A Twist of Life escrita por Dih Rohling
Notas iniciais do capítulo
Nono capitulo
Escrito & Revisado 2 vezes.
GRANDE PARA COMPENSAR
Acordo com leves batidas na porta. Viro-me e olho a tela de meu celular. Oh, não, não pode ser... Já eram 07:57 da manhã. As aulas começavam em três minutos.
Pulei da cama, ainda com as roupas intimas e corri até a porta da cozinha.
– Jonathan? – Perguntei sonolenta ao abrir a porta.
– Ainda não estas pronta? – Jonathan respondeu-me com uma pergunta, me analisando da cabeça aos pés.
– Não – Falei tristemente em um sussurro – Acho que vou faltar.
Jonathan suspirou.
– Você não me parece bem – Ele disse protetoramente doce – Durma um pouco e venha ao refeitório as 11:30 para o almoço. – Jonathan pausou – Ok?
– Tudo bem – Bocejei sonolentamente – Não deu para dormir muito mesmo.
– Notei – Jonathan piscou, olhando para o relógio – Agora devo ir.
– Te encontro no refeitório – Falei abraçando-o – Depois me diga como foi.
E ele saiu em direção ao elevador do andar.
Com isso, fechei a porta e voltei para meu quarto. Estava morta de sono.
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Revirava-me na cama, não conseguia mais pregar o olho. Meu corpo doía por causa da longa estadia deitado, olhei para o celular, eram 10:45.
Levantei-me preguiçosamente contraindo meus músculos e alongando-me. Andei até o banheiro e fui tomar um banho para me despertar.
De toalha, caminhei até o armário e peguei uma calça skinny preta, allstar cano alto preto, blusa de manga comprida com decote V preta mostrando meus parte de meus seios e uma recente tatuagem de uma borboleta negra, pequena e solitária. Pegou também uma jaqueta também preta.
Fui ao banheiro e me olhei no espelho. Ugh! Estava com olheiras horríveis. Os cabelos negros bagunçados.
Penteei bem meus cabelos curtos e negros um pouco abaixo dos ombros, e peguei minha maquiagem, fazendo um disfarce para as olheiras. Passei rímel, glóss e nada mais.
Já estava pronta.
Peguei minha mochila, a qual já estava dentro da mala com os materiais e sai fechando a porta. Levantei o capuz da jaqueta, como de costume, deixando-o esconder boa parte do meu rosto, junto com minha franja negra.
Caminhei em direção ao elevador, clicando no botão e esperando-o. Olhei meu celular bem escondido em um fundo falso da minha jaqueta. Eram 11:20.
O elevador soo um sinal e abriu, eu entrei e cliquei T (térreo). Não demorou muito e o elevador começou a descer, subitamente parando.
Olhei para cima na marcação dos andares. Estava no sexto andar.
As portas abriram revelando um lindo rapaz, pela aparência com aproximadamente 17 anos, de olhos cinzas tempestuosos e cabelos negros bagunçados rebeldemente, com um rosto singular, nem tão fino, nem tão redondo, másculo. Estava totalmente de preto, calça jeans, jaqueta de couro, blusa do Led-Zeppellin de um anjo nu com as asas abertas de costas, e símbolos em baixo que pude identificar alguns como de alquimia, magia e feitiçaria por experiência própria.
Ele me olhou levantando uma sobrancelha enquanto entrava no elevador, não sabia se ele sabia que estava sendo observado, sendo que meu capuz e cabelo escondiam meus olhos.
– Não é comum encontrar garotas por aqui – Disse ele, examinando-me da cabeça aos pés de uma forma que me senti nua – Ainda mais garotas inocentes.
E com isso eu ri. Um leve riso sarcástico.
– E o que em mim faz-lhe pensar que sou uma garota inocente? – Perguntei suave e lentamente levantando a cabeça para encarar descaradamente seus olhos cinza tempestuosos – Fiquei curiosa.
– Geralmente as garotas a vem aqui usam menos tecido nas roupas – Ele disse simplesmente, um meio sorriso levantando em seus lábios, não pude deixar de rir – Esta rindo do que?
– Da tua cara de tarado – Respondi indiferente encolhendo os ombros – É impossível não rir.
– Muito engraçadinha – Disse ele ironicamente, lambendo os lábios – Mas o que uma garota faz no terceiro prédio do reformatório Badkids?
– Esse é o prédio dos “problemáticos” não? – Perguntei ironicamente fazendo aspas com as mãos na palavra.
– Por isso mesmo – Ponderou ele – Você sabe que tipo de “problemas” os “problemáticos” tem? Não tem medo de estar aqui? – Perguntou ele, me imitando e fazendo aspas com as mãos nas duas palavras.
Eu ri alto, não podendo me controlar.
– Por que rires? – Perguntou ele novamente, suas duas sobrancelhas arqueadas – Se fosse você teria medo de ficar aqui.
– E por que teria? – Perguntei em falsa inocência, colocando a mão sobre o peito – O que há de tão perigoso aqui?
– Isso é simples – Respondeu ele debochadamente – Os moradores, borboleta.
– Os moradores... Hnn, e o que tem eles? – Perguntei, fingindo não saber de nada – E por que borboleta?
– Borboleta... A sua tatuagem – Ele apontou para meu decote com um sorriso pervertido no rosto – E, bem... Os moradores desse prédio, como podes adivinhar, não tem ficha limpa. Eu me pergunto o que uma borboleta como você faz aqui.
– E o que você acha que eu faço aqui? – Indaguei-o docemente, mordendo o lábio.
– Eu acho que você veio visitar alguém – Respondeu ele como se aquilo resolvesse tudo. Eu ri alto.
– Eu tenho cara de visitante? – Perguntei fingindo indignação.
– Tem – Ele respondeu na cara dura, encarando meu decote com aquele sorriso tarado – Nunca a vi por aqui.
– Por aqui dormitório ou por aqui reformatório? – Indaguei balançando a cabeça de um lado para o outro encarando o teto do elevador que descia vagarosamente.
– Os dois – Exclamou ele, pensativo – Não sou de esquecer de alguém.
– Interessante, eu também não – Ponderei, e era verdade, tenho uma memória muito boa para me lembrar de pessoas, mesmo quando bêbada – Sou nova, cheguei hoje de madrugada.
– Só você? – Ele perguntou curiosamente.
– Talvez sim, talvez não – Soltei um risinho abafado – Enfim...
– Qual seu nome? – Perguntou cortando-me.
– Luce – Falei suavemente – E o seu?
– É verdadeiro? – Eu ri com a pergunta dele.
– É, é sim idiota – Olhei para o marcador, estava quase no térreo... Só mais três andares – Qual seu nome?
– Ethan – Disse simplesmente, olhando meus peitos – E a propósito, belos seios.
Eu tive vontade de socá-lo na cara no momento, mas me segurei.
– Obrigada – Dei-lhe um sorriso de escárnio, encarando-o mortalmente com um olhar assassino. Percebi seu sobressalto ao perceber o tipo de olhar que eu lhe mandava.
– Nunca vi uma garota com esse olhar – Ele disse, arqueando as sobrancelhas. – Interessante.
Eu ri sarcasticamente, fazendo caretinha.
– Que legal, né? – Sussurrei, abaixando um pouco mais meu capuz e colocando os fones de ouvidos bem escondidos. Ethan notou e arqueou as sobrancelhas.
– Quebrando as regras – Ele sorrio malévolo, agora encarando descaradamente minha bunda – Nossa.
– Você não cansa? – Perguntei também descarada e sarcasticamente.
– Do que? – Ele perguntou fingindo inocência. Eu ri.
– De ser tão tarado – Cantarolei indiferente ao som do heavy metal dos meus fones e mordi o lábio inferior.
O elevador abriu e eu saltei dele pisando duro.
– Ah, não – Respondeu ele me acompanhando – E, a propósito em qual dos prédios você dorme? – Perguntou ele curiosamente.
– Quer mesmo saber? – Perguntei descaradamente, lambendo os lábios.
– Quero. – Respondeu ele com um sorriso sarcástico. – Oh, se quero.
– Vai ficar querendo, então – Respondi resoluta e duramente. Ele arqueou as sobrancelhas.
– Nunca nenhuma garota me negou – Ele fez birra, cruzando os braços.
– Que legal – Respondi indiferente, encolhendo os braços e saindo do prédio – Faz-me sentir feliz. Sempre se tem uma primeira vez.
– Esse seu sarcasmo enche o saco, sabias? – Ele perguntou, seus olhos tempestuosos raivosos – Você sempre foi assim? Nunca vi garota mais fria.
Aquilo me parou ereta instantaneamente como um choque, ele arregalou os olhos.
– Não. Nem sempre, mas tudo que é bom acaba – Falei suavemente, encarando as nuvens. Ethan me encarou, e subitamente minha voz ficou fria – É passado.
Ele arqueou as sobrancelhas.
– O que você quer dizer com isso? – Ethan perguntou e eu continuei a caminhada em direção ao refeitório mais rápido.
– Não interessa – Respondi friamente, não encarando-o – Cuide de sua vida.
– Nossa! A borboleta revoltou-se – Ele exclamou fingindo indignação – A propósito, estou indo ao refeitório. E você?
– Também – Respondi simplesmente.
– Você disse que chegou de madrugada, não te vi na aula hoje de manhã... – Ele pausou, encarando-me – Precisas de ajuda?
– Não – Respondi duramente – Eu vim acompanhada.
– É? – Exclamou ele, parecendo não acreditar – E quem seria?
– Não interessa. – Respondi friamente.
– Veio um aluno novo na minha sala hoje – Ele falou, olhando para longe – Se chamava Jonathan. Seu namorado?
Eu ri alto, ponto as mãos no meu pâncreas que estava ficando dolorido.
– Descubra – Eu simplesmente disse, com um sorriso sarcástico.
– Ah, me responde algo – Ele pediu docemente – Que apartamento você mora?
– Descubra – Repeti a resposta.
– O que você estava fazendo no prédio dos alunos internados por problemas relacionados a brigas, assassinatos e passados ruins, gata? – Ele olhou nos meus olhos – Não me pareceu um lugar para uma borboleta.
– O que você estava fazendo lá? – Repeti sua pergunta.
– Eu moro lá, tenho tudo o que se precisa morar lá – Ele encolheu os ombros, indiferente – Você não se assusta?
– Não – Respondi igualmente, também indiferentemente, encolhendo os ombros e encarando aqueles olhos cinzas tempestuosos – Eu também moro lá.
Ele sobressaltou-se, assustado.
– Você não tem cara de quem apronta – Disse ele examinando-me novamente – Curioso.
– Todos têm um passado – Eu disse, olhando para o céu – Tenho motivos para estar aqui.
– Imagino. – Respondeu ele desacreditado – O que uma garota inocente teria?
– Inocência... – Eu ri tristemente com a palavra – Essa é uma coisa que eu perdi a muito tempo.
– Hã? Você não me parecesse uma vadia. – Ele exclamou confuso e eu ri – Não te entendo.
– Não, eu não sou uma vadia – Exclamei examinando e escolhendo minhas palavras – Existem outras coisas que fazem uma pessoa ser inocente ou não, uma delas é como ela vê o mundo.
– Entendo – Ele me encarou – E como você vê o mundo?
– Ele não é mais colorido – Suspirei pesadamente .
– Qual a cor predominante? – Perguntou fingindo olhar para o céu.
– Preto e Vermelho... Escarlate. – Respondi simplesmente, encarando minha mão e flexionando meus dedos – Sangue...
Ele olhou-me, não assustado, mas de uma forma compreensível.
– Todos têm seu passado – Falou ele, suavemente, uma leve brisa balançando seus cabelos escuros.
Olhei para frente.
Aviamos chegado a um tipo de restaurante ao ar livre, com mesas e cadeiras brancas, estava cheio, mas pude ver de longe meu irmão sentado em uma cadeira conversando com uns garotos tatuados.
– Até – Simplesmente falei e segui em direção de Jonathan.
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Quero comentários.
Amores, fiz um grandão, então comentem para mim fazer cada vez maiores!