Naïve escrita por Charlie


Capítulo 2
Capítulo 2


Notas iniciais do capítulo

Mais um capítulo, galera. Acredito que já deu para ver que minhas atualizações são bem demoradas, mas os capítulos são bem cheios. Tão cheios que quase não cabem, como aconteceu nesse. Evito fazer muito grande para evitar o cansaço na hora de ler, mas ok. Agradeço a todos vocês que acompanham a fic, mas hoje vou mandar um agradecimento especial para as leitoras Stefany, Miloca e Vitoria que com seus comentários vêm me motivando a continuar. Obrigada, Stefany ,Miloca e V. ! Até breve, xo.



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Quinn's POV
– Céus, Quinn. Tem como atender essa maldição de celular?
O vibrar insistente contra a superfície de algum móvel era sim um estrondo devastador a quarto ouvidos semi embriagados, mas não o suficiente para um despertar de primeira mão.
A voz ríspida seca dirigiu-se a mim em resmungo entre dentes. E desta maneira doce, despertei levemente. Os olhos não se desgrudaram, os lábios não falaram. Apenas senti meu corpo reatar com suas próprias estruturas. Sem olhos guia, estendi meu braço em direção à aba de madeira embutida na parede onde a cama havia sido recostada. O corpo ainda preso ao colchão, meus dedos foram de encontro a alguns objetos lá deixados até envolverem a garrafinha rechonchuda quase completada de água mineral.
– Onde ele está? – Resmunguei, certamente não era a garrafa quem vibrava desesperada em chamada.
Não houve respostas, falei vago. O barulho já havia cedido, encontrei-me junto de um compasso bem marcado de respiração do outro lado da cama. Usei a mão desocupada para sentar ereto. Minhas pálpebras sem ceder, pesavam uma tonelada. Meus músculos cessaram após deixar as costas contra o painel também de madeira escura, arquitetado na parede centímetros acima da cabeça da cama.
Vigor rendendo-se ao álcool recém-eliminado do sistema, às noites quase ou não dormidas. Assim, o corpo morto ao meu direito com cheiro cativante soltou um resmungo prolongado em sincronia com a volta do vibrar de um celular perdido por entre o quarto. Não o meu, não o dela, um quarto de hotel da elite médio-alta de Ohio. A que ponto chegamos?

Quando ordenei aos olhos, só um deles respondera-me de maneira preguiçosa. Esse viu vários artigos de roupas esbaldadas no carpete. A cama ainda forrada por lençóis metade dentro e outra fora da estrutura. Fios negros escondidos entre travesseiros brancos faziam-me companhia, quase ultrapassando minha metade limite da cama.
– Quinn, por favor. – A voz abafada pelo travesseiro pressionado sobre o rosto quase não foi de encontro a meu entender. Implorou para que eu cortasse o barulho infernal e a luz do dia que invadia o quarto sem permissão. – Mesa de estar, diabos.
Antes de acender o incômodo, desenrosquei a garrafa e levei-a aos lábios.
Afastei o cobertor em contato com meu corpo em busca de passagem e o estado que encontrei as partes que o pano branco impossibilitava meus olhos de ver, foi uma das mais confortantes possíveis. Minha pele mostrou-se com cheiro suave, confortador. Em um identificar, o aroma coincidiu-se com cheiro de uma das loções com o papel de fazer espumas para banheiras, adotada no banheiro do hotel. Senti nos fios de meu cabelo em desordem caídos sobre meu rosto o mesmo aroma. Uma camiseta de coloração branca não colada à pele me protegia até centímetros abaixo do umbigo. O tecido branco e um cheiro seco embriagante familiar. Meu estômago revirou. Eu usava calcinhas. Meu sexo revestido por uma lingerie chumbo que me fez duvidar da localização do sutiã qual combinava com a peça, claramente não próximo a mim. O quarto bravamente desorganizado, mas meu corpo intacto, intocado. O cérebro gozou de mim quando resolveu brincar de lembrar ou não lembrar do porquê eu acordara com outra mulher na cama, ir ou não ir. Em exercer uma força maior nas pernas, as senti negar qualquer esforço, tremulando sob meus olhos. Os ombros pesando uma tonelada, minha língua afogada em um sabor não usual, um agridoce, um amargo não desconfortável.
Localizei no osso de minha cintura uma marca levemente roxo-avermelhada, carimbando a pele branca, descartando qualquer pensamento de incredibilidade a respeito da noite antecessora a aquela manhã.
– O que diabos é isso, Santana? – Minhas sobrancelhas rígidas quando busquei aproximar a cabeça do lugar para melhor visão da marca. A ponta de meu dedo a sentiu por algumas vezes.
Eu dormi sim com outra mulher, meu corpo gritava com precisão, o sangue corria em adrenalina por minhas artérias. Não qualquer mulher. Santana, quero dizer.
Meus músculos quase me deixaram na mão, ameaçando ir de encontro ao chão, quando primeiro caminhei desajustada em direção à pequena área mais afastada da cama. 11:18 am, o visor quase sem contraste dizia junto de um aviso de sete chamadas não correspondidas. Oito, com um novo vibrar agora em minhas mãos. Respondi sem a identificação da chamada.
– Yeah
K: Jesus, você está viva. – A reação melodramática da linha qual me procurara sete vezes respondeu em um tom doce. Doce em exagero até. Kurt, sem segundos palpites.
Não é como se eu estivesse sem notícias por dias. – Apostei num tom ríspido. Era onze da manhã, oras.
K: Venho te ligando desd-
Oito vezes – Interrompi. – O que há de errado? Aconteceu alguma coisa? Está tudo bem? – Apesar do horário e do modo que fui despertada, eu não era uma vadia sem coração. Moldando, o fiz ser objetivo.
K: É, desculpe-me por isso. Pensei que você já tinha voltado a Yale, quis ter certeza. – A voz desajustou acanhada. A ligação era limpa, nada grunhia ao fundo. A voz aguda límpida passava por meu ouvido com delicadeza enquanto meus olhos pesavam fechados.
Como posso ajuda-lo, Kurt? – Após uma pausa bem vinda.
K: Você não está em Yale, está?
Ainda não. – Respondi em um suspiro.
K: Oh, graças a Deus. – Sua imagem de alívio tomou o escuro de meus olhos fechados. – Quando sai seu voo?
Não sei, às 14h? – Não era definitivamente onde meus pensamentos gostariam de estar no momento. Meus dedos coçaram a nuca e lá permaneceram.
K: Perfeito, acha que tem como nos encontrarmos antes de voltar? – Transpareceu um tom que ansiava pela resposta. K: Talvez um café?
– Yeah, como quiser.
K: Precisamos muito conversar –
A seriedade agora exposta fez uma leve onda de preocupação crescer em mim. K: Daqui uns dez minutos está tudo bem? – Meus olhos reagiram, abrindo-se com selvageria.
Perdão? – Em confirmação da desconfiança se meu entender não havia me traído.
K: Perdão se lhe acordei, sei que deve ter sido difícil depois da noite do não casamento – O escutei pigarrear do outro lado da linha. K: Mas daqui três horas seu voo sai.
Não, uhm... está tudo bem, encontro você em dez minutos no breadsticks, ok? – Ou em vinte. Minha hesitação era nada mais que uma consequência de possuir uma mulher nua adormecida em minha cama.
K: Nos encontramos lá então.
Quando a água gelada do chuveiro primeiro bateu contra minha pele sensível a qualquer toque, meus lábios deixaram escapar um suspirar inesperado. Encontrei meu corpo em contração, meus músculos contraídos. Talvez fosse a realidade fazendo pressão em todo lugar uma vez jogada em mim. O que fizemos? Aonde viemos parar realmente? Nada parecia certo, soava certo. Meus pensamentos asfixiavam quando levei as palmas das mãos molhadas contra o rosto para afastar as ideias mal pensadas. Não deveríamos estar aqui, nada disso deveria ter acontecido. Também não deveria arrepender-me, renegar depois de tudo que nos fizemos sentir. Mas o real era surpreendente demais para ser inconversável.
A brisa matutina fora deixada de mim ao banho tomado, aos dentes serem escovados e meu corpo ser protegido por um vestido outono de meia extensão azul marinho completado por pequenos círculos brancos e cortado por um cinto fino marrom. O rosto e o cabelo apresentáveis. Uma Quinn que não deveria ter sumido. A de Yale, não de Lima.
Hey
Os lábios levemente rosados cumprimentaram atrás da mesa de estar de pequeno porte quando fiz meu caminho para deixar o banheiro. O quadril apoiado sobre a borda de madeira, os braços cruzados embaixo dos seios. Um desaprovar desconhecido correu por dentro de mim quando me dei conta que já não podia mais ver seu corpo despido. Nas pernas, vestia uma calça de tecido fino negro quase de cor similar a do cabelo preso em um rabo nem tão alto. O tronco acima da cintura revestido por um sweater cinza bordado com um YALE de letras pretas ao centro. O rosto limpo, sem amassados ou pistas que a entregariam ter despertado àquele exato instante.
– Desculpa, eu não tinha nada para vestir além do vestido da noite passada. – Balbuciou palavras enquanto mostrava o tecido envolto ao superior do corpo.
– Está tudo bem – Através do tom, tentei fazê-la sentir-se a vontade, mas estava tudo bem de verdade. Seu corpo se encaixava perfeitamente bem em minhas peças. – Como dormiu? – Belíssima pergunta, talvez pudesse perguntar do clima depois.
Dei passos acanhados para próximo de seu corpo que, ao notar minha aproximação, torceu-se para alcançar duas xícaras liberadoras de um aroma de café fresco.
– Estou bem – Um sorriso descontraído, colocou uma das xícaras verde-escuras em minha mão com cuidado. Levou a que ocupava a sua aos lábios quando apoiei meu quadril contra a mesa, ao seu lado.– Você?
– Estou bem – Era visível, palpável e sensível o desconforto que corria entre nós. Evitávamos esbarrar o olhar, dávamos respostas curtas. – Obrigada pelo café – Depois de uma pausa ameaçadora e de deixar meus lábios sentirem a temperatura do líquido.
– Ok, nós realmente não temos que fazer essa coisa estranha. – Em movimento compulsivo, virou seu corpo ao meu. – Nós dormimos juntas, fiz você gritar meu nome e nós continuamos amigas, simples assim.
Meus ombros relaxaram com suas palavras mal pensadas. Era Santana, apesar de contas. Sempre existia nela um ponto fraco de conforto. Nós realmente não tínhamos que fazer toda essa situação constrangedora.
– Você tipicamente compra café para seus “romances-de-uma-noite”? – Com a quebra do gelo, sorri entre os lábios.
– Não, geralmente sou quem ganha cafés da manhã. – A xícara aos lábios novamente. – Mas você é uma típica princesa, então concluí que passaria fome se não tomasse uma iniciativa. – As palavras típicas de seu gênero arrancaram-me um riso sem pressão ou esforços. Sentia falta desse tipo de gente em New Haven. Do tipo Santana de ser. Nem levando aos meio sexuais, mas ao amigo de ser. – Além do mais, você é virgem no que diz respeito a experiências de “manhã seguinte” já que Puckerman é muito babaca e aquele professor de psicologia não é o tipo de homem que cuida da garota na manhã seguinte, então... não podia lhe desvirtuar de mãos vazias. – Ofereci a ela meu sorriso e ela me ofereceu o dela. Eu só estava tentando suavizar a fato de ter dormido com uma das amigas mais próximas que já tive em 20 anos. Ela também se esforçava, fazendo cafés enquanto o resto de nós ria no lobby do hotel e tomava chás em copos de isopor, afogados na ressaca e arrependimento. Eu não queria me arrepender de tudo com Santana após ter a melhor noite de minha vida.
– Quinn, por favor, não faça isso. – Falou leve, o orgulho derretendo sob meus olhos.
– Não faça o que? – Escapei de meus pensamentos. Senti minhas sobrancelhas crescerem rígidas sobre meus olhos.
– Você está me afastando - Tom carregado de óbvio. – Você já disse que isso é “romance-de-uma-noite” , mas nós nos divertimos e não tem que ser mais que isso - Senti seu aproximar de meu corpo em sinônimo de confortar enquanto a voz acalmou – Nós nem mesmo precisamos fazer a respeito após deixarmos esse hotel, se você quiser. Mas eu não vou ficar parada aqui me chafurdando em arrependimento por ter deixado você ter uma noite de prazer despreocupado. – Depois do impacto de suas palavras, um riso breve despercebido escapou de meus lábios.
– Não estou me chafurdando. – Dei ênfase ao engraçado do termo “chafurdar”. Ela ergueu uma das sobrancelhas em desafio. – Não estou não!
– Bem, está se recusando até de olhar para mim. Então sim, você está se chafurdando e agindo como se estivesse completamente envergonhada do que aconteceu entre nós.
Senti a pressão dos dentes contra meu lábio inferior. Santana não recuou ou se colocou de outra maneira. Apenas me encarou, forçando um conversar a respeito disso.
– Não estou envergonhada por dormir com você, Santana. – Repeti seu movimento de tempos atrás, a dei meu corpo. Um dos nossos ossos da cintura agora em contato com a borda da mesa.
Agora deixei que meus olhos encontrassem os seus, e eles captaram o que eu tentava resistir. Os olhos escuros exclusivamente donos de minha imagem. Os lábios juntos, cordados por uma única linha. Minha respiração tremeu quando intercalei o olhar por seus olhos e lábios até me encontrar cedendo ao desejo novamente.
Antes de permitir que uma resposta bem planejada saísse de seus lábios, os misturei aos meus. A temperatura e a maciez deles fizeram meus músculos se contraírem. Em um leve movimentar, abri passagem para que sua língua tocasse a minha, e o impreciso sabor de café preso nela proporcionou a mim um desejo desesperador. Com os lábios ainda colados aos meus, a escutei voltar a xícara a mesa. A sua, depois buscou a minha entre meus dedos.
– San, não posso – Quando seus braços já se apresentavam envoltos em minha cintura, buscando permissão para um deslocar. – Devo encontrar Kurt, ele quer conversar – Mas meu corpo desobedecia a um afastar do seu. Ela era dona do um movimentar tão preciso, de lábios e toques tão experientes. Ela conseguia um implorar por seu toque. Perguntei-me se eu proporcionava o mesmo prazer.
– Não há mal nenhum esperar alguns minutos. – Sussurrou em meus lábios. Dedos ágeis de uma mão livre de minha bochecha desatou o cinto que cortava a linha de meu estômago. Os meus, desabotoaram o botão e desceram o zíper de sua calça. Involuntariamente, meus braços correram até seu pescoço quando impulsionou o corpo contra o meu, a favor da direção da mesa. Encontrei-me sentada no fim da estrutura de madeira, sob seu domínio por um de novo. Forneci sustento a meu corpo apoiando as palmas das mãos na mesa enquanto ela, entre minhas pernas, fazia a pele do meu pescoço sentir a textura de seus lábios. Uma das suas correu pela extensão de minha coxa esquerda, caminhou até violar a área coberta por meu vestido. Suspirei com a êxtase que seu toque causava em mim, fazendo com que eu desejasse insanamente que ela fosse além das coxas e dos beijos. Além de minha alma desequilibrada.


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