O Amor é Cego escrita por Babi Rodrigues, Babi Hutcherson Black, Babi Hutcherson Black


Capítulo 3
Like Edward and Bella


Notas iniciais do capítulo

Nada pra falar aqui! E quanto ao nome do capítulo vocês vão entender enquanto lerem.
Capítulo dedicado à todos que comentaram no capítulo anterior (preguiça de copiar todos os nomes) e principalmente á té que fez um comentário lindooo!
Boa leitura!



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– Depende... Você vai parar com essa idiotice de achar que me importo com o fato de você não enxergar?

– Vou! - ele disse sério

– Eu quero sim, Peeta! – abraço-o - E também quero que entenda que realmente não me importa! Na verdade, é até melhor... Se você visse que sou banguela, zarolha, e sofro de ausência de nariz igual ao Michael Jackson você ia se assustar - eu disse rindo muito.

– Palhaça! - ele exclamou, sorrindo enquanto passava um braço em volta da minha cintura caminhando ao meu lado.

§§§

Quatro meses depois eu ainda estava namorando o Peeta e cada vez mais apaixonada... Parece algo tolo a se dizer, mas não é... Era como se de repente todos os clichês do mundo tivessem passado a fazer sentido pra mim... Eu não me sentia idiota em pensar nele como uma espécie de principie encantado; não me importava de lembrar dele cada vez que ouvia uma música romântica e melosa... Cada vez que o Peeta dizia o quanto eu era importante pra ele, eu me derretia toda... Passei a entender o que seriam as borboletas no estômago... Me tornei uma admiradora fiel de clichês... Passei a entender que a vida sem eles não teria a menor graça! Minhas amigas às vezes comentavam que achavam horrível e super clichê um cara chamar a garota de “pequena”... Eu ri com essa lembrança certa vez... Elas não imaginavam que quando se é com a gente, aquilo que parece “patético”, podia virar uma perfeição. Por isso, sim eu amava quando Peeta me chamava de “pequena” ou “minha vida” ou “meu anjo” ou qualquer outro nome que para quem não sentia aquilo que sentíamos iria parecer “patético demais” ou “clichê demais”.

– Kat, pega o controle pra mim, por favor! - ele dizia fazendo bico.

– Folgado! Pega você! Eu tô estudando! - respondi da mesinha onde estava lendo enquanto Peeta continuava deitado na cama implorando pra que eu pegasse o controle.

– Preguiçosa!

– Preguiçoso você!- disse levantando e pegando o controle, ele não estava mesmo com vontade de me deixar estudar.

Quando entreguei o controle pro Peeta fui puxada por ele, caí do modo mais desastrado possível batendo meu queixo na cabeceira da cama. Bom, a partir daí nem preciso dizer que não voltei a estudar... Ele ficou beijando mil vezes meu queixo e pedindo milhões de desculpas... E se tinha uma coisa que eu amava... Era o Peeta todo carinhoso comigo!

§§§

“Houve uma leve brisa sobrenatural. Meus olhos se abriram. As folhas das árvores menores tremiam com o vento gentil da sua passagem. Ele havia ido embora.”

– Eu não consigo ler isso e não me sentir triste mesmo já conhecendo a história toda! - eu disse abraçando o livro. Eu estava lendo naquela tarde para o Peeta, havia muito que não lia pra ele... Estávamos ainda no livro 2 da série Twlight, o New Moon.

– Bom, você se sente triste porque você é apaixonada pelo Edward. Mas, bem... Você lembra que ele só existe no livro, né? Que ele é ficção! - Peeta disse me zoando.

Infelizmente, sei! - eu retruquei.

Peeta não sentia ciúmes da minha paixão pelo Edward Cullen... Acho que é porque... Bom, é como ele mesmo disse... O Edward só existia em um livro.

– Eu entendo o Edward! - Peeta disse pensativo.

– Ah... Peeta, é triste o que o Edward faz... Pra quê ele se afasta da Bella? Ele a ama, e ela o ama também! Ela precisa dele!

– Bom... Ele vai embora justamente porque ama Bella! Kat, ele é um vampiro... Ele sabe que isso poderia machucar a Bella! Ele teve provas de que a Bella convivendo com vampiros colocaria a vida dela em risco! Ele não quer prejudicar a garota que ama!

– Mas... Ela precisa dele! - eu susurrei triste e pensativa. Eu sabia que aquela conversa já não era mais sobre Bella e Edward... E sim sobre Katniss e Peeta... Ele tentava disfarçar, mas eu ainda percebia durantes todos os dias do nosso namoro que Peeta ainda pensava que o fato de eu namorar um cego poderia me fazer infeliz, poderia prejudicar minha felicidade. Eu não queria que o Peeta partisse como o Edward! Não queria sofrer como a Bella! Tremi com esse pensamento!

– Edward é como a Fera, de A Bella e a Fera... - É? - perguntei sobressaltada... Não com a comparação, mas porque percebi que me perdi nos pensamentos e nem escutei as últimas coisas que Peeta havia dito.

– É! A Fera recusava o amor da Bella porque sofria por ser do jeito que era... Sabia que a Bella era perfeita demais para viver condenada a amar uma Fera... Ou seja, tanto Edward quanto a Fera se afastam para proteger a pessoa que amam... Nesse caso, as duas se chamam Bella - ele riu da coincidência.

O que o Peeta estava tentando me dizer? Que achava justo me deixar? Que seria pro meu bem? Ele estava querendo me deixar? Parece um pouco paranóico... Na verdade, é paranóico... Mas, foi isso que pensei!

§§§

Outono havia chegado e eu estava na janela do meu quarto lendo... Eu nunca gostei muito do outono, é uma estação triste. No verão o Sol brilha um pouco mais forte, as pessoas procuram regiões calorosas para diversão... No inverno o frio é de matar, mas a estação não deixa de ser boa... Chocolate quente, cobertores e mais cobertores, ventinho gelado tomando conta das ruas... Na primavera, a estação mais bela, tudo são “literalmente” flores... Mas, o outono... O outono tem uma sensação de fim... As árvores perdem as folhas, o Sol brilha fraco, as poucas flores não parecem tão belas... Até mesmo o frio é estranho no Outono... Eu não sabia se era culpa da estação ou algum tipo de pressentimento, mas naquela amanhã acordei com uma sensação de perda em mim.

§§§

À tardinha resolvi passar na casa do Arthur, eu não via ele desde o dia anterior... O que para uma garota apaixonada é muito tempo.

No jardim da casa fui surpreendida por Gale Hawthorne, o cara mais chato da face da terra.

– Gale? O que você está fazendo aqui? - eu perguntei surpresa tentando disfarçar a minha cara de “Ai! Que saco!”.

– Oi, Kat! Eu vim... Erm... Eu preciso falar com você! Eu tô vendo que você está de saída, então vou ser rápido... Kat, eu preciso que você me dê uma chance... Eu sei que...

– Essa história de novo, Gale? Quantas vezes você já me pediu em namoro e quantas vezes eu já disse que não? Gale, eu tenho namorado! E mesmo antes dele eu já te dizia “não!”...

– Kat, eu sou apaixonado por você! Há muito tempo! Por favor, tenta pelo menos...

– GALE! PARA! Eu tenho namorado! - eu me estressei com a insistência dele e mais ainda com o fato de Gale estar se aproximando muito de mim. Como uma cobra pronta para dar o bote!

Nesse momento, Peeta ia chegando com o motorista para me ver... Eu não avisei que estava indo a casa dele, então ele veio me ver... Mas, nem eu e nem Gale vimos que ele estava ali! Estávamos em uma chata batalha pra conseguir reparar em algo mais!

– Eu não aceito que você prefira aquele cego... O que você viu naquele cara? Ele é um idiota! Ele não enxerga, só atrapalha sua vida... O que vocês dois fazem juntos? Ficam trancados o dia todo enquanto você lê para ele? Há quanto tempo você não vai a uma festa? Há quanto tempo você não sai com seus amigos? Ele está te prendendo, roubando sua vida e você nem nota isso!

Eu senti todo o sangue do meu corpo esquentar... E eu nunca senti tanto ódio de alguém como senti do Gale aquele dia. De repente achei uma força que eu nem sabia que existia em mim... E bati no Gale... Foi o maior e mais forte tapa na cara que alguém já levou na vida. Eu deixei cinco dedos marcados na cara do Gale, e eu suspeito que foi para sempre... Acho que, hoje, se encontrar com ele na rua, meus dedos ainda estarão lá!

Estava correndo pra dentro de casa de novo quando vi o Peeta descer do carro. Meu coração deu um forte solavanco e eu podia jurar que estava enfartando. Tive medo de que ele tivesse escutado tudo. Porque sei que ele ficaria muito magoado e triste. Tive medo porque senti que ele me deixaria.

Fiquei parada na escada, paralisada, assistindo Peeta caminhar na direção do Gale. Eu sei que deveria ter feito algo, mas não consegui. Não era por querer, mas eu não conseguia mexer nem um músculo do meu corpo. Eu conseguia ouvir meu coração bater alto... Nunca pensei que por causa do Gale eu poderia ter tanto medo em minha vida como senti naqueles poucos minutos.

– Eu sei que é cruel as coisas que você acabou de me ouvir falar para Kat, mas...

– Cala a boca, Gale! - Peeta disse rude. - Em nenhum momento eu quis roubar a vida da Kat, eu nunca a impedi de ver os amigos... Eu estou com ela porque a amo.

– Ama mesmo? Se a ama tanto assim, deveria deixá-la! Você sabe muito bem os preconceitos que ela vai ter que enfrentar por sua causa... O carma é seu, não dela... Isso é injusto! Você sabe que ela deixará de fazer um monte de coisas por você...

Eu quis gritar, mas não conseguia... Eu estava vendo a maior idiotice do mundo acontecer diante dos meus olhos e não conseguia fazer nada... Vi o Peeta começar a chorar, queria matar Gale. O que era aquilo? Uma novela mexicana? Assim como nas novelas mais idiotas da face da Terra Peeta se deixaria levar por um idiotapanacasacana como Gale Hawthorne? Meu coração não cabia mais no meu peito... Queria explodir! Peeta não respondeu a Gale, virou as costas e foi andando em direção ao carro. Como assim? Ele deveria vir em minha direção! Deveria me abraçar e mandar Gale “se pocar na casa do cão”. Mas, não! Ele estava indo embora! E isso me fez sair do meu estado estátua e correr atrás do Peeta.

– Peeta!!! - eu o abracei forte... Por que eu estava com tanto medo?

– Kat, podemos conversar mais tarde?

– Não! Quero conversar agora! - eu disse caindo no choro feito uma criança bobona

– Kat, por favor! À noite nós conversamos! Você pode ir lá em casa à noite?- ele disse chorando também, não de uma maneira infantil como eu... Chorando magoado, triste. E isso me fez querer morrer.

– Eu amo você, Peeta! – disse, deixando ele entrar no carro...
E sabe o que mais doeu? Eu não escutei resposta alguma... Ele não disse que me amava de volta... E eu sabia que não era porque não me amava e sim porque sentia que não poderia mais me dizer aquilo. Era como se o chão tivesse abrindo em baixo de meus pés... Logo eu que achava exagero de qualquer garota dizer que sentia coisas daquele tipo...

Fiquei ali parada no meio da rua vendo o carro dele se afastar, virar a esquina... E eu ainda continuava lá... Parada! Até que Gale se aproximou para falar comigo... Eu pensei que fosse gritar com ele, bater, mas não... Eu olhei com desprezo, fazendo-o entender que queria que ele morresse. E fui para minha casa... Esperar com muito medo a noite chegar para ir à casa do Peeta.


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Notas finais do capítulo

Nada pra dizer aqui também! Passei a tarde andando no centro de Recife e não sei como tive coragem de postar o capítulo, mas como bateram a meta eu tinha que postar. Nova meta é 15 comentários, estou com 26 leitores e quero que pelo menos a metade (mesmo que 15 não seja a metade de 26) comente, besos!



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