– Bom, essa é a hora – Jonathan sorriu para mim – Boa sorte, borboleta
Olhei-o zangada.

– Sim – Sorri sarcástica, encarando a posta escura da sala de aula – Boa sorte para ti também, corvo.

Ele fez careta.

Dei um passo para frente e abri a porta.

O professor estava na frente do quadro, sem camisa, revelando seu peito detalhado e musculoso, os braços cruzados expondo seus bíceps e vestindo calças jeans pretas batidas e botas escuras. Seu cabelo loiro estava solto, e um olhar esmeralda raivoso direcionava-se ao outro canto da sala.

As carteiras estavam organizadas uma acima das outras, com o pessoal da sala em roupas de box. Mais a frente estava a barbie vadia oxigenada de braços cruzados e lançando ao professor um olhar sexy, mas eu sabia que era falso. Ela estava raivosa.

– Eu não vou participar dessa merda – Ela gritou – Você não pode me obrigar a nada.

– Não posso te obrigar – Respondeu o professor rispidamente – Mas terá que ficar fora da sala!

Limpei a garganta.

– Atrasada para a festa? – Perguntei com um sorriso sarcástico. Todos da sala olharam para mim. – O que perdi?

– Senhorita Fellys e... – O professor olhou-me irritado. Levantei as mãos em sinal de pare.

– Luce – Sorri para ele – Sim, estou atrasada.

– Nós estamos atrasados – Jonathan olhou para mim, e sorrio – Você demora muito.

– Eu? – Retruquei – Nem fale de mim, você não tem moral para isso.
Jonathan franzi o cenho.

– Eu não demoro uma hora para escolher a roupa – Ele olhou-me dos pés a cabeça – E não estas com roupa de boxing.

– Idai? – Retribui-lhe o olhar – Você também!

Jonathan ia começar a dizer alguma coisa, mas o professor limpou a garganta.

– Agora estão todos aqui – Ele passou o olhar para todos da sala – Quem não vai lutar, vaza.

Algumas vadias de poucas roupas gritaram em protesto.

– Eu posso ajudar a limpar a sala, professor – Olhei para elas, estralando meus dedos e voltei minha atenção a ele – E então?

O professor piscou os dois olhos, confuso.

– Não sera necessário – Ele lançou um olhar nada amigável para elas – Vocês ficam, mas vão ter pagar.

Sorri.

– Bem, por onde começamos? – Perguntei ao professor.

– Os telespectadores façam um semi circulo ao redor da sala. E os lutadores completam o circulo em frente as cadeiras. – Ele gritou. Rapidamente o pessoal se ajustou, a sala era grande. O professor Edward trouxe uma caixa preta – Coloquei os nomes de todos os alunos da sala aqui, o processo de jogadores seria sorteado, mas como teram muitos que serão apenas telespectadores, terei que refazer. No quadro botarei os nomes das lutas e seus vencedores. Eu vejo que temos dez lutadores. Apresentem seus nomes.

– Ethan – O moreno sorriu, seus olhos cinzas brilharam. Estava de calça jeans negras e desbotadas, all-star e uma camiseta preta despojadas de mangas compridas. Tão sexy... Não, não pense nisso Luce!

– Kauan – Um dos amigos de Jonathan respondeu, seus cabelos ruivos estavam bagunçados e seus olhos esmeraldas pareciam misteriosos, vestido com calças escuras, botas e uma blusa regada preta.

– Ryan – Acenou animadamente o carinha de cabelos azuis, estava com seu cabeço todo espetado para cima e com botas, calças e um camiseta de manga comprida, tudo de couro.

– Renan – Falou o loiro de olhos azuis, vestia uma camiseta polo preta de mangas curtas e uma calça escura skinny. Seu olhar pairava nas vadias. Humpf!

– Bryan – Era o moreno de olhos castanhos, seu cabelo estava liso, pairando em seus ombros. Blusa preta e calças jeans desbotas, descalço. Seu ar de misteriosidade me fazia sentir respeito.

– Jonathan – Acenou meu irmão. Ele parecia sério e olhava para outros lutadores. Eram todos homens, fora eu.

– Emanuel – Respondeu um garoto de olhos negros, pele palida e cabelos pretos que mal apareciam pelo gorro de sua jaqueta preta. Vestia calças jeans escuras e all-star. Não parecia querer conversar.

– Ian – Falou um bombado de olhos castanhos claros e cabelos enrolados e compridos até um pouco abaixo dos ombros, parecia um lutador, tinha uma face raivosa e vestia uma regata preta com calças jeans desbotadas. Descalço.

– Marcos – Disse um loiro de olhos verdes misteriosos, usava calças jeans pretas e uma regata, revelando bíceps e uma tatuagens de um grande dragão soltando fogo. Estava descalço e encarava-me descaradamente. Curioso.

– Luce – Cruzei os braços, todos encararam-me duvidosos.

– Ela vai lutar? – Debochou o tal de Emanuel – Meninas devem assistir.

– Tadinha – Riu o loiro, Marcos. – É melhor você ir assistir, docinho. Você pode se machucar.

Suspirei.

– Tá com medo? – Olhei desafiadoramente para os dois. Eles lançaram-me olharem raivosos. – Ótimo, eu também não.
Senti um um risinho contido ao meu lado. Era Jonathan, que lançava-me um olhar trocado. Eles não nos conheciam.

O professor limpou a garganta.

– Bom, anotei os nomes e coloquei na caixa – Ele explicou – Primeiramente serão feiras cinco fileiras, dois conta dois. E os oponentes serão sorteados. Entenderam?
Acenamos.

– Se prepare, docinho – Disse Emanuel, encarando-me – Ninguém aqui vai ser bonzinho com você.

– Faço das suas – Sorri para ele – As minhas palavras.