos.
O vestido tinha lhe caído perfeitamente e ele não se achava merecedor de tamanha perfeição.
– Você está linda meu amor...- Ele tinha lágrimas emocionadas nos olhos e ela sorriu ainda mais ao ouvir o comentário do namorado.
– Ah..Nando que isso..até parece que você nunca me viu de vestido...
– Você não tem nem noção do poder que tem sobre mim...não é? – Ele depositou um beijo na mão dela sem desgrudar o seu oceano azul do rio castanho dos olhos dela.
Ela estremeceu ao sentir os lábios dele em contato com a sua pele e desejou que ele subisse os beijos por toda a extensão dos seus braços e corpo.
Gina notou que a blusa social azul escura dele marcava cada traço do seu peitoral de forma deliciosamente tentadora, a calça igualmente escura formavam um look misterioso e malicioso que contrastavam com o vestido branco e puro dela.
–Vamos meu amor?
–Vamos...
Eles saíram de casa e a se dirigiu automaticamente para o carro. A risada de Ferdinando fez com que ela voltasse sua atenção novamente para ele.
–Não vamos precisar disso...
–Como não?
–Você vai ver...mas antes preciso lhe perguntar...você confia em mim?- Ele a olhava intensamente.
Ela buscou a resposta nos olhos dele sorriu e respondeu sinceramente.
–Sim.
Ele refletiu a felicidade em seu olhar ... a noite ainda só estava começando.
–Então eu vou lhe pedir para que coloque essa venda.
–Mas por que isso agora?
–Você não disse que confia em mim? Vamos vai ser uma surpresa...
Ela o olhou duvidosa mais sentia na voz dele que não precisava temer...ela o amava. A moça fechou os olhos e se colocou de costas para o engenheiro que docemente colocou a venda branca em seus olhos e a conduziu para o destino da noite.
*
Juliana e zelão estavam jantando animadamente quando o celular da professora denunciou uma mensagem nova.
–A é da Gina! Ela descobriu o vestido que eu coloquei na mala dela a pedido do Ferdinando...e está agradecendo...aii que bom que aqueles dois se entenderam.
–E eu fico muito feliz por eles...o douto Nando merece ser feliz...aliais sem a amizade dele eu acho que não teria conhecido a felicidade que é estar ao seu lado meu amor.
–Ai Zelão...como você consegue me conquistar todos os dias em? Me diz? –Ela riu e deu um beijo apaixonado no namorado.

–Calma ..calma..confia em mim... –Ferdinando conduzia a amada pelos últimos trechos do caminho.
–Mas é que eu acho que eu vou cair... –Ferdinando riu da reclamação da amada... até nessas horas ela era adorável.
– Calma...calma..pode parar... – Ferdinando deu uma ultima olhada no lugar e retirou a venda dos olhos da moça.
Gina ficou perplexa... ele tinha escolhido a área do trigal mais bela...a mesma que tinha uma arvore enorme que lhe oferecia sombra nos dias de calor intenso. O local estava magicamente iluminado por vagalumes e pela luz da lua cheia o solo estava coberto por uma enorme toalha de mesa e ao redor Gina podia ver os Lençoes dispostos para caso tivessem frio. Ao se aproximar notou a cesta de pic nic cheia de frutas, sanduiches e uma garrafa de vinho.
–Nando...isso aqui ta lindo! – Ela estava emocionada...mas uma vez ele a tinha surpreendido. Ao se virar o encontrou com um buque de flores do campo colhidas no sitio mesmo.
–Você é a razão pela qual eu existo....Eu nasci pra te amar Gina!
Ela acariciou o rosto do rapaz e teve a necessidade de ser sincera com ele também...
–E eu ja sei o que é o amor Nando...
Ele sorriu e a beijou apaixonadamente. Eles se sentaram no centro da toalha e começaram a explorar as frutas da cesta.
–Nem acredito... você pensou em tudo...e fez tudo sozinho... – Ela disse comendo uma uva enquanto repousava a cabeça no ombro do rapaz. Ele riu e depositou um casto beijo na testa da namorada.
–Por você eu sou capaz de tudo nessa vida.
Eles começaram uma competição de quem contava mais estrelas cadentes até que as mesmas param de cair.
Ferdinando se levantou e ofereceu sua mão para a amada.
–A senhorita me daria a honra desta contradança?
–Mas não tem nem música e eu não sei dançar. – Mesmo com tais argumentos a moça aceitou a mão do namorado e se pôs de pé ao lado dele.
–Não tem problema...a gente segue esse ritmo aqui...- Ele pousou a mão dele sobre o coração dele.
–Mas eu ainda não sei dançar...- Ao final da frase Ferdinando a levantou e colocou os pequenos pés dela sobre os seus.
–Pronto agora você sabe.
A cada passo que Ferdinando dava os pés dela continuavam repousados nos dele e eles começaram a dançar uma música qualquer composta pelas batidas dos corações do casal.
Gina ria da capacidade de Ferdinando de solucionar todos os problemas...gargalhava a cada giro mais forte que forçava com que ele a segurasse mais firmemente sobre seu corpo.
Ele se encantava cada vez mais por ela...era impossível não se apaixonar por um ser tão incrível...e cada vez que ela o segurava de maneira mais forte ele se controlava para não ataca-la.
Ao final da dança ele voltou a repousa-la sobre o chão coberto pelo lençol e olhou com um mistura de paixão e amor.
–Eu te amo menininha...e eu nunca vou me cansar de lhe dizer isso.
Ela sorriu e revelou.
–Eu também te amo frangotinho.- Ele riu e acariciou o queixo dela que fechou os olhos a espera dos lábios dele.
Ele sabia que esse doce contato ja havia se transformado na sensação mais deliciosa da sua vida ele a beijou calmamente...saboreando cada canto da boca dela...deixou que ela o guiasse para um mundo além do que viviam.
A medida que o beijo se aprofundava Gina tinha mais certeza que o queria mais perto...que queria sentir as mãos dele sobre o seu corpo.
Eles pararam o beijo e ela o olhou fixamente com uma certeza que Nando nunca tinha visto antes.
–Eu te amo Nando... ela colocou as mãos no rosto do rapaz o fazendo grudar ainda mais os olhos nela.- Eu quero você.
–Gina...você tem certeza? – Ele não queria força-la a nada e se admirou com o pedido dela.
Ela riu e apenas completou.
– Eu confio em você...
Ele então a sentou na toalha de mesa que os separavam da terra do trigal que tanto amavam e tanto ajudaram a crescer.
O rapaz ainda estava abismado com tanta beleza...resolveu levar as pontas dos dedos para acariciar-lhe o rosto e a viu fechar os olhos.
Gina não estava nervosa e apenas sentia os dedos do amado passearem sobre a pele quente dela...fechou os olhos para que pudesse experimentar cada sensação de forma completa.
Sentiu os beijos molhados do namorado percorrem a bochecha, as orelhas, o pescoço e prendeu a respiração quando o sentiu beijando suas costas.
As mãos tremulas de Ferdinando desabotoavam o vestido da moça enquanto o rapaz depositava um beijo na pele da costa dela a cada botão retirado. Ao terminarem os “obstáculos” Ferdinando admirou o perfil da moça sobre a luz do luar...a pele perfeitamente branca os cabelos cor de fogo, a costa nua...ele não tinha nenhuma denominação para a cena a sua frente.
A ruiva sentiu as mãos do namorado massagearem suas costas até chegarem por dentro da tela do vestido que lhe cobria o ombro. Foi então que sentiu o tecido ser afastado levemente até ser retirado por completo. Se deliciou com a sensação dos lábios do namorado novamente explorando sua pele nua...fixando se agora sobre os ombros nus.
Ferdinando conseguia ver a cintura fina e perfeita dela, ouvia os suspiros que ela dava a cada mordida leve que ele lhe dava nos ombros . Levou as mãos a cintura dela e subiu lentamente até alcançar os seios nus da moça.
Gina tinha desaprendido a respirar...sentia os lábios dele deixarem traços molhados e excitantes em seus ombros enquanto suas mãos habilidosas massageavam –lhe os seios. A moça apreciava cada nova sensação que lhe era apresentada mas resolveu que não queria ser a única a receber aquela onda de amor.
Virou-se lentamente e o olhou nos olhos para que não tivesse tempo de sentir vergonha de estar semi nua na frente do rapaz.
O engenheiro a olhava admirado...não acreditava que ela poderia ser mais bonita ainda do que em sua imaginação.
Gina repousou um beijo breve nos lábios do rapaz e realizou o próprio caminho de beijos na direção do pescoço do engenheiro enquanto desabotoava calmamente cada botão da camisa dele.
Ao se livrar da camisa, Gina continuou o caminho de beijos até o queixo e nariz do rapaz enquanto deixa as mãos passearem por sobre os braços e peitoral do namorado.
Ferdinando precisava se manter no controle mas tudo o que ela fazia o deixava no limite. Ele a segurou pela cintura causando um contato de peles delicioso e arrancando gemidos baixos de ambas as partes.
O rapaz a beijou de maneira feroz sendo acompanhado pela namorada que demonstrava estar tão sedenta quanto ele. Ferdinando a deitou na toalha e continuou o rastro de beijos por todo o corpo da ruiva...enquanto os lábios desciam as mãos subiam não deixando nenhuma brecha para fuga.
Gina nunca imaginou que poderia um dia sentir uma sensação tão maravilhosa quanto essa...a de ser amada. Sentia que estava pronta para ele...como nunca estivera em sua vida e sabia que sua biologia ja tinha feito questão de lhe avisar...assim como sentia que a pressão que o namorado fazia sobre sua intimidade era uma resposta as provocações dela.
Ferdinando retirou a ultima parte do vestido junto com a calcinha da namorada...que a este momento ja estava trabalhando nos botões da calça dele.
Ele a beijou com mais paixão e sentiu a liberdade atingi-lo em cheio quando a moça conseguiu enfim retirar todas as peças de roupa que restavam dele.
–Gina...você ...você tem certeza? Eu não quero lhe forçar a nada...- Ele foi calado por um dedo que a moça depositou em seus lábios.
–Eu confio em você Nando...eu quero ser sua. –Ela deu um sorriso confiante que serviu como sinal verde para o rapaz.
Ele continuou a beija-la enquanto a posicionava para o ato que a tornaria sua pra sempre.
Gina sentia uma confusão de sensações deliciosas e não conseguia mais pensar no que era ficar sem ele. Soltou um gemido dolorido ao senti-lo pela primeira vez e notou que ele a olhou preocupado. Ela apenas sorriu e o beijou fazendo com que ele continuasse.
As mãos dele deslizavam entre suas pernas e bumbum e davam apertos deliciosos que juntamente com a sensação de te-lo se movimentando dentro dela a deixavam extasiada.
Ferdinando se controlava o máximo que podia para que tudo saísse perfeito para a amada. Tentava fazer as coisas com calma e cada gemido satisfeito que ouvia era música para seus ouvidos.
O luar, o trigal, o amor...tudo estava tão perfeito que parecia um sonho... um sonho que foi coroado com as sensações maravilhosas que ambos estavam sentindo no momento em que alcançaram o ápice juntos.
Ferdinando depositou leves beijos na testa e bochecha da namorada...os dois estavam ofegantes, suados e satisfeitos. Ele se deitou do lado dela a trazendo para uma abraço enquanto cobria seus corpos exaustos com um dos lenções que trouxera.
Gina repousou a cabeça no peito do namorado e sorriu ao ouvir a declaração dele.
–Eu te amo minha menininha.
–Eu também te amo meu frangotinho.
O casal ficou ali se recuperando enquanto contavam as estrelas cadentes que voltaram a cair.