Naïve escrita por Charlie


Capítulo 11
Capítulo 11


Notas iniciais do capítulo

Ei, gente.
Como alguns já sabem, estive em hiatus, mas, voltei e prometo balancear meu tempo de atualização com todas as fanfics até mesmo porque , agora que a série acabou, acredito que elas serão as únicas vias que nos trarão de volta ao sentimento de vivência e amor entre os personagens, então, da minha parte, vocês têm essa proximidade garantida, sim? Só peço que sejam muitíssimo pacientes com as atualizações e tal. Espero, verdadeiramente que continuem comigo nisso.
Retomemos o enrendo, sim? Nesse capítulo o pov é da Quinn, mas no meio aí tem uma pequena presença do narrador onisciente, então, atentem-se a isso.
Obrigadíssima a todos pelo apoio e por continuarem. Qualquer dúvida, estou aqui. Nos falamos em breve. xo.



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Quinn's pov

A cerimônia do casamento tomava o horário das dezesseis da tarde. Dezesseis da tarde, tudo nos conformes, nada a se preocupar. Nada. Eu seguia os traços até a igreja na companhia de Mercedes, Brittany e Rachel que, por dentro dos últimos quinze minutos, não cessou os malditos assovios da harmonia dum show tune. Desviei o olhar para a janela traseira quando, através do espelho na cabeça do banco passageiro qual retocava a maquiagem, seus olhos pegaram os meus no reflexo. Mas, a razão de eu estar a observando, não tinha ideia. Não nos víamos há meses, talvez eu não estivesse ciente do quão Nova Iorque fazia bem para seus aspectos físicos. Ela certamente não era a mesma garotinha ingênua do colegial, e, não sei, isso certamente me chamou a atenção em meio das vinte e três horas sem Santana. Ou, Deus, Santana está alastrando seu lesbianismo descarado para mim.
– Então...qual era seu nome? – Mercedes quebrou o silêncio, o assovio e à direita no volante.
– Brody – Rachel numa única exalação feliz. Brody o cara com quem deixou a “despedida de solteira” de Sheel na noite anterior.
Foi tudo que conseguimos extrair quando o veículo encostou na porta da capela. A capela o que tangia a lugar exclusivo e convidados exclusivos. Puck, em sua vez, tratou de fazer bons e belos amigos durante sua antiga e recente serventia aos serviços aéreos, trazendo-os, contáveis alguns, para dentro de uma das mais elegantes capelas da região leste do conjunto de cidades consideravelmente espaçosas do país. O ambiente de ares frios, artificialmente aromatizado pelas rosas sintéticas espalhadas pelo aisle. As bancadas de madeiras em duas filas indianas. Duas à direita, duas à esquerda. A decoração onerosa de branco e douradas na companhia das paredes banhadas a imagens de ouro ou bijuteria. As pessoas vestidas a, se não vestidos longos de alguma coloração entre o verão e outono, engravatados a ternos cinza, somente cinza. Os de alto calão e físico serventes do exército podendo ser apontados segundo os músculos espaçosos exageradamente colados ao tecido da vestimenta e as cabeças quase livres de cabelo algum, acompanhados das mulheres de plástico e gloss.
Em meio desses, Brittany, Mercedes, Rachel e eu nos sentamos no primeiro set de bancos. Sentamos trocando conversas alheias e comentários sussurrados até que a música fundo de elevador que indicava a entrada dos nem-tão-importantes noivos. Eu, quase chocada quando Puck encontrou de braços dados a sua mãe, tive um sessão-relembrar ocasiões quais Puck vestiu um terno, tux ou smoking. A aparência atraente, embora afável. O podado cabelo negro quase inteiramente escondido pelo yarmulke de coloração similar ao terno e gravata, ambos chumbo. Mandou um sorriso dos mais branco em nossa direção antes de ser presenteado por um beijo caloroso da mãe quando atingiram o chuppah. As bochechas levemente coraram ao aparecer sozinho em cena.
Santana e a madrinha selecionada por Sheel eram as seguintes após o noivo. Meu maxilar travou e eu tentava reprimir um sorriso pois estive tão brava com sua irresponsabilidade e, não sei, infidelidade por dentro de um dia, mas, totalmente impossível era porque ela vestia um maldito tux. Em vão todas as discussões com Puck a respeito da insistência em usar um terno e gravatas quando ela usava um maldito female tux. A imagem perfeita de sua face disfarçadamente maquiada, o sorriso que batia o branco da camisa social por baixo do casaco preto, a cor escolhida para os padrinhos. Os scarpins e a calça batendo acima dos calcanhares. A origem das tiras negras do cabelo lançadas à traseira para que as pontas escorressem lisas se camuflando com o tecido de lá. Eu estava tão, tão nervosa com ela, todavia, Santana continuava sendo ridiculamente bonita. Os movimentos de seu corpo eram descridos como uma escora e a garota quem ela dava o braço possuía a feição de ter ganhado na loteria. Um braço dado, o outro com a mão correspondente no bolso da calça, típico de seu charme oneroso.
Eu não estava ciente em estar rangendo os dentes até que Santana piscou os longos cílios em minha direção quando passou por nossa bancada. Peguei-me mordendo sentimentos como ciúme, inveja e possessão porque ela e eu não havíamos feito esse tipo de coisa. Não pude reprimir o pensamento de idealizar que, se tivéssemos tido esse tipo de cerimônia, ela aparentaria essa quantidade de orgulho e ansiedade em me ver atravessar o aisle como via o Puck esperar por Sheel. O casamento perfeito foi o dono de todas minhas fantasias infantis. O noivo era sempre intercambiável desde que possuísse boa família e uma carreira reconhecível. E, sim, ser um bom cristão. Ri sozinha ao cair de volta a realidade. Meu “noivo” não se encaixava em nenhuma dessas qualificações. A princípio, era uma mulher. Mulher de libido altamente ativo, mentalidade de treze anos e o mais longe de um príncipe encantado possível. Minha vida inteira quando menina foi rodeada pela ideia de crescer e ser esposa de alguém, e, agora, eu já tinha passado a cerimônia que ansiei e desperdicei tanto tempo planejando.
Deixei que meus olhos caíssem em Santana agora ao lado correspondente ao do Puck. Ambos combinavam tanto na vestimenta, havia algo planejado ali, não podia ser apenas uma simples coincidência. Apesar de que, quando se trata de Santana e Puck, o acaso é o menos considerável. As feições de seus rosto entregavam seu status entre querer dar um hi five com o noivo ou soca-lo no braço. Aparentava tão feliz e orgulhosa quanto ele, fazendo-me imaginar se ainda apresentaria a mesma reação se eu, na realidade, fosse a noiva a entrar. Embora Noah nunca tivesse perguntado, eu sempre soube que ansiava ser marido lá atrás no tempo quando namorávamos. Namora-lo foi prazeroso, terceiro relacionamento mais duradouro depois de minha primeira mulher. Porém, como todos os outros, teve um término não me deixando totalmente entristecida a respeito.
Numa força inexistente, Santana pareceu perceber que eu a observava porque nossos olhos se esbarraram, e, como singela resposta, balançou as sobrancelhas e deixou saltar dos lábios um hey. E eu, um hey junto de um aceno em devolução.
– Vocês são tão fofas – Mercedes sussurrou ao meu lado. No canto do olho, encarei-a.
– Do que está falando?
– Você e Santana – Junto dum abrangedor sorriso.
– Não somos fofas – Voltei os olhos aonde estavam inicialmente – Não há nada fofo em nós. Nos casamos por conta de uma aposta.
– Oh, tudo bem – Bufou em irrelevância – Claro.
Nossa conversa foi interrompida quando a música da noiva foi tocada pela pequena orquestra de cordas ao lado esquerdo da capela. A música, as cordasm o reerguer dos convidados, a abertura das portas e a primeira vez que Mercedes, Brittany, Rachel, Santana e eu víamos quem Puck realmente se casaria e ele, vereia-a após cinco dias. Sheel Marshani Kan era a típica mulher sul europeia no que tange a beleza. Cachos negros, olhos verdes quase cinza e algum espaço encaixada entre meu peso e o de Mercedes. Entre Santana e Sugar no que diz respeito a coloração da pele. Ela era metade mediterrânea e, para excelentíssimo prazer do noivo, metade judia. Sheel, contudo, fez seu caminho a Puck, literalmente, que parecia tão maduro, tão crescido e apaixonado. Não removeu os olhos da noiva por todo o percurso até o chuppah. Circulou Puck sete vezes antes de descansar ao lado do mesmo. Ao dizer “dearly beloved”, todos tomaram seus assentos novamente e eu soube não estar fantasiando quando Puck secou o canto de um dos olhos com um pequeno guardanapo.
Na troca de votos e alianças, peguei os olhos de Santana me perfurando a distância, repetindo silenciosamente o que os noivos supostamente deveriam repetir para uns aos outros.
– Tão ridiculamente fofas – Mercedes suspirou.

x.

O som do corpo dum talher indo de encontro ao vidro em uma, duas, três batidas sem pausas instantaneamente domou a atenção de todos os convidados espalhados pelo espaçoso salão de festa. Puck, numa mesa suprema em centro das demais patrícias, consentiu a Santana a alguns metros de distância sentada na reservada aos padrinhos de casamento.
– Não faço discursos, então...farei desse bem curto e fofo. – Ergueu a silhueta do assento ao lado da loira plastificada e limpou a garganta. - Ok, se algum de vocês conhece Puck há...quanto tempo, Noah?
– Vinte e dois anos – Completou aos ares com o mais genuíno sorriso.
– Deus, há esse tanto? Wow. Se conhece como eu o conheço, você não poderia se quer ter imaginado que esse dia chegaria, porém, cá estamos – Em meio a palavras concretas, virou a silhueta na direção da de Puck entrelaçada com a de Sheel – Desejo a você e Sheel o melhor que essa vida pode os oferecer, tome conta um do outro – O sorriso de lábios juntos – Sheel, fique de olho nele porque Puck não é perfeito, mas, quando resolve amar alguém, ama profundamente forte e dará tudo além de seu melhor. Aos muitos anos felizes juntos. – Sua plateia lançou as taças ao ar numa mimica ao que Santana fazia antes de leva-la aos lábios. Assim seguiram com seus discursos Jake, sua mãe e a mãe de Noah. O pai de Sheel, o irmão mais velho e um tio nos últimos juramentos de fidelidade com uma única taça de vinho tinto qual bebeu Puck, Sheel para depois ser lançado ao chão junto num coral de Mazal Tov dos convidados.

Em torno de uma hora depois, havíamos chegado onde deveríamos.
Enquanto eu circulava a borda da taça em minhas mãos, um masculino me abordou. A silhueta desenhada por um terno cinza escuro, quase nitidamente negro, completo. Pelas contáveis vezes que nos encontramos casualmente, era o irmão mais novo de Puck, nem se me fizesse esquecer. Sorriu quando minha imagem ocupou os olhos escuros. Quase tão escuros quanto o baixo nível do cabelo ou dos fios espalhados pelo maxilar e pelo contorno da boca da barba não feita.
– Quinn, certo? – Estreitou os olhos. Os lábios sorriram ainda juntos, um sorriso disfarçado, acolhedor. Retribui. – Quinn Fabray?
– Lopez – Santana interferiu sentando uma das mãos sobre o peito de Jake. – Então guarde seus patos para si mesmo, Puckerman. – Empurrou-o para fora de minha frente, ocupando o lugar para abrir passagem considerando o triunfo de sua entrada na nossa chave de conversa. Na outra, interligou nossos dedos, carregando-me junto dela para longe do rapaz.
Ao entrar à meia luz dum dos cantos do imenso salão, Santana largou meus dedos para jogar os seus ao ar, sinalizando que ali ela estava.
– Oh, subitamente você tem tempo para mim agora – Cuspi ironicamente.
Diante de meus olhos, vi sua reação superexcitada com o que acontecia ali e aqui degradar a um juntar de sobrancelhas e lábios numa mesma linha. Ela não era uma tremenda idiota, ao final das contas, sabia do que eu me referia.
– Ok, não precisamos discutir isso aqui e agora, não é o momento. – Espiando as laterais ao nosso redor a procura de ouvidos xeretas, falou, depois os voltou a mim e, quando fizeram, jurei estarem mais escuros do que o negro vazio de costume.
– A, não? E quando você pretende dizer que me traiu com aquela stripper? – Aquela altura, as taças de vinho tinto que tomei ao início das celebrações, quase horas atrás, lançaram-me a irritação e coragem que eu necessitava para determinado momento. Sentia minhas veias queimarem de ódio em imaginar uma mulher se esfregando em Santana e ela se sentindo bem e boa com isso tudo.
– Não dormi com a stripper ontem à noite – Com a maior concentração de calmaria existente.
– Claro que dormiu, olhe para si mesma, está brilhando – Sinalizei a extensão de sua silhueta com a mão livre do vinho, da taça ou de qualquer outra coisa. – Tem esse maldito sorriso nos lábios e esse brilho nos olhos, -
– Talvez porque meu melhor amigo está se casando hoje – Aproximou seu corpo do meu implicitamente cortando a possibilidade de eu elevar o tom de voz, porém, eu instantemente recusei provocando nossa distanciamento. Todavia, levei alguns minutos para perceber que nossa proximidade não sinalizaria que eu me rendia a seu charme e boas palavras. Aproximei nossos corpos até a distância suficiente para que o torcer de minha coluna para dentro da área do seu pescoço não fosse uma ação exagerada. Cautelosamente, evitei que meus lábios esbarrassem na pele de lá. Circulei por alguns segundos até trocar do lado, não passando despercebida por seus lábios e bochechas.
– O que está fazendo? – Num tom satírico, escutei sua voz vibrar dentro da traqueia tão próxima de meus lábios.
Quando captei o aroma doce, não típico de seu corpo, fixado a região do tecido cobrindo a clavícula, retomei minha posição inicial a sua frente. Recuei dois, três passos.
– Nada – Bufei ao levar a taça de volta as lábios.
– Tudo bem, você já teve vinho o bastante – Numa tentativa de retirar o vidro de minha mão. – Está perdendo a cabeça.
– Perdendo a cabeça? Não a vejo desde aquela maldita despedida de solteiro e agora você cheira perfume barato por todo seu corpo – Realcei, ressaltei e recoloquei o que queimava dentro de mim.
– Como se eu não tivesse tomado banho há um dia – Retrucou.
– Vá se foder, Santana! – Certifiquei-me de ter chamado a atenção de quase duas dúzias dos que nos rodeavam no momento, mas, acabei fisgando certo único judeu recém-chamado-marido.
– Ei, não no meio da festa – Puck interviu no argumento e ambiente fervente entre Santana e eu. Os pesados braços desabaram em nossos ombros correspondentes ao lado qual nos abordara. – Como vão minhas lésbicas preferidas? – O hálito levemente alcoolizado evaporou dentro do campo fuzilador entre meus olhos nos de Santana.
– Noah – Saudei.
– Qual é o do vai se foder? – E sendo ele, com certeza quis saber.
– Quinn estava me implorando para isso – Respondeu, a íris rasgando cada traço de meu rosto.
Oh my, eu ainda não posso acreditar nisso – Bufou removendo os braços de nossos ombros e a tamanha proximidade anterior – Você duas...inacreditável.
Aguardei para o pedido não tão distante que escorregaria dos lábios de Santana.
– Mostre a ele a aliança, Quinn – Plantou um sorriso nos lábios, e, acontece que eu a conhecia tão, tão bem.
Elevei a mão na altura de nossos olhos para depois, os meus, caírem no homem ao meu lado.
– Oh, Deus, você realmente fez isso, não? – Num gemido forçado, Noah.
– Quinn esteve implorando para isso – Redirecionou os olhos e caímos num silêncio desconfortante.
– Ok, Quinn, roubarei sua esposa por mais alguns minutos – Esposa – E, você, pegue uma bebida e me encontre na mesa, sim? – À Santana que consentiu e assistiu Puck nos deixar.
– Beberei em nome dessa pequena discussão que tivemos.
– Não acabamos de...- Contudo, ela já dava passos em direção ao balcão não tão distante de bebidas. – Santana!
Não deixei que sua imagem fugisse de minha guarda dessa vez.
– Duas taças de vinho, por favor? – Questionou a bartender atrás do extenso balcão de madeira depois de examina-la por todas as extremidades cobertas e não cobertas pelo “uniforme” – E, ei, você é linda – E, evidentemente flertava com a mulher, anotou sorrindo. A garota, por sua vez, já havia caído na lábios de Santana.
– Obrigada, você é...- Se não fosse pela aliança no dedo – Casada.
– Oh, sim, verdade – Caiu a cabeça ruma a mão apoiada contra o balcão, a aliança. Ela era casada, como diabos sempre se esquecia disso, mas nunca passava despercebida em corrigir qualquer ocasião que Fabray viesse separado de Lopez?
Numa pausa da conversa, torceu a silhueta em minha direção, apontou, sorriu e voltou a moça. Ela devia estar brincando comigo, não era possível.
– Ela é totalmente atraente, não? – Balbuciou.
– Sim, ela é – Disse a moça categoricamente ao perceber que eu as observava. Categoricamente e Santana pareceu perceber a mudança de comportamento da bartender.
– Ah, não, ela é bastante mente aberta. Aberta para isso, para qualquer coisa – Subitamente sua voz foi alterada para o tom que usava quando possuía esse tipo de alvo. Flertava, insinuava e conseguia o que queria usando somente esse tom de voz. – E eu sou também, sabe, se você estiver interessada – Rouco e sussurrado.
– Pensarei a respeito – Duas taças preenchidas foram praticamente atiradas em Santana, embora o líquido continuasse estável, agarrou-as pelo corpo. Agarrou-as e tornou a seguir as ordens do Puck quando a mulher atrás da bancada voltara a atenção aos demais dali. Fazia o caminho para a mesa quando uma loira que eu devia conhecer interrompeu seu percurso e, julgando pelo sorriso que dava, eu certamente devia conhecê-la.
– Hey, Santana, certo? – Cortou a frente.
– Sim...- E do outro lado, Santana ergueu uma sobrancelha em desconfiança.
– Paris, amiga da Sheel. – Distribuindo sorrisos e gargalhadas – Entramos juntas na capela.
– Oh, sim, oi! – Após segundos examinando a feição da moça, respondeu – Perdão, minha mente está meio avoada hoje, sabe, casamento do melhor amigo e coisa.
– Entendo, bom vê-la novamente – Entre palavras relatadas a charmes e sorrisos, buscou uma das taças na mão de Santana que, ao esbarrar na sua, esticou ainda mais um sorriso artificial sacana.
– Você também – Pareceu não se importar a respeito da taça, ao contrário disso, deu-lhe uma olhada sugestiva – Belo vestido.
– Belo tux – O olhar recíproco só que o seu tentando xeretar no quê existia dentro dos dois primeiros botões da camisa branca de Santana que vacilavam desabotoados. Ela não foi a primeira, portanto. Eu, a bartender, ela e todos os outros que se sujeitavam a conversar com os seios, quero dizer, Santana. Eles eram a maldição de chamativos.- Confesso que nunca tinha visto uma mulher vestir um tux – Devolveu os olhos onde deveriam estar – bastante atraente, à propósito. Tipo, acho bastante atraente quando mulheres tendem a quebrar os limites das rotulações de sexualidade como, sabe, eu não sou apegada a ideia de namorar um homem, mas, ao mesmo tempo, amo seus pênis. – Sorriu maroto - Strap-ons são feitos para isso, acredito, sim? São tão perfeitos! – E as preces de Santana em relação a fofa, gay e burra foram atendidas.
– Não são? – Antes de lançar o vinho à boca. – Você quer dançar? – E, em resposta, a mulher entrelaçou os dedos com os dela da mão livre e a arrastou até onde um aglomerado de pessoas dançava a uma batina não tão frenética. A loira se esfregava, trocava sorrisos e carícias e tudo ia perfeitamente, espetacularmente bem.
– Mas que diabos? – Santana gritou quando, num único puxão, cortei a proximidade e quaisquer outras brincadeirinhas que elas planejavam diante de meus olhos.
Os músculos asfixiados em meu aperto tremeram dentro de minhas mãos, surpresos. Os olhos escuros da figura embaixo de minha vista preencheram em arrependimento e, eu sentiria pena da mesma se uma vez não sentisse por Santana.
– Perdão...ah, qual seu nome? – A prendi em meus olhos enquanto deixava transparecer a irrelevância do seu ser.
– Paris – Buscou por Santana, depois os deixou nos meus.
– Claro que é. Hm...Paris, tenho absoluta certeza que você é uma garota bastante agradável – no paradoxo de lançar um olhar que dizia totalmente ao contrário – mas, Santana definitivamente não irá passar a noite com você, e, se não se afastar dela, terei de fazer com você se afaste. Entendeu? – Todavia, antes que tivesse a chance de responder, virei a Santana sob meu aperto – O que diabos pensa estar fazendo?
– Meu braço pode respirar primeiro, Rambo? – Intencional não era pois só quando a ouvi mencionar tal, instantaneamente deixei o membro. – Obrigada e, nós só estávamos dançando. Bem, estávamos até você aparecer arremessando corpos às alturas.
– Está cirandando próximo demais do fogo, Santana. Primeiro a stripper, depois a bartender e agora isso – Mostrei a garota assistindo de assento vip a nossa discussão de terapia de casal.
– Graças a você, não fui a nenhum lugar próximo da stripper ontem – Os contra-argumentos expressados daquela maneira de impor a voz, leves mexidas na cabeça para não mostrar a insegurança. – E Paris e eu estávamos apenas dançando, sabe, nos divertindo.
– Oh, divertindo? – Dei ênfase no tom para que ela e todos que quisessem, captassem o que eu queria dizer- Perdão, não me dei conta de que isso tudo se tratava de diversão, com licença.
E quando o vinho já era excesso, as bochechas coravam e o calor subia a cabeça, encontrei-me não possuindo mais controle de meus sentidos. Controle do meu corpo que correu apressado empurrando os quais estivessem na reta que ligava meu ponto ao de Rachel. Rachel que, aquele ver, conversava com Mercedes e mais uma outra figura recostada num dos cantos de qualquer outro lugar não relevante no momento. Eu não vi, ou realmente não possuía relevância. O que senti, na realidade, foi as palmas de minhas mãos formigarem quando estive poucos metros dela que, como se sentisse que houvesse algo errado, cortou as palavras direcionadas a conversa em trio. Os três, ao fim, redirecionando seus olhos a mim.
– Com licença – Numa fração dum piscar, retirei um copo de vidro de suas mãos e, sem direções, entreguei-o a quem estivesse ali para segura-lo até toma-la em meus lábios. Rachel.
Dizem que, quando alterados pelo álcool, as pessoas tendem a fazer coisas que nunca tiveram coragem de fazer ou dizer uma vez sóbrios. Então, não sei, talvez eu tenha lá uma queda por Rachel porque eu não a escolheria assim aleatoriamente, mas, esse, agora, não era o caso. O caso, veridicamente, era a antítese de seus lábios para os de Santana. O seu sabor para o de Santana. A maneira como nossos lábios primeiro se tocaram num susto, separaram, para que depois ela correspondesse ao beijo. Correspondesse. Nesse segundo toque, suguei o seu inferior e, ao traçar a ponta de minha língua pela pele, senti o sabor do gloss de frutas vermelhas mixado ao doce do cooler que tomava. Como era se esperar, ou não, os beijos eram tão contraditórios com o que tangia a personalidade de quem beijava. Os lábios de Rachel eram acostumados com o processo artificial que era considera o beijo. Talvez pelo sucesso da carreira, talvez pelo carnal do ser, mas era. O fugaz gosto do controle e poder de te mandar para onde quisesse e como quisesse da maneira mais dura e vazia possível. Já os de Santana pareciam derreter quando beijados por outros lábios, como se pudessem ser tocados por horas. Você sempre ansiando que eles finalmente derretessem e aquela intoxicação do mais e de novo cessassem logo, embora eles nunca chegassem a derreter. Ela eficazmente sugava toda a energia de suas mordidas, gemidos e quaisquer outras aplicações de esforço que colocava em fazê-los vaporar dali como uma nuvem de algodão doce e, pronto, subitamente ela tem você toda exausta e indisponível sob controle. Minha vida estava sujeita a ser uma enorme droga se agora eu passasse a comparar cada beijo aos de Santana.
As pontas dos dedos de Rachel agora sobre minha bochecha traziam uma sensação tão prazerosa. Digo, Santana não exerce esse tipo de ternura. Droga.
– Okay – O puxão de braço similar ao qual eu protagonizara descolou nossos lábios– Acalme-se, troll – Empurrou-me para traz tomando frente de onde eu estava para policiar a exageradamente confusa Rachel.
– Santana – Inalei uma, duas, três respirações antes de avançar de volta ao meu lugar – O que está fazendo? Rachel e eu só estamos nos divertindo.
– Tudo bem, enxerguei sua jogada – Num avanço de palavras, ela sempre sabia como sair vencedora – Entendi o que quis dizer, Quinn!
– Entendeu? – Atirei o indicador contra seu peito, martelando-o naquela região enquanto Rachel buscava por explicações e por ar. O que diabos acabou de acontecer?
Os dedos de Santana roçaram em minha pele por cima do tecido do vestido quando agarrou uma mão cheia do mesmo e me puxou para seu corpo. Pressionou seus lábios contra os meus, contudo, nos separou dentro de segundos. – Deus, posso senti-la em você! – Junto de uma careta de sobrancelhas rígidas – Berry! Deus, preciso de mais álcool para encarar isso – Resmungou nas costas enquanto deixava o espaço entre Rachel e eu, e, pela primeira vez, vi-me presa dentro do olhar confuso.
– Rachel, eu...- Assim coube a eu acreditar no que havia feito. – Eu...
– Pare – Plantou a mão em frente nossas faces, os lábios tremeram, não que eu estivesse os observando, mas tremeram. – Pare, você não entenderia de qualquer forma. – Quando captei o rastro de lágrima juntar no canto de ambos os olhos e o degradar da voz ao se dirigir a qualquer pessoa menos diretamente a mim, eu quis correr para bem longe dali. O subgênero que cabia a eu ser àquela hora, não era compreensivo o que acontecia. Eu não era Santana, eu não possuía seus hábitos e jogos quebradiços e geralmente egoísta. Por essa razão eu desacreditava, Mercedes parecia calada e os olhos de Rachel correram chorando para o canto mais longe de mim possível, talvez para casa.
– Rachel – Chamei-a antes que transtornasse para longe sendo substituída, assim, por Santana, uma taça com um líquido diferente de vinho e um guardanapo autografado.
– Partiu o coração do troll, Quinnie? – Perguntou enquanto os olhos ainda observavam o caminho que Rachel seguiu e, quando os voltou para mim, percebeu que eu intercalava numa volta do papel na mesma mão que segurava a taça e seus olhos. Em vão, tentou o embrulhar e enfiar para dentro do bolso frontal onde se preservou diversas vezes.
– O que é isso? – Tomei o guardanapo antes de atingir o sucesso da ação. Os números chulamente escritos por um batom da mais frouxa coloração do roxo e rosa. Essa era minha deixa, já tinha presenciado muito num único dia.
– Whoa, Quinn – Resmungou quando agarrei seu pulso e a puxei para dentro do mar de pessoas ainda espalhadas ali. Arrastei-a por entre as mesas, a pista e Puck que não argumentou porque certamente estava ciente que Santana havia feito algo que ultrapassasse os limites de um relacionamento saudável. Arrastei-a pelos corredores superiores do salão até o saguão dos quartos. A massa de seu peso causando inércia no meu, minhas pernas cansavam enquanto não chegávamos ao andar qual alugamos. E quando chegamos, lancei-a para dentro do cômodo, batendo a maciça porta de madeira atrás de mim.
– Ouça, Santana, deixe-me esclarecer uma coisa – Tornei-me a ela que, ainda de costas a mim, caminhava rumo a expansiva cama ao centro daqui. Contudo, esperei que devotasse sua atenção completamente a mim. A silhueta virou, cruzou um dos braços sobre o peito enquanto o outro pendia por cima, o vidro ainda sendo levado aos lábios em intervalos não demorados de tempos em tempos. A guarda dos olhos, mostrou-me estar ali, escutando-me e, por um momento, sua repentina mudança de comportamento me fez acreditar na possibilidade de ela ter armado tudo aquilo. A provocação, o flerte os toques intencionais como uma prova de fogo e, se uma vez eu reprovasse, ela ganharia a comprovação que meu ser, na verdade, – Eu não compartilho, não divido. Você não dança com outras garotas – era inteiramente seu – Você não troca números de celular com outras garotas -
– Nós não trocamos, ela deu o número, só. – Desceu a taça dos lábios para depois os capturar dentro da boca fazendo desses ainda mais rosados e inchados.
– Não sabe mesmo a hora de calar a boca, não? – Gritei – Você é casada agora, comece a agir como tal! – Minha respiração ofegava talvez pelo cansado de correr até ali, talvez pelo cansaço de Santana que, diante do meu desespero, abriu um enorme, gigante sorriso. Ela francamente me tira do sério. – Por que diabos está sorrindo agora? Isso tudo é ma grande piada para você, não? – E era, mas, não.
Os dedos seguiram cegos um dos criados mudos numa das laterais da cama para sentar o vidro. Os olhos fixos ao meus, pela primeira vez, pude ler o que havia escrito. Anseio, o desespero enquanto calmaria.
– Estamos a ponto de fazer aquele tipo raivoso, possessivo de sexo, não estamos?– Junto dos passos cautelosos e estudados em minha direção até que nossas faces se encontrassem a meros palmos distantes. As esferas negras caíram em meus lábios e eu somente as observei. O hálito quente e docemente alcoolizado da sua respiração batendo sobre o meu superior. A mixagem de doce, agridoce e áspera do cheiro de seu corpo, da vestimenta que ela usava. Os dedos terminavam de vacilar os botões que havia na região do peito quando impulsionou o corpo ao meu. A textura de seus lábios sentiu a pele eriçada da área próxima a meu lóbulo direito. – Sou sua, você tem a permissão de fazer isso – Bufou, a respiração explodindo por onde quisesse e sentisse a vontade de explodir contra.
Revirei meu olhos, porque, Deus, Santana.


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