O Amor é Cego escrita por Babi Rodrigues, Babi Hutcherson Black, Babi Hutcherson Black


Capítulo 1
Prólogo


Notas iniciais do capítulo

Boa tarde!! Espero que gostem, vai ser uma short-fc bem pequena já terminada no meu word, vou postar pelo menos dois capítulos toda semana, beijos! ♥



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Em 2002, quando eu ainda cursava o 2º ano do Ensino Médio em Manchester e tinha apenas 15 anos, fiz uma visita com colegas a uma casa de apoio a pessoas com deficiência visual. Nunca algo me marcou tanto... Pensava muito em como seria viver sem poder ver o céu, ou o rosto das pessoas ao meu redor... Lembro-me de ter elaborado milhões de questionamentos em minha cabeça, enquanto meus amigos brincavam com algumas crianças e as faziam rir. Que tipo de justiça era aquela? Por que motivo algumas pessoas nasciam cegas? O que seria pior... Nascer sem visão ou perdê-la mais tarde? Algumas pessoas ali, a maioria adulta e adolescente havia perdido a visão em algum tipo de acidente ou com doenças... Mas, havia aquelas crianças que nunca tinham visto o mar; não tinham a menor noção do que era lilás ou azul, do que era um céu brilhando com um imenso Sol. Bom, sempre acreditei naquela frase "Deus só manda o fardo para aqueles que conseguem carregá-lo!". E ainda acredito!

Naquele mesmo ano comecei a trabalhar durante as tardes, depois da aula como voluntária naquela casa, naquele projeto que se chamava LUZ. Eu achava um tanto irônico, afinal todos ali só tinham diante dos olhos escuridão. Era intencional, pois aquele projeto dava luz a muitas daquelas pessoas. No meu primeiro ano de trabalho fui encarregada de tomar conta de uma criança cega, uma menina chamada Primrose. Não era tomar conta como uma babá, era um trabalho diferente. Todas as tardes eu ia à casa da Prim ler para ela, contar histórias, realizar brincadeiras e ensinar coisas que pudessem ajudá-la a viver da maneira mais natural possível, a viver como as pessoas que possuem visão.

***Flashback***

– Kat, como é o mar?
Aquela pergunta parecia fácil de se responder... Eu poderia dizer: Imenso, mas ela não tinha noção do imenso... Azul, mas ela nunca viu outra cor senão "preta"...
– Bom, Prim... O mar tem a mesma cor do céu...
– Azul?
– Isso! E às vezes, durante o dia, o céu e o mar são tão parecidos que parecem um só... Não se sabe onde é mar ou onde é céu... Onde um termina, o outro começa...
– Hm... Como se eles estivessem colados um no outro? Do mesmo jeito que a mão da minha ursinha está costurada na mão do meu ursinho?
– Exato! - Disse eu sorrindo, pensando em como uma criança de 6 anos podia me ensinar tanta coisa sobre a vida, mesmo sem querer.


*** Fim do flashback***

Cerca de quase dois anos depois, Prim precisou mudar de cidade, eu nunca mais a vi. Mas, nunca a esqueci. Eu estava então com 17 anos cursando o último ano no colégio. Recebi minha nova tarefa... A tarefa que mudou minha vida para sempre! Todas as tardes eu deveria visitar um garoto de 18 anos e ler para ele. Seu nome era Peeta Mellark, havia perdido a visão em um acidente de carro quando tinha 16 anos, mesmo acidente em que seus pais morreram. Peeta havia ficado órfão, cego e completamente sozinho. Morou em um orfanato até completar 18 anos, depois disso pegou sua herança nada pequena e foi morar sozinho. Era 5 de julho de 2004 e lá ia eu pela primeira vez a casa do tal garoto, caía uma tempestade que parecia mais o fim do mundo.


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Notas finais do capítulo

Espero que tenham gostado! Comentem! ♥