De acordo com a realidade... escrita por maddiesmt


Capítulo 16
Cap 16 -Revelações


Notas iniciais do capítulo

Não vai ter fic hj....-ehhhh..pegadinha do malandro!!hahahahah!!
gnt desculpa...ocorreram uns contratempos aqui q me impossibilitaram de postar mais cedo..o que me faz lembrar que chegamos a nossa ultima semana de publicação diária da fic.
Prometo fazer o possivel para continuar postando tds os dias essa semana e tentar continuar a fic nos finais de semana a partir da prox semana. Vamo ver se o meu mestrado vai me permitir isso...
Bom mais vamos logo pra fic pq o que importa é o que interessa... Boa leitura!



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–Ai...eu ja lhe pedi desculpas?...Ai me desculpa...-Juliana falava com a voz cheia de culpa e remorso. Sabia muito bem o deslize que havia cometido.

–Já Juliana...bem umas milhões de vezes...eu ja lhe disse pra esquecer essa bestagem toda. –Gina falava jogada na cama. As duas estava conversando no quarto da ruiva. Era tarde mais elas não queriam correr o risco de serem escutadas por um certo engenheiro.

–Bestagem não Gina...não acredito que fiz isso...mas também vocês em? Não dava pra irem por quarto? Ia ser impossível eu atrapalhar assim..

–Não Juliana não dava por que aquilo la foi um erro! Não deveria ter acontecido e até agora eu não sei como aconteceu...só sei que você chegando ou não...não faria a menor diferença por que não aconteceria nada!

–Sei sei...Gina...o Ferdinando tava quase te atacando...e você parecia corresponder bastante. –Juliana não tirava o sorriso malicioso dos lábios...fazendo Gina ficar vermelha e confessar algo que Juliana a tempos desconfiava.

–Podia até ser mais o caso é que eu travei...e não foi a primeira vez.

–Como assim?

–Ai Juliana...eu não sei...o meu corpo sente necessidades estranhas, quando ele me beija meu mundo para e a minha sanidade vai embora junto com as roupas. Mas quando as coisas vão se aprofundando...eu acabo sentindo um medo danado. E ai a consciência faz com que eu pare os movimentos dele. Da primeira vez eu quase fui além...mas, assim como dessa vez, não consegui deixar ele continuar. É a sua chegada na verdade foi como um segundo alarme sabe...

–Mas você tem medo de que minha amiga?

–Ai Juliana...é que...a..sabe..eu...- Gina conseguiu ficar mais vermelha do que em qualquer outra situação que a professora se lembrasse...olhava pro chão teto e engasgava palavras que quando saiam tornavam –se inaudíveis.

–Você...?- Juliana desconfiava...mas precisava ouvir da boca dela.

–Ai...eu que eu nunca fiz isso...pronto..ta feliz?

–Você está me dizendo que é virgem?

–É Juliana...é isso ai..- Gina colocou as mãos no rosto tentando esconder a vermelhidão que agora se alastrava até suas orelhas.

Juliana deu um leve sorriso e se sentou ao lado da amiga que estava deitada na cama. A professora retirou as mãos da ruiva da face e a olhou com paciência e ternura.

–Minha amiga...não há do que se envergonhar...! Eu, na verdade, ja suspeitava mais eu precisava ter essa confirmação vinda de você mesmo. Aliais você até que me surpreendeu quando eu vi vocês dois no sofá.

–Ora essa Juliana...nunca ter feito não significa que eu não sei o que fazer...ne?! sou inexperiente mais não sou boba...além do mais eu sempre fui curiosa mesmo...

Juliana riu com a sinceridade da amiga...ela estava correta...até certo ponto.

–Ai Juliana que eu nunca que senti isso na minha vida...ele me toca em lugares que eu nem sabia que queria ser tocada, ele me tira do sério em todos os sentidos!

–Então...por que o medo?

–Ai eu não sei...! por que eu prometi pra mim mesma que iria me afastar...que iria esquece-lo...mas ele não desiste...e eu to cansando dessa minha luta interna.

–Então não lute mais minha amiga...ele ja lhe disse várias vezes que gosta de você...ele disse que lhe ama...!!

–É...mas faz muitos anos...que eu não confio mais naquele um..

–Ah...então está ai a sua resposta..

–Como assim?

–Você não se entrega Gina...você tem medo...por que você não confia no Ferdinando...mas penso eu que isso será uma questão de tempo... afinal...eu vou lhe ser sincera...eu nunca vi o meu amigo engenheiro do jeito que ele está agora...

–E como é que ele tá?

–Perdidamente apaixonado por você.

*

Ferdinando se revirava na cama tentando achar uma posição confortável...mas a verdade era que sabia que não conseguiria dormir aquela noite.

Os pensamentos eram conflitantes e tudo convergia para o momento em que a ruiva o interrompeu. Aquele pequeno gesto de retira-lo da atenção que o mesmo dava ao quadril dela e impedi-lo de retirar sua peça intima não lhe saia da cabeça. Ela havia travado...ele sabia...e ele não quis força-la por isso resolveu continuar a massagea-la enquanto era beijado com sofreguidão.

A preocupação agora era como ela reagiria amanha? Qual seria a sua reação? E o porque dela ter parado os carinhos dele apenas para começar a beija-lo com tanto desejo. Será que ela era...não...não...não poderia....poderia?

Ferdinando deixou que os pensamentos sobre ela o levasse para um sonho que a envolvesse.

*

A campainha tocou cedo naquela manhã de sábado...tão cedo que o único acordado e devidamente arrumado se assustou mas deixou o café para conferir quem era o visitante inesperado.

–Catarina? O que faz aqui? Não me diga que o Lepe fugiu de novo?

A madrasta gargalhou e falou da forma esganiçada de sempre.

–A que isso Ferdinando seu bobo! Nem me brinque mais com uma coisa dessas.

–Então a que devo a honra dessa visita tão cedo?

–A eu vim lhe buscar! Seu pai quer lhe falar. Vamos...vamos! Izidoro está com o carro lá embaixo prontinho para irmos!

–Mas agora? – Ferdinando não acreditava mas iria perder a oportunidade de ver a amada e saber sua reação....pelo menos por enquanto.

–Sim sim...vamos... vamos...que seu pai o espera com uma surpresa!

Ferdinando resolveu não contrariar...ja havia brigado muito com o pai . Apenas pegou um casaco qualquer, escreveu um bilhete rápido, não especificando local ..apenas dizendo que tinha ido resolver problemas familiares, e o pregou na geladeira.

Com isso saíram...Catarina com suas joias avisando até a uma pessoa a 10 metros de distância que alguém se aproximava e Ferdinando com uma cara concentrada e quase contrariada.

*

Em um boteco italiano não muito longe dali um casal discutia sobre uma decisão que mudaria os rumos do seu romance.

–Mas eu não aguento mais Milita! Esse seu pai não para de me encher! –O rapaz que vestia roupas entre o hippie e o alternativo quase gritava insatisfeito.

–Ah Vira ..não é assim também! Papa só está fazendo o que ele acha melhor... – A moça defendia o pai com a voz doce que combinava perfeitamente com o vestido solto de comprimento longo que ia até os pés que estavam adornados com uma rasteirinha simples.

–E me tirar dos vocais para ajudar a servir mesas não é demais não?

–É que estamos sem gente pra ajudar e você sabe que o movimento tem aumentado. – A moça não cansava de lhe oferecer argumentos para que o namorado desistisse de qualquer ideia que chegasse perto de brigar com o pai.

–Tem aumentado por que um dia eu consegui convencer o seu pai de me deixar cantar aqui...será que aquele velho turrão não percebe!

–Ai agora você ja esta ofendendo ele Vira! –Milita ja estava ficando irritada.

– Me desculpa meu amor...mas ele não gosta de mim e ja deixou claro que não aprova o nosso namoro.

–Mas quem escolhe com quem eu vou ficar sou eu! E eu escolhi você!

–Então por que você não larga tudo e vem embora comigo? Podemos começar uma vida juntos...pela estrada...Você cozinhava e eu cantava...assim poderíamos ir construindo nosso pé de meia até termos o suficiente para comprarmos uma casinha..

–Ai mais você é um sonhador mesmo Vira! Nós não temos nada...você sabe muito bem que cozinheira precisa de equipamento e músico precisa de sorte! Além disso eu não posso largar meu pai aqui sozinho.

–Sorte é uma coisa que eu não vou encontrar aqui...e pelo visto não vou encontrar também alguém que me entenda! – O rapaz se virou para sair do recinto quando foi pego pelo braço pela moça

–Não Vira...espera...volta aqui!

–Não Milita! Acabou! Eu vou procurar um outro emprego...eu vou procurar a minha sorte!

Dizendo isso o rapaz se desvencilhou da garota e foi embora a passos fortes e irritados a deixando chorosa no meio do salão vazio.

*

–Você o que? –Ferdinando precisava ouvir pela segunda vez o que o pai estava lhe dizendo.

–É isso mesmo que você ouviu meu filho. Eu realmente penso que fui muito duro com você e estou lhe pedindo perdão. Eu fui muito rigoroso com você Nandinho...me esqueço que essa história de política lhe afeta de maneira diferente...e agradeço profundamente sua paciência e sua habilidade em contornar a situação que aquela doida da Clotilde colocou a nossa família. E como sinal de minhas desculpas e minha gratidão estou lhe dando esse apartamento aqui em que estamos. A não ser é claro que você queira morar conosco de novo...o que será muito de meu agrado!

O apartamento era amplo e ja estava completamente mobilhado...Ferdinando notou o gosto refinado do pai para a mobilha e o exagero da madrasta para a decoração. Eles realmente tinham montado aquele apartamento juntos e para ele.

–Ele tem dois quartos pois Pituca e Lepe insistiram que deveriam ter um lugar na casa do irmão mais velho. E ele também fica do lado de casa...então se precisar de alguma coisa é so andar um quarteirão. E então o que me diz?

Ferdinando não sabia o que falar. Admirava o pai mais não podia aceitar tal presente.

Epaminondas reparando na duvida e confusão refletidas no olhar do filho resolveu ser mais prático.

–Vamos fazer o seguinte...você não precisa me responder agora...fique com a chave, tome a sua decisão sossegado e qualquer coisa você me fala. Estamos combinados?

Ferdinando ainda estava absorto em tudo aquilo...resolveu apenas balançar a cabeça em concordância .

*

–Será que ele vai demorar Juliana?

–Hm...e por que esse interesse todo em saber se ele vai demorar ou não? – Juliana comentava entre uma mensagem e outra que trocava com o namorado no celular.

–Ora...nada...só curiosidade mesmo...

Ouviram a campainha tocar e Gina mais que imediatamente foi ao encontro da porta.

–Ferdinando por onde você... –Gina parou no meio da frase percebendo que não era o engenheiro que estava na entrada.

–Bom dia filha!

–Oi pai...aconteceu algo de errado?

–Não não...a mãe que fez um belo de um almoço e ainda fez curau pra sobremesa...ela ta chamando vocês tudo pra almoçar mais a gente! Então simbora?

Juliana e Gina trocaram um olhar faminto e concordaram na hora. Antes de irem Gina escreveu um bilhete e também o deixou na porta da geladeira...sem nem desconfiar que o engenheiro ia passar o resto do dia preso à própria família.

*

– Obrigado pela carona Izidoro!

–Que isso patrãozinho ...é sempre um prazer!

–Cuidado na volta!

–Pode deixar doutor!

Ferdinando entrou no prédio e pode ver o carro de luxo do pai dirigido pelo motorista da família se perder em meio ao transito maluco das 6 da tarde.

Ele estava esgotado...além da proposta do pai e das fofocas que a madrasta adorava contar...ainda teve que brincar com os irmãos que hoje pareciam ter comido um quilo de açúcar ja que não paravam de correr ou brincar de jogos que exigiam mais do físico do irmão mais velho do que este estava acostumado.

Abriu a porta para encontrar uma Juliana atirada em uma das cadeiras, com o celular em uma das mãos enquanto a outra enrolava nervosamente uma mecha do cabelo. Pelo tom agudo da voz e os risinhos contidos não tinha dúvidas de que ela estava falando com Zelão.

Ao observar o engenheiro entrar...Juliana fez um gesto para que ele a esperasse e se despediu do namorado.

–Ta bom amor...então até daqui a pouco...um beijo!

–Meu amor é? Então quer dizer que aquele um conquistou mesmo o coração da minha amiga professora?

–A deixe de ser chato...- Juliana dizia entre risos. – Aii Ferdinando o que posso fazer se aquele um me deixa assim...boba?!

–É...deve ser muito bom mesmo ser correspondido assim – O olhar do engenheiro foi se tornando sombrio e a amiga não demorou a perceber do que se tratava.

–Olhe...meu amigo...se quiser minha opinião...eu apenas acho que você deve ter paciência...que tudo vai se resolver.

–Será mesmo Juliana?

–Vai sim...eu tenho certeza! Vocês só precisam conversar...uma conversa direita sem brigas e sem esses pegas de vocês...- Ferdinando sorriu com a memória do jeito com que ele e a ruiva se entendiam.

–E me diga...onde ela está?

–Essa ai deve estar descansando afinal ela passou o dia perguntando por você...olhava o celular de 5 em 5 minutos...tanto que até a dona Tê percebeu e acabou tirando o aparelho dela para que voltasse a almoçar. –Juliana ria ainda mais com a lembrança. – Aliais a Gina fez questão de trazer um pouco do almoço e do curau que a mãe dela fez...ela se preocupou até com o que você iria comer...por isso lhe digo meu amigo...apenas tenha paciência.

Ferdinando sentia um sopro de felicidade lhe invadir a alma e todas as energias que lhe foram sugadas voltaram a lhe habitar o corpo.

–E lhe digo mais meu amigo...eu e o Zelão vamos assistir um filme daqui a pouco...acho que será a oportunidade perfeita pra vocês. –Dizendo isso Juliana se retirou para poder começar seu ritual de beleza deixando um Ferdinando um tanto nervoso sentado no sofá.

*

Gina nem tinha certeza de quando havia adormecido...só sabia que tinha sido entre pensamentos e lembranças de um certo engenheiro.

Se olhou no espelho e resolveu passar um daqueles pós de rosto que Juliana lhe dera de aniversário junto com um curso rápido de como usa-lo. Ele ainda estava inteiro...só havia usado no dia da reunião na capital. Dosou a quantidade certa para que tirasse o amassado da cara e quando atingiu o efeito que queria passou um dos batons nude que Juliana lhe derá de Natal e que também estava intacto.

Abriu a porta do quarto sentindo uma sensação fria no estomago e o encontrou em uma das cadeiras. Ele estava concentrado lendo um livro qualquer, ela olhou o relógio em cima da parece que marcava 8 da noite.

–Ela ja foi...-Ele disse...a voz sedutora que a fazia arrepiar.

–Oi?

–Juliana...ela ja foi pro cinema...parece que estamos sozinhos novamente senhorita Falcão. –Ferdinando fechou o livro e levantou-se sem tirar os olhos dela.

Ela estava nos trajes de sempre...um short jeans qualquer e uma blusa maior do que ela e que dessa vez era de um time de basquete.

O rapaz se aproximou ficando a centímetros dela.

–Acho que precisamos conversar Gina.


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